FOTOS DE IGREJA! Efésios 2.11-22

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A igreja de Deus é formada por homens e mulheres de Deus. Ela é essencial!

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Grande ideia: A igreja de Deus é formada por homens e mulheres de Deus. Ela é essencial!
Estrutura: Foto de um povo sem Deus (vv. 11-13), foto de um povo com Deus (vv. 14-18), foto da igreja de Deus (vv. 19-22)
A nova vida que Deus nos deu em Cristo (1.3–2.10); A nova sociedade que Deus criou por meio de Cristo (2.11–3.21); Os novos padrões que Deus espera de sua nova sociedade, especialmente unidade e pureza (4.1–5.21); Os novos relacionamentos aos quais Deus nos trouxe: harmonia no lar e hostilidade ao diabo (5.21–6.24). Toda a carta é, assim, uma magnífica combinação de doutrina e dever cristãos, fé e vida cristãs, o que Deus fez por meio de Cristo e o que devemos ser e fazer em consequência disso. E seu tema central é “a nova sociedade de Deus”.
Ela conta como Jesus Cristo derramou seu sangue em uma morte sacrificial pelo pecado, foi ressuscitado da morte pelo poder de Deus e exaltado, acima de tudo que competia com ele, ao lugar supremo, tanto no universo como na igreja. Mais do que isso, nós, que estamos “em Cristo”, unidos a ele pela fé, compartilhamos esses grandes eventos. Fomos ressuscitados da morte espiritual, exaltados ao céu e lá nos assentaremos com ele. Também fomos reconciliados com Deus e uns com os outros. Consequentemente, por meio de Cristo e em Cristo, somos a nova sociedade de Deus, a nova humanidade singular que ele está criando, a qual inclui judeus e gentios em igualdade de condições. Somos a família de Deus Pai, o Corpo de Jesus Cristo, seu Filho, e o templo ou a morada do Espírito Santo.

Nos primeiros dez versos deste capítulo, Paulo tratou da restauração do indivíduo, da vida pessoal, isto é, da morte espiritual, da falta de vida ética e moral, da deterioração do homem sem Deus, de todo processo que Deus desencadeou para alcançar a cada um dos seres humanos. Nestes versos Paulo trata da restauração da humanidade, da coletividade, da raça humana, dos relacionamentos sociais e espirituais comunitários, de todo processo que Deus desencadeou para reconciliar e eliminar a inimizade entre os judeus e os gentios, transformando-os num só povo, na família de Deus.

Foto da vida sem Deus. (vv. 11-13)
(a) A expressão “gentios na carne” tem a ver com a designação com que eram chamados os “não judeus”.

GENTIOS Nome dado pelos judeus aos não-judeus (Ed 6:21; Rm 15:16); nesse sentido, também eram chamados de “gregos” (Rm 1:16; 2:9). Foram admitidos na Igreja através do batismo com base na sua fé, sem que lhes fosse exigido submeter-se à lei de Moisés (At 10:45; 11:18; 15:1–29; 5).

(b) Eles eram chamados “incircuncisão”, (com desprezo) pois não faziam parte da aliança de Deus com Abraão.
(c) Mas, mesmo os judeus só eram circuncidados (na carne), pois a verdadeira circuncisão, era a do coração.
Romanos 2.29 (NAA)
29Porém judeu é aquele que o é interiormente, e circuncisão é a do coração, pelo Espírito, não segundo a letra, e cujo louvor não procede de seres humanos, mas de Deus.
Colossenses 2.11–12 (NAA)
11Nele também vocês foram circuncidados, não com uma circuncisão feita por mãos humanas, mas pela remoção do corpo da carne, que é a circuncisão de Cristo, 12tendo sido sepultados juntamente com ele no batismo, no qual vocês também foram ressuscitados por meio da fé no poder de Deus que o ressuscitou dentre os mortos.
(d) Os gentios (não judeus) eram alienados duplamente:
John MacArthur:
2: 11,12 Os gentios (os “incircuncisos”) experimentaram duas formas de alienação. A primeira era social, resultante da animosidade entre eles e os judeus por milhares de anos. Os judeus consideravam os gentios párias da sociedade, objetos de escárnio e reprovação. A segunda e mais significativa forma de alienação era a espiritual, pois os gentios, como povo, estavam separados de Deus de cinco formas distintas: (1) eram “sem Cristo”, o Messias, sem um salvador e libertador e, portanto, sem nenhum propósito divino ou destino; (2) eram “separados da comunidade de Israel.” Os judeus, o povo escolhido de Deus, eram uma nação cujo supremo Rei e Senhor era o próprio Deus e, assim, beneficiavam-se de sua bênção especial e proteção; (3) os gentios eram “estrangeiros no que se referia às alianças da promessa”, incapazes de partilhar as divinas alianças de Deus, nas quais ele prometeu dar a seu povo uma terra, um sacerdócio, uma nação, um reino e um rei — e, para aqueles que crerem nele, a vida eterna nos céus; (4) eles viviam “sem esperança”, pois não haviam recebido nenhuma promessa divina. (5) eles estavam “sem Deus no mundo.” Embora os gentios tivessem muitos deuses, não reconheciam o Deus verdadeiro pois não o queriam (ver as notas em Romanos 1: 18-26).
(e) Mas eles foram “aproximados” por conta do sangue de Cristo.

