MUDANÇA! Efésios 2.1-10

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Nossa história de vida também deve ser considerada em termos de AC e DC (antes e depois de Cristo).

Notes
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Grande ideia: Nossa história de vida deve ser considerada em termos de AC e DC (antes e depois de Cristo).
Estrutura: Nossa história antes de Cristo (vv. 1-3), nossa história depois de Cristo (vv. 4-10).
William H. Taylor:
Paulo retoma agora a linha de pensamento que fora iniciada em 1.19, onde ele afirma que intercede para que os crentes efésios vejam qual é a sobreexcelente grandeza do poder de Deus. A ressurreição, exaltação e supremacia de Cristo sobre a igreja são manifestações deste poder. No texto de 2.1-10, o apóstolo declara que a renovação espiritual de todos os homens, judeus e gentios, faz parte e é parcela da ressurreição de Cristo, a manifestação suprema do poder de Deus. Este tema é declarado sucintamente no versículo 5 (…).
1. A velha vida de pecado. (vv. 1-3)
(a) A imagem de pessoas mortas: “mortos nos vossos delitos e pecados”.
Colossenses 2.13 (NAA)
13E quando vocês estavam mortos nos seus pecados e na incircuncisão da carne, ele lhes deu vida juntamente com Cristo, perdoando todos os nossos pecados.
João 5.25 (NAA)
25Em verdade, em verdade lhes digo que vem a hora — e já chegou — em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus; e os que a ouvirem viverão.
Léxico Hebraico, Aramaico e Grego de Strong 3900 παραπτωμα paraptoma

παραπτωμα paraptoma

de 3895; TDNT - 6:170,846; n n

1) cair ao lado ou próximo a algo

2) deslize ou desvio da verdade e justiça

2a) pecado, delito

αμαρτια hamartia

de 264; TDNT - 1:267,44; n f

1) equivalente a 264

1a) não ter parte em

1b) errar o alvo

1c) errar, estar errado

1d) errar ou desviar-se do caminho de retidão e honra, fazer ou andar no erro

1e) desviar-se da lei de Deus, violar a lei de Deus, pecado

William H. Taylor:
Paulo não está apenas dizendo que o homem sem Deus está “sujeito à morte ou sob sentença de morte; ele está realmente morto, porque está sob o controle de uma natureza pecadora”.
(b) A imagem de pessoas escravizadas: “nos quais andastes outrora”.
Efésios 2.2–3 (NTLH)
2 Naquele tempo vocês seguiam o mau caminho deste mundo e faziam a vontade daquele que governa os poderes espirituais do espaço, o espírito que agora controla os que desobedecem a Deus.3 De fato, todos nós éramos como eles e vivíamos de acordo com a nossa natureza humana , fazendo o que o nosso corpo e a nossa mente queriam. Assim, porque somos seres humanos como os outros, nós também estávamos destinados a sofrer o castigo de Deus.
Commentary Critical and Explanatory on the Whole Bible The Epistle of Paul the Apostle to the Ephesians

Commentary by A. R. FAUSSETT

“o curso deste mundo” – a carreira (literalmente, “a era”, compare Gl 1:4), ou sistema atual deste mundo (1Co 2:6, 12, em oposição a “o mundo vindouro”) : estranho de Deus, e deitado no maligno (1 Jo 5:19).
Gálatas 1.4 (NAA)
4o qual entregou a si mesmo pelos nossos pecados, para nos livrar deste mundo perverso, segundo a vontade de nosso Deus e Pai,
1Coríntios 2.16 (NAA)
16Pois quem conheceu a mente do Senhor, para que o possa instruir? Nós, porém, temos a mente de Cristo.
1Coríntios 2.12 (NAA)
12E nós não temos recebido o espírito do mundo, e sim o Espírito que vem de Deus, para que conheçamos o que por Deus nos foi dado gratuitamente.
1João 5.19 (NAA)
19Sabemos que somos de Deus e que o mundo inteiro jaz no Maligno.
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Commentary by A. R. FAUSSETT

