Sem título Sermão (25)

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O cristão no mundo*
"Dei-lhes a tua palavra, e o mundo os odiou, pois eles não são do mundo, como eu também não sou. Não rogo que os tires do mundo, mas que os protejas do Maligno. Eles não são do mundo, como eu também não sou. Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade. Assim como me enviaste ao mundo, eu os enviei ao mundo."
(Jo 17:14‭-‬18 NVI)
A oração de Jesus pela igreja representa a mensagem principal desta série. *Não somos do mundo, mas estamos no mundo*. Dessa forma, como podemos ser igreja do Senhor num mundo imerso no pecado sem nos manchar nele?
A partir da história de Adão, Daniel, Jesus e Pedro, aprenderemos como ser cristãos no mundo, mas não do mundo.
*Mensagem 1 - *Adão no mundo.*
*Texto inicial:* Gn. 1:27-31
O objetivo da primeira mensagem da série é falar sobre o conceito de mandato cultural e entender como o pecado manchou a criação, mas também como Cristo restaura todas as coisas, as da terra e as do céu (Cl. 1).
*Introdução*
Você já pensou sobre como o cristão deve lidar com a cultura? Estamos no período de junho onde muitas festas que historicamente celebram as chuvas e a colheita tomaram proporções "religiosas" e "mundanas". Como lidamos enquanto cristãos com a música popular, a arte e as comidas, por exemplo?
Ao final dessa mensagem e desta série,  traremos uma resposta bíblica para estas questões.
*Elucidação*
O texto que lemos fala da criação do homem à imagem e semelhança de Deus, bem como do mandato cultural de dominar sobre todas as coisas criadas. Ao final, lembramos um ponto importante: Deus viu Sua criação e disse que tudo era bom!
*Pergunta de transição:* O que isso significa para nós e para a questão da cultura?
*1 - A cultura e a criação*
- Recebemos de Deus na criação um mandato espiritual (relacionamento com o Criador), um mandato social (relacionamento familiar) e  um mandato cultural (relacionamento com a criação)
- Cultura é toda produção humana sobre a Criação. Existe cultura na política, na economia, nas relações familiares, na culinária etc.
- “A cultura é, antes de tudo, o nome para o nosso implacável, inquieto esforço humano para tomar o mundo como ele nos é dado e fazer algo diferente”.  (Crouch)
- "O mandato cultural envolve a vice-gerência do homem sobre o cosmos. Era para o homem desenvolver e manter tudo aquilo que havia sido criado por Deus. Através deste mandato, Deus colocou a humanidade em um relacionamento singular com a criação, para dominar e sujeitar (Gn 1.28), guardar e cultivar (Gn 2.17)." (Alexandre Amin)
- Adão teve o privilégio de diante de uma criação perfeita produzir cultura sem a presença do pecado. Adão estava no mundo e o mundo "dele" não era ainda o mundo de hoje. Isto não durou muito tempo!
*2 - A cultura e a queda (Gn. 4:19-22)*
- Após a queda (Gn. 3), o pecado original mancha toda a criação. Adão agora está num novo mundo. Ele ainda precisa exercer seus mandatos (espiritual, social e cultural), porém com a dificuldade de estar num mundo criado perfeito, mas maculado.
- "No decorrer do livro de Gênesis, percebe-se o surgimento e o desenvolvimento de diversas profissões. Abel foi pastor de ovelhas, Caim foi lavrador (Gn 4.2). Jabal foi o pai dos que habitam em tendas e possuem gado (Gn 4.20); Jubal foi o pai de todos os que tocam harpa e flauta (Gn 4.21); Tubalcaim foi artífice de todo instrumento cortante, de bronze e de ferro (Gn 4.22). É justamente a existência de um mandato cultural no pacto da criação que justifica o trabalho e o envolvimento do cristão em áreas como: política, educação, artes, lazer, tecnologia, indústria, e quaisquer outras áreas. No entanto, devemos entender que onde quer que os vice-gerentes agem, devem agir em nome do Criador, revestidos de sua autoridade, fazendo a sua vontade." (Alexandre Amin)
- Contudo, ainda em Gn. 4:19-23, vemos que Lameque iniciou a poligamia (v.19) e assassinou um homem e uma criança (v.23). As ferramentas de Tubalcaim podiam ser usadas para a agricultura ou para as guerras. A música dos instrumentos de Jubal podem ser belas ou promíscuas.
- Não se pode escapar do fato de que nossas atividades criadoras de cultura são afetadas por nossa natureza pecaminosa. Esta é a implicação de Gênesis 4: 19-23. Para se ter certeza, não há nada de intrinsecamente errado em moldarmos a cultura. No entanto, também não podemos escapar da mancha do pecado em todos os nossos empreendimentos. Além disso, deve ser feita uma distinção entre fazer cultura obediente e fazer cultura desobediente.
*3 - A cultura e a redenção (Cl. 1:19-20)*
- O texto de Colossenses fala sobre Cristo como restaurador de todas as coisas, as da terra e as do céu. Normalmente, achamos que a redenção é unicamente da nossa alma, mas esquecemos que a própria natureza anseia pela revelação dos filhos de Deus (Rm. 1:19-23).
- Uma boa parte do que Colson chama de “Comissão Cultural” deve antes ser entendida como a última parte da “Grande Comissão”: “Ensinando-os a observar tudo o que vos tenho ordenado.” A evangelização requer que anunciemos, não somente a graça salvadora de Deus, mas também as normas que Deus pretende que os que estão em Cristo vivam.
- Como igreja do Senhor que vive o Reino de Deus em sua redenção iniciada (mas ainda não consumada), temos o papel de produzir cultura para a glória de Deus e restaurar a cultura para Sua Glória.
*Conclusão*
- Durante a história, a igreja se posicionou de algumas formas diante da cultura. Uma delas é estar totalmente contra a cultura tentando viver separado monasticamente do mundo. Contudo, o próprio Jesus orou sobre o fato de que estamos no mundo e não temos muito como fugir disso.
- Estamos no culto com um celular no bolso, usando roupas da nossa cultura, comemos algo comum a todos e falamos de acordo com nossa tradição. Se não podemos fugir do mundo e criar e viver uma cultura própria (cultura gospel), o que devemos fazer?
- Devemos como igreja do Senhor que vive o "já é" e o "ainda não" do Reino de Deus na Terra, restaurar a criação perfeita de Deus, retirando da cultura aquilo que foi manchado pelo pecado e restaurando para a glória de Deus.
- "Por que a Cidade Viva faz arraiá?" (1) Porque somos nordestinos e fazemos parte de um povo, temos uma história e uma tradição; (2) Porque a chuva e a comida de junho são dadas por Deus, Ele é o Criador de todas as coisas e tudo é bom; (3) Porque o pecado que se insere na festividade pode ser redimido em Cristo.
*Call to action*
Como você tem lidado com a cultura? Se afastando completamente ou se amoldando ao pecado? Durante as próximas mensagens da série veremos como outros personagens bíblicos aprenderam ou ensinaram sobre o assunto.
Deus nos abençoe!
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