Romanos 1.16-17: O Poder do Evangelho que Justifica

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Introdução

Contexto

O livro de Romanos foi escrito por Paulo provavelmente de Éfeso para uma igreja que apesar de nunca ter visitado pessoalmente até então, ele conhecia pessoalmente e se importava com eles.
A igreja que se reunia na capital do império romano local que foi chamado por alguns filósofos de cidade suja de onde vinha tudo de ruim.
Talvez o que motiva Paulo afirmar que, apesar do contexto de Roma, ainda assim não tinha vergonha do evangelho que se opunha a cultura daquela cidade, ao contrário sabia que o mesmo era poder de Deus para transformação tanto de gregos quanto gentios.
Provavelmente a formação daquela igreja envolvia esses dois grupos que se mantinham em conflito e Paulo vem tratar desses problemas.

Estrutura da Carta

Paulo inicia com sua apresentação e suas credenciais a um publico que precisava de um motivo para ouvi-lo, seguindo de seu desejo de visitar a igreja pessoalmente e como isso não foi possível (1.1-15)
Nos versos que destacaremos parece que Paulo introduz o tema geral da carta que ele vai abordar (1.16-17).
Segue iniciando o tema da carta destacando a necessidade da salvação (1-3) depois o meio de salvação (4-7), os frutos da salvação (8-15) e encerra a carta com as saudações (16).
Assim pretendo dar atenção de modo geral o que na minha percepção é o resumo do tema de Romanos a salvação dando destaque especial à justificação.

Evangelho é Poder de Deus para Justificar o Condenado.

O Evangelho não é Vergonha (16)

Paulo escreve a um público que tinha tudo para se envergonhar do evangelho parece trabalhar que o evangelho não deve ser motivo de vergonha no ambiente cultural que aqueles cristãos viviam independente do retorno que tivessem desde a ridicularização pelos filósofos até a morte pela perseguição.
Paulo aqui destaca que o evangelho não é motivo de vergonha porque é o poder de Deus para salvar, para Paulo os perdidos não eram os cristãos que não tinham apoio, mas o que o perseguiam e perdiam a graça e a verdadeira vida aqui e eterna disponibilizada pelo evangelho de modo que nem a morte era motivo de vergonha, afinal a esperança do cristão não é desse reino ou desse mundo.

O Evangelho é Poder de Deus para Salvação (16)

O motivo que Paulo descreve em um contexto tão difícil e conturbado como o da igreja em Roma é de que o evangelho não é motivo de vergonha porque é o poder de Deus para salvar tanto judeu quanto grego, de forma prática o que Paulo está afirmando a uma igreja que provavelmente tinha problemas, não importa a origem étnica ou o conhecimento prévio das alianças ou teológico, a salvação não depende das obras ou de qualquer outro conhecimento ou fé que não seja o Cristo crucificado, ressurreto e glorificado.
Paulo destaca aqui a extensão universal do evangelho, atinge tanto a gregos quanto judeus da mesma forma, isso vai ficar mais evidente nos capítulos 1-3 onde ele vai mostrar que tanto judeus quanto gentios estavam perdidos e o evangelho é a única solução.

O Evangelho Revela a Justificação (17)

Esse é o verso que mudou a história do mundo moderno, quando Lutero se depara com ele sua vida é transformada! Mais tarde quando Wesley já um missionário se depara com esse texto também tem sua vida transformada em um momento tão diferente.
Ambos se deparam com uma das verdades mais difíceis para o ser humano perceber que é um miserável pecador e ver que a salvação não depende do que fazemos, conhecemos ou buscamos. Do principio ao fim depende de Deus, é Cristo quem nos alcança e justifica.
A justificação é a justiça que pertence a Deus essa justiça nos é imputada por meio da obra de Cristo, portanto não somos mais condenados, isso não tem um peso tão grande até que lemos os capítulos seguintes e percebemos o peso do pecado e como nem mesmo o povo da aliança consegue escapar da condenação justa de Deus a sua criação rebelde.
Assim fica claro que Deus que é amor e ama incondicionalmente providencia o restabelecimento de seu relacionamento com sua criação, mas Ele também é um Deus santo e justo e sua justiça e santidade não permite que o homem simplesmente saia impune, por isso na cruz vemos de modo evidente tanto a justiça quanto o amor de Deus sendo revelados.
Essa realidade é uma contradição que poderia causar espanto, vergonha e incompreensão tanto da parte de judeus quanto gentios, por isso o evangelho e louco na perspectiva humana e não poderia ser inventado ou ter sucesso a menos que viesse do próprio Deus que tem a mente muito além da nossa.

Princípios Eternos

· Não importa o contexto, ensino ou cultura o evangelho não é motivo de vergonha.
· O Evangelho deve ser motivo de orgulho e convicção.
· Eu devo conhecer o Evangelho e compreender o que ele significa pra mim e para os outros para dele não me envergonhar.
· Histórico Religioso não importa para a salvação.
· Jesus é o único meio de salvação independente da cultura, história ou obras.
· O Evangelho tem alcance universal de igual modo, a única restrição é a fé, ou seja, crer que a obra de Jesus foi suficiente para a minha justificação.
· Justificação começa e termina em Deus e tira a nossa condenação
· O Evangelho não pode ter sua origem no homem, seria rejeitado tanto por judeus quanto por gentios.
· A justificação não depende de títulos ou obras.

Evangelho é Poder de Deus para Justificar o Condenado.

Desafio

Desista de buscar mérito pessoal no seu relacionamento com Deus e fique em paz porque a justiça é dele e nos foi imputada em Cristo

Perguntas para PGM’s

Quais motivos no dia a dia podem gerar vergonha do evangelho?
Escola
Faculdade
Família
Amigos
Apesar da oposição, porque o evangelho deveria ser motivo de “orgulho” e não vergonha independente do contexto?
Poder de Deus para salvar
Não é compreendido pelo homem natural, não devo esperar essa perspectiva
O que é Justificação na Teologia Bíblica?
Deus declara o homem justo por meio da obra de Cristo
De que modo a justificação impacta meu dia a dia?
Me faz reconhecer que sou pecador e limitados
Não mereço a salvação
Motiva o evangelismo, porque não tem pessoas não alcançáveis
Me lembra que a salvação e transformação do indivíduo é obra de Deus
Me motiva a orar pelos perdidos, afinal a obra inicia e termina em Deus
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