“o príncipe das potestades do ar” – o Deus invisível que está por baixo guiando “o curso deste mundo” (2Co 4:4); percorrendo o ar ao nosso redor: compare Mc 4:4, “aves do ar” (grego, “céu”) isto é, (Ef 2:15), “Satanás” e seus demônios. Compare Ef 6:12; Jo 12:31.
2Coríntios 4.4 (NAA)
4nos quais o deus deste mundo cegou o entendimento dos descrentes, para que não lhes resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de Deus.
Efésios 6.12 (NAA)
12Porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, mas contra os principados e as potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestiais.
João 12.31 (NAA)
31Chegou o momento de este mundo ser julgado, e agora o seu príncipe será expulso.
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Commentary by A. R. FAUSSETT

“O poder” é aqui usado coletivamente para os “poderes do ar”; em aposição com a qual “poderes” estão os “espíritos”, compreendidos no singular, “o espírito”, tomados também coletivamente: o agregado dos “espíritos sedutores” (1Tm 4:1) que “trabalham agora (ainda; não meramente, como no seu caso, 'no passado') nos filhos da desobediência” (um hebraísmo: homens que não são meramente desobedientes por acidente, mas que são essencialmente filhos da própria desobediência: compare Mt 3:7), e de que Satanás é aqui declarado como “o príncipe”.
1Timóteo 4.1 (NAA)
A apostasia nos últimos tempos
4 1Ora, o Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios,
Mateus 3.7 (NAA)
7Quando João viu que muitos fariseus e saduceus vinham ao seu batismo, disse-lhes:
— Raça de víboras! Quem deu a entender que vocês podem fugir da ira que está por vir?
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Commentary by A. R. FAUSSETT

“nossa conversa” – “nosso modo de vida” (2Co 1:12; 1Pe 1:18). Esta expressão implica um curso exteriormente mais decoroso, do que o “andar” aberto em pecados grosseiros por parte da maioria dos efésios em tempos passados, cuja porção gentia pode ser especialmente mencionada em Ef 2:2.
2Coríntios 1.12 (NAA)
A sinceridade de Paulo
12Porque a nossa glória é esta: o testemunho da nossa consciência de que com simplicidade e sinceridade de Deus, não com sabedoria humana, mas na graça divina, temos vivido no mundo, especialmente em relação a vocês.
1Pedro 1.18 (NAA)
18sabendo que não foi mediante coisas perecíveis, como prata ou ouro, que vocês foram resgatados da vida inútil que seus pais lhes legaram,
(c) Este texto expõe duas fontes do mal:
Willard H. Taylor:
A natureza caída do homem em geral, e 2) “o laboratório dos pensamentos, impressões, imaginações, volições pervertidos do homem em particular”.
(d) A conexão entre: “filhos da desobediência” e “filhos da ira”.
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Commentary by A. R. FAUSSETT

“Natureza”, em grego, implica o que cresceu em nós como a peculiaridade de nosso ser, crescendo com nosso crescimento e fortalecendo-se com nossa força, distinto daquilo que foi forjado em nós por meras influências externas: o que é inerente , não adquirido (Jó 14:4; Sl 51:5). Uma prova incidental da doutrina do pecado original.
Jó 14.4 (NAA)
4 Quem poderá tirar coisa pura
daquilo que é impuro?
Ninguém!
Salmo 51.5 (NAA)
5 Eu nasci na iniquidade,
e em pecado me concebeu a minha mãe.
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Commentary by A. R. FAUSSETT

“filhos da ira” – não apenas “filhos”, como no grego, “filhos da desobediência” (Ef 2:2), mas “filhos” por geração; não meramente por adoção, como “filhos” podem ser. A ordem grega marca mais enfaticamente essa corrupção inata: “Aqueles que em sua (própria) natureza são filhos da ira”; Ef 2:5, “graça” se opõe à “natureza” aqui; e salvação (implícito em Ef 2:5, 8, “salvo”) para “ira”.
“A ira permanece” sobre todos os que desobedecem ao Evangelho na fé e na prática (Jo 3:36). A frase “filhos da ira” é um hebraísmo, isto é, objetos da ira de Deus desde a infância, em nosso estado natural, como tendo nascido no pecado que Deus odeia. Assim, “filho da morte” (2Sa 12:5, Margem); “filho da perdição” (Jo 17:12; 2Ts 2:3).
João 3.36 (NAA)
36Por isso, quem crê no Filho tem a vida eterna; quem se mantém rebelde contra o Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus.
Willard H. Taylor:
Como declara Purkiser enfaticamente, a ira de Deus “não é uma reação da sensibilidade e vontade divina, as quais podem ser mudadas ou alteradas. É o antagonismo infalível e incessante de Deus ao pecado, que permanecerá enquanto Deus for Deus”.
2. A nova vida em Cristo. (vv. 4-10)
(a) Retornando a imagem de pessoas mortos, mas agora, esses ganham “vida juntamente com Cristo”.
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Commentary by A. R. FAUSSETT

