Ser mãe é...

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Ser mãe é...

Jz 13.1-7;24-25; 14.1-3,7-9
É muito difícil falar com clareza o que significa ser mãe, mas acredito que a história que iremos meditar brevemente nos mostra um pouco o que significa a maternidade.
Entretanto, devo começar falando para as mães e para aquelas que desejam ser mães que possuo duas notícias: uma boa e uma ruim. Quero começar pela notícia ruim.
Primeiramente gostaria de focar nos pontos negativos:
Ser mãe é não ter seu nome ou sua identidade reconhecida (Jz 13.2,3,6) - mesmo tendo um papel fundamental e necessário, o foco se torna o filho e não ela. Ser mãe neste sentido é crescer em humildade e serviço. Algo aparentemente ruim pode ser algo muito bom.
Ser mãe é abrir mão dos seus direitos e prazeres por amor aos seus filhos (Jz 13.4)
Ser mãe é sofrer com a rebeldia de um filho que rejeita o conselho piedoso e negligencia a educação piedosa que recebeu (Jz 14.3)
Ser mãe é sofrer por ver as consequencias do pecado na vida dos filhos (Jz 16.21-25)
Mas ser mãe, não é só ter que conviver com situações difíceis:
Ser mãe é ser visitada por Deus com graça (Jz 13.2-3) - toda gravidez é resultado da graça de Deus em abençoar a vida de uma família. Filhos são bênçãos do Senhor.
Ser mãe é ser orientada pelo próprio Senhor a como criar um filhos consagrado a Ele (Jz 13.4-5)
Ser mãe é descansar na certeza de que Deus, diantemão, já traçou o futuro dos seus filhos (Jz 13.5b)
Ser mãe é ver o Senhor usando seus filhos, apesar deles, para o cumprimento dos seus propósitos (Jz 13.25; 14.6,19; 15.14)
Ser mãe piedosa é, muitas vezes, contar com o apoio de um homem piedoso que invoca ao Senhor e juntamente com ela, aconselha o filho a andar com Deus (Jz 13.8;14.3)
Ser mãe é uma grande bênção. Filhos são herança do Senhor. Mas ser mãe é também enfrentar desafios externos e internos. Ser mãe é aprender a estar em segundo lugar, a se desprender e a ter que lidar com a natureza pecaminosa de um filho que nem sempre será constante nos princípios que aprendeu.
Ser mãe é chorar de tristeza por ver um filho se afastando dos caminhos do Senhor, mas também é se alegrar na graça de um Deus que está sempre disposto a alcançar os nossos filhos independentemente dos lugares tenebrosos que tenham chegado.
Sansão foi inconstante, mas um Deus constante em amor e em propósito, voltou a usá-lo como seu instrumento para cumprir a Sua vontade. Sansão foi mais usado no final da sua vida, do que em todo o tempo do seu ministério.
Apenas uma mãe, que também recebeu a visita de um anjo e o anúncio de uma gravidez, teve um filho sem pecado, totalmente obediente.
Somente uma mãe teve um filho fiel e constante nos caminhos do Senhor. Mas mesmo assim, foi uma mãe ferida. Uma espada lhe atravessou o coração quando viu o próprio filho pendurado num madeiro para resgatar os filhos infieis e inconstantes de tantas outras mães desesperançadas.
Jesus, o filho perfeito de um Deus amoroso, veio ao mundo para resgatar os Sansãos desviados e iludidos.
Essa semana, falando com minha mãe, ouvir ela dizer o quanto louvava a Deus por ter salvado os seus filhos. Irmãos, eu já peguei em pedra para jogar na minha mãe. Eu mentia, xingava, bebia descopensadamente, era entregue à imoralidade, agredia minhas irmãs. Com certeza, já fiz minha mãe chorar muitas vezes, mas o Senhor me resgatou. O Senhor perdoou os meus pecados, mudou meus valores e passou a me usar.
Acreditemos no poder que o Evangelho tem para converter o coração dos nossos filhos a Ele e o coração deles às mães e aos pais. A Deus toda a glória.
Juíz e Libertador
Manoá e sua mulher, casal de servos do Senhor
Ainda não tinham filho, quando o Anjo os visitou
Informando à mulher com toda convicção
Que aquela madre estéril daria a luz a um varão
A informação foi bem clara para o casal assimilar
O menino que nasceria deveriam consagrar
Nazireu desde o ventre ele seria ao Senhor
Um juíz em Israel, um poderoso salvador.
Mesmo sendo juíz e usado com poder
Negligenciou a piedade, a família e a vocação
Demonstrando que no homem não pode estar a salvação
A salvação está em Cristo, Juíz e Libertador
Que pelo sangue da Cruz trouxe redenção
A todo aquele que crê com sincero coração
Pensando ainda no que minha mãe falou, fiz o seguinte soneto:
Teu Filho Vive
Frescura, dirão que é meu pranto
Colhido em odres pequeninos
Vertido enquanto tocam sinos
Lembranças vem e me espanto
Vislumbrando o passado cristalino
Convenço-me, sou espantalho
Ao invés de ajuntar eu espalho
Não existe louvor, nem um hino.
Te vi chorar… eu sei, sofreste
Nas densas trevas da estrada
Enquanto sucumbia, não cedeste!
Dilacerada alma traspassada
Orações a Deus ofereceste
Teu filho agora vive, mãe amada.
Pr. Eduardo M. Bittencourt
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