Ele Ressucitou - Marcos 16.1-8
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Transcript
1 Quando terminou o sábado, Maria Madalena, Salomé e Maria, mãe de Tiago, compraram especiarias aromáticas para ungir o corpo de Jesus.
2 No primeiro dia da semana, bem cedo, ao nascer do sol, elas se dirigiram ao sepulcro,
3 perguntando umas às outras: “Quem removerá para nós a pedra da entrada do sepulcro?”
4 Mas, quando foram verificar, viram que a pedra, que era muito grande, havia sido removida.
5 Entrando no sepulcro, viram um jovem vestido de roupas brancas assentado à direita, e ficaram amedrontadas.
6 “Não tenham medo”, disse ele. “Vocês estão procurando Jesus, o Nazareno, que foi crucificado. Ele ressuscitou! Não está aqui. Vejam o lugar onde o haviam posto.
7 Vão e digam aos discípulos dele e a Pedro: Ele está indo adiante de vocês para a Galiléia. Lá vocês o verão, como ele lhes disse.”
8 Tremendo e assustadas, as mulheres saíram e fugiram do sepulcro. E não disseram nada a ninguém, porque estavam amedrontadas.
Introdução
Introdução
A Páscoa é uma data muito importante na vida do cristão, é um dia muito festivo, dia esse que nos lembra o que Cristo fez e o que acontecerá no grande dia, dia esse que iremos encontrar-nos com o Senhor. Encontramos o ensinamento da Páscoa do Senhor no Êxodo 12.1-51, qual trata sobre a Páscoa instituída por Deus, o significa era passar por cima, mas isso ainda haveria de acontecer. Em Levítico 23.4-8, encontramos a Páscoa do Senhor, em 2Crônicas 30.1-27, aqui encontramos a celebração da Páscoa, havia acontecido uma apostasia e agora Ezequias convida Israel e Judá para celebrarem a Páscoa do Senhor. Em Marcos 14.12-16, encontramos a Páscoa, aqui os discípulos estão preparando a Páscoa do Senhor.
A Páscoa é a melhor notícia que o mundo pode receber, as mulheres Maria Madalena, Salomé e Maria mãe de Tiago anuncia o que há de mais extraordinário, o túmulo vazio, Jesus Cristo vive, a pascoa não inicia com o funeral, mas inicia com muita alegria, pois Cristo está vivo. Os discípulos estavam tristes, pois o redentor estava morto, as mulheres caminhavam preocupadas como chegariam ao túmulo, pois ele estaria lacrado e com guardas guardando o sepulcro.
Essas mulheres desafiaram a cultura, elas estavam indo ao tumulo de alguém que fora morto, como um mau feitor. Elas estavam levando especiarias, perfumes para ungir o corpo de Cristo. Ao Chegar no túmulo, Cristo não estava mais lá, estava vazio. O Cristo que anunciamos está vivo, Ele vive, Ele reina é o nosso Senhor e salvador. Louvado seja o nosso Cristo Jesus.
Nosso Senhor demonstrou um profundo amor, amor esse que foi expresso na Cruz por cada um de nós. Nossos pecados foram redimidos, agora temos esperança por intermédio de Cristo Jesus no grande dia em que Cristo voltar para buscar-nos da mesma forma que Ele subiu.
O poder do amor
O poder do amor
Observemos, nessa passagem, o poder de um forte amor a Cristo. Encontramos uma poderosa ilustração disso na conduta de Maria Madalena, da outra Maria e de Salomé, conforme registro feito por Marcos. Ele nos revela que elas “compraram aromas” e que “muito cedo, no primeiro dia da semana, ao despontar do sol, foram ao túmulo”. Com toda a razão, podemos crer que era preciso ter muita coragem para alguém fazer aquilo. Nos países do Oriente, visitar um sepulcro no crepúsculo matutino, submeteria à provação a maioria das mulheres, em quaisquer circunstâncias. Porém, visitar o sepulcro de alguém que fora executado como um malfeitor qualquer e levantar-se bem cedo, a fim de honrar alguém que a nação delas havia desprezado — isso, de fato, era uma notável ousadia.
Ao olhar para essas mulheres o ato delas nos remetem a dois entendimentos, que existe uma fé fraca e uma fé robusta, entre sentimentos débeis e sentimentos fortes em relação a Cristo. Aquelas santas mulheres já haviam provado as misericórdias e o perdão de nosso Senhor. Seus corações estavam transbordantes de gratidão a ele, pela luz, pela esperança, pelo consolo e pela paz que haviam recebido. Elas se dispuseram a se arriscar a todas as consequências ao darem testemunho de seu afeto por seu Salvador. Verdadeiras são as palavras de Cantares de Salomão: “O amor é forte como a morte […] As muitas águas não poderiam apagar o amor, nem os rios afogá-lo” (Ct 8.6–7).
Por que, entre os crentes de hoje, vemos tão pouco desse fortíssimo amor por Jesus? Por que tão raramente deparamos com santos que enfrentarão qualquer perigo, que passarão pelo fogo e pela água, por amor a Cristo? Só há uma resposta. Por causa da debilidade da fé e do baixo senso de obrigação para com Cristo, que prevalece tão largamente entre nós. Um baixo e fraco senso de pecado sempre produzirá um baixo e frágil senso do valor da salvação.
