DOIS CADÁVERES NA PRAÇA
Domingos de Esperança - 2022 - A última Chamada • Sermon • Submitted
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DOIS CADÁVERES NA PRAÇA
INTRODUÇÃO
Até aqui observamos que as duas grandes questões da controvérsia universal entre Deus e o anjo rebelde são a adoração e a obediência. O inimigo faria tudo o que pudesse para levar as pessoas a adorar qualquer coisa, menos ao verdadeiro Deus. Para isso, precisaria destruir a credibilidade da Bíblia ou fazê-la desaparecer.
Apocalipse 11 prevê as tentativas demoníacas de destruir as Sagradas Escrituras. As vestes de pano de saco indicam um período de luto da Bíblia: VAMOS LER APOCALIPSE 11:3 e 4. O Senhor Jesus revelou a identidade das duas testemunhas: “Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna; e são elas que dão testemunho de mim” (João 5:39). Portanto, as duas porções que compõem as Escrituras, o Velho e o Novo Testamento.
Mas Apocalipse identifica as duas testemunhas com “as duas oliveiras e os dois candelabros que estão em pé diante do Senhor da terra” (Apocalipse 11:4). Contudo, não há contradição, mas um perfeito encaixe, pois o apóstolo Pedro aponta a Bíblia como “uma luz que brilha em lugar escuro” (2 Pedro 1:19) e salmo 119.105 diz “Lâmpada para os meus pés é a tua palavra, e luz para o meu caminho.” e Zacarias a compara a dois ramos de oliveira (Zacarias 4:11,14). Assim como ocorreu com o povo de Deus, durante 1260 dias/anos, elas também sofreram perseguição.
A BESTA QUE MATA AS TESTEMUNHAS
A Bíblia de Luto
Naquele período, a Bíblia testificou vestida de pano de saco, isto é, oculta, abafada. Isso porque a sua leitura estava proibida, sob a alegação de que o povo não tinha competência para entendê-la, e que esse privilégio tinha sido concedido apenas aos líderes religiosos. Além disso, após esse período de 1260 anos, outro poder persecutório se levantaria contra as duas testemunhas, VAMOS LER APOCALIPSE 11:7.
Na linguagem profética, “besta” é símbolo de reino ou poder (Isaías 30:6; Apocalipse 13:4,12). O poder que se levantou depois do período de domínio da besta (538-1798) também é descrito como uma besta, porém, que sobe do abismo, ou seja, não tem nenhum fundamento religioso. É um poder ateu e espiritualmente comparado ao Egito.
O Egito é caracterizado pela sua atitude ateística, conforme o relato de Êxodo 5:2: “Faraó respondeu: ‘Quem é o SENHOR para que eu ouça a Sua voz e deixe Israel ir? Não conheço o SENHOR e não deixarei Israel ir.’” Esse mesmo espírito motivou a França ateísta do fim do século 18. Por sua tentativa de abolir o conceito de Deus, substituindo-O pelo culto à razão.
A catedral de Notre-Dame em Paris, considerada “um dos maiores tesouros artísticos da arte cristã em todos os tempos, foi transformada em ‘Templo da Razão’. O altar-mor foi coberto por um monte de terra; sobre ele, os revolucionários entronizaram uma ‘Deusa da Razão’, representada por uma bela atriz.”
Na tentativa de destruir a Palavra de Deus, a França matou 70 mil huguenotes, leais cristãos, na trágica noite de São Bartolomeu.
FOGUEIRAS DE BÍBLIAS
Perseguição à Bíblia
Em 1793, a Assembleia francesa promulgou um decreto proibindo a leitura da Bíblia, que deveria ser queimada aos montes em praça pública como evidência de que o governo francês não reconhecia a Palavra de Deus. O jornal Gazette Nationale, de 14 de novembro de 1793, publicou o seguinte:
“A sociedade popular da seção do museu anuncia que os cidadãos desta seção fizeram justiça com todos os livros de superstição e mentira. Livros de missa e de oração, Antigos e Novos Testamentos expiaram em uma grande fogueira as tolices que eles levaram a raça humana a cometer.”
AS TESTEMUNHAS REVIVEM
A Ressurreição da Bíblia
A profecia continuava dizendo que os cadáveres das testemunhas VAMOS LER APOCALIPSE 11:8, 9,11.
