NEM ESCRAVIDÃO NEM LIBERTINAGEM APENA ANDE NO ESPÍRITO

Introdução

Se você está acompanhando nossa série já deve estar familiarizado com o discurso do apóstolo Paulo.

A grande questão em jogo é que algumas pessoas estão tentando convencer os gálatas a aderirem algumas práticas da lei como a circuncisão para que assim a filiação deles a família de Deus seja completa.

Paulo argumenta que isso é o mesmo que negar a graça do evangelho recebida no sacrifício de Cristo na cruz do calvário.

A partir de agora Paulo amplia seu pensamento, o perigo é sempre sair de um extremo para outro.

Paulo não relativiza as questões práticas da vida, sempre existe um risco de confundirmos liberdade com uma vida livre de Cristo.

Não Confundam Liberdade com Libertinagem

A liberdade não é uma carta aberta a individualidade pecaminosa.

A liberdade em Cristo nos conduz a uma vida de unidade e cuidado mútuo.

Para Paulo o valor da Lei se encontra no valor ao próximo.

Uma vida legalista é a porta para uma experiência de fé em desordem e confusões.

A Plena Liberdade é Vivida Em Um Estilo de Vida Segundo o Espírito

Para enfrentar os desejos sórdidos da carne, se faz necessário uma vida plena no Espírito.

Esta guerra que Paulo retrata entre carne e espírito não significa necessariamente uma guerra espiritual, mas uma guerra de identidade, são nossos desejos que nos definem.

A nossa relação com o Espírito é o termômetro para medir nosso nível de maturidade.

Este Estilo de vida naturalmente denuncia as obras carnais.

Gosto da perspectiva do N.T. Wright sobre este assunto:

Então, o que é liberdade cristã? Não significa que agora, que você crê, pode fazer o que quiser. Paulo é claro a esse respeito. A vida é um campo de batalha, com a carne e o espírito se opondo entre si, e você nunca poderá baixar a guarda. O que importa, entretanto, é que sua identidade seja de um verdadeiro filho de Deus, habitado pelo espírito, sem precisar da lei judaica, e particularmente sema exigência da circuncisão como seu distintivo de pertencimento. Se você está livre disso, a motivação e o poder do espírito significam que você também está liberto das armadilhas do paganismo que o acompanha.

Livre da lei, do paganismo, então livre para Deus, e livre para amar seu próximo. E, como os versículos seguintes vão nos mostrar, livres para ser guiados pelo espírito para uma nova vida.

Os Frutos do Espírito São Gerados a Partir de Uma Vida de Comunhão Com o Espírito

O versículo 24 diz que os que pertencem ao Messias, crucificaram a carne com suas paixões e os seus desejos.

Se vamos falar de frutos do Espírito, vamos falar daquilo que é dádiva do Espírito.

Cada aspecto, amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio só podem ser vividos quando nossa identidade com a comunidade do Messias está estabelecida.

Estes frutos são aspectos que combatem a presunção e arrogância, como dissemos, a observância da lei enquanto mediadora entre os homens e Deus gera uma ralação interpessoal cheia de pecados de arrogância.

Veja que viver, no Espírito requer uma jornada, uma caminhada. Devemos ter cuidado com o nominalismo que é uma vida vazia. O nominalista não se preocupa com a identidade apenas com a religiosidade. Ele diz ser filho de Deus mas, não anda como filho de Deus.

Então Paulo conclui, não sejam presunçosos, provocando uns aos outros e tendo inveja uns dos outros, este estilo de vida é a demonstração das obras da carne.

Conclusão

Como tem sido seu andar, como você tem se identificado?

Você tem optado pelos extremos, lei ou libertinagem?

O que mais se destaca em sua vida, a identidade com Cristo por meio dos frutos do Espírito ou a identidade com a carne por meio de suas obras?

Você tem vivido pela lei do amor que abre mão dos seus próprios interesses em razão de dedicar-se a outras pessoas?

Você se sente pertencente a Jesus a ponto de suportar todas a dificuldades da vida em plena confiança em sua providência?

Não se esqueça, nosso chamado é para a liberdade, foi para isto que Cristo Jesus te chamou.