Um senso irrelevante de nossa dívida em relação a Deus sempre será acompanhado por um senso superficial quanto ao que devemos por nossa redenção. A pessoa que sente quanto lhe foi perdoado é aquela que muito ama. “Aquele a quem pouco se perdoa, pouco ama” (Lc 7.47). Observemos ainda como, algumas vezes, desaparecem as dificuldades que os crentes temem. Aquelas santas mulheres, enquanto se encaminhavam ao sepulcro de nosso Senhor, estavam cheias de temor no que concerne à pedra na entrada do túmulo. “Diziam umas às outras: Quem nos removerá a pedra da entrada do túmulo?” Porém, seu temor era desnecessário. A dificuldade que elas esperavam encontrar nem mesmo existia. “E, olhando, viram que a pedra já estava revolvida.” Quão admirável figura encontramos, nessa simples narrativa, da experiência de muitos crentes! Com muita frequência, os crentes se sentem oprimidos e desanimados pela antecipação de males. Mas, no momento da necessidade, descobrem que o motivo de seus temores foi retirado. Grande parte da ansiedade dos crentes deriva de coisas que, na realidade, nunca acontecem. Ficamos a considerar todas as possibilidades da jornada até o céu. Maquinamos toda espécie de cruzes e obstáculos. Preocupamo-nos mentalmente com as dificuldades não somente do dia de hoje, mas também com as do dia de amanhã. E assim, com muita frequência, descobrimos que nossas dúvidas e nossos alarmes não tinham qualquer base e que as coisas que mais temíamos nunca chegaram a ocorrer. Por conseguinte, todos nós devemos orar pedindo ao Senhor uma fé mais robusta e uma prática mais coerente. Acreditemos que, enquanto estivermos palmilhando pela senda do dever, jamais seremos inteiramente abandonados. Avancemos com coragem e, assim, descobriremos que o leão que há no caminho está acorrentado e que a aparente sebe de espinhos não passa de uma miragem. Observemos ainda que os amigos de Cristo não têm qualquer motivo para temer os anjos. Quando Maria Madalena e suas companheiras viram um anjo sentado no sepulcro, “ficaram surpreendidas e atemorizadas”. Porém, imediatamente elas foram tranquilizadas pelas palavras do anjo: “Não vos atemorizeis; buscais a Jesus, o Nazareno, que foi crucificado”. A princípio, essa lição pode parecer-nos destituída de importância. Não há visões de anjos no presente. Não esperamos vê-los. Mas, em algum tempo futuro, poderemos achar útil essa lição. Aproxima-se o dia em que o Senhor Jesus voltará a este mundo, a fim de julgá-lo, e virá com todos os seus anjos ao redor. Naquele dia, os anjos recolherão os eleitos do Senhor dos quatro cantos da terra. Eles ajuntarão o joio, formando molhos, para lançá-los nas chamas eternas. Os anjos ajuntarão o trigo de Deus em seu celeiro. E os eleitos, recolhidos pelos anjos, serão conduzidos à glória, à honra e à imortalidade. Porém, aqueles que forem rejeitados irão para a vergonha e o opróbrio eternos. Esforcemo-nos por viver de tal maneira que, ao morrermos, sejamos conduzidos pelos anjos ao seio de Abraão. Esforcemo-nos para nos tornar conhecidos pelos anjos como pessoas que buscam Jesus e o amam neste mundo, na qualidade de herdeiros da salvação. Mostremos diligência quanto ao fato de estarmos seguros de que já nos arrependemos e, assim, causemos gozo para os anjos de Deus. Então, não importa se estaremos acordados ou dormindo, quando ouvirmos a voz do arcanjo, não teremos motivo algum para recear. Ressuscitaremos, sairemos de nossos túmulos e veremos os anjos como nossos conservos e amigos, em cuja companhia passaremos a bem-aventurada eternidade. Observemos ainda a imensa bondade de Deus para com aqueles seus servos que abandonaram o Senhor. A mensagem do anjo às mulheres serve-nos de preciosa ilustração dessa verdade. Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago, e Salomé receberam um recado para ser transmitido aos discípulos: “Ele vai adiante de vós para a Galileia; lá o vereis, como ele vos disse”. Todavia, esse recado não foi endereçado de modo geral aos onze apóstolos. Por si mesmo, isso já teria sido uma graciosíssima ação da parte de Deus, depois de eles terem desertado de nosso Senhor. Contudo, Simão Pedro, que havia negado o Senhor Jesus três vezes, foi especialmente mencionado pelo nome. Pedro, que havia cometido um pecado em particular, foi destacado e mencionado de modo especial. Não havia exceções naquele ato da graça divina. Todos seriam perdoados. Todos seriam restaurados ao favor divino, e Simão Pedro tanto quanto os demais. Ao lermos palavras assim, bem podemos comentar: Não é assim que o homem costuma agir. Talvez sobre nenhuma outra questão nossos pontos de vista acerca da religião cristã sejam tão fechados, inadequados e contraídos quanto sobre a questão da grande disposição que Deus tem em perdoar os pecadores penitentes. Mas o fato é que concebemos o Senhor Deus como se fosse semelhante a nós. Esquecemo-nos de que ele “tem prazer na misericórdia” (Mq 7.18). Finalizemos com a firme determinação de abrir amplamente a porta da misericórdia aos pecadores, em todo o nosso falar ou ensinar sobre a religião cristã. Não menos importante é o fato de que devemos avançar com a resolução de nunca nos mostrarmos indispostos a perdoar nossos semelhantes. Pois, se Cristo está sempre tão pronto a nos perdoar, nós também devemos estar sempre prontos a perdoar o próximo.