OS DOIS CAMINHOS

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OS DOIS CAMINHOS

Texto: Romanos 9.30-10.13
ICT - O apóstolo afirma que os judeus andaram pelo caminho da lei, por isso se perderam. Porém os da fé foram salvos.
TESE - O ser humano busca dois caminhos para a justificação, o caminho da Lei, que conduz à perdição e o caminho da fé, que conduz à vida.
TEMA - OS DOIS CAMINHOS
PB - Doutrinário/Evangelístico
PE - Ensinar aos crentes sobre a justificação exclusiva pela fé e convidar aos descrentes a andar no caminho da fé, rejeitando o caminho do legalismo.

INTRODUÇÃO

O evangelista indicou para o Peregrino o caminho estreito, por onde ele deveria andar para se livrar do seu fardo. No percurso Cristão se encontrou com o Sr. Sábio Segundo o Mundo, que indicou um caminho mais fácil, dizendo que um senhor chamado legalismo poderia remover seu fardo. De acordo com esse senhor legalismo, se o Cristão cumprisse uma série de regras ele seria liberto de seu fardo.
Isso fez com que o fardo do Peregrino se tornasse mais pesado e ele se afastou de tal forma do caminho que não achou mais a direção.

ELUCIDAÇÃO

Neste trecho da Carta aos Romanos, o apóstolo Paulo está tratando sobre o lugar dos judeus diante da revelação de Jesus Cristo. Qual a explicação para o fato do povo de Israel, que era o povo da Aliança Veterotestamentária, ter rejeitado a Cristo e ter sido, por isso, rejeitados por Deus?
Ele demonstra que dentre os de Israel nem todos foram destinados à salvação, mas somente aqueles que o Senhor escolheu para a vida. Ele diz que o verdadeiro Israel, que é um remanescente fiel, este foi salvo. Porém os demais foram condenados pela sua incredulidade.
A explicação para isso é a Soberania de Deus. Ele usou de Graça e misericórdia sobre aqueles que quis usar de misericórdia. De modo que Deus não é devedor a ninguém, mas ele abençoa se for a sua vontade, não por obrigação sobre os homens. Isso também aconteceu sobre os judeus, de modo que somente os que foram eleitos como vasos de misericórdia foram salvos, os demais, como vasos de ira foram também feitos para isso.
O propósito de Deus não era o de chamar e salvar todos os judeus ssimplesmente por serem da descendência de Abraão. Por mais que eles fossem um povo tão numeroso como a areia na praia do mar, só o remanescente, só uma pequena parte escolhida seria salva.
Paulo continua ensinando que isso teve um propósito, fazer com que os gentios, povos de outras nações, que não faziam parte do povo de Deus fossem salvos. O fato dos judeus terem rejeitado a Cristo implicou em glória e salvação para que outras nações fossem salvas. De modo que os salvos pelo Senhor são todos aqueles, que em todo o mundo creem no Evangelho.
Agora, então, o apóstolo explica o motivo de Israel ter experimentado tão grande rejeição. Ele diz que Israel buscou andar pelo caminho da justiça própria. Pensaram que pelos seus méritos e obras poderiam adquirir a salvação. Já, muitos gentios andaram pelo caminho da fé, por isso foram salvos.

PROPOSIÇÃO

Paulo nos ensina que o homem anda, geralmente por dois caminhos para que possa alcançar salvação. Somente um deles, porém, pode levar a Deus. O outro caminho é caminho de perdição.

TEMA: OS DOIS CAMINHOS PARA A JUSTIFICAÇÃO

PERGUNTA SERMONÁRIA: QUAIS OS CAMINHOS TRILHADOS PELO HOMEM EM BUSCA DA JUSTIFICAÇÃO?

1º O CAMINHO DA LEI (V.9.30-10.3)

