FORTALECIDOS No Chamado

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Mateus 22 1-14

Há um chamado a cada integrante da família para estar na maior festa de casamento que Jesus está preparando por toda a eternidade.

Introdução

Nessa parábola Jesus conta uma história com a ilustração de um casamento real. Porém, Ele estava simbolizando a festa da salvação, onde o Rei do universo quer ter um casamento com sua igreja (os convidados).

O casamento mais caro da história foi o do príncipe Charles com a princesa Diana da Inglaterra. O enlace custou na época 40 milhões de dólares, que equivalem, atualmente, a cerca de 240 milhões de dólares. Uma quantia expressiva, gasta no evento que posteriormente foi descrito por Diana como “o pior dia da minha vida”.

Certamente você e eu já participamos de muitas cerimônias de casamento. Embora esta seja uma ocasião única na vida dos noivos, normalmente os convidados estão mais preocupados com a festa que virá depois, do que com a cerimônia propriamente dita.

Há um chamado a cada integrante da família para estar na maior festa de casamento que Jesus está preparando por toda a eternidade.

O convite que Ele faz ao pai, à esposa, ao marido, ao filho está retratado nesta mensagem de Mateus 22.

Lembre-se que de nada terá valido a pena se sua família não estiver no Céu.

Portanto, veja em qual destes convites sua vida se encaixa hoje e tome uma decisão ao lado de Cristo.

Os convites

No capítulo 22 Jesus conta a his - tória de três convites que são feitos pelo rei por meio de seus servos.

1.Primeiro convite

“O reino dos céus é semelhante a um certo rei que celebrou as bodas de seu filho; E enviou os seus servos a chamar os convidados para as bodas, e estes não quiseram vir” (Mateus 22:2, 3).

A Bíblia não apresenta qualquer justificativa por parte dos convidados de não quererem aceitar o convite de um casamento real, que já havia sido anunciado com muita antecedência.

Era costume na época de Jesus que pessoas importantes convidassem com muita antecedência, seis meses ou mais, seus convidados para alguma cerimônia de casamento e que, no dia marcado, enviassem servos para trazer os convidados à festa.

Pelo que Jesus conta, foi o caso da parábola. Chegou o dia marcado, e mesmo sabendo, esses convidados não quiseram comparecer.

Este primeiro convite tem um tempo cronológico e um convidado específico que Jesus está querendo ilustrar.

O convidado aqui é a nação judaica, como povo escolhido por Deus para a salvação, pela qual ela e outras nações e povos também conheceriam ao Senhor.

Assim, pelo seu testemunho, o Deus de Israel se tornaria conhecido e seria aceito como único Deus verdadeiro. “Pela grande ceia, Cristo representa as bênçãos oferecidas pelo evangelho.

A provisão é nada menos que o próprio Cristo. Ele é o pão que desceu do Céu; e dEle procedem as torrentes da salvação.

Os mensageiros do Senhor anunciaram aos judeus a vinda do Salvador, apontaram a Cristo como ‘o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo’. João 1:29.

No banquete que preparou, Deus lhes ofereceu a maior dádiva que o Céu podia conceder — uma dádiva que excede todo o entendimento.

O amor de Deus supriu o custoso banquete, e proveu inesgotáveis recursos. ‘Se alguém comer desse pão’, disse Cristo, ‘viverá para sempre.’ João 6:51 (Parábolas de Jesus, p. 115).

Se fôssemos colocar um período de tempo, poderia ser desde o chamado que Deus faz a Abraão, onde é feita a promessa que ele haveria de gerar uma descendência que seria como as estrelas do céu ou a areia do mar, e que no nome dele seriam benditas todas as nações da terra.

“Ora, o SENHOR disse a Abrão: Sai-te da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei. E far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei e engrandecerei o teu nome; e tu serás uma bênção. E abençoarei os que te abençoarem, e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra” (Gênesis 12:1-3).

O tempo em que finaliza esse primeiro convite é com a ascensão de Cristo, após Sua morte e ressurreição. Desde Abraão até Cristo, Deus chamou o povo judeu para a festa da salvação.

