CULTO DA PÁSCOA - 2022

Sermon  •  Submitted
0 ratings
· 20 views
Notes
Transcript
A ORIGEM DA PÁSCOA
A Páscoa foi estabelecida em Êxodo 12 antes da aliança no Sinai. Mas é em Levítico que o estatuto e regulamentos da Páscoa são expandidos.
De todas as festas de Israel, a Páscoa, sem dúvida, é a que mais claramente revela a a eleição e graça de Deus. A Páscoa celebra a graça divina de Deus e a libertação dos fiéis durante o tempo do êxodo, cuja história é contada durante a festa. Ao "passar por cima" das casas dos israelitas no Egito, Deus permitiu que os primogênitos de Israel vivessem (Êx 12:21–31). No entanto, como sugere Kline, a ênfase da Páscoa não está na passagem de Deus sobre os israelitas, mas em "cobrir" os israelitas através do sangue no batente da porta.
A Páscoa era comemorada originalmente no 14º dia de Abib (que em tempos pós-exílicos era chamado Nisan). Inicialmente comemorado nas famílias, o estabelecimento do templo exigia uma peregrinação a Jerusalém (Dt 16:5–7). A Páscoa excluía ajuda estrangeira ou contratada, e apenas estrangeiros residentes circuncidados poderiam participar (Êx 12:45–49). O banquete era austero e exigia um menu e procedimento específicos:
Ø O cordeiro do sacrifício era o prato principal. Era para ser assado pelo fogo e completamente consumido (Êx 12:7–10). O cordeiro deveria ser tratado com cuidado e não podia ter ossos quebrados (Nm 9:12).
Ø Eram servidas ervas amargas, o que significa a amargura das lutas dos israelitas no Egito.
Ø Somente pão sem fermento poderia ser usado. Inicialmente, isso foi causado pela incapacidade de esperar o pão crescer (Êx 12:39). Mais tarde, a ausência de fermento representava pureza do pecado.
Ø Os participantes da festa da Páscoa estavam completamente vestidos para viajar, antecipando a libertação de Deus (Êx 12:11).
A PÁSCOA DEPOIS DA DESTRUIÇÃO DO TEMPLO E NO NT
Após a destruição do templo
um pernil de cordeiro assado era apresentado em um prato em vez de carne de cordeiro. Chamado de zeroa, isso não é comido; é um lembrete de que o templo — onde o sacrifício teria sido realizado — já não existia mais.
Na época do Novo Testamento
De todas as festas, a Páscoa (que incluía a Festa dos Pães Asmos, com duração de sete dias) era a mais relevante.
Na Páscoa, os israelitas se lembravam de que foram escravos no Egito
A fim de explicar a morte que se aproximava para seus discípulos, Jesus infundiu um novo sentido para a tradicional refeição da Páscoa: sua morte era o início de um novo êxodo para o povo de Deus!
Os Evangelhos registram que Jesus celebrou a última refeição da Páscoa com os discípulos antes da traição e prisão:
Mateus 26.17 BEARA
No primeiro dia da Festa dos Pães Asmos,vieram os discípulos a Jesus e lhe perguntaram: Onde queres que te façamos os preparativos para comeres a Páscoa?
Marcos 14.12 BEARA
E, no primeiro dia da Festa dos Pães Asmos, quando se fazia o sacrifício do cordeiro pascal, disseram-lhe seus discípulos: Onde queres que vamos fazer os preparativos para comeres a Páscoa?
Lc. 22.8,15
Lucas 22.15 BEARA
E disse-lhes: Tenho desejado ansiosamente comer convosco esta Páscoa, antes do meu sofrimento.
Jesus especificamente chamou aquela refeição no aposento do andar de cima de Páscoa (Lc 22.15)
Jesus explica aos discípulos que Deus estava prestes a realizar outra libertação, mais profunda do que aquela do êxodo do Egito.
Jesus então, explica o sentido dos elementos da refeição, ou seja, Jesus faz uma reinterpretação daqueles eventos do êxodo, apontando para o seu significado mais profundo:
Ø O pão. O pão sem fermento da Páscoa simbolizara a premência (NECESSIDADE URGENTE) na fuga de Israel do Egito. Para Jesus, a premência era a aproximação de sua morte — o pão era seu corpo que logo seria ferido a fim de trazer a grande libertação de Deus.
