IGREJA É ESSENCIAL: A DISCIPLINA DA IGREJA É REALMENTE AMOROSA? (pp. 112-116)
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"A disciplina formativa é o meio pelo qual a igreja obtém e mantém a sua forma, e cresce. Por conseguinte, a pregação, o ensino, o discipulado, a realização de pequenos grupos de estudo bíblico e o reunir-se para a adoração coletiva são exemplos de disciplina formativa. Essas atividades moldam a forma como crescemos e nos fortalecem para a obra, tanto como indivíduos quanto como igreja." (from "Igreja regenerada: uma eclesiologia bíblica, histórica e contemporânea" by David Allen Bledsoe, Vinicius Musselman Pimentel)
6.3. A DISCIPLINA NA IGREJA NOS ENSINA SOBRE O AMOR DE DEUS – Continuação / Parte III – Pág. 112-116
6.3.5. Pense na lição bíblica de que DEUS É AMOR – I João 4:16
Quando as pessoas que dizem amar a Deus se afastam de Deus, nós as amamos mais ao corrigi-las, dizendo: “NÃO, NÃO, NÃO. DEUS É AMOR. ENTÃO, SE QUER AMOR, VOCÊ DEVE VOLTAR PARA DEUS.
Aqueles que se opõem e desobedecem a Deus estão FUGINDO do amor. Eles estão ESCOLHENDO algo diferente do amor, mesmo que chamem isso de amor.
Se Deus é amor, amamos as pessoas ao COMPARTILHAR o evangelho com elas para que possam conhecer a Deus.
Se Deus é amor, amamos as pessoas ENSINANDO-LHES tudo o que Deus ordena para que possam espelhar a imagem de Deus.
Se Deus é amor, amamos as pessoas CORRIGINDO -AS quando se afastam de Deus.
Se Deus é amor, amamos as pessoas até mesmo REMOVENDO-AS da membresia da igreja quando insistem em seus próprios desejos mais do que nos de Deus, porque a única esperança de vida e amor delas é reconhecer que estão se excluindo de Deus.
6.3.6. Fundamentalmente, então, as igrejas devem praticar a disciplina eclesiástica por amor:
Pelo pecador, para que chegue ao ARREPENDIMENTO.
Pelos outros membros da igreja, para que não sejam DESVIDADOS.
Pelo próximo não cristão, para que não veja mais MUNDANISMO na igreja.
Por Cristo, para que possamos representar seu nome CORRETAMENTE.
6.4. O AMOR SANTO DE DEUS.
6.4.1. Há algo específico sobre o amor de Deus que a disciplina da igreja nos ensina, e muitas vezes não consta nas definições: O AMOR DE DEUS É SANTO. Você não pode ter o amor de Deus de forma independente de sua santidade.
6.4.2. Seu amor serve a seus propósitos santos, e seus propósitos santos são AMOROSOS. Às vezes, as pessoas contrapõem as chamadas IGREJAS SANTAS às IGREJAS AMOROSAS. Isso é impossível. A igreja deve ser as duas coisas ou não será nenhuma delas.
6.4.3. Passagens como Mateus 18 e I Coríntios 5, (já citadas nos domingos anteriores), não nos oferecem imagens de Deus fazendo algo novo ou diferente. Elas nos apresentam um rápido VISLUMBRE do que Deus sempre fez.
6.4.4. Ele sempre REMOVEU o pecado de sua presença. Deus excluiu Adão e Eva do jardim quando pecaram. Ele excluiu o mundo caído da arca de Noé. Ele excluiu os cananeus da terra prometida e, por fim, excluiu seu próprio povo da terra prometida.
6.4.5. Todas as leis para o Tabernáculo também funcionavam para excluir coisas que eram impuras e profanas. E, no último dia, Deus promete excluir todos cuja fé não repousa na obra consumada da vida ENCARNADA DE CRISTO, da sua MORTE SUBSTITUTA e da RESSURREIÇÃO que vence a morte.
6.4.6. No entanto, há um outro lado. Precisamente quando exclui o pecado e os pecadores, Deus simultaneamente atrai as pessoas a si mesmo com o propósito de RECONSTITUÍ-LAS à sua imagem para que demonstrem seu amor santo às NAÇÕES e esta palavra se cumpra: Habacuque 2:14
6.4.7. Como a terra ficará assim cheia? Pense no mandamento de Deus para Adão e Eva para que enchessem a terra: os portadores de sua imagem, nascidos de novo pelo Espírito, CUMPRIRÃO o mandato original e MOSTRARÃO sua imagem AMOROSA, SANTA E JUSTA em todos os lugares.
