A HORA DO JUÍZO CHEGOU!

Domingos de esperança  •  Sermon  •  Submitted
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A HORA DO JUÍZO CHEGOU!
INTRODUÇÃO
Na manhã em que saiu o resultado do julgamento de O. J. Simpson, acusado de ter matado a esposa e um amigo dela, havia muita gente aglomerada em torno da enorme TV da frutaria/lanchonete na esquina da 216 Leste com a Rua 45 em Nova York para assistir ao veredito.
Na realidade, os Estados Unidos praticamente pararam por dois minutos. A expectativa era generalizada, e o resultado do julgamento provocou as mais variadas reações.
Os pais das vítimas choravam, sentindo-se impotentes diante do veredito que declarava Simpson inocente das acusações, enquanto o acusado respirava aliviado alegando que a justiça tinha sido feita.
II – O JUÍZO UNIVERSAL
O Anúncio da Hora do Juízo
No livro do Apocalipse encontramos o anúncio de outro julgamento. Nesse caso, trata-se de um juízo universal e de consequências eternas. Um dia, Lúcifer disse que estava certo, e Deus, errado.
O Criador deu a Lúcifer o tempo necessário para provar a validade de suas acusações e esclarecer qualquer dúvida na mente das criaturas. Mas, finalmente, chega o dia em que todas as acusações e seus resultados devem ser julgados.
Apocalipse 14:6 retrata um anjo voando pelo meio do céu, anunciando a hora do juízo. Tendo em vista que a incumbência dos anjos não é pregar o evangelho, mas ministrar aos que o pregam (Hebreus 1:13-14) e, levando-se em consideração que a expressão grega para anjo, angelós, significa mensageiro, vários comentaristas bíblicos concordam em que esse anjo voando pelo meio do céu tipifica uma mensagem de caráter mundial na qual os santos de Deus se empenham para proclamar o evangelho eterno.
Jesus conferiu a missão de pregar o evangelho aos Seus discípulos antes de partir (Marcos 16:15,16). Isso significa que hoje há no mundo um povo especial, com uma importante mensagem a ser dada aos moradores da Terra.
III – O VEREDITO
Quem é Culpado e Quem é Inocente
A mensagem que essas pessoas proclamam é a seguinte: VAMOS LER APOCALIPSE 14:7. Essa revelação é de suma importância porque é o anúncio do dia do acerto de contas: finalmente chegou a hora do julgamento. Quando o juízo findar, todo o Universo saberá, sem sombra de dúvida, quem estava com a razão: Satanás ou Cristo.
A história se encarregou de acumular as provas. Os livros serão abertos, e o juízo começará. A Bíblia está repleta de afirmações que confirmam a existência de um juízo para a humanidade:
“Porque Deus há de trazer a juízo todas as obras, até as que estão escondidas, quer sejam boas, quer sejam más” (Eclesiastes 12:14).
“Porquanto estabeleceu um dia em que há de julgar o mundo com justiça” (Atos 17:31).
“Porque importa que todos nós compareçamos perante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o bem ou o mal que tiver feito por meio do corpo” (2 Coríntios 5:10).
As questões que incomodam aos que observam a marcha dos acontecimentos são: Quando acontecerá o juízo? Como saber o tempo exato em que esse julgamento terá início? Tendo em vista que todos estamos envolvidos, não deveríamos nos preocupar em estudar a profecia a fim de estar preparados para aquele dia?
Quando o Senhor Jesus Cristo voltar, a situação de cada ser humano já deverá ter sido concluída. Portanto, esse juízo universal ocorre antes de Sua vinda, como será observado na abordagem a seguir.
IV – O DIA DO JUÍZO
A Chave para a Compreensão do Cronograma Apocalíptico
O Antigo Testamento fornece a chave para a compreensão das profecias do Apocalipse. “No Apocalipse todos os livros da Bíblia se encontram e se cumprem”; num sentido especial, ele é “o complemento do livro de Daniel” (WHITE, Atos dos Apóstolos, p. 585). Muitas coisas que estavam seladas em Daniel são reveladas em Apocalipse. Assim, os dois livros devem ser estudados juntos. O Apocalipse contém citações e alusões de 28 dos 39 livros do Antigo Testamento. Há mais de 500 citações e alusões, das quais mais de 300 são provenientes dos livros proféticos do Antigo Testamento, como Isaías, Jeremias, Ezequiel e Daniel. Dentre os profetas menores, são mais comuns as referências a Zacarias, Joel, Amós e Oseias. Dos livros do Pentateuco, o mais frequente é o livro de Êxodo e, das seções poéticas, os Salmos. Alguns também identificam reflexos dos escritos do Novo Testamento como Mateus, Lucas, 1 e 2 Coríntios, Efésios, Colossenses e 1 Tessalonicenses. Além disso, João também usa palavras e figuras do Novo Testamento (Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, v. 7, p. 800).