Ø O cálice. Os cálices de vinho faziam referência à bênção da vida de aliança que o êxodo traria para os israelitas - veja Êx 6.5–7
Êxodo 6.5–7 BEARA
Ainda ouvi os gemidos dos filhos de Israel, os quais os egípcios escravizam, e me lembrei da minha aliança. Portanto, dize aos filhos de Israel: eu sou o Senhor, e vos tirarei de debaixo das cargas do Egito, e vos livrarei da sua servidão, e vos resgatarei com braço estendido e com grandes manifestações de julgamento. Tomar-vos-ei por meu povo e serei vosso Deus; e sabereis que eu sou o Senhor, vosso Deus, que vos tiro de debaixo das cargas do Egito.
Jesus pegou um desses cálices e o associou com as bênçãos que estava prestes a trazer — o perdão dos pecados e a nova aliança (Jr 31.31–34). Para trazer essas bênçãos, entretanto, ele teria de derramar seu sangue, exatamente como acontecera com o cordeiro da Páscoa (veja também Êx 24.8 e Zc 9.11).
O grande evento da libertação que Jesus explicou aos discípulos não era a Páscoa e êxodo acontecido muito tempo atrás, mas sua própria morte que se aproximava.
Para os discípulos de Jesus, essa refeição passaria a ter um novo sentido quando rememorassem o sofrimento e morte de Jesus, os quais trouxeram o novo êxodo para o povo de Deus.
JESUS, NOSSA PÁSCOA
Embora a última ceia de Jesus, provavelmente, incluísse um cordeiro assado (os discípulos provavelmente sabiam como preparar uma refeição de Páscoa, Lc 22.13), os escritores dos Evangelhos não registram Jesus se referindo a ele. A omissão é intencional.
No novo êxodo do povo de Deus — não da escravidão do Egito, mas da escravidão dos poderes mais avassaladores de Satanás, o pecado e a maldade —, não é um cordeiro cuja morte marca o ato de libertação e salvação, mas o próprio Jesus é o Cordeiro pascal.
Conforme Paulo declara - 1Co. 5.7
1Coríntios 5.7 BEARA
Lançai fora o velho fermento, para que sejais nova massa, como sois, de fato, sem fermento. Pois também Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi imolado.
Jesus queria que os discípulos compreendessem que sua morte não fora um terrível engano
Ao longo de todo o seu ministério, Jesus ensinou aos seus discípulos sobre o Reino de Deus.
Pertencer a esse Reino era experimentar o perdão dos pecados, a cura, a restauração e a alegria da comunhão íntima com Deus e uns com os outros em torno da mesa da refeição pascal.
Essa era a vida da nova aliança que Deus prometera no Antigo Testamento:
Jeremias 31.31–34 BEARA
Eis aí vêm dias, diz o Senhor, em que firmarei nova aliançacom a casa de Israel e com a casa de Judá. Não conforme a aliança que fiz com seus pais, no dia em que os tomei pela mão, para os tirar da terra do Egito; porquanto eles anularam a minha aliança, não obstante eu os haver desposado, diz o Senhor. Porque esta é a aliança que firmarei com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz o Senhor: Na mente, lhes imprimirei as minhas leis, também no coração lhas inscreverei; eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo. Não ensinará jamais cada um ao seu próximo, nem cada um ao seu irmão, dizendo: Conhece ao Senhor, porque todos me conhecerão, desde o menor até ao maior deles, diz o Senhor. Pois perdoarei as suas iniqüidades e dos seus pecados jamais me lembrarei.
Ezequiel 37.26–28 BEARA
Farei com eles aliança de paz; será aliança perpétua. Estabelecê-los-ei, e os multiplicarei, e porei o meu santuário no meio deles, para sempre. O meu tabernáculo estará com eles; eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo. As nações saberão que eu sou o Senhor que santifico a Israel, quando o meu santuário estiver para sempre no meio deles.
Entretanto, assim como as bênçãos da antiga aliança de Deus com Israel aconteceram só depois da libertação da escravidão no Egito, também agora as bênçãos de Deus na nova aliança só podem chegar por meio de um novo ato de libertação e resgate. Os inimigos de Deus deviam ser derrotados, e seu povo libertado na jornada para a nova criação! A morte de Jesus era o ato de libertação.
CONCLUSÃO
Deus provera Jesus como nosso novo Cordeiro pascal, cuja morte marcaria, por meio da intervenção de Deus, a derrota dos inimigos do povo de Deus e a fuga segura da escravidão.
A morte de Jesus, longe de ser um equívoco, era necessária se fosse para seus discípulos serem libertados para ser o verdadeiro povo de Deus.
Por meio de sua morte, todos que vêm a Jesus podem ser resgatados do reino das trevas e trazidos para a luz do Reino de Deus - Cl 1.13
Colossenses 1.13 BEARA
Ele nos libertou do império das trevase nos transportou para o reino do Filho do seu amor,
Related Media
See more
Related Sermons
See more