Enviou um servo após outro, anunciando, chamando e advertindo. Com amor, carinho e bondade, vez após vez esse Rei realizou milagres incontáveis para demostrar que queria esse convidado especial ao Seu lado para sempre.

No deserto, fez chover pão do céu para alimentar aquele convidado especial.

Quando tiveram sede, abriu a rocha e fez sair água pura e cristalina.

No calor Ele enviava uma nuvem durante o dia para protegê-los; e à noite no frio do deserto, ele enviava uma coluna de fogo para aquecê-los.

O amor desse Rei era tão grande por esse povo, que durante os 40 anos no deserto nem “sandália dos seus pés se gastou”.

Porém, apesar de todas as demonstrações de amor e misericórdia, o convidado não quis aceitar o convite para a festa da salvação.

2. Segundo convite

“Depois, enviou outros servos, dizendo: Dizei aos convidados: Eis que tenho o meu jantar preparado, os meus bois e cevados já mortos, e tudo já pronto; vinde às bodas.

Eles, porém, não fazendo caso, foram, um para o seu campo, outro para o seu negócio; E os outros, apoderando-se dos servos, os ultrajaram e mataram” (Mateus 22:4-6).

O segundo convite também está direcionado a um convidado em um tempo específico.

O convidado aqui continua sendo o povo judeu como nação e o tempo que abrange este convite vai desde Atos 1:8: “Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria, e até aos confins da terra”, até Atos 8:1-2: “E também Saulo consentiu na morte dele.

E fez-se naquele dia uma grande perseguição contra a igreja que estava em Jerusalém; e todos foram dispersos pelas terras da Judeia e de Samaria, exceto os apóstolos. E uns homens piedosos foram enterrar Estevão, e fizeram sobre ele grande pranto”.

Neste segundo convite mencionado por Jesus, os servos saem novamente para dizer aos mesmos convidados que tudo está pronto, que o Rei preparou tudo, tudo está à mesa, e que, por favor, não deixem de vir.

Porém, nas palavras de Cristo, os convidados não apenas não vieram, como consideraram outras atividades como de maior importância.

Como se não bastasse, maltrataram, perseguiram e até mataram os servos do Rei. Esse período é representado pelo recebimento do Espírito Santo da parte dos apóstolos após a ascensão de Cristo ao Céu, onde Ele cumpre Sua promessa de que eles não ficariam abandonados.

Recebem poder para pregar e saem com a missão de alcançar os judeus de Jerusalém, depois da Judeia, Galileia e até os confins da terra.

Eles começam a anunciar que Cristo era o cumprimento das profecias; que Ele não era um impostor como muitos o haviam considerado, mas que na realidade era o cerne das cerimônias do Antigo Testamento, das profecias de Isaías e de todos os profetas antigos.

Como resultado, muitos judeus sinceros “aceitam o convite para as bodas”, muito são batizados, porém devido ao ciúme e inveja dos líderes judaicos, os servos de Deus começam a ser perseguidos, encarcerados, maltratados e finalmente, mortos.

O primeiro grande mártir da era apostólica foi Estevão, que foi morto a pedradas no ano 34 d.C. Por este motivo, o tempo do segundo convite vai até aqui.

Estevão é um símbolo da graça e da misericórdia de Deus oferecida a um povo como nação, mas que não quis aceitar.

O verso 7, do capítulo 22 de Mateus, ilustra muito bem a reação do rei diante do acontecido, e ele diz exatamente isso: “E o rei, tendo notícia disto, encolerizou-se e, enviando os seus exércitos, destruiu aqueles homicidas, e incendiou a sua cidade”.

Perceba que Jesus está contando uma história que está diretamente relacionada com acontecimentos históricos que já haviam acontecido e que iriam acontecer.

A partir do ano 34 d.C., começou uma perseguição terrível aos seguidores de Cristo, com muitas vítimas como o apostolo Tiago, que foi o primeiro a morrer por causa da Verdade.