Deus é misericordioso. "A misericórdia de Deus é a divina bondade em ação com respeito as misérias de suas criaturas, bondade que se comove a favor deles, provendo o seu alivio, e , no caso de pecadores impenitentes, demonstrando paciência longânima" (Tt 3.5;Lm 3.22;Is 49.13). Experimentar a misericórdia de Deus significa ser preservado do castigo a que se faz jus. Deus é o juíz supremo que detém o poder para determinar, em última analise, a punição a quem merece. Quando ele nos perdoa do pecado e a culpa, experimentamos a sua misericórdia. A misericórdia de Deus manifestou-se de maneira eloqüente ao enviar Cristo ao mundo (Lc 1.78).
Tito 3.5 (NAA)
5ele nos salvou, não por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo a sua misericórdia. Ele nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo,
Lucas 1.78 (NAA)
78 graças à profunda misericórdia
de nosso Deus,
pela qual nos visitará
o sol nascente das alturas,
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Commentary by A. R. FAUSSETT

“vivificado” – “vivificado” espiritualmente, e consequências a seguir, corporalmente. Deve haver uma ressurreição espiritual da alma antes que possa haver uma ressurreição confortável do corpo [PEARSON] (Jo 11:25, 26; Rm 8:11).
“junto com Cristo” – A Cabeça está assentada à direita de Deus, o corpo também está sentado ali com Ele [CRISÓSTOMO]. Nós já estamos sentados ali NELE (“em Cristo Jesus”, Ef 2:6), e daqui em diante estaremos sentados por Ele; Nele já como em nossa Cabeça, que é a base de nossa esperança; por Ele daqui em diante, como pela causa conferindo, quando a esperança será engolida em fruição [PEARSON]. O que Deus operou em Cristo, Ele operou (pelo próprio fato) em todos unidos a Cristo, e um com Ele.
João 11.25–26 (NAA)
25Então Jesus declarou:
— Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá. 26E todo o que vive e crê em mim não morrerá eternamente. Você crê nisto?
Romanos 8.11 (NAA)
11Se em vocês habita o Espírito daquele que ressuscitou Jesus dentre os mortos, esse mesmo que ressuscitou Cristo dentre os mortos vivificará também o corpo mortal de vocês, por meio do seu Espírito, que habita em vocês.
(b) Que “grande amor”:
grande amor τὴν9 πολλὴν10 ἀγάπην11
Almeida Revista e Atualizada (Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1993), p. Ef 2.4
Romanos 5.6–8 (NAA)
6Porque Cristo, quando nós ainda éramos fracos, morreu a seu tempo pelos ímpios. 7Dificilmente alguém morreria por um justo, embora por uma pessoa boa alguém talvez tenha coragem para morrer. 8Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de Cristo ter morrido por nós quando ainda éramos pecadores.
(b) Retornando a imagem de pessoas escravizadas, esses agora estão assentadas “nos lugares celestiais em Cristo Jesus”.
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Commentary by A. R. FAUSSETT

