O Chamado de Cristo
Jesus chama Levi e participa de um banquete em sua casa, onde confronta os fariseus dizendo que ele veio para salvar os pecadores.
Introdução
I. O chamado de Jesus demanda uma atitude radical (vs. 13-14)
Os publicanos geralmente cobravam grandes somas. Eles adquiriram a reputação de serem extorsionários. Além disso, os judeus publicanos eram considerados traidores, infiéis ao seu próprio povo e à sua própria religião. Afinal, não estavam eles a serviço do opressor estrangeiro, a serviço do imperador romano pagão? Não estavam enchendo seus cofres? A baixa estima em que os publicanos eram tidos pela população aparece em passagens como: Marcos 2.15–16; cf. Mateus 9.10–11; 11.19; 21.31–32; Lucas 5.30, 7.34; 15.1; 19.7. “Publicanos” e “pecadores” são, às vezes, mencionados em um só fôlego. Mesmo assim, foi a um indivíduo odiado, um publicano, que Jesus voltou sua atenção, para fazê-lo um de seus discípulos.
Aplicação 1: Jesus age com intencionalidade em suas obras. Da mesma forma, todas as coisas cooperam para que a vontade de Deus se cumpra em nós.
Aplicação 2: Seguir Jesus é uma atitude radical, pois envolve uma atitude de obediência radical.
II. Os pecadores são o alvo desse chamado (vs. 15-17)
Na interpretação dos fariseus, um “pecador” era quem se recusava a se submeter à interpretação farisaica da santa lei de Deus, a Torá. Nesse sentido, até mesmo Jesus e seus discípulos eram pecadores, isto é, pecadores como os fariseus entendiam o termo; pois, em vários aspectos – não lavar as mãos antes de qualquer refeição, não observar os regulamentos humanos sobre o sábado, fundamentados em raciocínios sofisticados – nem o Mestre nem seus discípulos se conduziam de acordo com a interpretação rabínica da lei
Quando se associa a pessoas de má reputação, ele não o faz como um “amigo de copo”, um companheiro para o mal, “cada qual com seu igual”, mas como médico, aquele que, sem se contaminar de maneira nenhuma com a doença de seus pacientes, tem de chegar muito perto deles para curá-los. Além do mais, os fariseus eram as pessoas mais apropriadas para entender isto. Não eram eles as pessoas que se julgavam sadias, enquanto todas as outras eram doentes? Se, porém, aos olhos dos fariseus, publicanos e pecadores são tão doentes, não devem ser eles curados? É o trabalho do médico curar o doente ou o são? O doente, claro.