Miserável homem que sou!

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MISERÁVEL HOMEM QUE SOU! Romanos 7.24
Introdução
023
A segunda metade do capítulo descreve o conflito das duas naturezas que o crente possui.
Gl 5.17: “Pois a carne deseja o que é contrário ao Espírito; e o Espírito, o que é contrário à carne. Eles estão em conflito um com outro...”.
Os v.14 e 15, 18, 19 e 21, são verdadeiros a respeito de todos os crentes. Vamos lê-los: “Sabemos que a lei é espiritual; eu, contudo, não o sou, pois fui vendido como escravo ao pecado. Não entendo o que faço. Pois não faço o que desejo, mas o que odeio... Sei que nada de bom habita em mim, isto é, em minha carne. Porque tenho o desejo de fazer o que é bom, mas não consigo realiza-lo. Pois o que faço não é o bem que desejo, mas o mal que não quero fazer, esse eu continuo fazendo... Assim, encontro essa lei que atua em mim: Quando quero fazer o bem, o mal está junto a mim”.
Você está aquém do padrão de Deus. Já se deu conta disso? Isto é um ENGANO!
Por isso todo crente tem necessidade urgente de orar suplicando perdão por seus pecados diários. Lc 11.4; Tg 3.2
James 3:2 NVI
Todos tropeçamos de muitas maneiras. Se alguém não tropeça no falar, tal homem é perfeito, sendo também capaz de dominar todo o seu corpo.
Esse v.24 é a linguagem de uma alma regenerada.
O incrédulo é miserável, mas ele não conhece a miséria que essa lamentação expressada evoca.
Somente o crente tem uma dupla natureza: Rm 7.22 diz que “no tocante ao homem interior” há prazer na lei de Deus, todavia (v.23), revela outra lei atuando.
Pois o reconhecimento dessa guerra em seu íntimo, leva o crente a exclamar: “Desventurado homem que eu sou!”
Esse é um clamor produzido pela compreensão da habitação do pecado; É a confissão de alguém que reconhece não haver em si bem algum; É o lamento de alguém que descobriu algo a respeito de seu próprio coração; É o gemido de uma pessoa iluminada por Deus, que anela por libertação.
Esse gemido expressa a experiência normal do crente:
O crente que não profere diariamente esse clamor está em um estado de anormalidade e falta de saúde espiritual.
A ausência desse clamor na vida do crente revela que ele não se encontra em comunhão... que anda ignorante do ensino da Palavra de Deus (pois não está se enxergando...).
Esse é o mal dos nossos dias! ...os crentes estão se dando por satisfeitos... já estão dizendo: “Não precisamos de mais nada! ...estamos satisfeitos com o que conseguimos! Somos salvos por Jesus... já temos um pouco de santidade... um pouco de compromisso com a igreja... já sabemos um pouco sobre a Bíblia... já tenho um pouco de paciência, um pouco de mansidão, um pouco de bondade... está bom!!!”.
Outros dizem: “Temos 2, 5, 10, 20 anos de vida cristã, lemos a Bíblia, participamos da igreja, entregamos os dízimos... ah! Até freqüentamos um pequeno grupo! Então isto significa que estamos ótimo!”
Assim nos achamos muito dignos de estar onde Deus está.
Mas aquele que se curva diante do ensino da Palavra, que percebe o padrão que Deus tem proposto e descobre o quanto tem falhado em alcançá-lo, esse haverá de clamar: “Desventurado homem que sou”. Se Deus lhe revela a frieza de seu amor, o orgulho de seu coração, as vagueações da mente, o mal que contamina suas atitudes, esse crente haverá de clamar: “Desventurado homem que sou!”
Se o crente reconhece o quanto é murmurador, rebelde, irritado por pouca coisa... se admite que não apenas tem pecado por fazer o que não deve ser feito, e pecado por não fazer o que deve ser feito, dos quais é culpado todos os dias, se ele admite isto, realmente clamará: ”Desventurado homem que sou!”.
