SERMÃO SOBRE CASAMENTO Henriquee Raquel

CELEBRAÇÃO DE CASAMENTO

INVOCANDO A BÊNÇÃO MATRIMONIAL

ORAÇÃO

MENSAGEM - GÊNESIS 2.18-24

Gênesis 2.18–24 RA

Disse mais o Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma auxiliadora que lhe seja idônea. Havendo, pois, o Senhor Deus formado da terra todos os animais do campo e todas as aves dos céus, trouxe-os ao homem, para ver como este lhes chamaria; e o nome que o homem desse a todos os seres viventes, esse seria o nome deles. Deu nome o homem a todos os animais domésticos, às aves dos céus e a todos os animais selváticos; para o homem, todavia, não se achava uma auxiliadora que lhe fosse idônea. Então, o Senhor Deus fez cair pesado sono sobre o homem, e este adormeceu; tomou uma das suas costelas e fechou o lugar com carne. E a costela que o Senhor Deus tomara ao homem, transformou-a numa mulher e lha trouxe. E disse o homem: Esta, afinal, é osso dos meus ossos e carne da minha carne; chamar-se-á varoa, porquanto do varão foi tomada. Por isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne.

INTRODUÇÃO

O magistrado civil já os declarou casados, segundo as leis de nosso País.

Contudo, louvamos ao Senhor por conceder a ambos a alegria de rogar a Deus pelas suas infindas bênçãos sobre o matrimônio que se concretiza neste dia diante de Deus e do seu povo.

O CASAMENTO É PROJETO DE DEUS

Deus criou o homem e a mulher

Deus inicia a criação com a luz: “haja luz, e houve luz”, consecutivamente Deus estabelece o firmamento, fez separação entre as águas e a terra para que produzisse, estabeleceu luzeiros no firmamento dos céus, criou os seres viventes tanto aquáticos quanto terrestres. No sexto dia Deus criou o homem, à sua imagem, para que dominasse toda a criação. Em todas essas coisas, o Senhor concluiu: “e viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom” (1.31).

O homem foi formado do pó da terra, distintamente dos demais seres criados, recebeu o fôlego de vida, tornou-se alma vivente. O primeiro homem tinha comunhão com Deus, tinha alimento em abundância, andava livremente por toda parte, interagia harmonicamente com todos os seres criados.

Dentre tudo o que Deus criara com perfeição, notou algo que não era bom: “Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma auxiliadora que lhe seja idônea” (2.18). Adão trabalhou arduamente em sua tarefa de nomear a criação, mas a Bíblia relata que: “todavia, não se achava uma auxiliadora que lhe fosse idônea” (2.20). Um pesado sono recai sobre Adão e de sua costela Deus cria a primeira mulher, Eva, auxiliadora, ajudadora.

Ao perceber a criação de Deus, Adão testemunhou: “Esta, afinal, é osso dos meus ossos e carne da minha carne” (2.23).

O casamento é uma instituição do céu

O casamento não surgiu a partir de convenções sociais ou de tabus humanos. O casamento não foi planejado e projetado pelos homens. O casamento é um projeto vindo diretamente do céu. Foi Deus o responsável pelo casamento.

Deus instituiu o casamento, e ele o fez, em primeira instância, como uma resposta à solidão humana. Por essa razão, Deus inspirou Moisés a escrever: “Por isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne” (v.24).

Portanto, o casamento é uma aliança espiritual, no sentido de um compromisso firmado entre duas pessoas perante Deus. Deus inspirou e regulamentou essa aliança.

O casamento é uma aliança inquebrável - 2.24

Moisés indica que a base do casamento é uma aliança a ser honrada com unidade e público compromisso para a vida toda, portanto, “uma só carne”.

As Escrituras nos ensinam que “o que Deus ajuntou não o separe o homem” (Mt 19.6-9). Quem uniu foi o próprio Deus, portanto, nenhum ser humano pode ousar quebrar aquilo que Deus mesmo instituiu.

O princípio maior dessa união estava relacionado, nos eternos propósitos Divinos, com a gloriosa união de Cristo com a Igreja. Por esta causa o casamento envolve questões profundamente sérias e significativas.

Cristo fez exatamente isto, ao deixar a glória nos céus para se unir com a Igreja, entregando-se à morte na cruz e consumando, definitivamente, esta união na ressurreição, tornando perfeitamente uma só carne com ela. Através de sua morte a igreja é preservada.

O casamento é, portanto, uma união diante de Deus e, portanto, deve ser preservado. Moisés ao escrever o Pentateuco, registrou em Gênesis que o casamento é uma aliança.

O casamento é monossomático

Lemos que o homem deve “deixar” e “unir” para “se tornar uma só carne”. Na matemática divina 1+1 deve ser igual a 1.