Portanto, para saber quando começa o juízo que o Apocalipse menciona, é preciso rever, na história bíblica, quando se realizava o juízo entre os israelitas, o povo de Deus no Antigo Testamento. Segundo a Bíblia, o juízo em Israel começava no primeiro dia do sétimo mês judaico, chamado Tishri, com a Festa das Trombetas, e terminava no décimo dia, com o “Yom Kippur”, que significa literalmente “dia da expiação” (Ver “Yom Kippur: History and Overview”, disponível em <bit.ly/2WRcTRl>, acesso em 10 de dezembro de 2020).
A eliminação de uma pessoa do rol de membro do povo de Deus por não se humilhar naquele dia (Levítico 23:29) é uma prefiguração da eliminação de todos os que rejeitam a salvação provida em Cristo. Aquele era um dia de julgamento em miniatura, ou seja, apenas para o povo eleito. No entanto, era também uma prefiguração do juízo universal predito na profecia de Daniel 8:14, como veremos.
Há fortes evidências no Novo Testamento de que aqueles serviços eram a representação de uma obra de dimensões cósmicas: VAMOS LER HEBREUS 9:23-24.
Durante o ano, o sacerdote intercedia em favor dos israelitas apenas no lugar santo do santuário. Contudo, no Dia da Expiação, algo especial ocorria: o sumo sacerdote entrava no lugar santíssimo, habitação da arca da aliança e lugar da manifestação da glória de Deus, para fazer “expiação pelo santuário por causa das impurezas dos filhos de Israel e por causa das suas transgressões e de todos os seus pecados” (Levítico 16:16). Mas a finalidade daquele juízo não era condenatória, pois os que renovavam a sua consagração e demonstravam arrependimento, eram perdoados e limpos (Levítico 16:30).
V – UM SANTUÁRIO NO CÉU ONDE OCORRE O JUÍZO UNIVERSAL
Há um Santuário Real Onde Ocorre o Juízo Universal
Como observado no texto de Hebreus, há um santuário no Céu, e o terrestre era apenas a sua representação. O santuário celestial serviu de base para a construção e o funcionamento do terrestre (Êxodo 25:8; Hebreus 8-9). Se a purificação do santuário de Israel era o dia do juízo para aquele povo, está claro que o dia da purificação do santuário celestial será também o dia do juízo da humanidade. Mas quando isso aconteceria?
A Palavra de Deus assinalou o cronograma do juízo através de um esquema profético muito bem elaborado, a partir do texto de VAMOS LER Daniel 8:14. Essa profecia não se refere ao santuário terrestre, porque o seu alcance temporal é muito longo, tendo em vista a necessidade de aplicação do princípio dia ano às profecias que empregam símbolos e imagens pictóricas, como é o caso de Daniel e Apocalipse.
O Princípio dia ano
O método historicista ou contínuo histórico ensina que as profecias devem ser interpretadas com o princípio dia ano, isto é, um dia representando um ano. Esse princípio está intrinsecamente ligado à estrutura literária da língua hebraica. Analisemos os seguintes textos: Gn 29:27; Lv 25:8; Nm 14:34; Ez 4:7.
“Decorrida a semana desta, dar-te-emos também a outra, pelo trabalho de mais sete anos que ainda me servirás (Gênesis 29:27). Aqui há o intercâmbio de uma semana com sete anos.”
“Contarás sete semanas de anos, sete vezes sete anos, de maneira que os dias das sete semanas de anos te serão quarenta e nove anos” (Levítico 25:8). Intercâmbio de semanas literais com semanas simbólicas, de maneira que sete semanas de dias equivalem a sete semanas de sete anos, ou seja, quarenta e nove anos.
“Segundo o número dos dias em que espiastes a terra, quarenta dias, cada dia representando um ano, levareis sobre vós as vossas iniquidades quarenta anos e tereis experiência do meu desagrado” (Números 14:34). O mesmo ocorre em Ezequiel 4:7 em que cada dia representa um ano. Há ainda vários textos em que, no original hebraico, a expressão literal é yomim (dias), que foi traduzida por “anos”:
“Portanto, guardarás esta ordenança no determinado tempo, de ano em ano (yomim)” (Êxodo 13:10). “Sua mãe lhe fazia uma túnica pequena e, de ano em ano (yomim), lha trazia quando, com seu marido, subia a oferecer o sacrifício anual” (1Samuel 2:19). “De ano em ano (de dia em dia - yomim) saíam as filhas de Israel para comemorar a filha de Jefté, o gileadita, quatro dias por ano” (Jz 11:40 – tradução livre). E há ainda muitas outras passagens em que o termo dias é traduzido por anos, devido ao propósito do texto em expressar anos e não dias, muito embora, literalmente, esteja grafado dia ou dias.