Agora, esse clamor não será proferido apenas por aquele crente que se acha afastado do Senhor, mas também por aquele que está em comunhão verdadeira com o Senhor.
Quanto mais o crente entra na presença de Deus, tanto mais ele descobrirá as corrupções de sua natureza pecaminosa, e tanto mais desejará ser liberto de tal natureza.
Você sabe: quando a luz do sol inunda um cômodo da casa é que a poeira e a sujeira são completamente mostradas (é o que se dá quando entramos na presença de Deus).
E essa descoberta nos levará a clamar: “Desventurado homem que sou!”.
Mas, talvez, você pergunte: A comunhão com o Senhor não produz regozijo, ao invés de gemido? Produz as duas coisas.
Rm 8.16, 17: “O próprio Espírito testemunha ao nosso espírito que somos filhos de Deus” (regozijo)... “Se somos filhos, então somos herdeiros; herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo, se de fato participamos dos seus sofrimentos...” (gemidos)
Tristeza e gemido estão presentes no mais elevado nível de espiritualidade. Hoje em dia tem havido muita exaltação a respeito da comunhão com Cristo.
do culto e dizer “Que maravilhoso! Como cantamos bonito!!”
Porém, se não houve qualquer senso de completa indignidade... se não houve qualquer lamentação pela depravação de nossa natureza... se não houve qualquer entristecimento por nossa falta de conformidade com Cristo... se não houve o clamor “Desventurado homem que sou!”, então não houve, de maneira alguma, comunhão com Jesus.
Quando estava andando com o Senhor, Abraão exclamou: “Eis que me atrevo a falar ao Senhor, eu que sou pó e cinza” (Gn 18.27).
Estando face a face com Deus, Jó declarou: “Por isso me abomino” (Jó 42.6).
Ao entrar na presença de Deus, Isaías exclamou: “Ai de mim! Estou perdido! Porque sou homem de lábios impuros” (Is 6.5).
Quando Daniel teve uma visão maravilhosa de Cristo, ele confessou: “Não restou força em mim; o meu rosto mudou de cor e se desfigurou, e não retive força alguma” (Dn 10.8).
Numa carta, o apóstolo Paulo escreveu: “Fiel é esta palavra e digna de toda aceitação: Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal” (1Tm 1.15).
Essas declarações não procedem de pessoas não-convertidas, e sim dos lábios de santos (não foram confissões de crentes relaxados; mas de servos comprometidos)!
Hoje, onde encontramos crentes que possam ser colocados lado a lado com Abraão, Jó, Isaías, Daniel e Paulo?
Mas você tomará parte nesta galeria, porque vem vindo uma unção de quebrantamento, você verá a sua indignidade... será humilhado, mas Deus te exaltará! Aleluia!
CONCLUSÃO
“Desventurado homem que sou!” – Essa é a linguagem de uma alma nascida de novo... a confissão do crente normal (não iludido, não enganado).
Um cristão, ao se dar conta de como sua mente vagueava na hora de ler a Palavra de Deus, ao se dar conta dos maus pensamentos que brotavam do seu coração, ao se dar conta das imagens que apareciam quando estava em estado de sonolência, ao se dar conta e enxergar a natureza do seu próprio coração, ele era ouvido clamando em oração: “Oh! Se eu estivesse onde nunca mais pecarei!”.
Um outro crente, chegou a confessar: “Não tenho conseguido orar, mas tenho cometido pecados; Não tenho falado de Jesus, mas tenho cometido pecados; Não tenho amado a Deus com todas as minhas forças, mas tenho cometido pecados. Oh! Preciso arrepender-me de meu próprio arrependimento, e até as lágrimas que derramei necessitam ser lavadas no sangue de Jesus”.
Amado: Não existem Super-crentes. Os melhores homens e mulheres (servos e servas) de Deus, encontraram motivo para fazerem suas as palavras do apóstolo Paulo: “Desventurado homem que eu sou!”
Hoje, somos nós!
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