PRECIOSO CHAMADO DO SALVADOR. MATEUS 11:25-30
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PRECIOSO CHAMADO DO SALVADOR.
PRECIOSO CHAMADO DO SALVADOR.
MATEUS 11:25-30.
Por aquele tempo, exclamou Jesus: Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque ocultaste estas coisas aos sábios e instruídos e as revelaste aos pequeninos. Sim, ó Pai, porque assim foi do teu agrado. Tudo me foi entregue por meu Pai. Ninguém conhece o Filho, senão o Pai; e ninguém conhece o Pai, senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar. Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma. Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve.
INTRODUÇÃO
PASSAR PELOS CAPÍTULOS 10 E 11
CORPO DO SERMÃO
Em lugar do que Mt diz no v. 25: Naquele tempo Jesus respondeu…, Lucas diz em 10:21: “Naquele tempo exultou Jesus […] e disse: Eu te louvo…” Enfaticamente Lucas fala da alegria de Jesus. A palavra de Jesus: “Eu te louvo, ó Pai…” está situada no tempo: naquele tempo. Não queremos passar por cima dessa cronologia.
LUCAS 10:21. (NVT)
Naquele momento, Jesus foi tomado da alegria do Espírito Santo e disse: "Pai, Senhor dos céus e da terra, eu te agradeço porque escondeste estas coisas dos que se consideram sábios e inteligentes e as revelaste aos que são como crianças. Sim, Pai, foi do teu agrado fazê-lo assim.
(AGALIAO), VB. exultar; alegrar-se.
Exultar (sentir alegria) — sentir exaltação ou felicidade extrema
LC 1:47
Como meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador!
1PE 1:6
Portanto, alegrem-se com isso, ainda que agora, por algum tempo, vocês precisem suportar muitas provações.
MATEUS 10.25
Naquela ocasião, Jesus orou da seguinte maneira: "Pai, Senhor dos céus e da terra, eu te agradeço porque escondeste estas coisas dos que se consideram sábios e instruídos e as revelaste aos que são como crianças.
De que tempo está se falando?
A partir do v. 20, Jesus começou a criticar as cidades. Seguem-se os “lamentos dos ais”. Ele anunciou a palavra de condenação sobre Cafarnaum (v. 23). Seus atos milagrosos em Corazim, Betsaida e Cafarnaum haviam acontecido em vão.
Em vão? Não. Os milagres haviam acontecido para juízo.
Nesse tempo, portanto – Jesus enaltece o Pai! Diante da noite do juízo há sem dúvida algo que traz alegria, a saber, existe o reluzente e claro dia da aceitação da salvação! Assim os v. 25–30 se destacam do fundo escuro do juízo dos v. 20–24.
Portanto, após os ais e o anúncio do juízo por Jesus nos v. 20–24 segue-se agora uma oração de ação de graças. A partir do contexto e do fato de que esta oração foi transmitida neste ponto, temos de concluir que ela não é uma oração proferida no isolamento, mas que foi orada perante a multidão reunida.
A expressão: Respondeu Jesus… não indica que essa oração fosse uma resposta a uma objeção qualquer ou à pergunta de um discípulo ou espectador. Ela nos leva para dentro da íntima relação entre Pai e Filho.
NÃO PODEMOS PERDER DE VISTA QUE O conteúdo da oração é um louvor a Deus.
Cristo trata Deus primeiramente como Pai. Para nós hoje a palavra “Pai”, dirigida a Deus, é muito usual e por isso – infelizmente – muitas vezes não expressa mais nada de especial.
Contudo, neste texto temos de nos conscientizar de que Jesus profere essa palavra “Pai” diante de judeus. Mais precisamente, diante de judeus que sequer se arriscam a proferir o nome de Deus por medo de cometerem pecado. Sobre eles deve ter feito grande impacto que um ser humano na frente deles não apenas usava livremente o nome de Deus, mas também o trata de “Pai”. Contudo, quem teria mais direito de usar a palavra “Pai” se não o próprio Filho de Deus? Ele, o unigênito!
