A ORIGEM DO CONFLITO CÓSMICO E OS EFEITOS SOBRE O PLANETA TERRA

Domingos de Esperança  •  Sermon  •  Submitted
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A ORIGEM DO CONFLITO CÓSMICO E OS EFEITOS SOBRE O PLANETA TERRA
INTRODUÇÃO
No mês de março de 1995, em uma pequena cidade da Louisiana, nos Estados Unidos, Sarah Edmondson, uma aluna universitária, loira, de 19 anos, entrou na loja de um posto de gasolina e disparou um tiro à queima-roupa contra Patsy Byers, caixa da loja. A bala atravessou uma vértebra e saiu pela nuca. Patsy sobreviveu, mas ficou paralítica para o resto da vida. Entrevistada mais tarde, a vítima declarou: “Vi o demônio no rosto dela.”
O acontecimento diabólico foi antecedido por outro crime a sangue-frio cometido, 24 horas antes, pela mesma Sarah e seu namorado, Ben Dorros, em um vilarejo próximo.
O que chama atenção nessa história é que os crimes cometidos por aqueles jovens eram reproduções vivas de cenas fictícias do filme Assassinos por Natureza, de Oliver Stone. Na produção cinematográfica, o casal protagonista faz uso de grande quantidade de drogas e tem visões do demônio, enquanto viaja de carro assassinando pessoas a sangue-frio.
A pergunta a se fazer nesse caso é: Quem teve culpa naqueles crimes: as drogas, o filme, os jovens que os cometeram ou o demônio? O conceito nos ambientes liberais pode ser sintetizado na frase do professor Carlos Roberto Nogueira, da Universidade de São Paulo (USP): “O demônio serve para nos fazer acreditar que as vítimas dos infortúnios não são culpadas, mas que existe sempre um mal por detrás”.
Por sua vez, Renato Mezan, um dos psicanalistas mais famosos da América Latina, afirmou que o exorcismo da possessão demoníaca não é mais do que um “mecanismo de proteção”. “A pessoa quer expulsar de si tudo o que considera perigoso e condenável.” (Morris Kachani, “Cinco Faces do Maligno”, Revista Veja, 31 de julho de 1996, p. 80).
II – A SOCIEDADE PÓS-MODERNA E SECULARIZADA
O Mundo Acadêmico Assumiu a Descrença como Ponto de Vista
As declarações desses dois estudiosos mostram o que a maioria das pessoas pensa a respeito do demônio: ele é apenas uma ideia, uma força ou, simplesmente, um “mecanismo de defesa”, segundo Mezan. Em uma guerra real, é vantajoso para um dos lados, quando o outro ignora a presença do oponente. Esse fato será determinante no desfecho da batalha. Certamente, o lado que relaxar a guarda sofrerá grandes baixas.
III – A ORIGEM DO CONFLITO CÓSMICO
Todas as Coisas Foram Criadas em Perfeita Ordem e Simetria
As Sagradas Escrituras relatam que Deus criou tudo perfeito, e que no início havia uma harmoniosa simetria e felicidade no vasto Universo. Os seres celestiais se alegravam em reconhecer a Deus como o Ser Supremo e Criador de tudo; e sentiam-se felizes em honrar Seu nome e dar-lhe glória, conforme a descrição do texto de Jó 38:4-7.
Esses seres eram fruto do amor de Deus. Foi esse amor que levou o Criador a compartilhar a vida no seu estado mais elevado. No entanto, não pode existir amor onde não existe liberdade. Por essa razão, o Senhor criou os anjos com livre arbítrio, dando-lhes direito de escolha no que tange a servi-Lo ou rejeitá-Lo.
Misteriosamente o Pecado Surgiu no Coração de um Anjo Criado (II Ts 2.7)
Ezequiel 28:13 descreve um ser luminoso revestido com pedras preciosas. O verso 14 nos informa de sua elevada posição, e o verso 15 não deixa dúvidas de que ele foi criado perfeito, “até que se achou iniquidade em ti”. Na versão grega do Antigo Testamento, o termo para “iniquidade” nesta passagem é adikêmata¸ que corresponde à injustiça em português. E, no verso 16, o termo para “pecaste”, é anomás, uma expressão formada por um prefixo de negação “a” e o substantivo “nomia”, isto é lei. Esse anjo, criado perfeito, e usando de seu livre arbítrio, tornou-se injusto e transgrediu a Lei divina.
O verso 17 não deixa dúvidas de que a razão da mudança em seu interior foi o orgulho: “Elevou-se o teu coração por causa da tua formosura, corrompeste a tua sabedoria por causa do teu esplendor”.
O anjo rebelde acusou o Criador de duas supostas falhas: em primeiro lugar, de que as criaturas celestiais poderiam ser mais felizes e mais livres se não existissem todas as leis que regem o Universo. Em segundo lugar, de que Deus era um ditador arbitrário que amputa a liberdade de Suas criaturas e, portanto, ele, Lúcifer, era a pessoa adequada para governar o Universo.
