A autoridade de Jesus

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Jesus prega a palavra, perdoa os pecados, conhece o intento do coração e cura um paralítico.

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Transcript

Introdução

Todos nós estamos debaixo de alguma autoridade ou a exercemos de algum modo, seja em casa, no trabalho, na escola, no trânsito, na rua e especialmente, vivendo em uma sociedade, em menor ou maior grau. As decisões e ordens proferidas por uma autoridade interferem em nosso viver, seja para o nosso bem ou não.
Exemplo: todo pai exerce autoridade sobre seus filhos. Suas atitudes vão interferir no bem estar de sua família, seja para o bem ou para o mal. As atitudes de um presidente, da mesma forma, vão interferir na vida das pessoas.
Marcos escreve a uma comunidade de crentes que enfrenta perseguição, que está debaixo de uma autoridade perversa, e que necessita ser lembrada do perdão; de que Deus é aquele que ouve as suas orações e que trabalha por meio do seu testemunho de fé;
Marcos, ao descrever os atos de Jesus nesse capítulo, enfatiza a autoridade de Cristo para perdoar os pecados e sustentar aqueles que vacilam em suas necessidades.

Jesus prega a palavra (vs. 1-2)

Jesus volta para Cafarnaum e se hospeda em uma casa:
Há indícios de que essa casa possa ser de Pedro, ou mesmo da família de Jesus
É interessante notar que o formato dessas casas é pequeno, o que caberia apenas 50 pessoas dentro de casa;
A multidão tomou conhecimento de que Jesus estava em casa, então afluiu para a sua casa;
Marcos registra que Jesus falou a palavra aquelas pessoas - destacando uma das principais atividades de seu ministério: a pregação.
Jesus sempre falou as multidões, ainda que elas não compreendessem o seu ensino;
A pregação de Cristo, como é registrado no primeiro capítulo, diz respeito ao arrependimento;
Como afirma James Edwards, a verdade que Jesus proclama é a mesma verdade que ele incorpora, não havendo lugar para a passividade.
Aplicação 01: A pregação do evangelho é a marca do ministério de Cristo e dos apóstolos, bem como de uma igreja saudável.

Jesus tem autoridade para perdoar os pecados (vs. 3-10)

Enquanto Jesus pregava, quatro homens levavam um paralítico em uma maca para que este encontrasse com Jesus Cristo de uma forma um tanto curiosa:
Eles sobem no telhado, feito de junco e barro, abrem um buraco e fazem descer o paralítico em sua cama até onde Jesus estava.
A fé é marcada por uma ação
Fazer parte da multidão ao entorno de Jesus não é o mesmo que ser discípulo de Jesus. A multidão fica ali e observa; os discípulos têm de se empenhar em ação, conforme ilustrado pelo corajoso grupo de quatro homens. James Edwards
Jesus percebe a fé desses homens e com ternura fala ao paralítico: “Filho, perdoados estão os seus pecados.”
Jesus se dirige de maneira terna aquele homem, mostrando sua terna compaixão diante da expressão de dele e de seus amigos;
Certamente, não devemos associar a fé descrita aqui com o que o mundo hoje entende por “fézinha”, “energia positiva”, “good vibes”, sentimento ou um pequeno entendimento;
Trata-se de uma forte confiança em quem Jesus é e o que ele pode fazer em resposta a nossas profundas e sinceras necessidades;
A fé está conectada à nossa profunda necessidade de sermos perdoados e libertos da culpa. Embora tenhamos alguma divergência no que diz respeito do porque Jesus se referiu aos pecados do paralítico, se a sua enfermidade é resultado ou não de seus pecados, conforme um pensamento judaico, ou então se internamente, essa era a preocupação primária do paralítico, Jesus destaca aqui essa necessidade profunda do ser humano: somos culpados perante Deus e somente ele pode nos absolver dessa culpa.
Jesus, utilizando de um dos seus atributos, a onisciência, conhece o pensamento dos fariseus;
Ao invés de celebrarem com o paralítico que fora perdoado, os escribas e mestres da lei ficaram arrazoando consigo mesmos, pensando que Jesus estava cometendo uma blasfêmia por perdoar os pecados, algo que segundo a lei, apenas Deus poderia fazer;
Certamente, Deus é o único que pode nos libertar da culpa e nos declarar perdoados (Êx 34.6-7; Salmo 103.3; Isaías 43.25; Miquéias 7.18), diferente de nós, que podemos perdoar as ofensas uns aos outros; no entanto, aqui Marcos destaca a divindade de Jesus que sendo o próprio Deus, pode perdoar os pecados;
O pecado dos mestres da lei foi pensar que Cristo estava blasfemando ao afirmar sua autoridade para perdoar os pecados (Levítico 24.16), afinal, a parte do Dia da Expiação, nem mesmo o sumo sacerdote poderia perdoar os pecados de alguém.
Meditações no Evangelho de Marcos Os Privilégios de Cafarnaum; A Cura de um Paralítico (Leia Marcos 2.1–12)

Consideremos, agora, quão grande deve ser a autoridade daquele que tem o poder de perdoar pecados! Isso é algo que ninguém mais pode fazer, exceto Deus. Nenhum anjo nos céus, nenhum homem sobre a terra, nenhuma igreja em Concílio, nenhum ministro de qualquer denominação cristã pode tirar, da consciência de um pecador, a carga da culpa, outorgando-lhe paz com Deus. Tão somente podem apontar para a fonte aberta da purificação de todo pecado. Podem apenas declarar, com autoridade, que Deus está disposto a perdoar pecados. Porém, eles não podem perdoar pecados por sua própria autoridade. Eles não podem remover as transgressões de quem quer que seja. Essa é uma prerrogativa peculiar de Deus, uma prerrogativa posta nas mãos de seu Filho, Jesus Cristo.

