FOTOS DE IGREJA! Efésios 2.11-22
A igreja de Deus é formada por homens e mulheres de Deus. Ela é essencial!
Nos primeiros dez versos deste capítulo, Paulo tratou da restauração do indivíduo, da vida pessoal, isto é, da morte espiritual, da falta de vida ética e moral, da deterioração do homem sem Deus, de todo processo que Deus desencadeou para alcançar a cada um dos seres humanos. Nestes versos Paulo trata da restauração da humanidade, da coletividade, da raça humana, dos relacionamentos sociais e espirituais comunitários, de todo processo que Deus desencadeou para reconciliar e eliminar a inimizade entre os judeus e os gentios, transformando-os num só povo, na família de Deus.
GENTIOS Nome dado pelos judeus aos não-judeus (Ed 6:21; Rm 15:16); nesse sentido, também eram chamados de “gregos” (Rm 1:16; 2:9). Foram admitidos na Igreja através do batismo com base na sua fé, sem que lhes fosse exigido submeter-se à lei de Moisés (At 10:45; 11:18; 15:1–29; 5).
εγγυς eggus
de um verbo primário agcho (apertar ou sufocar; semelhante à raíz de 43); TDNT - 2:330,194; adv
1) próximo, de lugar e de posição
1a) próximo
1b) aqueles que estão próximos de Deus
1b1) Judeus, em oposição àqueles que estão afastados de Deus e suas bênçãos
1b2) Os Rabinos usavam o termo “vir para perto” como equivalente a “tornar-se um prosélito”
ειρηνη eirene
provavelmente do verbo primário eiro (juntar); TDNT - 2:400,207; n f
1) estado de tranqüilidade nacional
1a) ausência da devastação e destruição da guerra
2) paz entre os indivíduos, i.e. harmonia, concórdia
3) segurança, seguridade, prosperidade, felicidade (pois paz e harmonia fazem e mantêm as coisas seguras e prósperas)
Pois se Cristo é nossa paz, segue-se que todos quantos se acham fora dele permanecem em estado de inimizade com Deus. Temos aqui um belo título de Cristo: a Paz entre Deus e os homens. Que ninguém dos que permanecem em Cristo nutra dúvida de que já está reconciliado com Deus.
Agora, as palavras de Paulo se tornam claras. O muro divisório impedia Cristo de reunir judeus e gentios. Por isso, ele derrubou o muro. Então se adiciona a razão pela qual foi ele derrubado: para abolir a inimizade por intermédio da carne de Cristo. O Filho de Deus, ao assumir a natureza comum a todos, formou em seu próprio corpo uma unidade perfeita.
Isso, mais uma vez, demonstra que toda a iniciativa é de Deus, como bem comentou Rienecker:
Os termos distante e perto eram usados nos escritos rabínicos e indicavam, entre outras coisas, não judeus (distantes), e judeus (próximos), ou aqueles que eram justos e estavam perto de Deus e aqueles que eram ímpios e estavam longe de Deus. (1985, p. 390).
Através do sangue de Cristo, gentios e judeus estão próximos de Deus, não por mérito humano, mas pela preciosa graça divina.
ξενος xenos
aparentemente, palavra primária; TDNT - 5:1,661; adj
1) estrangeiro, estranho
1a) alienígena (de uma pessoa ou um coisa)
παροικος paroikos
de 3844 e 3624; TDNT - 5:841,788; adj
1) contíguo, vizinho
2) no NT, estranho, forasteiro, alguém que vive num lugar sem direito de cidadania
συμπολιτης sumpolites
de 4862 e 4177; n m
1) que possue a mesma cidadania com outros, concidadão
1a) de gentios que foram recebidos na comunhão dos santos
1b) do povo consagrado a Deus
οικειος oikeios
de 3624; TDNT - 5:134,674; adj
1) que pertence a uma casa ou família, doméstico, íntimo
1a) que pertence ao lar, relacionado pelo sangue, parente
1b) que pertence a família de Deus
1c) que pertence, devoto a, adeptos de algo
Conforme Bray (2013, p. 324), citando Wolfgang Musculus, Paulo disse que os gentios, pela graça, sem mérito algum, diante da recusa do “povo de Deus” tornaram-se cidadãos em Cristo e, assim, compara a Igreja a um reino muito poderoso em que ser cidadão é ser uma pessoa livre e feliz.
A família de Deus substituiu o povo de Deus. A Igreja substituiu Israel. Gentios e judeus formam uma só família e são cidadãos celestes, são colegas e têm comunhão entre si ou até são cidadãos celestes junto com os anjos, pois, posicionalmente, já morreram e estão ressuscitados em Cristo (conf. Cl 2.20; 3.1), e Cristo está na companhia dos anjos, nos lugares celestiais (conf. 2.6; 3.10). Que privilégio pertencer à família de Deus!
Surge uma imagem interessante, tirada da engenharia civil e da arquitetura, fruto da observação da cultura urbana: o grande edifício. A pedra principal, (literalmente se diz “pedra angular”) é o elemento mais importante numa construção. Para compreender isso é preciso pensar nas construções antigas, com grandes portas em forma de arco. No alto da arcada punha-se a “pedra angular”, que dava sustentação a toda a construção. Cristo Jesus é essa pedra, ponto de união e coesão de todo o edifício. (2008, p. 41).