O cômputo da profecia de Daniel 8:14, “até duas mil e trezentas tardes e manhãs e o santuário será purificado”, deve ser encarado sob a perspectiva do princípio dia ano, a fim de que possamos encontrar a data exata em que o juízo deveria começar. No entanto, o anjo já havia antecipado a Daniel que o seu cumprimento “se refere a dias ainda bem distantes” (Daniel 8:26).
A expressão “tarde e manhã” representa um dia (Gênesis 1:5, 8, 13, 19, 23, 31), portanto, 2300 dias proféticos ou 2300 anos literais. Por essa razão, temos agora o período completo da profecia. Mas, quando ela começaria? DANIEL 9:25 VAMOS LER.
O Anjo Explica para Daniel
Ao lermos Daniel 9:23, vamos perceber que o verso 25 é parte importante da explicação do anjo a Daniel sobre um aspecto da profecia do capítulo 8 que ainda não havia sido explicado.
Assim, temos um elemento relevante da profecia revelado pelo anjo, o começo da profecia, ou seja, o período profético de 2.300 anos começou quando saiu “a ordem para restaurar e edificar Jerusalém”. Mas a profecia assinala vários acontecimentos até chegar ao fim, isto é, até chegar à data do juízo universal: 1. A reconstrução de Jerusalém; 2. O batismo do Messias (Jesus); 3. O sacrifício expiatório do Messias (sua morte vicária); 4. O encerramento do período teocrático do povo judeu (com o selamento do profeta, a execução de Estêvão).
VAMOS LER DANIEL 9:24, levando em consideração o simbolismo cada semana simbólica de 7 dias, representa 7 anos literais: Do período de 2300 anos, 70 semanas proféticas, ou 490 anos se referem ao judeus e à cidade de Jerusalém. A partir do decreto, o povo judeu teria 490 anos para confirmar a sua eleição sagrada ou abandoná-la, caso rejeitasse o Messias.
O anjo explica a Daniel as nuances da profecia da seguinte forma: “Sabe e entende: Desde a saída da ordem para restaurar (shoob) e para edificar (banah) Jerusalém...” (Dan. 9:25). A profecia fornece uma pista de autenticação. O decreto deveria conter a ordem para restaurar ao povo judeu o direito de habitar em Jerusalém e a permissão para reconstruí-la. Essas duas palavras não são sinônimas, como podemos verificar nos textos que seguem:
“Ben-Hadade disse-lhe: As cidades que meu pai tomou a teu pai, eu tas restituirei (shoob); monta os teus bazares em Damasco, como meu pai o fez em Samaria” (1Reis 20:34).
“Todo o povo de Judá tomou a Uzias, que era de dezesseis anos, e o constituiu rei em lugar de Amazias, seu pai. Ele edificou (banah) a Elate e a restituiu (shoob) a Judá, depois que o rei descansou com seus pais” (2Reis 14:21-22).
O Decreto Contendo a Ordem Dupla
Três decretos foram promulgados pelos persas, mas somente um corresponde às exigências da profecia: O de Ciro em 536 a.C., mas não chega até o Messias (Esdras 1:2-4 e 2Crônicas 36:23) e não autoriza a restauração e reconstrução como visto acima. Referia-se à reconstrução do templo apenas.
O decreto de Dario I em 525 a.C. Com ele, o povo foi levado a reconstruir o templo (Esdras 2), houve oposição (Esdras 4:1-5) e as obras pararam (Ageu 1:1-11). Em 520 Dario reafirmou o decreto de Ciro de 536 (Esdras 6:1-3). Portanto, ele se refere à continuação da obra que havia sido estorvada por um usurpador chamado Esmérdis.
A permissão de Neemias em 445 a.C., que consistia numa reafirmação do decreto suspenso que havia sido promulgado em 457. E, finalmente, o decreto de Artaxerxes Longímano I, rei da Pérsia, expedido no sétimo ano de seu reinado, em outono de 457 a.C., é o único que combina a evidência interna com a externa. Nele se decreta a restituição de Jerusalém ao povo judeu e a reconstrução e restauração daquela cidade (Esdras 7:11-26).