“nos ressuscitou juntos—com Cristo”. A “ressurreição” pressupõe a vivificação prévia de Jesus na tumba e de nós na sepultura de nossos pecados.
“nos fez sentar juntos” - com Cristo, ou seja, em Sua ascensão. Os crentes estão fisicamente no céu no ponto de direito, e virtualmente em espírito, e cada um tem seu próprio lugar designado lá, do qual no devido tempo eles tomarão posse (Fp 3:20, 21). Ele não diz “à direita de Deus”; uma prerrogativa reservada a Cristo peculiarmente; embora eles compartilhem Seu trono (Ap 3:21).
Filipenses 3.20–21 (NAA)
20Pois a nossa pátria está nos céus, de onde também aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, 21o qual transformará o nosso corpo de humilhação, para ser igual ao corpo da sua glória, segundo a eficácia do poder que ele tem de até subordinar a si todas as coisas.
Apocalipse 3.21 (NAA)
21Ao vencedor, darei o direito de sentar-se comigo no meu trono, assim como também eu venci e me sentei com o meu Pai no seu trono.
(c) Já estamos “assentados nos lugares celestiais em Cristo Jesus”.
Willard H. Taylor:
Como diz Bruce: Considera-se que os crentes já estão lá assentados com Cristo, pelo ato e propósito de Deus. Vivemos temporariamente na terra enquanto estamos neste corpo; mas “em Cristo” estamos assentados com Ele onde Ele está.
(d) A conexão entre “graça”, “fé” e “boas obras”: somos salvos pela graça, por meio da fé, para a prática de boas obras.
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Commentary by A. R. FAUSSETT

