Jovens ricos de verdade
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· 14 viewsQuem é verdadeiramente rico? Quem possui riquezas terrenas ou quem renuncia as riquezas terrenas em detrimento das celestiais? Jovens ricos de verdade não estão apenas satisfeitos, renunciam seus ídolos e confiam/dependem de Deus.
Notes
Transcript
Introdução
Introdução
O que é riqueza pra você?
Para cada pessoa que você fizer essa pergunta poderá ouvir uma resposta diferente. Essa semana eu vi nas caixinhas de pergunta do Instagram de um amigo alguém que perguntou: “Quando vai ficar rico?”, a resposta foi surpreendente e no resumo foi mais ou menos isso: “Eu já sou rico, o dinheiro vem depois. Não é rico quem tem muito dinheiro, mas quem tem a mentalidade de rico, trabalha e se esforça como rico. No final das contas riqueza não se resume apenas em dinheiro”. Isso é uma tremenda verdade, riqueza não é apenas dinheiro no bolso.
É verdade que a grande maioria das pessoas dá um valor exagerado ao dinheiro e o dinheiro proporciona muitas coisas boas e legais, porém o alcance do seu poder ainda é limitado. Pergunte a uma pessoa em um leito de hospital o que valeria mais para ela: um milhão na conta ou a sua saúde restaurada? Eu tenho certeza que seria a segunda opção. É por isso que valor é algo tão difícil de ser mensurado, porque podemos saber o preço das coisas, mas o valor real/oficial pode variar muito dependendo da percepção de valor e visão de mundo de cada pessoa.
O que é riqueza pra você?
A bíblia nos conta a história de um jovem que era muito rico, mas tinha um coração pobre. Esse texto é um alerta para nós, pois não basta sermos ricos no sentido de ter muitas riquezas, existe um tesouro de valor muito superior que está ao nosso alcance se estivermos dispostos a seguir pela trilha que Jesus nos ensinou.
É possível então sermos jovens ricos de verdade? Vamos ver isso juntos!
Não estão apenas satisfeitos
Não estão apenas satisfeitos
Certo homem importante lhe perguntou: “Bom Mestre, que farei para herdar a vida eterna?” “Por que você me chama bom?”, respondeu Jesus. “Não há ninguém que seja bom, a não ser somente Deus. Você conhece os mandamentos: ‘Não adulterarás, não matarás, não furtarás, não darás falso testemunho, honra teu pai e tua mãe’.” “A tudo isso tenho obedecido desde a adolescência”, disse ele.
Quem era aquele jovem
Aquele jovem tinha aparentemente tudo que poderia o credenciar para a vida eterna de acordo com os padrões religiosos judaicos da época.
Em primeiro lugar é destacado no texto que ele era importante na sociedade.
Em segundo lugar ele se auto declara como um fiel seguidor da Lei.
Em terceiro lugar também é destacado que ele possuía muitas riquezas (Lucas 18:23).
Em quarto lugar esse jovem aparentemente tinha uma pergunta sincera a ser feita: “que farei para herdar a vida eterna?”
Em relação a esse jovem podemos ter algumas ideias distintas:
A primeira ideia é que a pergunta dele na verdade não era tão sincera assim, e ele estava apenas buscando uma auto afirmação de que seu estilo de vida era o suficiente para herdar o Reino, talvez daí sua resposta em relação a obediência a Lei.
A segunda ideia é que apesar de tudo: destaque na sociedade, fidelidade a Lei e riquezas, esse jovem tivesse o profundo sentimento de que estava faltando alguma coisa. Ele não estava satisfeito e precisava entender o que faltava.
A terceira seria um mix das duas anteriores: apesar de ter um sentimento que estava faltando alguma coisa, ainda confiava em suas credenciais e queria confirmar isso de uma vez.
Justiça perante a Lei não dá a segurança de salvação até para aqueles que os judeus pensavam estar sob a bênção de Deus, os ricos
Precisamos não estar apenas satisfeitos
Será que está tudo bem mesmo? Estamos muito acostumados a viver a rotina da igreja, estamos acostumados a seguir o devocional da semana que o líder nos passou, estamos acostumados a viver no automático e para muitos de nós isso já é mais do que o suficiente. Será que isso é o suficiente? Será que isso vai nos salvar?
Isso não quer dizer que as regras, a tradição e a Lei não tenham o seu valor, mas sim que apenas isso não é o suficiente. Jesus disse:
“Não pensem que vim abolir a Lei ou os Profetas; não vim abolir, mas cumprir. Digo-lhes a verdade: Enquanto existirem céus e terra, de forma alguma desaparecerá da Lei a menor letra ou o menor traço, até que tudo se cumpra. Todo aquele que desobedecer a um desses mandamentos, ainda que dos menores, e ensinar os outros a fazerem o mesmo, será chamado menor no Reino dos céus; mas todo aquele que praticar e ensinar estes mandamentos será chamado grande no Reino dos céus. Pois eu lhes digo que se a justiça de vocês não for muito superior à dos fariseus e mestres da lei, de modo nenhum entrarão no Reino dos céus.
Nos enganamos quando achamos que seguir as regras da religião é o suficiente, precisamos de algo mais seguro.
Renunciam os ídolos do coração
Renunciam os ídolos do coração
Ao ouvir isso, disse-lhe Jesus: “Falta-lhe ainda uma coisa. Venda tudo o que você possui e dê o dinheiro aos pobres, e você terá um tesouro nos céus. Depois venha e siga-me”. Ouvindo isso, ele ficou triste, porque era muito rico. Vendo-o entristecido, Jesus disse: “Como é difícil aos ricos entrar no Reino de Deus! De fato, é mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que um rico entrar no Reino de Deus”.