Na verdade, ele se demonstrou um semeador de discórdia e instigador de intrigas. Esta situação tornou-se insustentável conforme descrito em Apocalipse 12:7-9 vamos ler, e numa intensidade tal, que já não seria possível habitar no Céu, lugar de harmonia, perfeição e amor.
Você pode estar se perguntando: “Por que Deus não o Aniquilou no Início da Rebelião?”
Lúcifer acusou a Deus de ser tirânico (despótico) e rígido (duro, exator). Se Deus o houvesse exterminado, a liberdade de escolha teria deixado de existir, e o amor a Deus cederia lugar ao medo e ao terror.
Portanto, era necessário que o desenvolvimento do caráter do anjo rebelde ocorresse, a fim de que ficasse patente aos olhos de todo Universo que o mal não compensa! No entanto, o mal está com os dias contados, pois a configuração do caráter de Lúcifer e seus anjos está plenamente amadurecida. O tempo passou, e hoje ninguém mais no Universo tem a menor dúvida de que Lúcifer sempre esteve errado, muito embora, uma numerosa classe de seres humanos não se importa em colaborar com o anjo rebelde.
IV - O PLANETA TERRA SE TORNOU O NOVO CAMPO DE BATALHA
O Início do Conflito na Terra
Assim como ocorreu com os anjos, os primeiros habitantes deste planeta foram criados perfeitos e com a prerrogativa do livre arbítrio. E o ponto crítico da luta entre o bem e o mal, também são os mesmos: adoração e obediência. A narração da entrada do mal em nosso planeta está registrada logo após o episódio da Criação.
No primeiro capítulo de Gênesis se encontra o relato da criação de um mundo perfeito. No terceiro capítulo é descrito o início da grande guerra neste planeta: a luta pela mente e pelo coração do ser humano e o esforço do inimigo para destruir a lealdade do ser humano para com Deus. Os pontos críticos são os mesmos do início do pecado no Céu: adoração e obediência.
Tendo em vista as reivindicações do anjo rebelde, Deus fez com que elas fossem representadas pela árvore do conhecimento do bem e do mal. Por isso ordenou ao homem: “De toda árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás” (Gênesis 2:16-17). Ou seja, o Senhor advertiu o homem da existência do mal e o orientou a se desvencilhar dele. No entanto, o homem deveria exercitar o seu poder de escolha para se afastar do mal e demonstrar amor ao Criador, obedecendo ao Seu mandamento.
Porém, o diabo usou uma estratégia que deveria ser a marca de sua atuação até o final do conflito, a dissimulação. “Mas a serpente, mais sagaz que todos os animais selváticos que o Senhor Deus tinha feito, disse à mulher: É assim que Deus disse: Não comereis de toda árvore do jardim?” (Gênesis 3:1).
Nesse verso observamos a principal estratégia do inimigo. Ele não se mostra como realmente é. Na verdade, ele se disfarça, se esconde, finge e simula. Ele parecia amigo, uma companhia agradável, no entanto, “anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar” (1 Pedro 5:8). Ele “se disfarça de anjo de luz” (2 Coríntios 11:14).
A sua sedução não fica limitada à esfera social ou religiosa, mas em todas as áreas da existência humana. O inimigo de Deus surgirá disfarçado de algo maravilhoso e sedutor.
O texto bíblico declara ainda que o inimigo não disfarça apenas a sua pessoa. De fato, ele disfarça também o seu propósito.
Pode ser uma teoria bonita, uma filosofia deslumbrante, uma religião fascinante ou até um anjo de luz. Mas não é difícil perceber os seus ardis, tendo em vista o seu antagonismo a Deus e à Sua Palavra. Satanás não disse a Eva que estava ali para destruí-la e trazer desgraça às gerações futuras. Simplesmente a levou para o terreno da religião, mas adulterou ardilosamente a Palavra de Deus. O inimigo lhe deu falsas esperanças.
Sutilmente disse à Eva, “Você não precisa ser radical! A Palavra de Deus não pode ser levada tão a sério. Vamos, Eva! Qual a diferença entre esta e as outras árvores do jardim? Afinal, todas são árvores, não é mesmo?”
Quantos jovens não se deixam seduzir por essas ciladas? “A Palavra de Deus não precisa ser levada tão a sério”; “É necessário ter mente aberta”; “Deus não pode estar preocupado com detalhes tão insignificantes.”
Depois da Sedução, o Apelo à Desobediência
Primeiramente o diabo minou a confiança de Eva na Palavra de Deus. Depois apelou para levá-la à desobediência, reproduzindo nela o mesmo espírito de rebelião que o impulsiona. Para isso, centraliza a discussão em torno do fruto. Aparentemente, ele tem razão, pois aquele era um simples fruto. Contudo, o que estava em jogo não era o fruto em si, mas a obediência.