“Não de obras” – Esta cláusula contrasta com “pela graça”, como é confirmado por Rm 4:4, 5; 11:6.
“para que não” – em vez disso, como grego, “que ninguém se glorie” (Rm 3:27; 4:2).
Romanos 4.4–5 (NAA)
4Ora, para quem trabalha, o salário não é considerado como favor, mas como dívida. 5Mas, para quem não trabalha, porém crê naquele que justifica o ímpio, a sua fé lhe é atribuída como justiça.
Romanos 11.6 (NAA)
6E, se é pela graça, já não é pelas obras; do contrário, a graça já não é graça.
Romanos 3.27 (NAA)
27Onde fica, então, o orgulho? Foi totalmente excluído. Por meio de que lei? A lei das obras? Não! Pelo contrário, por meio da lei da fé.
Romanos 4.2 (NAA)
2Porque, se Abraão foi justificado por obras, tem do que se orgulhar, porém não diante de Deus.
Willard H. Taylor:
As boas obras, que estão de acordo com os elementos da lei de Deus, que estão retidos em Cristo, seguem a experiência da fé. E, para o homem de fé, estas boas obras não são obras humanas, mas obras de Deus inspiradas pela atuação do Espírito na vida do homem de fé.
(e) Somos “feitura dele”.
Russel Shedd:
A palavra “poema” me parece ter a ideia de Deus tomando pecadores gentios perdidos e colocando-os na nova criação, que é a sua obra de arte: “criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas”. As boas obras que a Igreja, como feitura de Cristo, através de nossos corpos, de nossas mentes, no nosso mundo perdido.
Igreja Batista Betânia na Ucrânia foi atingida pelos ataques russos.
Enquanto milhões em toda a Ucrânia lutam para viver num país sob sitiado, a cidade de Mariupol enfrentou o inimaginável. Esta bela cidade situada na costa norte do Mar de Azov tem sofrido bombardeamentos implacáveis durante semanas. Na foto está a Igreja Batista Betânia, conhecida em tempo de paz pelo seu ministério social e evangélico ativo, que agora carrega as cicatrizes do bombardeio. Apesar de queimada, a cruz permanece. E assim acontece a determinação dos Batistas Ucranianos que permanecem fiéis ao serviço de Deus e aos seus compatriotas ucranianos mesmo enquanto a guerra assola. Por favor, continuem a juntar-se a nós em oração e apoio destes incríveis servos de Deus.
3. Outras aplicações:
(a) A transformação de nossa história de vida ocorre por conta do poder grandioso de Deus, em Cristo Jesus. Em quem nos tornamos, nos tornamos em Cristo.
1Pedro 1.3–5 (NAA)
Uma viva esperança
3Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que, segundo a sua grande misericórdia, nos regenerou para uma viva esperança, mediante a ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos, 4para uma herança que não pode ser destruída, que não fica manchada, que não murcha e que está reservada nos céus para vocês, 5que são guardados pelo poder de Deus, mediante a fé, para a salvação preparada para ser revelada no último tempo.
(b) Temos de estar atentos aos convites do Diabo para que nos desviemos do caminho de Cristo. Quem somos, somos em Cristo.
2Coríntios 5.17 (NAA)
17E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas.
Hebreus 12.1–2 (NAA)
Jesus, Autor e Consumador da fé
12 1Portanto, também nós, visto que temos a rodear-nos tão grande nuvem de testemunhas, livremo-nos de todo peso e do pecado que tão firmemente se apega a nós e corramos com perseverança a carreira que nos está proposta, 2olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus, o qual, em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, sem se importar com a vergonha, e agora está sentado à direita do trono de Deus.
Ilustr.:
https://tuporem.org.br/manjar-turco/
Manjar turco | Jonathan Silveira
“O Leão, a Feiticeira e o Guarda-roupa” – Texto 2
Logo ao entrar no país de Nárnia, Edmundo se depara com a Feiticeira Branca ao procurar por sua irmã, Lúcia. A Feiticeira está sentada no lugar de honra de um trenó puxado por renas, conduzido por um anão. Como existe uma profecia em Nárnia que afirma que os quatro tronos de Cair Paravel serão ocupados por Filhos de Adão e Eva um dia, assim que a Feiticeira Branca percebe que Edmundo é um Filho de Adão, ela passa a seduzi-lo e enganá-lo, com o objetivo de proteger o seu reinado em Nárnia.
“– Que tal uma bebidinha quente? Seria bom, não seria?
– Seria, Majestade – respondeu Edmundo, batendo o queixo.
Lá de dentro dos agasalhos, a rainha tirou uma garrafinha que parecia de cobre. Levantando o braço, deixou uma gota cair na neve. Edmundo viu a gota brilhar, como um diamante, durante um segundo no ar. Mas, no momento em que tocou na neve, produziu um som sibilante e, logo surgiu um copo cheio de um líquido fumegante. Imediatamente, o anão o apanhou, passando-o a Edmundo com uma reverência e um sorriso afável. Depois de ter começado a beber, Edmundo sentiu-se muito melhor. Era uma bebida que nunca tinha provado, muito doce e espumante, ao mesmo tempo espessa, que o aqueceu da cabeça aos pés.
– Beber sem comer é triste, Filho de Adão – disse a rainha. – Que deseja comer?
– Manjar turco, Majestade, por favor – disse Edmundo.
A rainha deixou cair sobre a neve outra gota da garrafa; no mesmo instante, apareceu uma caixa redonda, atada com uma fita de seda verde, que, ao se abrir, revelou alguns quilos do melhor manjar turco. Edmundo nunca tinha saboreado coisa mais deliciosa, tão gostosa e tão leve. Sentiu-se aquecido e bem disposto” (C. S. Lewis. As Crônicas de Nárnia. Volume único. Ed. Martins Fontes: São Paulo, 2009. p. 117).
Quanto mais Edmundo comia, mais tinha vontade de comer. Edmundo, então, foi contando à Feiticeira que ele possuía três irmãos e que Lúcia já havia estado em Nárnia e conhecido o Sr. Tumnus.
“Por fim, acabou-se o que era doce, e Edmundo olhava fixamente para a caixa vazia, louco para que a rainha lhe perguntasse se ainda queria mais. Sabia ela muito bem o que ele estava pensando. E, melhor ainda, que o manjar turco estava encantado: quem o provasse, ficaria querendo sempre mais e chegaria a comer, a comer, até estourar” (p. 117).
A rainha, então, promete que lhe dará mais manjar turco se ele levar seus irmãos até ela. Ela promete que Edmundo será príncipe e que seus irmãos serão nobres em seu castelo. Mas pede a Edmundo que a conversa entre eles fique em segredo. A Feiticeira se vai e Edmundo encontra Lúcia. Lúcia, então, comenta com Edmundo a respeito da Feiticeira Branca:
“– [A Feiticeira Branca é] Uma pessoa horrorosa. Diz que é a rainha de Nárnia, embora não tenha o direito de ser rainha. É odiada por todos os faunos e dríades e náiades e anões e animais… Pelo menos, pelos que são bons. É capaz de transformar pessoas em pedra e de fazer mil coisas horríveis. É por causa de um encantamento dela que é sempre inverno em Nárnia, sempre inverno, mas o Natal nunca chega” (p. 119).
“Edmundo, já meio incomodado por ter comido tanto manjar turco, sentiu-se ainda pior ao ouvir dizer que a dama da qual se tornara amigo era uma perigosa feiticeira. Mas, lá no fundo, o que mais desejava era voltar para fartar-se daquele maravilhoso manjar” (p. 119).
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