Não é coincidência que a perseguição religiosa do ateísmo francês contra as religiões e contra a Bíblia, tenha durado exatamente três anos e meio. A Convenção Nacional aboliu toda religião na França em 26 de novembro de 1793, e a restabeleceu em 17 de junho de 1797. Depois desse período de três anos e meio em que a Bíblia esteve aparentemente “morta”, houve um despertar do interesse pelo seu estudo. Literalmente, a Palavra de Deus se “levantou sobre os pés”.
Em 1804 foi organizada a Sociedade Bíblica Britânica e, em 1817, a Sociedade Bíblica Americana. Ambas se encarregaram de publicar e promover a leitura da Bíblia aos milhões. Ao longo da história, o livro mais amado e mais odiado. Reverenciado por uns e perseguido por outros, é hoje o livro mais traduzido no mundo e o mais vendido, embora sempre perseguido pelo inimigo, que o ataca ou tenta adulterar a sua mensagem.
O poder religioso que atacou a Bíblia durante 1260 anos é descrito por João como uma mulher embriagada com o sangue dos santos. VAMOS LER APOCALIPSE 17:6. Ele se espantou ao ver que uma igreja, “em nome de Deus”, perseguiria aos obedientes estudantes da Bíblia.
O INIMIGO MUDA DE TÁTICA
Descrédito Sobre a Bíblia
Quando o inimigo não consegue destruir a Bíblia por meio das ameaças e perseguições, ele usa outras táticas, como a que articula nos dias de hoje, convencendo a muitos que a Bíblia é obsoleta, por isso, sem validade atualmente. Até mesmo pessoas bem-intencionadas não percebem que há diferença entre costumes e princípios na abordagem bíblica.
Os costumes são transitórios, portanto, mudaram: O vestuário, o estilo e corte dos cabelos dos tempos bíblicos são diferentes dos de hoje. Muitos hábitos e costumes evoluíram com o desenvolvimento da tecnologia. No entanto, os princípios divinos, preservadores da vida, são eternos e imutáveis. O respeito pela vida, a fidelidade, a honestidade, a adoração a Deus e a obediência aos Seus mandamentos, são princípios que desde o início do mundo continuam vigentes na atualidade.
O inimigo de Cristo leva muitos a crer que, embora a Bíblia seja a Palavra de Deus, não precisa ser levada tão a sério, que ela pode ser adaptada ao contexto. Porém, não é isso que ela ensina sobre si própria. Se Deus disse que o sábado seria o dia de repouso sagrado, não poderia ser o domingo. Tendo em visa que “a erva seca e as flores caem, mas a Palavra do nosso Deus permanece para sempre” (Isaías40:8).
Outra artimanha diabólica, é levar o ser humano a tomar a Bíblia apenas como um amuleto. Usar um pingente com crucifixo, organizar um cômodo de acordo com o feng shui ou ter sempre a Bíblia aberta na mesinha de cabeceira ou no aparador da sala para ser símbolo de proteção têm o mesmo efeito: nulo. É preciso ler a Palavra de Deus para ser transformado por ela. Mesmo que a Bíblia esteja em algum lugar de destaque, se não influir em sua vida, guiando os seus passos para orientar em suas decisões, o diabo a terá tornado inoperante e conseguido finalmente o que queria, neutralizá-la.
Outro método usado pelo Diabo para desvirtuar a Palavra de Deus é fazer com que o ser humano creia que a Bíblia é tão difícil de ser compreendida que não compensa nem tentar conhecê-la. Mas essa ideia está em direto desacordo com as palavras de Jesus: “Se alguém quiser fazer a vontade de Deus, conhecerá a respeito da doutrina, se ela é de Deus.” (João 7:17).
CÓDIGO OU MENSAGEM REVELADA?
Somente a Bíblia Revela o Futuro
Michael Drosnin, jornalista americano, ateu e que foi repórter dos jornais Washington Post e Wall Street Journal, escreveu o livro, O Código da Bíblia que, em pouco menos de um ano, tornou-se best-seller em 17 países.
Segundo o autor, antes da Segunda Guerra Mundial, um rabino residente em Praga, antiga Tchecoslováquia, teria descoberto um código secreto, em hebraico, no Antigo Testamento. Cinquenta anos depois, o matemático israelense Eliyahu Rips encontrou, por acaso, na biblioteca pública de Israel, o único livro que o rabino tinha publicado. A partir dali e motivado pela curiosidade, Rips desenvolveu um programa de computador que pode, segundo ele, decifrar o futuro da humanidade.