Em segundo lugar, Jesus designa Deus como Senhor do céu e da terra. Certamente Jesus o faz porque o motivo de seu louvor é a ação desse Senhor do céu e da terra.
O motivo de seu louvor é a sabedoria de Deus que, para alcançar os seus alvos, envereda por caminhos muitas vezes incompreensíveis para nós seres humanos.
Deus ocultou esse agir aos sábios (que são os escribas profissionais) e inteligentes deste mundo e o revelou aos menores. Por meio disso se faz primeiramente a constatação de que há dois grupos de pessoas: os sábios, respectivamente os entendidos e os menores.
Para designar o segundo grupo é usado o termo népios = menor de idade. Refere-se na verdade a “crianças que ainda não alcançaram a maioridade ou que intelectualmente ainda não estão à altura de uma pessoa adulta”.
A situação não é que Deus injustamente daria preferência a um desses dois grupos. Pelo contrário. Revelando sua verdade aos menores e ocultando-a aos sábios e entendidos, Deus restitui-lhes um relacionamento correto e de certa maneira anula qualquer privilégio.
Pois não está nas mãos dos pequenos tornarem-se sábios e alcançarem aquela capacidade de discernimento que os sábios têm.
Contudo, os entendidos e sábios têm o poder de quererem tornar-se como os menores, isto é, largar todos os preconceitos, todas as presunções intelectuais e reconhecer sua total insuficiência perante Deus.
Com a expressão “estas coisas”, Jesus referia-se à própria identidade como Salvador e à chegada do reino de Deus, verdades que o povo de Corazim, Betsaida e Cafarnaum não haviam enxergado. Ele afirmou que o Pai escondera tais coisas dos “sábios e instruídos”, isto é, daqueles que acreditavam entender Deus e seus caminhos com a própria sabedoria.
V 26 - O versículo: Sim, Pai, porque assim foi do teu agrado ressalta que ocultar diante dos sábios e entendidos não foi um acaso nem sequer um acontecimento secundário, mas corresponde ao agrado de Deus. É sua deliberação que está por trás do acontecimento.
É sabedoria de Deus, como é dito literalmente em 1 Co 1:21, que o mundo não reconheceu a Deus por meio da sua sabedoria.
É confortante notar que por todo o Novo Testamento o beneplácito ou deleite do Pai, quando expresso em termos positivos, em todo e qualquer lugar tem como seu objeto Cristo e/ou a obra de salvação ligada a ele
Jesus prosseguiu, dizendo: “Sim, ó Pai, porque assim foi do teu agrado.” Deus decreta e deseja apenas o que lhe apraz, e a única coisa que o agrada é aquilo que é correto.
Se pareceu bom aos olhos de Deus esconder essas verdades de alguns e revelá-las a os outros, isto foi bom, pois Deus faz todas as coisas bem. Jesus agradeceu por essa expressão da soberania de Deus, e nós devemos fazer o mesmo.
V 27 -
A palavra traduzida como “conhece” neste versículo foi utilizada em sua forma intensa. Isto quer dizer que Jesus estava falando algo assim: “Ninguém realmente conhece o Filho, senão o Pai; e ninguém realmente conhece o Pai, senão o Filho.”
Em outras palavras, ele estava dizendo que o nosso conhecimento de Deus, mesmo como convertidos, é ínfimo.
O conhecimento que obtemos das coisas de Deus neste mundo, mesmo se estudarmos diligentemente durante todos os dias de nossa vida, nada é em comparação com a profundidade e a riqueza de quem Deus é em si mesmo eternamente.
Conhecer o Filho em sua plenitude é algo possível apenas ao Pai (e ao Espírito Santo, naturalmente). Da mesma forma, somente o Filho (e o Espírito) pode conhecer o Pai em sua totalidade.
No entanto, alguns seres humanos podem conhecer o Pai: aqueles “a quem o Filho o quiser revelar”. Vimos anteriormente que o Pai oculta Jesus de alguns e revela-o a outros. Aqui Jesus disse que faz o mesmo em relação ao Pai. O Filho torna o Pai conhecido, mas não a todos.