A resposta de Jesus
Se o sentimento de que estava faltando algo era verdadeiro, ele também estava correto. Pois a resposta de Jesus foi: “ainda te falta uma coisa”.
O que Jesus não pediu:
Jesus não pediu algo impossível
Jesus não pediu que o jovem lhe desse as suas riquezas
O que Jesus realmente pediu:
Que o jovem realmente colocasse em prática os principais princípios da Lei: O amor a Deus e o amor ao próximo
Que o jovem o seguisse
A reação do jovem
Aquele jovem ficou extremamente triste, porque era muito rico. A relação aqui é de causa x consequência. Claramente Jesus chegou em um ponto crucial para aquele jovem: O amor e a confiança que ele tinha pela sua riqueza eram demais a ponto de a ideia se desfazer dos seus bens o deixava profundamente triste, apesar de Jesus prometer um tesouro nos céus para ele.
Abrir mão das posses como um sinal de dependência em Deus permite que se partilhe do Reino, embora pareça loucura para os homens
Renunciar os ídolos do coração
Engana-se quem pensa que um ídolo é apenas uma imagem ou um artefato religioso, pelo contrário um ídolo é tudo aquilo que tira Deus do seu lugar como único e primeiro no centro das nossas vidas. O reformador João Calvino diz que a mente humana é uma fábrica de ídolos, e é por isso que podemos fazer das coisas mais triviais os ídolos mais vorazes em nossas vidas, e é um alerta que existe uma desordem em nosso coração que precisa ser tratada.
Ilustrando um pouco
Agostinho costumava dizer: o amor desordenado é como se apaixonar pelo barco e não pelo destino. Imagine que você esteja em um cruzeiro rumo ao destino perfeito, por exemplo, as ilhas Maldivas. Agora imagine se durante a viagem você começa a se acostumar com o balanço do navio, começa a curtir o all inclusive e até mesmo as atividades recreativas ao ponto que ao chegar no destino você se recuse a descer do navio e aproveitar enfim o verdadeiro destino de toda a viagem. Isso é totalmente impensável, mas é o que fazemos quando trocamos Jesus, seu amor e o seu Reino, pelos nossos ídolos materiais e sentimentais. Trocamos Deus por coisas e acumulamos expectativas imortais e infinitas em coisas temporárias.
Guardando o coração
Acima de tudo, guarde o seu coração , pois dele depende toda a sua vida.
Não amando o mundo
Não amem o mundo nem o que nele há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele.
Jesus renunciou tudo para fazer a vontade de Deus, renunciou riquezas, fama e glória terra, inclusive por um tempo abriu mão da sua Glória para que o Reino de Deus pudesse ser alcançado por nós.
Confiam e dependem de Deus
Confiam e dependem de Deus
De fato, é mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que um rico entrar no Reino de Deus”. Os que ouviram isso perguntaram: “Então, quem pode ser salvo?” Jesus respondeu: “O que é impossível para os homens é possível para Deus”. Pedro lhe disse: “Nós deixamos tudo o que tínhamos para seguir-te!” Respondeu Jesus: “Digo-lhes a verdade: Ninguém que tenha deixado casa, mulher, irmãos, pai ou filhos por causa do Reino de Deus deixará de receber, na presente era, muitas vezes mais, e, na era futura, a vida eterna”.
Ao perceber a tristeza do jovem em relação a ideia de se desapegar de suas riquezas Jesus nos apresenta algumas ideias:
É mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulho do que um rico entrar no Reino de Deus
Possibilidade 1: Erro de um escriba - as palavras semitas para camelo e corda são parecidas: É mais fácil passar uma corda pelo fundo de uma agulha do que um rico entrar no Reino de Deus. Contra essa possibilidade é que os melhores manuscritos do texto grego trazem a palavra camelo.
Possibilidade 2: Um pequeno portão de Jerusalém - Os camelos deveriam passar de joelhos e com extrema dificuldade.
Conclusão da ideia: É mais fácil algo muito difícil acontecer do que quem ama as riquezas entrar no Reino de Deus.
Dessa forma: Quem pode ser salvo? Resposta: Para os homens é impossível, mas não para Deus.
Existe recompensa para quem serve no Reino. Recompensas temporais e terrenas e mais ainda recompensas eternas.
A dependência em Deus, como demonstrada pelos discípulos, terá recompensas temporais, bem como eternas, muito superiores às que a riqueza pode trazer
Confiar e depender de Deus
A relação de dependência pode parecer muitas vezes opressora do lado de quem depende de algo. Parece que estamos sempre nas mãos de alguém. Fomos criados para sermos independentes. Queremos independência e levamos isso tão a sério que quando ouvimos que nossa vida e nossa salvação dependem e estão nas mãos de Deus, algumas pessoas ficam extremamente incomodadas. Porém não existe coisa melhor do que confiar e depender de Deus, pois nos dá a certeza de três coisas de acordo com o texto:
Nossa salvação não depende de nós mesmos e nem de nossos méritos, mas de Deus.
Somos recompensados nessa vida.
Seremos recompensados na vida eterna.
Jesus confiava e dependia completamente de Deus, e confiou em seu plano até o fim, deixando de lado a sua própria vontade, mas fazendo aquilo que Deus havia determinado.
Conclusão
Conclusão
Que tipo de jovens somos: Jovens ricos com corações pobres como o jovem da passagem ou Jovens ricos de verdade?
Precisamos seguir pelo caminho da verdade e seremos ricos de verdade e para isso sempre vale repetir:
Jovens ricos de verdade não estão apenas satisfeitos;
Jovens ricos de verdade renunciam os seus ídolos do coração para seguir Jesus;
Jovens ricos de verdade confiam e dependem de Deus!
Não seja um falso rico, seja rico de verdade com Jesus Cristo
Soli Deo Gloria.