Crescimento Espiritual
Notes
Transcript
Da mesma forma que a nossa saúde física é influenciada por nossos hábitos alimentares, nossa saúde espiritual é influenciada por nossas ações, intençõe e motivação. Além disso, entender quem nós somos em Cristo nos ajuda a viver uma vida que agrada a Deus e mais parecidos com o seu filho. Por isso, no mês de Junho falaremos sobre a posição de cada crente diante de Deus.
“EU SOU O QUE A BÍBLIA DIZ QUE EU SOU, EU TENHO O QUE A BÍBLIA DIZ QUE EU TENHO, EU FAÇO O QUE A BÍBLIA DÍZ QUE EU POSSO FAZER.”
O texto que lemos nos ajuda a compreender algumas questões essesciais à caminhada Cristã.
“portanto”
Precisamos voltar um pouco para entendermos o que Pedro fala, pois a expressão usada nos remete ao argumento anterior. O texto é claro quando fala de uma realidade nova, um renascimento, regenereação.
Quando nascemos neste mundo, nascemos mortos. Podemos estar vivos biologicamente, mas estamos mortos espiritualmente. Temos, para usar uma metáfora bíblica, dentro de nós um coração de pedra. É calcificado. Portanto, na nossa condição caída, não temos inclinação nem desejo pelas coisas de Deus. É por isso que Jesus disse a Nicodemos: “Em verdade, em verdade te digo: quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus. O que é nascido da carne é carne; e o que é nascido do Espírito é espírito” (Jo 3.5–6).]
Para aceitar as coisas de Deus – coisas espirituais – é preciso nascer de novo, um nascimento efetuado na nossa alma pelo poder sobrenatural do Espírito Santo.
“Despojando-vos”
A palavra conota uma mudança, uma ação de tirar, deixar de lado, de abandonar:
MALDADE - “maldade” é o desejo de causar dor, mal ou sofrimento ao nosso próximo.
DOLO - representa aquele espírito traiçoeiro que não hesita em usar meios questionáveis para sobressair-se ou obter vantagens
HIPOCRISIA - alguém que o tempo todo está ocultando seus verdadeiros motivos, que expressa sentimentos distintos dos que têm em seu interior, que se exprime com palavras que não correspondem a seus verdadeiros sentimentos.
INVEJAS - Inveja corresponde ao desejo de ser quem o outro é, de ter o que outro tem. A inveja se expressa no desejo de possuir algo que pertence a outro. Uma pessoa invejosa é dominada por uma incurável ingratidão.
MALEDICÊNCIA - Maledicência traz a ideia de um falatório maldoso a respeito da vida alheia. Maledicência não é apenas sentir e desejar o mal contra o próximo, mas afligi-lo e atormentá-lo com a da língua.
Precisamos arrancar da nossa vida esses pecados como se fossem trapos imundos. Pedro não nos orienta a lutar contra isso, mas a tirar da nossa vida. Todos os cinco pecados alistados apresentam uma relação horizontal, ou seja, estão ligados aos nossos relacionamentos interpessoais.
“Desejai ardentemente”
O crescimento vem por despojar-se do antigo e alimentar-se do novo.
Pedro usa a figura do bebê que com forme procura com intensidade sua fonte de sustento.
Você não crescerá como cristão se não se alimentar com a Palavra de Deus. Não existe substituto para ela. Somos pessoas que, tendo sido transformadas pelo poder do Espírito Santo, têm um desejo na alma, uma fome e sede pelo leite puro da Palavra.
“se é que já experimentou a bondade do Senhor”
A Palavra de Deus não esta no topo da lista da dieta do mundo. Só aquele que experimentou da bondade do Senhor tem fome dele. Aquilo que já experimentamos da bondade do Senhor deve abrir nosso apetite para nos alimentarmos cada vez mais dele.
“chegando-vos para ele”
O segredo do crescimento é nossa comunhão com Cristo. Precisamos aproximar-nos dele. De Cristo emana todo o poder para uma vida nova. O ato de aproximar-nos de Jesus é um ato de fé que acontece não apenas uma vez, mas continuamente.
QUEM ELE É?
Pedra que vive - parece um paradoxo o que Pedro fala. Não faz sentido. Mas a expressão apresenta alguns aspectos do caráter de Cristo.
água viva / pão vivo / filho do Deus Vivo - vida é a essencia do Cristo. Ele não só é vivo, como também dá vida.
Não ha vida longe de Jesus, não há crescimento longe de Jesus. Ele é a fonte de vida, não há outro.
QUEM NÓS SOMOS?