6.4.8. Nossas congregações, como alfinetes espalhados por um mapa, são o INÍCIO disso. Elas são as EMBAIXADAS do amor santo e glorioso de Deus. O exato propósito de Deus para a igreja é Efésios 3:10, 18,19
6.5. O QUE ISSO SIGNIFICA PARA VOCÊ.
6.5.1. Ainda há mais a aprender sobre a disciplina na igreja?
Quando ocorre a restauração? Quando há arrependimento.
Como uma igreja pratica a disciplina? Envolvendo o mínimo de pessoas possível, dando aos indivíduos o benefício da dúvida, deixando os líderes da igreja guiarem o processo, e, em última instância, envolvendo toda a igreja, dentre outras medidas.
6.5.2. Em última análise, a disciplina eclesiástica é difícil, mas AMOROSA. Ela protege as pessoas do AUTOENGANO. Se o abuso é terrível, uma igreja que o ignora é pelo menos tão ruim quanto, precisamente porque Deus COMISSIONOU as igrejas para serem lugares de reparação, cura e restauração para todas as injustiças que o mundo joga sobre nós, incluindo ABUSO E AGRESSÃO.
6.5.3. Felizmente, muitas igrejas têm um histórico de lidar fielmente com esses assuntos de forma DECISIVA E RÁPIDA. Outras não têm. Elas permanecem mal preparadas, mal treinadas, e lentas para responder. Ou pior, se recusam a reconhecer o problema.
6.5.4. De qualquer forma, para avançar, a solução não é abandonar as igrejas. É ter certeza de que nossas igrejas estão abrindo a Bíblia e lançando mão da exata ferramenta que Deus mesmo providenciou para PREVENIR OU ORIENTAR uma resposta ao abuso: UMA CULTURA DE DISCIPULADO E DISCIPLINA.
6.5.5. Qual é a lição de tudo isso para você:
Certifique -se de que está construindo relacionamentos com outros membros da igreja para que se conheçam MUTUAMENTE. A confiança cresce em um ambiente de HUMILDADE E HONESTIDADE CONVERSACIONAIS.
Trabalhe para ser o tipo de pessoa fácil de corrigir. Se não for, seus amigos e familiares logo aprenderão que corrigi-lo é um exercício fútil e até perigoso, e, por isso, desistirão de fazê-lo. Com isso você ficará DESPROTEGIDO!
Convide pessoas para conhecer você. Solicite avaliações críticas. Confesse o pecado. Corra o risco de constrangimento. Incentive outros em sua caminhada com Cristo. Esteja disposto a ter aquelas conversas DESCONFORTÁVEIS na qual o pecado é DESAFIADO com TERNURA E DELICADEZA.
6.5.6. Tudo isso não é apenas trabalho dos pastores, mas de todos os membros. Quando você e os outros membros de sua igreja vivem dessa maneira, a maior parte das ocorrências de disciplina em uma igreja nunca irá além de duas ou três pessoas.
6.5.7. Os diáconos nem ouvirão falar disso. O corpo funcionará como deveria, ou seja, cada parte EDIFICANDO-O em amor. E, aos poucos, de um grau de glória a outro, sua congregação se tornará uma EMBAIXADA QUE EXIBE O SANTO AMOR DE DEUS.
EM SUMA:
(1) Protege a membresia de seus males.
Ef 4.27; 2Co 2.11; 1Pe 5.7
(2) Restaura amorosamente o pecador.
Gl 6.1
(3) Ensina santidade e expõe o pecado.
1Pe 5.13; Jd 20,21,23; 1Tm 5.20
(4) Preserva a integridade do evangelho e da igreja.
1Co 5.12,13; Rm 10.1
"Assim, podemos dizer que a disciplina estabelece uma linha divisória entre os da igreja e os do mundo. Não obstante, quando uma igreja não disciplina seus próprios membros, então o mundo tem o direito de chamar a atenção para suas inconsistências e classificá-la como um bando de hipócritas que pregam uma mensagem e vivem outra." (from "Igreja regenerada: uma eclesiologia bíblica, histórica e contemporânea" by David Allen Bledsoe, Vinicius Musselman Pimentel)