O homem e mulher, portanto, deixam seu lar, o lugar onde foram criados, seus mais intensos relacionamentos para se unir à sua outra metade. Isto significa que o cônjuge passa a ser mais importante do que qualquer outra pessoa.

Thomas Adams diz que: “Assim como pela criação Deus de um fez dois, pelo casamento, ele de dois fez um”.

Ser uma só carne significa morte à vida independente e egoísta. Ninguém pode se casar para “ser” feliz - este é um mito acerca do casamento que tem sido perpetuado até mesmo entre cristãos - mas o casamento bíblico resulta em “fazer” o outro feliz.

Se cada um procurar a felicidade independente do outro, ambos se frustrarão e romperão com o princípio criado por Deus de serem um só. Mas, se cada um dos cônjuges procurar a felicidade do outro, ambos se realizarão, não em si mesmos, mas para a edificação do todo.

Portanto, ao entrar na aliança matrimonial, cada um deve estar ciente da necessidade de morrer para si mesmo e procurar agradar o seu cônjuge.

Quem procura a felicidade de seu marido ou esposa alcança sua própria felicidade; o apóstolo Paulo declarou aos efésios que “quem ama a esposa a si mesmo se ama”. Logo, é justo declarar que quem alegra seu cônjuge, a si mesmo se alegra.

O CASAMENTO REQUER COMPROMETIMENTO MÚTUO

A continuidade, a estabilidade, a felicidade, a paz dependem da atenção que cada um de vocês der no cumprimento dos respectivos deveres que Deus estabelece em sua Palavra.

Portanto, façam desse Livro, o Livro de cabeceira de ambos. Examinem-No ao deitar-se, ao levantar-se, em todos os momentos, consultem-No. As Palavras de vida contidas nesse Sagrado Livro darão a direção nos momentos de maior angústia que se encontrarem.

Comprometendo-se com o amor

O amor é bem mais que sentimento. Por definição, sentimento é o ato ou efeito de sentir a si mesmo. E por isso, o sentimento é algo completamente pessoal. É você quem sente, quem se alegra, quem se entristece, quem se frustra, quem se enraivece, quem sente culpa, quem sente-se agradecido, quem sente esperança. Não há possibilidades de transferir sentimentos para outra pessoa.

Enquanto o sentimento é autocêntrico, o amor se foca sobre o outro. Assim como Deus amou o mundo a ponto de se doar enviando seu Filho para se sacrificar em lugar de seu povo, uma pessoa que ama precisa se doar em benefício de outro. Isso é amar. É mais do que sentir. O amor de Deus é o modelo máximo de amor.

Aí está o grande desafio em desempenhar amor. Nós desenvolvemos padrões de receber, querer, esperar, desejar mais do que padrões de doar, ceder, confiar, presentear .

No casamento, o amor, precisa ser desempenhado em ações que privilegiarão o outro em primeiro lugar. Consequentemente, tendo essa mesma visão, o outro desejará desenvolver o seu amor em benefício do outro, semelhantemente.

Não case para ser feliz! Mas no seu casamento lute para a felicidade do outro.

Comprometendo-se como Marido

“Maridos”, assim diz a Escritura Sagrada, “amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela... Assim também os maridos devem amar a sua mulher como ao próprio corpo. Quem ama a esposa a si mesmo se ama” (Ef 5.25,28.

O homem deve assumir o seu papel de deixar pai e mãe para unir-se à sua mulher. Como cabeça da mulher, o marido não pode pensar que está hierarquicamente acima da mulher. A relação não se desenvolve no sentido de quem é maior ou menor, mas no sentido de função. O esposo não é maior do que a esposa.

Seu amor por ela deve ser perseverante, abnegado, santificador e romântico. Deve dispor-se amá-la a ponto de dar sua vida por ela. Deve tratá-la com honra.

O marido deve viver a vida comum do lar, cuidando de sua mulher física, emocional e espiritualmente.

O marido deve liderar sua mulher, santificando-a pela palavra, servindo-lhe de exemplo.

O marido deve servir a esposa em vez de servir-se dela.

O marido deve amar sua mulher como Cristo amou a igreja e entregou-se por ela.

Comprometendo-se como esposa

Na carta de Paulo a Tito (2.4), também encontramos que a mulher deve amar seu marido: “a fim de instruírem as jovens recém-casadas a amarem ao marido”.

Auxiliadora idônea (capaz, apta, adequada)

Da mesma forma que a igreja precisa se colocar como ajudadora. Capaz de levar a Palavra aos perdidos. Apta na sabedoria da Palavra de Deus.

A mulher deve assumir o papel de amar seu marido e sujeitar-se a ele, no Senhor. Longe de desafiar sua liderança, deve apoiar seu marido como cabeça do lar.

Com sabedoria deve edificar sua casa, fazendo bem a seu marido, todos os dias de sua vida.

Deve ser amiga, conselheira e intercessora, apoiando seu marido na condução espiritual de seu lar. Como a igreja está sujeita a Cristo, assim a mulher deve sujeitar-se a seu marido.