O cumprimento do verso 7 acontece no ano 70 d.C., com a destruição de Jerusalém a mando de Tito, general romano que destruiu e queimou a capital da nação israelita.

Essa foi a segunda destruição da cidade. A primeira aconteceu na 3ᵃ invasão de Nabucodonosor em 586 a.C., A última aconteceu no ano 135 d.C. a mando do imperador Adriano, que acabou com o que havia ficado do ano 70 d.C., restando apenas um pedaço de muro, que é conhecido hoje como “muro das lamentações”.

3. Terceiro convite

“Então diz aos servos: As bodas, na verdade, estão preparadas, mas os convidados não eram dignos. Ide, pois, às saídas dos caminhos, e convidai para as bodas a todos os que encontrardes. E os servos, saindo pelos caminhos, ajuntaram todos quantos encontraram, tanto maus como bons; e a festa nupcial foi cheia de convidados” (Mateus 22:8-10).

Até agora a parábola que Jesus conta parece ser triste, embora esteja cheia de misericórdia e amor.

Mas, a partir de agora você e eu entramos nessa história. Jesus diz que o Rei chamou Seus servos e pediu para que eles saíssem mais uma vez e fossem até as encruzilhadas dos caminhos, nas estradas e em todos os lugares; sem fazer distinção entre “bons e maus”, para convidarem todos a virem até a festa, para que a sala do banquete ficasse completamente cheia.

As encruzilhadas dos caminhos representa o lugar onde viviam as pessoas mais desamparadas e pobres na época de Cristo.

Em nossos dias, essas pessoas são aquelas que vivem à margem da sociedade, vivem embaixo de viadutos e divisórias de caminhos nas grandes cidades. São pessoas que estão mais disponíveis porque não tem recursos para comprar um campo ou trocarem o convite por negócios.

Aplicação

Onde você estaria hoje se há anos um servo de Deus não tivesse levado o convite da salvação, dizendo que o Rei estava lhe convidando para a festa eterna?

Talvez você estivesse na encruzilhada da vida, sem ter nenhuma esperança.

Então, um servo de Deus lhe entregou um livro, um folheto, lhe ofereceu uma oração, lhe apresentou um programa na TV Novo Tempo, ou simplesmente lhe ofereceu um estudo bíblico.

E você, com a vida toda manchada de pecado, disse: Como posso eu entrar num palácio e me assentar na mesa de uma pessoa tão importante? Olhe para minhas roupas! Estão manchadas de culpa, de pecados, não tenho condições!

Então o servo de Deus lhe disse: Meu amigo, não se preocupe com isso, quando você chegar na porta do palácio será lavado, e não por uma água comum, mas pelo sangue do Cordeiro que já morreu por você.

E mais, você receberá uma roupa nova, branca, que nunca ninguém usou. Essas roupas são a justiça do Filho de Deus em sua vida. A única condição para entrar no Palácio e sentar-se à mesa do rei, é aceitar as roupas nupciais que representam a justiça de Cristo.

Somente a justiça de Jesus será a única e exclusiva condição para entrarmos nesta festa.

“Pela veste nupcial da parábola é representado o caráter puro e imaculado, que os verdadeiros seguidores de Cristo possuirão. Foi dado à igreja ‘que se vestisse de linho fino, puro e resplandecente’ (Apocalipse 19:8), ‘sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante’. (Efésios 5:27). O linho fino, diz a Escritura, ‘é a justiça dos santos’. (Apocalipse 19:8). A justiça de Cristo e Seu caráter imaculado, é, pela fé, comunicada a todos os que O aceitam como Salvador pessoal” (Maranata o Senhor Vem, p. 74).

“E o rei, entrando para ver os convidados, viu ali um homem que não estava trajado com veste de núpcias. E disse-lhe: Amigo, como entraste aqui, não tens a veste nupcial? E ele emudeceu” (Mateus 22:11, 12).

Por esse motivo que o rei se aproxima de um convidado que não trazia as vestes e lhe pergunta como ele havia conseguido entrar. Ele sem ter como mentir ou ocultar, fica sem palavras, ao que o rei pede para os servos o colocarem para fora, pois, sem as roupas da justiça de Cristo, é impossível que ele faça parte da festa.

