Jesus, o nosso provedor

Introdução

Quem é Jesus? O empreendimento pós-moderno da construção sobre quem Jesus foi;

Quem é Jesus que o evangelho de Marcos nos mostra?

Aquele de quem o AT diz respeito;

Que tem poder sobre as doenças e espíritos malignos;

Que tem poder sobre a natureza;

Que provê as nossas necessidades;

I. Provê o descanso (vs.30-32)

Depois de ter enviado os discípulos para a sua grande missão, Cristo os convida para descansar (v.30);

Cristo não apenas sabia, mas sentia na pele o cansaço que as nossas atividades poderiam nos dar (v.31);

Cristo leva os discípulos para o deserto, um lugar onde eles poderiam repousar (v.32);

Esse lugar poder ser identificado como uma planície, próxima a Betsaida;

II. Provê o ensino (vs. 33-34)

A multidão seguiu Jesus e os discípulos até o lugar onde eles estavam.

Jesus teve compaixão dessas pessoas porque eram como ovelhas que não tinham pastor e lhes ensina muitas coisas (v.34)

Jesus se opõe aqui aos pastores maus, que negligenciavam o rebanho, como desta alguns textos do AT (Números 27.17; 1Reis 22.17; 2Crônicas 18.16; Ezequiel 34.1-10)

O amor e o cuidado profundo de Jesus para com o povo da Galileia é enfatizado aqui.

Em dias em que os fariseus, considerados pastores do povo, não lhes ensinavam verdade, deixando-os presos a tradições e uma religiosidade sem sentido, Jesus se coloca como aquele que verdadeiramente ensina a verdade.

III. Provê o pão (vs. 35-44)

Jesus ordena aos discípulos que dessem de comer aquela multidão (v.37)

O tempo passa e chega o final da tarde. Os discípulos ficaram preocupados com o fato de terem de alimentar aquela multidão;

Certamento, o dinheiro que tinham na bolsa era insuficiente para dar alimento a todos (duzentos denários ou sete meses de trabalho);

Eles pedem a Jesus para dispensar a multidão, a fim de que cada um providenciasse seu alimento;

Jesus tem algo maior em mente: como pastor, suprir as necessidades de seu rebanho;

Jesus pergunta a quantidade de pães e peixes que eles tinham em mãos (v.38)

Cinco pães e dois peixes era a refeição de uma família pobre da época;

Jesus transforma a pequena refeição do pobre em um banquete real;

Esse texto tem paralelo com 2Reis 4.42-44 onde Elizeu multiplicou o pão cinco vezes; Jesus multiplicou 5.000)

Jesus ordena que os discípulos fizessem a multidão se assentar em uma grama verde (vs.39-40)

A grama verde no deserto tem sido questão de debate. No entanto, ela ecoa o Salmo 23.2, em que Davi, como ovelha, clama para que Deus, o seu pastor, o guie até a grama verde - uma figura de provisão;

Jesus multiplica os pães e peixes e pede aos seus discípulos para distribuir entre a multidão (v.41)

O ato de Jesus ao dar graças e partir o pão é relembrado depois, na ocasião do estabelecimento da ceia, que veio a ser celebrado constantemente pelos cristãos;

O símbolo do peixe, associado ao cristianismo, no segundo século, tem seu significado aqui, lembrando que Cristo sempre irá prover as necessidades do seu povo;

Os discípulos recolhem 12 cestos de pedaços de pães que sobraram (v.43)

Depois de terem uma missão bem sucedida, ao serem enviados por Jesus, os apóstolos fracassaram em dar alimento à multidão;

Eles tentaram se livrar da multidão, mas Jesus queria agir por meio deles

Aplicações

1. Jesus é o pão que satisfaz todas as nossas necessidades.

Deus e Cristo têm poder de suprir nossas necessidades e nos fazer atravessar qualquer em segurança. Deus proverá - um conceito fundamental em todas as Escrituras.

O perigo de idolatrarmos mais nossas economias, do que confiar na provisão de Deus;

2. Trabalho e descanso são duas dádivas de Deus.

O trabalho árduo deve ser marcas na vida de todas as pessoas, mas o descanso e o repouso para a alma também são necessários.

3. A vida cristã deve ser impulsionada pela compaixão.

Compaixão deve nos mover em todas as áreas da vida. Seja, na igreja, na sociedade, na família. Não agimos por egoísmo, mas por compaixão.

Somos tentados a nos compadecer de nós mesmos o tempo todo;

O que fazemos é realmente fruto de compaixão ou egoísmo?

4. A importância do ministério diaconal para a igreja - preocupação com as necessidades dos outros.

Mesmo depois de falharem em alimentar essa grande multidão, os discípulos entenderam que Deus quer cuidar de todo o seu povo. Mais tarde, eles ordenam diáconos na igreja para liderarem o povo Atos 6.1-6. O que é o ministério diaconal?

Segundo a constituição da IPB entendemos que “o diácono é o oficial eleito pela igreja e ordenado pelo Conselho, para, sob a supervisão deste, dedicar-se especialmente: a) à arrecadação de ofertas para fins piedosos; b) ao cuidado dos pobres, doentes e inválidos; c) à manutenção da ordem e reverência nos lugares reservados ao serviço divino; d) exercer a fiscalização para que haja boa ordem na Casa de Deus e suas dependências.

5. Discipulado significa participação na obra poderosa de Cristo

Jesus envolve seus discípulos em todos os níveis de sua obra poderosa e pede apenas que atendam o seu chamado.