Beneficios sim, preço não. (1)

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Mateus 20.20-28, Marcos 10.35-45.

verso 21, Mt
Perguntou-lhe ele: Que queres? Ela respondeu: Manda que, no teu reino, estes meus dois filhos se assentem, um à tua direita, e o outro à tua esquerda (v. 21). Há um lado bom e um lado ruim neste pedido. O lado bom é que a mulher entendia e acreditava que Jesus estava prestes a entrar em seu reino. Ela confiava nele quanto ao futuro. Apesar das palavras de tristeza e morte que Jesus acabara de proferir, ela estava convencida de que o reino sobre o qual ele havia pregado durante todo o seu ministério terreno não era algo improvável, mas uma realidade prestes a ser manifesta.
O lado ruim é que a mulher não estava preocupada, antes e acima de tudo, com a glória de Jesus, mas com a glória dos filhos. Ela queria que um deles se assentasse à direita de Jesus em seu reino e que o outro se assentasse à sua esquerda. A glória daqueles que se encontram em posição de poder sempre transborda, atingindo os mais próximos; por esta razão, quando alguém ocupa uma posição importante, seja ele um rei, um presidente ou um superior no trabalho, as pessoas se esforçam para ficar perto. Logo, era natural para a mulher concluir que quem se assentasse à direita e à esquerda de Jesus ocuparia as posições mais elevadas de poder e glória em todo o reino, superadas apenas pela posição do próprio Rei. Então, ela disse aos filhos: “Meninos, eu vou falar com Jesus. Vou falar com aquele que, em breve, será o Rei para garantir que vocês ocupem as posições de poder mais elevadas no reino dele.”
A palavra sabeis está no plural; logo, as palavras de Jesus foram direcionadas a Tiago e João, não à mãe deles. É como se ele estivesse dizendo: “Vocês não têm ideia do que estão pedindo. Caso soubessem, se levantariam e sairiam correndo para salvar a própria vida. Afinal, quem se assenta à minha direita e à minha esquerda recebe, em um primeiro momento, não glória, mas infâmia, sofrimento e humilhação.”
Aqui houve outro momento de ensino para Jesus: Então, Jesus, chamando-os, disse: Sabeis que os governadores dos povos os dominam e que os maiorais exercem autoridade sobre eles. Não é assim entre vós; pelo contrário, quem quiser tornar-se grande entre vós, será esse o que vos sirva; e quem quiser ser o primeiro entre vós será vosso servo (v. 25–27). Os governadores dos gentios comportavam-se de maneira autocrática, “dominando” os subordinados. Isto, entretanto, não deveria ser exemplo para os discípulos. Na Igreja, o mais elevado de todos seria aquele com o coração mais servil. Além disso, o “primeiro” seria o “servo”. Duas vezes, em passagens recentes, vimos Jesus dizer que, em seu reino, “muitos primeiros serão últimos; e os últimos, primeiros” (19.30; 20.16). Aqui ele mostrou que quem quiser ser o primeiro deve tornar-se um servo para os irmãos. O verdadeiro seguidor de Cristo não se prende à glória; ele se humilha como um servo
Sproul, R. C. 2017. Estudos Bíblicos Expositivos em Mateus. Traduzido por Giuliana Niedhardt Santos. 1a edição. São Paulo: Editora Cultura Cristã.
uma resposta sem entendimento (20.22,23). Tanto o pedido quanto a justificativa dos discípulos foram desprovidos de discernimento espiritual. Jesus lhes perguntou: Podeis vós beber o cálice que eu estou para beber? Responderam-lhe: Podemos (20.22). Jesus estava indo para a cruz, e não para um trono. Jesus cruzaria o caminho do sofrimento, e não o dos aplausos humanos. A cruz precede a coroa como a morte precede a ressurreição
Lopes, Hernandes Dias. 2019. Mateus: Jesus, o Rei dos Reis. 1a edição. Comentários Expositivos Hagnos. São Paulo: Hagnos.
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