“A veste branca de inocência foi usada por nossos primeiros pais, quando foram postos por Deus no santo Éden. ... Ao entrar o pecado, porém, cortaram sua ligação com Deus, e desapareceu a luz que os cingia. ... O homem nada pode idear para suprir as perdidas vestes de inocência. ... Somente as vestes que Cristo proveu, podem habilitar-nos a aparecer na presença de Deus. Estas vestes de Sua própria justiça, Cristo dará a todos os que se arrependerem e crerem. ‘Aconselho-te’, diz Ele, ‘que de Mim compres ... vestes brancas, para que te vistas, e não apareça a vergonha da tua nudez.’ (Apocalipse 3:18 (Maranata o Senhor Vem, p. 74).

Esse período apresentado no verso 11 perfeitamente se encaixa com o juízo investigativo na teologia adventista, onde o rei está hoje examinando e julgando quem aceitou o convite para a salvação e se vestiu com a graça e justiça de Cristo, único requisito para permanecer na mesa do Rei pela eternidade.

Perceba que vivemos no tempo em que o Rei está examinando minuciosamente quem aceitou ser vestido com as roupas de Cristo, mas, a festa da salvação ainda não começou literalmente.

É verdade que quando recebemos a Cristo como Salvador e aceitamos Sua justiça, já começamos a viver no Reino pela fé.

Mas, entenda, a mesa da salvação ainda não foi inaugurada pois, Cristo ainda não voltou para buscar Seus filhos. A “porta do palácio” ainda está aberta esperando que a maior quantidade de filhos aceite o convite e entre pela porta que também é Cristo.

Neste verso também está retratado a salvação pelas obras onde muitos de maneira equivocada pensam que obterão a vida eterna apenas pelos seus próprios méritos ou roupas de justiça.

Se enganam, porque qualquer ato humano está contaminado com o vírus do pecado. “Quando então o Senhor nos contemplar, verá não o vestido de folhas de figueira, não a nudez e deformidade do pecado, mas, Suas próprias vestes de justiça que são a obediência perfeita à lei de Jeová” (Parábolas de Jesus, 167).

Apelo

A grande pergunta que precisamos fazer agora é: Quem é você nessa história?

1. Você é um daqueles que como o povo judeu conhece tudo acerca da lei de Deus e dos profetas, mas, mesmo conhecendo tudo, não se entrega ao convite de Cristo? Estou falando neste momento para uma pessoa que nasceu em berço cristão e não se entrega porque seus negócios, seu dinheiro, seus campos são mais importantes?

2. Você pertence ao segundo grupo, que não apenas não se entrega, mas agride os servos de Deus? Fala mal dos servos de Deus, usa a internet para acusar e condenar em vez de acolher o convite da vida eterna? Perceba que Pedro, João e os demais apóstolos eram homens cheios de defeitos, mas, mesmo assim, Deus os usou como instrumentos de salvação para todos aqueles que aceitassem. Logicamente, como servos de Deus devemos depender exclusivamente do Senhor e não ter nenhum tipo de pecado acariciado na vida pessoal, e não esquecer que sempre seremos vasos de barro contendo um tesouro dentro de nós.

3. Ou você faz parte do terceiro grupo? Daqueles que estavam nas encruzilhadas da vida e foram achados pelos servos e hoje estão assentados pela fé na mesa do Rei? Tiveram suas vidas transformadas, seus pecados lavados e se apropriaram da justiça de Cristo?

4. Existe ainda um quarto grupo. Aqueles que são os servos do Rei, que vivem na Sua presença, se assentam na Sua mesa e são enviados diariamente para ir e buscar os que estão perdidos. São aqueles que tem um grande compromisso ao ponto de ir por todos os lugares chamando os convidados para que a mesa esteja cheia e o palácio repleto de pessoas pela eternidade.

Quem é você nessa história?

A escolha está em suas mãos!

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