PERÍODO INTERTESTAMENTÁRIO
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"E partimos do rio de Aava, no dia doze do primeiro mês, para irmos para Jerusalém: e a boa mão do nosso Deus estava sobre nós e livrou-nos da mão dos inimigos e dos que nos armavam ciladas no caminho." (Ed 8.31)
2 Rs 17.24-28 ★ O temor ao Senhor é ensinado
Ed 4.17-24 ★ A obra na Casa de Deus é interrompida
Ed 6.1-12 * O decreto para edificar o Templo
Ne 4.7-11 ★ Os inimigos tentam atrasar a obra
Lc 2.1-7 ★ A vinda do Messias
Mt 2.1-6 ★ Énascido o Rei dos judeus
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Esdras 1.1-5 1 No primeiro ano de Ciro, rei da Pérsia (para que se cumprisse a palavra do Senhor, por boca de Jeremias), despertou o Senhor o espirito de Ciro, rei da Pérsia, o qual fez passar pregão por todo o seu reino, como também por escrito, dizendo: 2 Assim diz Ciro, rei da Pérsia: O Senhor, Deus dos céus, me deu todos os reinos da terra; e ele me encarregou de lhe edificar uma casa em Jerusalém, que é em Judá. 3 Quem há entre vós, de todo o seu povo, seja seu Deus com ele, e suba a Jerusalém, que é em Judá, e edifique a Casa do Senhor, Deus de Israel: ele é o Deus que habita em Jerusalém. 4 E todo aquele que ficar em alguns lugares em que andar peregrinando, os homens do seu lugar o ajudarão com prata, e com ouro, e com fazenda, e com gados, afora as dádivas voluntárias para a Casa de Deus, que habita em Jerusalém. 5 Então, se levantaram os chefes dos pais de Judá e Benjamim, e os sacerdotes, e os levitas, com todos aqueles cujo espírito Deus despertou, para subirem a edificar a Casa do Senhor, que está em Jerusalém. Lucas 2.1-7 1 E aconteceu, naqueles dias, que saiu um decreto da parte de César Augusto, para que todo o mundo se alistasse. 2 Este primeiro alistamento foi feito sendo Cirênio governador da Síria.) 3 E todos iam alistar-se, cada um à sua própria cidade. 4 E subiu da Galileia também José, da cidade de Nazaré, à Judeia, à cidade de Davi chamada Belém (porque era da casa e família de Davi), 5 a fim de alistar-se com Maria, sua mulher, que estava grávida. 6 E aconteceu que, estando eles ali, se cumpriram os dias em que ela havia de dar à luz. 7 E deu à luz o seu filho primogênito, e envolveu-o em panos, e deitou-o numa manjedoura
CONECTADO COM DEUS
Ao estudar sobre a trajetória do povo de Israel, talvez você se indigne com os seus sequenciais desvios, sempre necessitando sofrer drásticas consequências para novamente se voltar para o Senhor. Contudo, mesmo debaixo da Nova Aliança, se não buscarmos constantemente a Cristo, corremos o mesmo risco. Faça sempre uma autoanalise de sua trajetória e corrija-se para não ser um cristão oscilante. Foi lhe dado acesso ao Santo dos santos, a toda sabedoria insondável, por meio do Espirito Santo e da sua Palavra, a qual você tem tão fácil acesso. Não desperdice esta dádiva!
OBJETIVOS
COMPREENDER o cenário sociopolítico do período intertestamentário; MOSTRAR que até mesmo os invasores foram instrumentos do Senhor; ENTENDER que Deus nunca deixou de operar na história e cada evento serviu aos seus propósitos eternos.
ANTES DA AULA Quando você era apenas aluno, percebia quando o professor chegava despreparado para ministrar a aula? Notava que o entendimento e gosto sobre o assunto exposto era maior ou menor dependendo do quanto o professor se dedicava previamente para lecionar? Tenha por certo que isto é observado pela sua classe em relação a você e às suas aulas; nem adianta disfarçar. O que adianta mesmo é se preparar. Evidentemente, não apenas por receio de passar vergonha, mas pelo compromisso e consciência de que uma boa aula ministrada pode ser determinante à vida de seus juvenis; podendo resultar em livramento dos maus caminhos; sabedoria nas boas escolhas e, sobretudo, na salvação eterna. Portanto, faça uma autoanalise e elabore medidas de como chegar melhor preparado à sala de aula da ED.