O jornalista americano foi posteriormente apresentado a Eliyahu Rips e, desde então, dedicou-se a escrever o livro, que advertia à humanidade com relação às tragédias que se aproximavam. Ele dizia, por exemplo, que nos anos 2000 e 2006 o mundo seria sacudido por duas hecatombes (massacre) nucleares. Previa terremotos gigantescos para o Japão e para Los Angeles, nos anos 2006 e 2010, respectivamente.
De repente ler o livro de Drosnin virou moda. Ele diz que, por meio do programa de computador e do código secreto, seria possível ver não só o futuro, mas também comprovar que a história estava prevista muito antes de os fatos acontecerem.
Entretanto, a Bíblia afirma que não é necessário um computador para entender as profecias. É necessário que o Espírito Santo que inspirou os escritores bíblicos, também ilumine o nosso entendimento.
Não é preciso nenhum artifício cibernético para entender a marcha dos acontecimentos. A Bíblia predisse a sucessão dos impérios mundiais com séculos de antecedência: Babilônia, Medo-Pérsia, Grécia e Roma (Daniel 2 e 7). A História corrobora com as predições bíblicas, tais como os esforços de governantes tentando inutilmente estabelecer um novo império mundial.
Em todas essas previsões divinas apresentadas na Bíblia e concentradas no livro do Apocalipse, não existe nenhuma (massacre) hecatombe atômica para o ano 2000 ou 2006, como o livro de Drosnin anuncia. E, graças a Deus, 2000 e 2006 se foram e nada aconteceu. Quando perguntado se teria sido Deus quem escreveu as revelações que o suposto código decifra, Drosnin respondeu:
Não acredito em Deus. Mas alguma inteligência pode ver o futuro e o escreveu em código. Não sei nem dizer se o código foi feito por um computador ou para ser desvendado por um computador. Mas, se uma máquina fez o código, com certeza foi uma das mais potentes das que conhecemos, porque todos os computadores que se conhecem hoje, mesmo trabalhando juntos, não conseguiriam criar um código tão complexo. E os nossos computadores não conseguem prever o futuro.
Quando novamente perguntado se essa não seria uma prova da existência de Deus, ele acrescentou: “É a primeira evidência científica de que outro tipo de inteligência existe. Mas não sabemos sua identidade. No entanto, essa mesma inteligência que criou o código também nos criou e criou todo o Universo. Não sei quem fez, mas não foi um humano.”
Como você pode ver, a Bíblia, apesar de todas as perseguições e tentativas do inimigo para desvirtuá-la, continua segura, soberana e até incomodando quem não acredita na existência de Deus.
CONCLUSÃO
Com a exposição de hoje descobrimos que:
1. As duas grandes questões da controvérsia universal entre Deus e o anjo rebelde são a adoração e a obediência.
2. Apocalipse 11 revela um plano para destruir as duas testemunhas divinas, o Antigo e o Novo Testamentos.
3. Também revela, com precisão cirúrgica, a ascensão de uma besta do abismo, o ateísmo francês, após o período de 1260 anos de perseguição religiosa, introduzindo o culto à ‘deusa da razão’.
4. O capítulo ainda prediz o despertar do interesse pelo estudo da Bíblia.
5. Depois disso, o inimigo passou a usar outra tática, lançar descrédito sobre a Bíblia, adulterar os seus ensinos, ou convencer às pessoas de que ela é difícil de entender.
6. Mas essa ideia está em direto desacordo com as palavras de Jesus: “Se alguém quiser fazer a vontade de Deus, conhecerá a respeito da doutrina, se ela é de Deus.” (João 7:17).
7. A Bíblia é única, no que se refere à predição do futuro, pois previu a ascensão e queda dos impérios mundiais com séculos de antecedência.
APELO
Deus fala com o ser humano através da Sua Palavra, a Bíblia. Por meio dela, Ele entretém diálogo íntimo e profundo conosco. Deseja que O conheçamos melhor, a fim de partilhar conosco, não apenas o conhecimento do futuro, mas deseja iluminar o nosso entendimento através do Espírito Santo. Almeja que tenhamos uma vida plena de vitórias! Você não gostaria de fazer da Bíblia a sua companheira e, através de suas páginas, manter comunhão diária com Deus, além de desfrutar o maravilhoso entendimento do Apocalipse?
PRÓXIMO TEMA: O ANTICRISTO E A MULHER DE VERMELHO