SAUDADES DOS FALSOS DEUSES

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Paulo continua sua ilustração apontando a Lei como tutora até o dia da revelação de Cristo

Notes
Transcript

introdução

A escravidão pode gerar um senso de dependência daquilo ou daquele que você serve.
Temos muitas histórias que relatam casos de pessoas que se libertaram de uma determinada situação de escravidão e ao serem libertos acabaram voltando a velha condição.
Isto aconteceu com vários escravos que desprovidos de qualquer segurança após a alforria voltavam aos seus antigos donos por acharem mais seguros.
O capítulo 4 é um chamado a essa reflexão, como é possível alguém sendo livre retornar novamente a vida de escravidão?
Paulo tem provavelmente a história do povo de Israel saindo dos seus longos anos de escravidão no Egito, como Deus os libertara mas, que eventualmente eles traziam a tona as murmurações de como a vida no Egito era mais segura que o processo de liberdade no deserto.
Em todo capítulo 4 é essa a preocupação demonstrada por Paulo, desde o início dos versos 1 ao 7 quando ele lembra que na plenitude do tempo Deus enviou Cristo para que assim alcançássemos a maior idade e finalmente livres da tutela da Lei.
O problema que ele apresenta a partir do verso 8 é que os gálatas ao invés de avançarem na liberdade estão querendo voltar as práticas judaicas que já não tem mais utilidades como definidoras daqueles que fazem parte da família de Deus.
Vamos a leitura do nosso texto...

Deuses Que Não São Deuses

Antes que Cristo nos unissem individualmente a ele e a sua família, nossas vidas estavam escravizadas por entidades que se diziam deuses mas não eram.
Fomos finalmente libertos para viver a liberdade em Cristo
O que Paulo não entende é que tendo o conhecimento de Deus, ou na verdade, sendo conhecidos por Ele simplesmente voltamos a princípios elementares, fracos e sem poder.
Parece que um desejo mórbido a viver na escravidão está conquistando os corações dos gálatas, e dois milênios depois os nossos também.
Um comprometimento em guardar datas festivas, rituais para Paulo é uma negação da experiência da própria fé.

Um Apelo Pessoal

Paulo Lembra que em sua primeira ida a Galácia foi em enfermidade e mesmo e mesmo assim eles o receberam como se fora um anjo.
O que houve com a alegria de vocês, Paulo sabe que eles fariam qualquer coisa por ele, mas agora estão agindo como inimigos.
O pior é que este desprezo por Paulo está sendo causado por estas pessoas má intencionadas.
Veja que apesar da frustração Paulo ainda lembra que eles são seus irmãos, filhos gerados que mesmo após o nascimento ele ainda sente por eles a mesma dor intensa que uma mulher grávida sente ao dar a luz.
Estas dores se entendem até que eles sejam plenamente formados em Cristo.
A nova vida em Cristo e sua família pressupõe que não podemos mais viver debaixo de uma escravidão de uma relação dupla.

Conclusão

Acredito que nossa vida em Cristo é infinitamente melhor que a velha vida que vivíamos, mesmo que no passado tivéssemos uma pretensa sensação de segurança ainda assim era uma vida de escravidão.
Exites no entanto um perigo que devemos evitar a todo custo, é o de substituir os velhos deuses por um novo tipo de idolatria, a idolatria das regras e da lei.
Mantenhamos sempre a nossa alegria na liberdade do evangelho, que nos tirou dos nossos anos de escravidão e miséria, mantenhamos a nossa esperanças na graça do evangelho.
Concluo com as palavras o N.T Wright:
É fácil governar a sua vida por opções que se passam por pretensos poderes: identidade racial, lealdade geográfica ou territorial, as demandas por dinheiro, sexo e poder. É muito mais difícil seguir a Deus revelado em Jesus e o espírito, e aprender a verdadeira liberdade, a verdadeira humanidade, na fraternidade de outros seguidores de Jesus. Mas, como continua dizendo, realmente não há alternativa. Deus agiu; nós já provamos o gosto do efeito dessa ação. Se retrocedermos agora, estaremos negando não somente a nós mesmos e nossa experiência cristãm mas também o próprio Deus.
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