εγγυς eggus

de um verbo primário agcho (apertar ou sufocar; semelhante à raíz de 43); TDNT - 2:330,194; adv

1) próximo, de lugar e de posição

1a) próximo

1b) aqueles que estão próximos de Deus

1b1) Judeus, em oposição àqueles que estão afastados de Deus e suas bênçãos

1b2) Os Rabinos usavam o termo “vir para perto” como equivalente a “tornar-se um prosélito”

Hebreus 9.13–14 (NAA)
13Portanto, se o sangue de bodes e de touros e a cinza de uma novilha, aspergidos sobre os contaminados, os santificam quanto à purificação da carne, 14muito mais o sangue de Cristo, que, pelo Espírito eterno, a si mesmo ofereceu sem mácula a Deus, purificará a nossa consciência de obras mortas, para servirmos ao Deus vivo!
1Pedro 1.17–19 (NAA)
17E, se vocês invocam como Pai aquele que, sem parcialidade, julga segundo as obras de cada um, vivam em temor durante o tempo da peregrinação de vocês, 18sabendo que não foi mediante coisas perecíveis, como prata ou ouro, que vocês foram resgatados da vida inútil que seus pais lhes legaram, 19mas pelo precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro sem defeito e sem mácula.
2. Foto da vida com Deus. (vv. 14-18)
(a) Jesus é a nossa Paz. Ele não veio trazer a paz, ele é a própria paz!

ειρηνη eirene

provavelmente do verbo primário eiro (juntar); TDNT - 2:400,207; n f

1) estado de tranqüilidade nacional

1a) ausência da devastação e destruição da guerra

2) paz entre os indivíduos, i.e. harmonia, concórdia

3) segurança, seguridade, prosperidade, felicidade (pois paz e harmonia fazem e mantêm as coisas seguras e prósperas)

Pois se Cristo é nossa paz, segue-se que todos quantos se acham fora dele permanecem em estado de inimizade com Deus. Temos aqui um belo título de Cristo: a Paz entre Deus e os homens. Que ninguém dos que permanecem em Cristo nutra dúvida de que já está reconciliado com Deus.

Lucas 2.13–14 (NAA)
13E, de repente, apareceu com o anjo uma multidão do exército celestial, louvando a Deus e dizendo:
14 “Glória a Deus
nas maiores alturas,
e paz na terra entre os homens,
a quem ele quer bem.”
(b) A imagem aqui é de alguém que derruba um muro de separação entre dois povos: judeus e gentios.

Agora, as palavras de Paulo se tornam claras. O muro divisório impedia Cristo de reunir judeus e gentios. Por isso, ele derrubou o muro. Então se adiciona a razão pela qual foi ele derrubado: para abolir a inimizade por intermédio da carne de Cristo. O Filho de Deus, ao assumir a natureza comum a todos, formou em seu próprio corpo uma unidade perfeita.