Pedro agora fala de quem nós somos em Cristo nos apresenta a nossa posição em Cristo Jesus.
Pedras que vivem - Cada pessoa que se converte a Cristo e se torna membro da igreja do Deus vivo é uma pedra viva tirada da pedreira da incredulidade e acrescentada ao edifício da igreja. Os cristãos são as pedras que gradativamente compõem a estrutura dessa construção. Jesus está edificando sua igreja. Deus está chamando aqueles que foram comprados com o sangue do Cordeiro e que procedem de toda tribo, raça, língua e nação, para formarem um povo exclusivamente seu, zeloso, de boas obras.
Casa Espiritual - Somos não apenas pedras vivas, mas também casa espiritual, morada de Deus. Somos templo do Espírito, o Santo dos Santos onde a glória de Deus se manifesta.
Sacerdócio santo - todos os cristãos fazem parte desse sacerdócio, e não somente um grupo de clérigos institucionalmente ordenados ou alguma casta sacerdotal. É uma honra singular o fato de que Deus não apenas nos consagrou como templos para ele, nos quais ele habita e é adorado, mas também nos fez sacerdotes. Na antiga dispensação, apenas os sacerdotes podiam oferecer sacrifícios a Deus e apenas o sumo sacerdote podia entrar no Santo dos Santos uma vez ao ano com o sangue da expiação. No entanto, ao morrer na cruz, Jesus ofereceu o sacrifício perfeito. Verteu seu próprio sangue. O véu do santuário foi rasgado de alto a baixo. Agora, somos constituídos sacerdotes e temos livre acesso à presença de Deus. Agora, levamos a Deus sacrifícios espirituais. O que isso significa?
Devemos oferecer a ele nosso corpo como sacrifício vivo, santo e agradável (Rm 12.1);
O louvor dos nossos lábios (Hb 13.15);
As boas obras que realizamos em favor dos outros (Hb 13.16).
O dinheiro e outros bens materiais que compartilhamos com outros no serviço de Deus também são sacrifícios espirituais (Fp 4.18).
Até mesmo as pessoas que ganhamos para Cristo são sacrifícios para a glória do Senhor (Rm 15.16).
Crentes no Senhor - Para os crentes, Cristo é a pedra angular, eleita e preciosa, a maior preciosidade. Os descrentes tropeçam na palavra e continuam irremediavelmente no caminho largo da desobediência. A pedra causa embaraço, ofensa e dor para aqueles que se recusam a crer. Colocamos nossa fé em Jesus, a pedra fundamental, ou batemos com o nosso pé contra ela.
Raça eleita - Pedro vê os crentes como o corpo de Cristo, a igreja. Assim como Deus escolheu Israel dentre as nações para ser seu povo exclusivo, escolheu pessoas de entre todas as nações para formar sua igreja. Somos uma raça escolhida por Deus dentre todos os povos da terra
Sacerdócio Real - Somos não apenas sacerdotes na casa de Deus, mas sacerdócio real, porque servimos ao Rei dos reis e porque esse serviço é realizado em prol do reino de Deus. O adjetivo descritivo real dá a entender a existência de um reino e de um rei.
Nação Santa - Pedro retrata o povo de Deus como uma nação santa, o que significa que seus cidadãos foram separados para servir a Deus. Deus nos escolheu para a salvação mediante a santificação e para a santificação. Deus nos salvou do pecado, e não no pecado.
Propriedade Exclusiva de Deus - Assim como Deus não divide sua glória com ninguém, também não nos reparte com ninguém. Somos dele, só dele. O nosso valor não é devido a quem nós somos, mas a quem Deus é. O valor não está na pessoa possuída, mas no possuidor. A grandeza do cristão está no fato de pertencer a Deus. Porque somos propriedade exclusiva de Deus, temos valor infinito!
CONCLUSÃO
Tudo isso que ouvimos implica em responsabilidades.
“com grandes poderes vem grandes responsabilidades” - Tia Mey (rsrsrs)
“Proclamar as virtudes daquele” - Somos embaixadores dos atributos de Deus e de seus gloriosos feitos. Não podemos calar nossa voz. Não podemos guardar para nós essa mensagem. Precisamos proclamar em alto e bom som quem é Deus e o que ele fez por nós em Cristo Jesus.
“vós que não ereis povo” - O que Deus fez por nós deve ser uma forte motivação para cumprirmos com zelo, fidelidade e urgência a missão que nos confiou. Não éramos povo, mas agora somos seu povo de propriedade exclusiva. Estávamos perdidos, sem esperança no mundo, entregues à nossa própria desventura, mas agora Deus derramou copiosamente sobre nós sua misericórdia.