Os Detalhes da Profecia
A profecia indica que, do ano 457 a.C. “até a vinda do Ungido, o Príncipe” (ou seja, o batismo de Jesus), haveria “sete semanas e sessenta e duas semanas” (Daniel 9:25). Esse total de 69 semanas, em linguagem profética, equivale a 483 anos, o que nos leva a 27 d.C., ano em que Jesus foi batizado. As primeiras sete semanas ou 49 anos, é uma referência ao período empregado na reconstrução de Jerusalém. Até aqui a profecia se cumpriu com exatidão.
A profecia afirma que, na metade dessa última semana – que nos leva ao ano 31 d.C. “fará cessar o sacrifício” (Daniel 9:27). Em outras palavras, Jesus morreria na cruz, e não seria mais necessário o sacrifício de animais realizado por Israel. A história registra que, exatamente no ano 31 d.C., Jesus foi morto, e mais uma vez podemos constatar como a profecia se cumpriu de maneira extraordinária.
No ano 34 d.C., Estêvão foi julgado pela liderança judaica, depois de testemunhar sobre a salvação em Jesus Cristo. Ele foi a última voz profética a advertir aos judeus sobre o perigo de rejeição do Messias, mas foi calado pela execução por apedrejamento. Ao calar Estêvão, os judeus selaram a profecia das 70 semanas: “Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo (...) para fazer cessar a transgressão (...) e selar a visão (hazon) e a profecia (nabi), e para ungir o Santo dos santos” (Dan. 9:24).
O termo hazon significa visão característica do profetismo, até então, outorgado aos judeus. Porém, com o selamento do nabi (profeta), ou seja, com a morte de Estêvão, eles selaram também o seu destino, fechando as 70 semanas ou 490 com a recusa do evangelho de Jesus Cristo e a perda da eleição teocrática. No ano 34, quando Estêvão foi apedrejado, havia transcorrido 490 anos da profecia dos 2300 anos. Portanto, restavam ainda 1810 anos para o término da profecia, quando deveria começar o juízo. Somando-se 1810 anos ao ano 34, chega-se a 1844. Este é o ano assinalado pela profecia de Daniel 8:14 para o início do juízo universal, isto é, o grande julgamento da humanidade.
O Povo de Deus no Período do Juízo
Foi nessa ocasião que Deus levantou um povo para alertar ao mundo com a mensagem: “Temam a Deus e deem glória a Ele, pois É CHEGADA A HORA EM QUE ELE VAI JULGAR” (Apocalipse 14:6-7). Portanto, a cena está montada. O tribunal está instalado e, no presente momento, a humanidade está sendo julgada. Qual é o assunto em pauta? Qual é a acusação? Quais são os argumentos? Quem é o acusador? Quem é o advogado de defesa? Quem são as testemunhas? Quem é o juiz? A cortina vai cair, e o conflito dos séculos será desvendado.
CONCLUSÃO
Com a exposição de hoje descobrimos que:
1. A Palavra de Deus prediz, através da importante profecia de Daniel 8:14, a data quando deveria começar o juízo universal, tendo como prefiguração desse evento, o Yom Kipur, dia da expiação ou dia do juízo anual, cerimônia ligada ao ritual do santuário do povo hebreu. E Apocalipse 14 retrata a proclamação mundial desse juízo através dos comprometidos seguidores atuais de Jesus Cristo.
2. Não há terreno de neutralidade nessa questão, pois todos precisam decidir de que lado estão, se ao lado do bem ou ao lado do mal. Dessa forma, as escolhas, decisões e ações tomadas nessa vida serão avaliadas no juízo, a fim de que seja formulada a decisão que irá determinar o destino eterno de cada ser humano.
3. O Apocalipse prenuncia esse solene acontecimento, mas a chave para compreender a data quando o juízo deveria começar está no Antigo Testamento, ou seja, Daniel 8:14 deve ser interpretado à luz do antigo ritual do santuário hebraico, no qual um juízo em maquete ou prefigurativo acontecia anualmente.
4. Esse santuário prefigurativo foi construído conforme o modelo do verdadeiro santuário que se encontra no Céu, local onde é processado o juízo universal. O livro de Daniel nos indica quando esse juízo deveria começar, ou seja, no ano de 1844, e o Apocalipse anuncia a sua chegada através da proclamação global efetivada pelo atual povo de Deus.
APELO
Depois de estudar essa profecia solene e conhecer o fato de que todos teremos que nos posicionar nessa batalha do grande conflito entre o bem e mal, a qual dos dois lados você vai apoiar? Onde você pretende passar a eternidade, ao lado de Cristo e do Seu povo, ou ser deixado a perecer com os que serão condenados pelo juízo universal?
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