Gálatas 5.6 (NAA)
6Porque, em Cristo Jesus, nem a circuncisão, nem a incircuncisão têm valor algum, mas a fé que atua pelo amor.
Gálatas 6.15 (NAA)
15Pois nem a circuncisão é coisa alguma, nem a incircuncisão, mas o ser nova criatura.
(c) Jesus veio para quebrar as amarras de uma religiosidade tradicional e legalista. A proposta do evangelho da cruz sempre foi de inclusão, e não de exclusão.
Donald B. Kraybill:
Muitas vezes pensamos na paz como a ausência de conflito. Shalom, a palavra hebraica para a paz, está intimamente ligada a ideias de justiça, retidão, salvação e bem-estar. Sugere um sentido completo de bem-estar nas esferas pessoal, social, econômica e política. Não há paz quando os sistemas gananciosos oprimem os pobres. A paz desaparece quando os estigmatizados não encontram justiça nos tribunais. A “paz” que repousa sobre um precário equilíbrio de ogivas nucleares não é shalom. Um individualismos, que se preocupa apenas com o número um também destrói a harmonia da comunidade.
A shalom surge quando as relações certas florescem entre as pessoas em todas as pessoas em todos os âmbitos da vida. As Escrituras nos dizem que a paz é dom de Deus. Através de Jesus Cristo temos paz com Deus e como nossos vizinhos. Shalom é o projeto de Deus para a ordem criada. Deus é um Deus de paz. Jesus é o Príncipe da paz. O Espírito Santo é o Espírito de paz. Os filhos de Deus são pacificadores. O evangelho é a boa notícia da paz. Shalom é o centro, não apenas uma composição, da salvação de Deus.
(d) A palavra “paz” aparece nesta porção (11-21): 4 vezes. No livro:
Efésios 4.3 (NAA)
3fazendo tudo para preservar a unidade do Espírito no vínculo da paz.
(e) Os que “estão longe” e os que “estão perto”, ambos com acesso irrestrito ao Pai, através do Espírito.
Comentário Bíblico de Efésios: Através da Bíblia O Terceiro Aspecto sobre a Nossa Nova Posição é Reconhecermos a Ação de Deus em Nosso Favor: 2.13

Isso, mais uma vez, demonstra que toda a iniciativa é de Deus, como bem comentou Rienecker:

Os termos distante e perto eram usados nos escritos rabínicos e indicavam, entre outras coisas, não judeus (distantes), e judeus (próximos), ou aqueles que eram justos e estavam perto de Deus e aqueles que eram ímpios e estavam longe de Deus. (1985, p. 390).

Através do sangue de Cristo, gentios e judeus estão próximos de Deus, não por mérito humano, mas pela preciosa graça divina.

3. Foto da igreja de Deus. (vv. 19-22)
(a) Era muito comum neste momento histórico da igreja essas figuras: estrangeiros e peregrinos.

ξενος xenos

aparentemente, palavra primária; TDNT - 5:1,661; adj

1) estrangeiro, estranho

1a) alienígena (de uma pessoa ou um coisa)

Léxico Hebraico, Aramaico e Grego de Strong 3941 παροικος paroikos

παροικος paroikos

de 3844 e 3624; TDNT - 5:841,788; adj

1) contíguo, vizinho

2) no NT, estranho, forasteiro, alguém que vive num lugar sem direito de cidadania

(b) Ao invés de “estrangeiros”, “concidadãos dos céus”. E ao invés de “peregrinos”, “membros da família de Deus”.
Léxico Hebraico, Aramaico e Grego de Strong 4847 συμπολιτης sumpolites

συμπολιτης sumpolites

de 4862 e 4177; n m

1) que possue a mesma cidadania com outros, concidadão

1a) de gentios que foram recebidos na comunhão dos santos

1b) do povo consagrado a Deus

οικειος oikeios

de 3624; TDNT - 5:134,674; adj

1) que pertence a uma casa ou família, doméstico, íntimo

1a) que pertence ao lar, relacionado pelo sangue, parente

1b) que pertence a família de Deus

1c) que pertence, devoto a, adeptos de algo

(c) O reino de Deus foi dado ao seu povo multiétnico: aos crentes dentre os judeus e gentios.
João 1.11–13 (NAA)
11Veio para o que era seu, e os seus não o receberam. 12Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que creem no seu nome, 13os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus.
Mateus 21.43 (NAA)
43— Portanto, eu lhes digo que o Reino de Deus será tirado de vocês e entregue a um povo que lhe produza os respectivos frutos.
Comentário Bíblico de Efésios: Através da Bíblia O Primeiro Contraste Mostra que Antes os Gentios Eram Estrangeiros, mas Agora São Concidadãos dos Santos: 2.19

