Bem-aventurados
Desenvolvermos as 8 bem-aventuranças em nossa vida.
Recapitulação
O esboço do livro, em termos do seu propósito, é o seguinte:
Provar o caráter messiânico de Jesus e esclarecer o programa divino do Reino para a presente era à luz da rejeição de Jesus por Israel…
… narrando a encarnação e preparação do Rei (1.1–4.25).
… apresentando a proclamação dos princípios do Rei para a vida no Reino (5.1–7.29).
… descrevendo o poder manifesto pelo Rei como sua autenticação perante Israel (8.1–11.1).
… relatando o aumento da oposição oficial ao Rei à medida que suas reivindicações se chocam contra as tradições da liderança judaica (11.2–13.53).
… resumindo a preparação dos discípulos pelo Rei para o tempo de sua rejeição definitiva pelo judaísmo oficial (13.54–19.2).
… narrando a apresentação e a rejeição oficiais do Rei em Jerusalém (19.3–25.46).
… apresentando a vindicação definitiva do Rei em sua morte, ressurreição e comissão (26.1–28.20).
1º Discurso (cap. 5–7): Jesus, o novo legislador da sua comunidade.
2º Discurso (cap. 10): Jesus, o construtor de sua comunidade através de seus enviados.
3º Discurso (cap. 13): Jesus, o promotor de sua comunidade (parábolas).
4º Discurso (cap. 18): Jesus, o organizador de sua comunidade.
5º Discurso (cap. 24–25): Jesus, o aperfeiçoador de sua comunidade no seu retorno.
Introdução
Os ouvintes do sermão do Monte, portanto, são dois grupos: os discípulos e o povo.
Porém o ensino dirige-se aos discípulos. Por isso o sermão do Monte é doutrina para os seguidores. Expõe diante dos olhos de todos os discípulos, e por extensão também diante da comunidade de Jesus na terra, os princípios pelos quais precisa guiar-se a nova vida de fé. – Por ser doutrina para os discípulos, é injustificada qualquer generalização das exigências do discurso do monte para além do círculo dos seguidores. O não-cristão estaria sobrecarregado. Mas não somente ele. O próprio cristão que está no discipulado não pode cumprir a partir de si as exigências de Jesus. Com a constatação de que somos totalmente incapazes de realizar o que o Senhor requer, avançamos para o verdadeiro ponto central da nova vida. Todas as religiões do mundo esforçam-se por estabelecer normas cujo cumprimento permanece nas esferas do humanamente alcançável. Jesus, e com ele o NT, exigem algo humanamente impossível. Por que o Senhor faz isso? Para que fique revelado que, a partir de nós próprios, não somos nem podemos nada.
Por essa razão o sermão do Monte não consiste apenas de ordens e exigências, mas simultaneamente ele doa e presenteia muito mais. Oferece-se, àquele que de si não é nem consegue nada, forças do mundo vindouro.
Exposição do texto
5 1Ao ver as multidões, Jesus subiu ao monte. Ele se assentou e os seus discípulos se aproximaram dele. 2Então ele passou a ensiná-los.
As bem-aventuranças
Lc 6.20–23
Jesus disse:
3 — Bem-aventurados
os pobres em espírito,
porque deles é o Reino dos Céus.
4 — Bem-aventurados os que choram,
porque serão consolados.
5 — Bem-aventurados os mansos,
porque herdarão a terra.
6 — Bem-aventurados
os que têm fome e sede de justiça,
porque serão saciados.
7 — Bem-aventurados
os misericordiosos,
porque alcançarão misericórdia.
8 — Bem-aventurados
os limpos de coração,
porque verão a Deus.
9 — Bem-aventurados os pacificadores,
porque serão chamados filhos de Deus.
10 — Bem-aventurados os perseguidos
por causa da justiça,
porque deles é o Reino dos Céus.
11— Bem-aventurados são vocês quando, por minha causa, os insultarem e os perseguirem, e, mentindo, disserem todo mal contra vocês. 12Alegrem-se e exultem, porque é grande a sua recompensa nos céus; pois assim perseguiram os profetas que viveram antes de vocês.
Pobres
Choram
• Os verdadeiros lamentadores serão consolados (5.4; cf. Is 61.2–3; Zc 12.10–14).
Mansos
Fome de justiça
Misericordiosos
Limpos
Pacificadores
• Os pacificadores desfrutarão da paz do Reino (5.9; cf. Is 32.17–18).
Perseguidos
• Os que forem perseguidos por amor ao Reino receberão pleno galardão (5.10–12; cf. Dn 7.25–27).