MEUS AMADOS IRMÃOS
Não existe outro caminho a Deus que o caminho através do Filho.O próprio Filho, no entanto, é um mistério que ninguém conhece, a não ser o Pai. Por isso é que esse mistério precisa ser revelado.
V28 - Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei.
PRESTEM BASTANTE ATENÇÃO AQUI MEUS IRMÃOS:
Este Filho equipado com todos os poderes, a quem tudo foi entregue, convoca agora para o vir. E tudo isto à vista de todas aquelas pessoas e cidades que desprezam a graça que lhes foi presenteada e rejeitam Jesus.
Duas características daqueles que são convidados a vir são mencionadas: eles precisam estar cansados e sobrecarregados. O verbo kopiáo descreve um cansaço que se instala após pesado trabalho corporal, enquanto portizo expressa o estar sob pesada carga de responsabilidade.
Não há fardo mais esmagador para a alma humana do que a culpa. Quando carregamos culpas não resolvidas, culpas não perdoadas, elas nos oprimem e minam nossa alegria. Nossos passos ficam pesados por causa do peso deste fardo.
Ao observar as pessoas ao redor, Jesus pôde ver que elas estavam oprimidas pela culpa. Em sua compaixão, ele disse: “Vinde a mim”. Aonde mais poderíamos ir com nossa culpa? Quem mais poderia removê-la? Em seguida, prometeu que todos aqueles que fossem até ele receberiam “alívio”.
Em termos bíblicos, entrar no céu é receber alívio permanente
V 29 - 30
Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma. Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve.
Quando penso na palavra jugo, imagino dois bois unidos por um jugo pesado de madeira, cuja finalidade é fazê-los andar lado a lado. A Bíblia, às vezes, usa este tipo de jugo como metáfora. Por exemplo, somos instruídos a não nos colocar em “jugo desigual” com incrédulos no casamento, pois isto equivaleria a juntar dois bois totalmente incompatíveis e esperar que trabalhassem em equipe. Esta tentativa está condenada ao fracasso.
Todavia, Jesus não estava falando desse tipo de jugo. Antigamente, quando alguém transportava uma carga, podia usar um jugo sobre os ombros para sustentar o fardo de forma equilibrada.
A água costumava ser transportada assim, com um balde em cada extremidade. Este é o tipo de jugo que Jesus tinha em mente, o qual foi prometido a todos os que fossem a ele. Este instrumento facilitaria o carregamento dos fardos que, de outra maneira, seria inviável.
Aprender dele significa submeter-se à sua autoridade e tornar-se seu servo, como todos os discípulos fizeram.
Paulo compreendia isso, e sua forma preferida de fazer referência a si nas cartas era como “servo de Jesus Cristo”. Ele era feliz por ser escravo de Cristo. Afinal, a suprema ironia é que, até nos tornarmos escravos de Cristo, nós não conhecemos a liberdade. Nosso pecado e nossa culpa oprimem-nos e escravizam-nos, mas Jesus liberta-nos destes fardos. Ele é um Mestre manso e humilde que age de acordo com os melhores interesses de seus alunos.
Portanto, o jugo de Jesus é suave em comparação com o jugo da escravidão, sob o qual padecemos como pecadores não perdoados. Seu fardo é leve em comparação com o fardo de culpa que carregamos.
Sempre que lemos esta passagem, pensamos: “Espere aí, Jesus, minha vida ficou muito mais complicada depois que tomei o seu jugo.” A vida parecia simples antes. Eu apenas fazia a vontade de Satanás e seguia a multidão. Porém, eu tinha um fardo terrível. Jesus nos chama a entregar nossa vida, dedicar-nos a ele e vender-nos de corpo e alma. Apesar disso, ele promete que, quando fizermos isso, consideraremos leve o fardo. É incrível, mas é verdade.
Você já encontrou o alívio para sua alma a respeito do qual Jesus estava falando aqui? Se já encontrou, então sabe que qualquer fardo colocado por Jesus é leve. Ele não é um tirano. Embora exija obediência e espera que nos entreguemos a ele por completo, ele nunca oprime seu povo. É sempre um enorme prazer levar o seu jugo.