Conforme Bray (2013, p. 324), citando Wolfgang Musculus, Paulo disse que os gentios, pela graça, sem mérito algum, diante da recusa do “povo de Deus” tornaram-se cidadãos em Cristo e, assim, compara a Igreja a um reino muito poderoso em que ser cidadão é ser uma pessoa livre e feliz.

(d) A igreja do Senhor Jesus é uma família formada por vários irmãos:
Comentário Bíblico de Efésios: Através da Bíblia O Segundo Contraste Mostra que Antes os Gentios Eram Peregrinos, mas Agora Pertencem à Família de Deus: 2.19

A família de Deus substituiu o povo de Deus. A Igreja substituiu Israel. Gentios e judeus formam uma só família e são cidadãos celestes, são colegas e têm comunhão entre si ou até são cidadãos celestes junto com os anjos, pois, posicionalmente, já morreram e estão ressuscitados em Cristo (conf. Cl 2.20; 3.1), e Cristo está na companhia dos anjos, nos lugares celestiais (conf. 2.6; 3.10). Que privilégio pertencer à família de Deus!

(e) Paulo varia as imagens, agora ele fala de “construção civil”:
Efésios 2.20–22 (NTLH)
20 Vocês são como um edifício e estão construídos sobre o alicerce que os * apóstolos e os * profetas colocaram. E a pedra fundamental desse edifício é o próprio Cristo Jesus.21 Ele mantém o edifício todo bem firme e faz com que cresça como um templo dedicado ao Senhor.22 Assim vocês também, unidos com Cristo, estão sendo construídos, junto com os outros, para se tornarem uma casa onde Deus vive por meio do seu Espírito.
Comentário Bíblico de Efésios: Através da Bíblia O Quarto Contraste Mostra que os Gentios sem Cristo não Tinham Solidez, mas Agora em Cristo são Construídos com um Propósito: 2.20b–21

Surge uma imagem interessante, tirada da engenharia civil e da arquitetura, fruto da observação da cultura urbana: o grande edifício. A pedra principal, (literalmente se diz “pedra angular”) é o elemento mais importante numa construção. Para compreender isso é preciso pensar nas construções antigas, com grandes portas em forma de arco. No alto da arcada punha-se a “pedra angular”, que dava sustentação a toda a construção. Cristo Jesus é essa pedra, ponto de união e coesão de todo o edifício. (2008, p. 41).