Cristo diz aos mestres da lei que ele tem autoridade tanto para perdoar como para curar;
Aqui aparece a primeira afirmação de Jesus como o Filho do Homem, a qual afirma tanto sua humanidade quanto sua divindade. O propósito era mostrar que Cristo, o Messias, não era um líder político, mas aquele que perdoa e livra o povo de seus pecados;
Cristo tem poder e autoridade para perdoar os pecados. Ele faz isso para que os incaltos fariseus, soubessem, vissem em primeira mão a autoridade de Cristo para tal. A autoridade para curar e perdoar são a mesma e procedem de Deus.
Marcos (2.1–12 A Cura de um Paralítico (Cf. Mateus 9.2–8; Lucas 5.17–26))
Esta é a autodesignação de Cristo, revelando algo com referência a ele mesmo, escondendo ainda mais, especialmente para aqueles que não estão familiarizados com o Antigo Testamento. O uso do termo leva à questão: “Quem, então, é o Filho do homem?” (Jo 12.34). O termo caracteriza Jesus como o Sofredor, aquele que será traído e morto (9.12; 14.21,41), tudo isso de acordo com o decreto divino, voluntária e vicariamente (10.45). Seu sacrifício voluntário no lugar de seu povo será, todavia, recompensado (8.31; 9.31; 10.33–34). Sendo morto, ele ressuscita. Tendo partido da terra, um dia ele virá em glória, sentado à destra do Todo-Poderoso (14.62), cumprindo a profecia de Daniel 7.13–14.
Aplicação 02: A fé é uma expressão ativa de nossa confiança em quem Jesus é e no que ele fez.
Mais do que mero conhecimento intelectual, a fé repousa no fato de ter nossa confiança total em Jesus para nos livrar de nossa condição. E isso requer de nós uma resposta, uma voluntária submissão ao Senhor. Fé não é pensamento positivo, quissá um sentimento que você ora tem ou não.
Aplicação 03: Jesus é o nosso grande Sumo Sacerdote. Nele temos verdadeira confiança de que fomos perdoados!
Meditações no Evangelho de Marcos Os Privilégios de Cafarnaum; A Cura de um Paralítico (Leia Marcos 2.1–12)

Pensemos, por alguns instantes, sobre quão grande é a bênção de Jesus ser nosso grande Sumo Sacerdote e que, por isso, sabemos onde buscar a absolvição! Precisamos de um sacerdote e de um sacrifício que se interponham entre nós e Deus. Nossa consciência exige expiação por nossos inúmeros pecados. A santidade de Deus, por sua vez, torna isso uma necessidade absoluta. Sem um sacerdote que faça expiação, não pode haver paz no coração. Jesus Cristo é o Sacerdote de que precisamos, poderoso para perdoar e absolver, dotado de um coração terno e sempre disposto a salvar.

Portanto, indaguemos a nós mesmos se já conhecemos o Senhor Jesus como nosso Sumo Sacerdote. Já apelamos para ele? Já buscamos nele a absolvição? Caso contrário, continuamos em nossos pecados. Não descansemos enquanto o Espírito de Deus não testificar, junto ao nosso espírito, que nos temos assentado ao pés de Jesus, que já ouvimos sua voz dizer-nos: “Filho, os teus pecados estão perdoados”.

Jesus tem autoridade para curar (vs. 11-12)

Jesus, após confrontar o pensamento dos mestres da lei, dá três ordens ao paralítico:
Levanta!
Toma a tua maca!
Vá para casa!
O homem que fora um paralítico responde exatamente da maneira como Cristo lhe ordena, levantando, tomando sua cama e indo para sua casa;
Esse sinal conduziu a todos, inclusive os fariseus, ao espanto e admiração, fazendo com que Deus fosse glorificado! No entanto, como afirma William Hendriksen:
Meditações no Evangelho de Marcos Os Privilégios de Cafarnaum; A Cura de um Paralítico (Leia Marcos 2.1–12)

Ficavam maravilhados diante das poderosas obras de Jesus. Não obstante, não se converteram. Viveram sob a luz ofuscante e radiante do Sol da Justiça, mas seus corações permaneceram endurecidos. Assim, receberam de nosso Senhor a mais grave condenação já proferida contra qualquer outra localidade, exceto Jerusalém: “Tu, Cafarnaum, elevar-te-ás, porventura, até ao céu? Descerás até ao inferno; porque, se em Sodoma se tivessem operado os milagres que em ti se fizeram, teria ela permanecido até ao dia de hoje. Digo-vos, porém, que menos rigor haverá no dia do juízo para com a terra de Sodoma do que para contigo” (Mt 11.23–24).

Aplicação 04: Podemos ver coisas extraordinárias, no entanto, ainda não crer verdadeiramente em Jesus.
Aplicação 05: Em tudo o que fez em seu ministério, Cristo glorificou a Deus. Somos chamados a viver para a glória de Deus em tudo o que fizermos.

Conclusão

Marcos, ao relatar as ações ministeriais de Jesus, destaca a sua autoridade sobre a nossa natureza física e espiritual (cura e perdão). Como seres humanos temos profundas necessidades e Cristo tem a autoridade do Pai para nos responder a todas elas. A pregação do seu evangelho é a resposta às nossas necessidades!
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