Nestes versículos finais do capítulo 9, apóstolo Paulo aponta para o caminho que os judeus percorreram visando agradar a Deus. Enquanto os gentios foram pelo caminho da fé, os judeus, segundo o versículo 31, andaram buscando a lei de justiça. A ideia de Paulo em falar de justiça da lei é a de alguém que busca cumprir a lei de Moisés, pensando que um conjunto de regras poderia garantir a salvação. O modo judaico de agradar a Deus a fim de fossem salvos era o caminho do legalismo: obedeça a Lei e seja salvo.
Entretanto, o versículo termina afirmando que eles não chegaram a atingir essa lei. Suas tentativas foram inúteis. Paulo não fala apenas que eles não atingiram a justiça, mas que a própria lei que eles buscavam cumprir não foi atingida.
Então chegamos ao versículos 32, quando o apóstolo faz uma pergunta a fim de explicar o motivo de não terem sido justificados. Porque não foi pela fé que eles buscaram a Deus, mas pelas obras. A busca pelas obras foi o motivo da queda de Israel. Por mais que aparentemente eles pensassem que estavam agradando a Deus, na verdade estavam caindo em grande ruína.
Eles tropeçaram na pedra de tropeço. Mas qual era essa pedra? Esta Pedra foi profetizada pelo profeta Isaías que disse que estava colocando em Sião uma Pedra Angular, uma Rocha de esquina. Essa Rocha seria motivo de Salvação para os que nela cressem, eles não seriam confundidos.
Mas ao mesmo tempo que essa Rocha é salvação para os que creem, ela é condenação para os que não creem. Para os que não creem essa Rocha é motivo de destruição. Essa Rocha é Cristo! Os que creem em Jesus Cristo de maneira alguma se perderão. Mas os que não creem em Cristo cairão e serão destruídos. Foi para isso que Cristo foi revelado ao mundo. Ele é motivo de Salvação, mas também de condenação para os que o rejeitam.
Os judeus, não se apegaram a Cristo. Por isso foram destruídos.
Diante dessa situação dos judeus, agora, no versículo 1 o apóstolo mostra seu sentimento pelos judeus por causa dessa situação na qual eles se encontravam. Paulo usa palavras amáveis para falar de seu próprio povo. Ele diz que o desejo de seu coração é sua oração mais sincera era para que Deus os salvasse. Paulo não queria que os judeus se perdessem, por isso ele ora intensamamente pela sua conversão.
Paulo diz ainda que ora pelos judeus porque sabe que eles têm zelo por Deus, que eles se esforçam para serem aceitos por ele. Porém, fazem isso sem entendimento. Toda a busca dos judeus pela justiça, todo culto, todo ritualismo, todo apego à Lei, está ligado à uma falta de compreensão da verdade.
Esse zelo dos judeus fez com que deixassem de buscar a justiça que vem de Deus, e veio através da pessoa de Cristo e buscaram a própria justiça. A falta do conhecimento da verdade de Deus os levou a ficar presos à própria justiça.

ILUSTRAÇÃO

O que aconteceu aos judeus pode muito bem ser ilustrado pela própria vida de Paulo. Ele mesmo havia sido um desses judeus zelosos. Ele foi criado na seita mais rigorosa do judaísmo. Ele mesmo foi criado e ensinado em todo sistema de regras e ordenanças dos judeus. Ele foi um religioso tão severo que esteve presente, a aprovando a multidão enfurecida que matava estévão pensando que estavam agradando a Deus. Ele mesmo, por zelo ao judaísmo levpu carta das principais autoridades dos judeus para levar presos os cristãos. Para Paulo, o que ele estava fazendo não era um ato de maldade contra os crentes, mas zelo e amor por Deus.
Os próprios judeus que estavam crucificando o Senhor Jesus naquela cruz, nãpo o fizeram pensando que estavam sendo maldosos, mas em sua mentalidade, eles estavam, sendo zelosos por Deus. Para eles, Deus estava se agrandando do seu ato, afinal, estavam protegendo sua religião. A ignorância dos judeus, em rejeitar a Cristo, os levou à condenação. E essa ignorância é tão clara que o Senhor exclamou: Perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem.
Isso não acontece apenas aos judeus. Quantas pessoas cometem o mesmo erro e rejeitam a Cristo por zelo à sua religião. Por exemplo, quando vemos mulçulmanos cometendo atos terríveis de terrorismo, como o que aconteceu nos EUA em 11 de setembro de 2001, não pensemos que eles o fizeram por simples maldade. Mas não lógica islâmica eles estavam fazendo aquilo pela causa do seu deus Alá.
Quando, anos atrás, no sertão de Pernambuco e da Paraíba, incendiaram igrejas evangélicas por ordem de frei Damião, eles não o fizeram pensando em ser maus contra os crentes, mas o fizeram por zelo, por amor ao catolicismo, à lei na qual nasceram.

APLICAÇÃO

Paulo ensina claramente que este foi justamente o erro dos judeus. Eles se apegaram tanto a esse caminho e a uma religiosidade baseada em suas próprias obras, que quando viram as boas novas de Deus em Jesus Cristo, não o receberam. Seu zelo aparente por Deus foi a causa de não conhecerem a Deus. Veja que coisa contraditória.
Quantas pessoas próximas a nós vivem do mesmo modo? A maior parte das pessoas em nossa não se considera religiosa. Muitas pessoas se declaram fieis a Deus e vivem uma vida de total devoção, mas infelizmente elas ainda estão completamente perdidas. O motivo para sua situação é que a religiosidade tão intensa que elas praticam está separada da pessoa de Cristo. Elas buscam de um modo desesperado por Deus, mas nunca conseguem encontrá-lo porque o fazem pelas suas próprias obras. Muitas pessoas, infelizmente, buscam agradar a Deus pelas suas obras. Elas buscam viver uma vida religiosa rigorosa, elas buscam viver uma vida moralmente correta a fim de serem aceitas por Deus, elas fazem promessas, votos, fazem caridade, tudo isso para serem aceitas por Deus. Elas lutam desesperadamente para que Deus as receba. Elas são tão sinceras em sua religiosidade, que por isso pensam que podem conseguir o favor de Deus pelo seu esforço pessoal.
Mas infelizmente, de acordo com o que Paulo nos ensina aqui, elas estão completamente perdidas. Elas tem um zelo inútil, porque ninguém pode se salvar pelo próprio esforço. A busca pela salvação pelas obras pela obediência a uma série de regras leva o homem a um destino, que é a condenação eterna. Nossas obras são simples trapos de imundicie na presença do Senhor, elas estão manchadas de pecado. O caminho da Lei sempre leva o homem à condenação. Quando pensamos que podemos andar nele, temos logo a certeza de que não somos capazes de cumprir todos os seus mandamentos.