4. Outras aplicações:
(a) A igreja reunida, não precisa necessariamente ter em mãos os elementos da Ceia do Senhor (pão e cálice) para se lançar em uma reverente lembrança de quem éramos sem Cristo e de quem somos em Cristo.
Deuteronômio 8.2 (NAA)
2Lembrem-se de todo o caminho pelo qual o Senhor, seu Deus, os guiou no deserto durante estes quarenta anos, para humilhar vocês, para pôr vocês à prova, para saber o que estava no coração de vocês, se guardariam ou não os seus mandamentos.
Efésios 5.8–10 (NAA)
8Porque no passado vocês eram trevas, mas agora são luz no Senhor. Vivam como filhos da luz 9— porque o fruto da luz consiste em toda bondade, justiça e verdade —, 10tratando de descobrir o que é agradável ao Senhor.
(b) Não podemos perder de vista essas fotos como partes de um verdadeiro álbum de família. Fomos alcançados para a unidade, e isso não tem a ver com uniformidade.
Colossenses 1.21–23 (NAA)
21E vocês que, no passado, eram estranhos e inimigos no entendimento pelas obras más que praticavam, 22agora, porém, ele os reconciliou no corpo da sua carne, mediante a sua morte, para apresentá-los diante dele santos, inculpáveis e irrepreensíveis, 23se é que vocês permanecem na fé, alicerçados e firmes, não se deixando afastar da esperança do evangelho que vocês ouviram e que foi pregado a toda criatura debaixo do céu, e do qual eu, Paulo, me tornei ministro.
David Allen Bledsoe:
Já aprendemos que Jesus disse que edificaria a sua igreja. Ao mesmo tempo, ele se autodeclara sua pedra angular viva, ou seja, sua fundação, sobre a qual seus discípulos devem construir intencional e cuidadosamente (Mt 16.18; 1Co 3.16; Ef 2.20; 1Pe 2.5-8). Ademais, Paulo afirmou em outra passagem que essa fundação inclui os apóstolos e profetas (Ef 2.20). Desse modo, qual seria o entendimento adequado acerca desses diferentes personagens e suas formas de atuação? À primeira vista, parece um paradoxo, mas algo une perfeitamente esta metáfora de edifício. O cerne é a Palavra de Deus, e, mais especificamente, a pessoa e a obra de Cristo, das quais as Escrituras testificam (Jo 5.39). Essa revelação inclui os profetas e os apóstolos, uma vez que eles foram divinamente chamados e autorizados a ensinar, guiar e preparar o povo de Deus para o ministério, para testemunhar e para lhe dar glória (cf. Ef 4.15, 16). Sendo assim, a igreja deve buscar ser biblicamente dirigida em sua mensagem e ética, enquanto seus membros, unidos, obedecem a tudo o que Cristo ordenou.
Ilustr.:
Naamã Mendes:
Sem dúvida, pessoas demonstram amor através das palavras. Qual foi a última vez que alguém, na igreja, lhe disse que você é querido, amado? Qual foi a última vez que você disse que ama alguém, na comunidade?
Jesus demonstrava seu amor verbalmente: “Como o Pai me amou, também eu vos amei”. (Jo 15.9). Paulo faz isto através das cartas; nelas manifesta o seu amor por várias pessoas. Chama Timóteo de “verdadeiro filho” (1 Tm 1.2). Filemon, de amado colaborador (Fm 1.1). Dos filipenses ele diz: “Vos trago no coração”, e mais: “… minha testemunha é Deus, da saudade que tenho de todos vós...” (Fp 1.7,8). Em Romanos 12.10 Paulo diz que devemos ter carinho uns pelos outros. As carícias verbais também devem acontecer no ambiente da igreja. Precisamos ouvir demonstrações verbais de amor! Precisamos demonstrar em palavras o nosso amor uns pelos outros.
Certa vez preguei sobre esse assunto em uma pequena igreja, na periferia da capital paulista; fiz o apelo, e este consistia nas pessoas procurarem uns ao s outros e demonstrarem o amor mútuo através de palavras, começando pelas suas próprias famílias.
Aqueles irmãos resistiram. Insisti e, vagorosamente, eles começaram. Primeiro os jovens, as crianças, depois os adultos. Um senhor, porém, no primeiro banco da fileira à esquerda, resistiu, não se moveu; braços cruzados, olhar superior. Enquanto isso, no outro lado, uma senhora, cabisbaixa, também não se moveu.
Eu olhava toda a igreja, do púlpito; alguns se abraçavam, outros choravam. No fundo da igreja três jovens fizeram uma roda e, não só se abraçavam, mas também oravam, clamavam a Deus. Igreja tradicional, agora de solenidade quebrada. Aos poucos, o silêncio voltou, mas aqueles jovens continuavam orando. De repente, eles caminharam para a frente do templo, abraçaram aquela mulher que estava imóvel. A igreja em silêncio. Eles entraram em comoção. Chorando, caminharam em direção ao homem que permanecia indiferente. Cercaram-no, abraçaram-no e oraram. Ele também os abraçou, enquanto a mulher balbuciava algumas palavras. Os demais irmãos não sabiam o que fazer, nem eu. Depois o casal me contou, com lágrimas nos olhos, que eram casados há vinte anos, mas nunca haviam dito um ao outro que se amavam!
Certamente nas nossas igrejas existem pessoas, jovens, crianças, senhoras, mães, homens que nunca ouviram a frase “Eu te amo”.
A demonstração verbal de amor quebra barreiras, restaura relacionamentos, cria um ambiente leve, facilita a transparência, cura as emoções, exercita o perdão, gera vida na comunidade!
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