1. PERÍODO DO SEGUNDO TEMPLO O Período Interbíblico ou Intertestamentário refere-se ao intervalo de 400 anos entre os acontecimentos finais do Antigo Testamento e o início do Novo Testamento. Tal momento foi marcado principalmente pelo retorno de muitos judeus a Jerusalém, depois do exílio na Babilônia (400 a.C), bem como pela reconstrução dos muros da cidade e da Casa de Deus, até o cumprimento da vinda do Messias, por meio do nascimento de Jesus, Historicamente, esses quatro séculos de acontecimentos também é denominado como ‘Período do Segundo Templo",já que talreconstrução foi um marco extremamente importante para o povo de Deus após o exílio (Cf. Ag 2.1-9). 2. CENÁRIO SOCIOPOLÍTICO E CULTURAL Ao estudarmos a história i do povo escolhido fica muito í evidente o zelo do Senhor e o cumprimento de sua promessa de jamais destruí-lo inteiramente (Cf. Jr 46.28), Até mesmo em face das recorrentes desobediências e consequências, as quais diversas vezes colocaram a nação em situações cuja repercussão poderia ter sido o extermínio, o Deus Todo-Poderoso guardou Israel. Contudo, visto que, ao longo dos séculos, os judeus foram dominados em momentos distintos pelos persas, gregos e romanos, tais influências repercutiram em mudanças importantes na cultura, na política, na religião e na Linguagem do que havia sido o reino de Israel. Conforme estudamos no trimestre passado, a rivalidade entre judeus e samaritanos, característica sociocultural marcante observada nos Evangelhos, agravou-se no desenrolar deste período, por exemplo.
2.1. Paganismo em Samaria Após o Reino do Norte ser tomado pela Assíria, cerca de 722 a.C., Samaria passou a ser habitada por povos pagãos, oriundos de vários locais conquistados pelos assírios (2 Rs 1721-41). Com Samaria mergulhada em costumes e religiões politeístas, as diferenças e divergências entrejudeus e samaritanos foram intensificadas. O Reino do Sul também sofreu as consequências de sua desobediência, caindo nojugo da Babilônia (Dn 1.1-6; 2 Rs 24.8-17; 2 Cr 36.11-21). Entretanto, em cumprimento ao que o Senhor havia previamente anunciado pelos profetas Isaías e Jeremias (Is 44.21-28; 451-7; Jr 29.10-14; Ed 1.1-4:513.14). depois de um tempo, levantou-se Ciro, rei da Pérsia, conquistou a Babilônia e autorizou a construção do Templo. 2.2. Oposição samaritana Neste contexto, entraram em cena novamente os samaritanos, tentando atrapalhar a reconstrução (Ed 4-1-5). As oposições aos judeus seguiram nos reinados persas seguintes (Ed 4.6-24; 5-7). Durante a etapa de reestruturação de Jerusalém,já sob a responsabilidade de Neemias (Ne 2.1-8), houve ameaças dos opositores, que insistiam em paralisar a edificação dos muros da cidade (Ne 4.7-11; 6.1-14). Mas em 52 dias a obra foi concluída (Ne 6.15). 2.3. Judeus XSamaritanos Muitos anos mais tarde, fica claro no diálogo de Jesus com uma mulher junto ao poço na cidade de Sicar, que ainda havia tal divisão entre os judeus e os samaritanos (Cf. Jo 4-1-30). 8 JUVENIS Em outra ocasião, no intuito de retaliar os samaritanos que negaram pousada aos discípulos, Tiago e João perguntaram a Jesus se eles poderíam pedir que descesse fogo do céu para consumir tal aldeia, Jesus respondeu que “não veio para destruir as almas dos homens, mas para salvá-las” (Lc 9 51-56), mostrando que a nossa luta não é contra nenhum "inimigo" carnal. Jesus chocou osjudeus ao ensinar importantes lições, exemplificando-as com boas ações dos samaritanos (Lc 10.25-37; 1711-19). 3. OS INVASORES COMO INSTRUMENTOS DE DEUS 3.1. Os persas Dentre outros, um dos marcos do período persa na sociedade judaica, visto até hoje, é a celebração da festa de Purim; em lembrança ao livramento dado pelo Senhor ao seu povo, quando Hamã tentou exterminar os judeus (Et 9.17-32), no período do rei Assuero. 3.2. Os gregos A cultura grega tinha influência profunda sobre a Palestina na grande era helenística, isto é, da conquista de Alexandre à conquista romana, de 333 a 63 a.C. Foi durante esse período que 72 anciãos judeus traduziram os textos do Antigo Testamento do hebraico para o grego, a chamada Septuaginta. Sob esta influência, o idioma falado pelosjudeus passou a ser o grego (At 21.37); e os escritos do Novo Testamento já foram registrados na língua grega. Atenas, capital da Grécia, é citada diversas vezes no NT (At 17.15,16; 18.1; 1 Ts 3.1). Os judeus estavam entre os gregos e os gregos entre os judeus (Jo 735; 12.20,21; Mc 726). 3.3. Os romanos Foi por meio de um decreto do romano CésarAugusto, para um censo, em que todos se alistassem em sua própria cidade, que José e Maria foram parar em Belém, onde nasceu Jesus (Lc 2.1-7), cumprindo a profecia de Miqueias (Mq 5.2,3). Tibério César, Pôncio Pilatos, Herodes, Filipe e Lisânias aparecem entre os líderes estrangeiros na época de Jesus (Lc 3.1-3; Mt 2.1-12). Um dos supostos receios dos fariseus sobre a fama de Jesus se espalhar como "rei dosjudeus" era dos romanos tirar-lhes a nação (Jo 11.45-48).