A queda do ser humano no pecado devido à desobediência ao Criador, foi o início da tentativa de romper o seu limite de criatura e se tornar “divino” (Gênesis 3:5). Deus passa a ser apenas um objeto de discussão e deixa de ser o Supremo Comandante da vida.
A Religião Nominal
Em 2011, uma pesquisa realizada em 23 países indicou que 84% dos brasileiros acreditavam em Deus. Na época, esse dado colocava o Brasil como o terceiro país onde mais se crê em Deus (“Brasil é o 3° País Onde Mais se Crê em Deus”, BBC, disponível em: <glo.bo/3h9DwcY>, acesso em 9 de dezembro de 2020). Paradoxalmente, em 2016, a Sociedade Bíblica Americana afirmou que menos de 40% dos cristãos praticantes liam a Bíblia. O pior índice estava entre a população com 18 anos ou mais: apenas 18% deles liam a Bíblia todos os dias (Sociedade Bíblica Americana, “Menos de 40% dos Cristãos Praticantes Leem a Bíblia”, disponível em: <bit.ly/3mIG7Mm>, acesso em 9 de dezembro de 2020). Esse Deus da pós-modernidade, com quem o ser humano se relaciona sem nenhum compromisso, foi a ideia de Satanás, implantada na mente humana descomprometida, desde o início da formação da humanidade.
Os Mestres da Suspeita
As grandes mentes da humanidade, desvinculadas do compromisso com Deus, foram as principais responsáveis por adulterar a concepção do divino, ou negar completamente a existência de Deus: Karl Marx dizia que a religião é “o ópio do povo”; Sigmund Freud considerava a fé uma expressão da infantilidade; Charles Darwin buscou as raízes da origem humana na figura de um suposto ancestral símio; e Friedrich Nietzsche “decretou” a “morte de Deus”.
Os terrenos sobre os quais a serpente lançou os seus sofismas são: adoração, obediência e vida após a morte: 1. Serão como Deus; 2. Não precisam obedecer ao Criador; 3. Não morrerão, mas viverão em uma esfera de vida mais elevada após a morte. Deus havia declarado: “no dia em que dela comeres, certamente morrerás” (Gênesis 2:17), mas em contrapartida, a serpente afirmou: “É certo que não morrereis” (Gênesis 3:4).
O Grande Desafio da Humanidade
A guerra começou no Céu e foi transladada para a Terra, e, queiramos ou não, você e eu estamos envolvidos. Não há como fugir dela. Não há como manter-se indiferente. Precisamos nos colocar de um lado ou de outro. Esse é o grande desafio que o Apocalipse apresenta. Não existe neutralidade, você é obrigado nesta noite a tomar uma decisão. Pois a indecisão é uma decisão. A indecisão é a decisão de não decidir. Os indecisos decidem-se contra Cristo. Quem não é por Cristo é contra Cristo.
CONCLUSÃO
Com a exposição de hoje descobrimos que:
1. Pessoas do mundo secular, acadêmico e científico insistem em afirmar que o Diabo, como pessoal, não existe. São formadores de opinião que ajudam a manter as pessoas despreparadas para enfrentar o mal. Pois para que se proteger de um inimigo que não existe? Para que ir a uma igreja de Deus se o inimigo é apenas imaginário?
2. O mundo tem um Criador e um princípio. Deus criou tudo perfeito, incluindo as Suas criaturas pensantes, mas conferiu a cada uma a liberdade de escolha, tão ampla, que poderiam até mesmo, rebelar-se contra Ele. Foi o que ocorreu com Lúcifer. Criado perfeito, decidiu se rebelar contra Deus e introduziu o mal no universo.
3. Para não (cercear) acabar com a liberdade e a obediência voluntária, Deus não o destruiu imediatamente, mas deixou que as suas obras revelassem o seu verdadeiro caráter e intenções.
4. Depois de ludibriar a terça parte dos anjos do Céu e de lá ser expulso, ele introduziu o mal no planeta Terra, ao levar nossos primeiros pais ao pecado.
5. O conflito chegou ao nosso mundo, e queiramos ou não, estamos todos envolvidos e precisamos escolher de que lado ficar.
APELO
Uma das mais importantes decisões que precisamos tomar é a escolha entre acreditar no ser humano falível, maculado pelo pecado e marcado pela rebelião luciferiana, ou acreditar na Palavra de Deus, que nos revela os mistérios do Apocalipse. Onde você gostaria de investir a sua confiança?
Tendo em vista que não há neutralidade nesse grande conflito, escolha o lado certo. Escolha se posicionar ao lado de Deus e do Seu incomensurável amor!
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