A Festa de Pentecostes e suas lições para nossa vida espiritual

FESTAS JUDAICAS  •  Sermon  •  Submitted
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Lv.23.15-21

Fonte: 296.3-Gui - p.81 ss
Introdução
Estamos aprendendo com as Festas Judaicas e suas respectivas aplicações à nossa vida espiritual.
A festa da Páscoa aponta para a morte de Cristo, que nos libertou; na festa dos Pães sem fermento somos levados a aprender a fugir do fermento contaminador do mundo; na festa dos molhos das primícias temos a ressurreição de Cristo; na festa do Pentecostes temos a indicação da descida do Espírito Santo para formar a Igreja.[1]
Na festa do Pentecostes havia também o movimento de molhos (desta vez de trigo) e a oferta de pães com fermento. E, observe, “eles eram assados, agora com fermento”. Por que assim? Para mostrar que as pessoas, embora cheias do Espírito e adornadas com seus dons e graças, ainda convivem com o mal (Jo.17.15; Jo.16.33).
A assembleia, no dia de Pentecostes (At.2), foi coroada com os dons do Espírito Santo; mas havia fermento ali também. Isto é indicado pelo fermento nos dois pães da Festa do Pentecostes, e é demonstrado na real história da Igreja; porque ainda que Deus-Espírito Santo estivesse presente na assembleia, a carne estava lá igualmente para mentir a Ele (veja At.5.1-10; Gl.5.16). A carne é carne e jamais pode ser tornada uma coisa diferente além de carne. O Espírito Santo não desceu no dia de Pentecostes para melhorar a natureza ou anular o fato do seu mal incurável, mas para batizar os crentes num só corpo, e conectá-los com o seu Cabeça vivo no céu.[2]
Desenvolvimento
Pentecostes – 50 dias – 7x7 (mais um dia após festa das primícias) – Deus é perfeito (7)
Celebra-se a Festa das Primícias e a partir deste dia conta-se SETE SEMANAS ou 50 DIAS.
Elementos para a celebração:
a. Uma oferta de cereais novos ao Senhor (Trigo; na Festa das Primícias foi Cevada)
b. Dois pães feitos com farinha e fermento.
d. Sete cordeiros de um ano, sem defeito, um novilho e dois carneiros - como Holocausto ao Senhor, mais ofertas de cereais queimadas ao Senhor como cheiro suave.
e. Um bode como oferta pelo pecado; dois cordeiros de um ano como oferta pacífica
Havia Três tipos de Oferta:
· Oferta pela culpa - Com ela o ofertante deveria fazer restituição pelo pecado cometido antes de apresentar sua oferta ao Senhor (5:16). Esse sacrifício abrangia vários tipos de pecados:
(a) Contra Deus: reter tudo aquilo que pertence ao Senhor (dízimos e ofertas, a consagração das primícias, o primogênito dos animais etc.; 5:15); pecar involuntariamente se refere a fazer alguma coisa que o Senhor proibiu (5:17) e, presume-se, tratava-se de um ato que requeria restituição.
(b) Contra o próximo: lesar o próximo em questões de bens confiados em depósito, penhor, roubo e extorsão (6:2); encontrar algo que pertence a outro e mentir dizendo que não encontrou (6:3).) e de profanação do nazireu (Nm 6:6–12)[3]
· Oferta pelo pecado - A oferta pelo pecado removia a corrupção. É uma oferta que remove ou limpa a impureza. Deve ser apresentada mesmo que nenhum ato pecaminoso (conhecido) tenha sido cometido.[4]
· Ofertas pacíficas ou de paz – pela paz, para celebrar a paz. Somente depois de reconhecer sua culpa e seu pecado, e ter recebido o perdão, pode-se celebrar a PAZ (Rm.5.1)
Com esta festa, percebemos que Deus nos mostra que já não somos mais inocentes, crentes novos, mas experimentados neste mundo de pecados. Deus nos quer “CRENTES MADUROS”.
a. Conscientes de que somos pecadores – 1Jo.1.8,10
b. Conscientes de que vivemos em um mundo de pecado, que nos desafia a todo instante – Jo.17.15; 1Jo.2.1.
c. Somos pecadores, MAS Redimidos, regenerados (gerados de uma nova semente). Somente nos céus não seremos mais pecadores. Então seremos como Ele é – 1Jo.3.2
d. Em muitas circunstâncias, a graça de Deus nos basta – 2Co.12.9
e. Deus deseja que desenvolvamos a nossa salvação – com temor e tremor – Fp.2.12
f. Deus espera que sejamos filhos maduros, santos e separados para Ele, mesmo vivendo em um mundo maligno – para glorificar e testemunhar de Jesus. Para isso, há alguém que nos capacita: o Espírito Santo.
PÃES COM FERMENTO:
Utilização comparativa do FERMENTO: (o fermento faz a massa crescer, desenvolver grandemente.
a. Há muitas recomendações com o fermento mau – fugir dele – Mt.16.6
b. O reino é comparado a um pouco de fermento colocado na massa santa – Mt.13.33
Conclusão
Na Páscoa somos libertos; na festa do Pentecostes somos capacitados para servir:
a. Com nossos pecados confessados e perdoados (1Jo.1.9).
b. Com os dons que graciosamente Deus concede a cada filho seu.
“O Pentecoste da era da Graça” faz lembrar Espírito Santo:
a. Presença como O Consolador (Espírito Santo)
b. Salvos marcados com o Espírito Santo (Ef.1.13)
c. Recebimento dos dons do Espírito Santo
LIBERTOS, PERDOADOS, GRATOS e EMPODERADOS PARA SERVIR (com seus dons)
Assim festejavam os hebreus. Assim devemos nós sentir diante do grande amor redentor de Deus, prontos para servi-Lo com os nossos dons. ASSIM SEJA.
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[1]Lewis Sperry Chafer, Teologia Sistemática, ed. Juan Carlos Martinez, trans. Heber Carlos de Campos, 3a edição., vol. 5 (São Paulo: Hagnos, 2013), 251. [2]Lewis Sperry Chafer, Teologia Sistemática, ed. Juan Carlos Martinez, trans. Heber Carlos de Campos, 3a edição., vol. 5 (São Paulo: Hagnos, 2013), 251. [3]William MacDonald, Comentário Bíblico Popular: Antigo Testamento, 2a edição. (São Paulo: Mundo Cristão, 2011), 92. [4]Robert I. Vasholz, Levítico, trans. Jonathan Hack, 1a edição., Comentários do Antigo Testamento (São Paulo: Editora Cultura Cristã, 2018), 60.
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