4. O "SILÊNCIO DE DEUS" Embora 0 período seja chamado de "400 anos de silêncio", por não haver registro de profecia escrita, Deus não deixou de se manifestar na história. Como pudemos ver, até mesmo os acontecimentos que sucederam já JUVENIS 9 haviam sido preditos e usados por Ele para o cumprimento de seus propósitos. Em Daniel 2.17-49. 7 e 8, as interpretações já apontavam para os impérios babilônico, medo-persa, grego e romano. Através da história de Simeão. também vemos que a ação do Espírito Santo continuava. O Senhor havia revelado que ele “não morrería antes de ver o Cristo do Senhor”; também há o exemplo da profetiza Ana, que "não se afastava do templo, servindo a Deus em jejuns e orações” (Lc 2.25-38); Zacarias, pai de João Batista, fiel sacerdote (Lc 1.5-25) que, com sua esposa Isabel, vivia “irrepreensivelmente em todos os mandamentos e preceitos do Senhor” (v.6); dentre outros. Podemos constatar, portanto, que Deus nunca deixou de operar ou de 'se mostrar forte para com aqueles cujo coração é perfeito para com ele" (2 Cr 16.9). ©
C INTERAÇÃO No inicio da aula, peça aos Juvenis para contarem sobre como foi a semana. Ouça atentamente e pergunte quem conseguiu estudar a lição previamente. Parabenize os que conseguiram ler, atendo-se também àjustificativa dos que não puderam. A partir das respostas, reflita com eles sobre o contexto da lição. Assim como, até os invasores, exílios e dificuldades que o povo de Israel passou, o Senhorfez cooperar para o seu bem e amadurecimento, da mesma forma ocorre em nossas vidas. Pergunte-os: Quem conseguiu sentir Deus trabalhando em seu favor, mesmo através das tributações? Quem foi usado por Deus para te ajudar?
CONHEÇA OS SEUSALUNOS Um bom relacionamento entre o(a) professor(a) de Escola Dominical e a família do juvenil pode criar ou fortalecer laços de cooperação para tratar particularidades importantes. Há alunos que, na Escola Dominical. dão sinais de estarem passando por algum conflito ou distúrbio sério, mas em casa não são percebidos pelos entes do Lar. Veja, portanto, como é importante que o(a) professor(a), com discernimento e sem ultrapassar os limites do bom senso, auxilie na identificação de problemas, a fim de auxiliar ou sugerir encaminhamento adequado aos casos mais graves, seja para o gabinete pastoral, terapeuta familiar ou até mesmo ao Conselho Tutelar.
SUBISÍDIO Superficialmente, o cativeiro babilônico parece uma grande tragédia. No entanto, ele provou ser uma bênção incomum. Na Babilônia os judeus se voltaram para as Escrituras a fim de entender o que lhes acontecera. De forma decisiva rejeitaram a idolatria; depois do cativeiro a nação nunca mais foi atraída para a adoração a falsos deuses. E enquanto estavam na Babilônia, o sistema de estudo e oração nas sinagogas foi instituído; um sistema que manteve o foco de Israel nas Escrituras até o dia de hoje. Mesmo no mais terrível dos juízos Deus permaneceu verdadeiro ao seu compromisso em fazer o bem ao seu povo. Não obstante o que acontecer a você e a mim, sabemos que Deus tem um compromisso conosco. Ele nos ama, e nos fará o bem” (RICHARDS, Lawrence O Comentário Devocional da Bíblia. Rio de Janeiro: CPAD, 2013, p.227).
PARA CONCLUIR Ao estudar a trajetória de Israel, observamos que, mesmo em face da infidelidade humana, o Senhor permanece fiel, pois Ele não nega a si mesmo (Cf. 2 Tm 2.13). Haja o que houver, passe o tempo que passar, as suas promessas se cumprirão. É o próprio Deus quem vela por sua Palavra para cumpri-la (Jr 1.12), Contudo, nem por isso precisamos agir como o povo de Israel, escolhendo o caminho da desobediência e. consequentemente, de grande sofrimento. Basta sermos fiéis a Jesus Cristo, o qual está à direita de Deus, e intercede a nosso favor (Cf. Rm 8.34)