ILUSTRAÇÃO

Sobre essa religiosidade que é sincera e intensa, mas que é apenas legalista, tenho o exemplo claro do meu avô paterno. Um homem religioso ao extremo. Todos aqueles que o conhecem e sabem de sua conduta ficam admirados. Um homem muito correto em tudo que faz. Mas també, um homem muito religioso, sua vida de devoção é de causar inveja em muitos crentes. A ponto de passar horas todos os dias rezando o terço e assistindo missas diárias.
Quem olha para o meu avô pode dizer, esse de fato é um homem piedoso. Porém, quando conhecemos a intensão do coração dele em viver de modo tão religioso, descobrimos que a confiança dele não foi depositada inteiramente na pessoa de Cristo. Que essa busca desesperada por Deus é uma tentativa de que Deus o aceite pelas suas obras, que cumprir uma série de regras morais é uma tentativa de salvação pelo esforço pessoal. Claramente ele tem andado no caminho da Lei, que conduz á morte.

APLICAÇÃO

Talvez exista alguém aqui nesta tarde que esteja na mesma condição. Você tem sido um religioso e tem se esforçado para a agradar a Deus, mas você tem feito isso pensando que suas forças são suficientes para satisfazer a Lei do Senhor. Talvez seu desejo de ser frequente na igreja seja uma tentativa de fazer com que Deus o aceite, talvez seus dízimos e ofertas são um modo de comprar a aprovação de Deus, talvez sua busca pela leitura da Palavra e pela oração é mais um ritual que intenta adquirir salvação.
Talvez você tem sido até rígido nas regras, afirmando o que é certo e errado, buscando ser todo correto, mas no final das contas, todo seu moralismo é também uma tentativa legalista de salvação. E isso é a marca do legalismo, quando pensamos que cumprir regras é suficiente para nos fazer salvos. O legalismo é um dos maiores perigos ao Evangelho de Cristo. Porque ele tira o foco da Obra que Cristo realizou e coloca sobre o homem, que tenta se salvar por si só.
A igreja brasileira está tomada pelo legalismo. Faça isso, não faça aquilo, tem sido o modo de salvação pregado por muitos pastores.
Quando ele nos ofereceu a salvação, ele não nos deu uma lista de regas, mas disse: Vinde a mim!

2ª O CAMINHO DA FÉ (V.4-13)

Depois de ter falado sobre o caminho da Lei, Paulo se dedica a falar do caminho da fé e o modo glorioso que é andar neste caminho. O caminho da lei produz morte, mas o caminho da fé a vida eterna. No versículo 4 ele nos diz o fim da Lei é Cristo. Cristo cumpriu toda justiça de Deus para a salvação, não dos que fizeram boas obras por elas, mas pelos que creram como diz o versículo. Toda Lei tinha um propósito e foi completada na pessoa de Jesus Cristo. Ela apontava para o Salvador.
A própria Lei ja dizia que o homem não era capaz de ser salvo pela obediência à lei, mas dependia da Graça de Deus. Por isso Paulo apela para o homem que entregou a Lei ao povo de Israel, que foi Moisés. O próprio Moisés testificou a respeito da Graça de Deus na Lei. Ele disse em Levítivo que os que praticam a Lei vivem por meio dela. Mas a Lei demonstra também que o homem não pode cumprir a Lei. Como então há salvação? Naquele que cumpriu plenamente a Lei.
Em Deuteronômio Moisés disse que a Lei não estava longe, nem em cima no céu, nem em baixo no abismo, mas perto, no coração. E o apóstolo usou isso a partir dos versículos 5 a 8 para dizer: xxxxx. Isso significa que não é pelo nosso grande esforço de subir ao céu, nem descer ao abismo. Porque Cristo já fez isso por nós. Ele vei do céu e desceu à produndezas da terra na sua morte, para nos garantir a salvação. Ele é a Palavra que salva o homem, a Palavra que o apóstolo disse que pregava. Esta Palavra estava perto dele e o modo como eles poderiam ser salvos era simplesmente crendo na Palavra de Deus que é Jesus Cristo.

APLICAÇÕES FINAIS

CONCLUSÃO

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