Está acima de qualquer dúvida que o homem e a mulher têm o mesmo valor aos olhos de Deus. Foram criados com o mesmo valor e são resgatados da mesma maneira.

O homem não pode ser rude no trato nem a mulher ranzinza nas atitudes.

Ambos precisam cuidar um do outro, uma vez que são parceiros e não competidores.

O CASAMENTO É UMA UNIÃO FORTALECIDA POR DEUS

“… o cordão de três dobras não se rebenta com facilidade” (Ec 4.12).

Salomão está concluindo sua argumentação sobre a importância da relação conjugal como uma sociedade de apoio e proteção mútua, chegando, agora, ao apogeu de seu pensamento, ao dizer: “o cordão de três dobras não se rebenta com facilidade”.

Não basta ao casal cuidar, proteger e encorajar um ao outro. O casamento não é apenas um relacionamento entre um homem e uma mulher. Essa relação precisa envolver uma terceira pessoa. Aquele que instituiu o casamento e o abençoa precisa ser o fundamento dessa relação.

Deus é a terceira dobra do cordão. Deus não apenas instituiu o casamento, mas é o alicerce da família.

“Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam”. Sl 127

Quando marido e mulher apoiam sua relação apenas sobre seus sentimentos, constroem sua casa sobre a areia. Essa relação não suporta as tempestades da vida.

O casamento precisa ser como uma casa construída sobre a rocha. Essa casa pode ser açoitada pela chuva torrencial que cai no telhado, pode ser atingida pela fúria dos ventos que batem nas paredes e pode ser atacada pela violência dos rios que açoitam o alicerce, mas essa casa ainda ficará de pé.

Esse é o casamento edificado sobre o próprio Deus. Sem essa terceira dobra do cordão, ele se romperá com as tensões da vida. Sem a presença de Deus no casamento, marido e esposa não conseguem suportar as crises que desabam sobre a família.

A maior necessidade, portanto, dos casais não é de uma casa maior nem de mais conforto, mas da presença, da direção e da proteção de Deus. É o cordão de três dobras que não se rebenta com facilidade.

CONCLUINDO

Nós já sabemos, o casamento não é um conto de fadas. Em bases erradas não aceitará as imperfeições do outro. Desalinhado com a vontade de Deus, não suportará os furacões. Como dois pecadores vivendo juntos, problemas poderão se levantar.

Entretanto, nunca se esqueçam, a união de vocês é um projeto aprovado de Deus! Ele será o provedor de todas as coisas em todas as circunstâncias.

Para viver as promessas de Deus no casamento é preciso crer em Deus. É necessário amá-Lo! É imprescindível que Ele esteja acima de qualquer coisa!

Portanto, que Deus abençoe vocês, e que através deste enlace matrimonial, Deus possa ser glorificado.

O casamento, portanto, é uma instituição divina onde dois pecadores passam a viver juntos debaixo de um mesmo teto. Então, desde que o pecado exerce suas influências em todas as áreas da vida de uma pessoa, nitidamente influenciará, também, no relacionamento conjugal. Não espere um casamento perfeito. Mas eu quero deixar alguns conselhos para que vocês possam lidar corretamente diante dos desafios que virão:

1. Compartilhem da mesma visão

Este ponto é importantíssimo. Vocês dois seguem a Jesus com todo coração? Estão individualmente e coletivamente dispostos e comprometidos a viverem para Jesus? Se não existir um amor mútuo por Jesus, certamente, vocês serão atraídos para direções opostas. Isso afetará diretamente na vida íntima, ameaçando a estabilidade a longo prazo do relacionamento.

Vocês precisam se comprometer seriamente a ler a Bíblia juntos, orar juntos, cantar juntos, servir a Deus na igreja juntos, compartilhar um com o outro o que Deus tem lhes ensinado. E, principalmente, vocês precisam apontar um ao outro para Cristo.

2. Aprendam a lidar com os conflitos

Essa é uma certeza que devemos ter, conflitos aparecerão! E, diante de tal realidade, precisamos saber lidar com essas situações complicadas. Deixar as diferenças acumularem pode ser perigoso demais. É melhor acertar um pequeno detalhe, mesmo que este demande um momento desagradável, do que acumular pequenos problemas, que no fim se tornam uma situação aparentemente irreversível.

O assunto dinheiro é um tema problemático, dentre tantos outros, em muitos casamentos. Já pensaram em como evitar os conflitos quando o tema for a respeito do dinheiro? Justamente porque a diversidade de objetivos pode impulsionar um para uma visão enquanto outro para outra visão.

A melhor maneira de lidar com os conflitos é trabalhar uma preocupação mútua. Será que ambos procuram o interesse do outro? Ou apenas o próprio interesse?

1-

ENTRADA DAS ALIANÇAS (Permanecer com as alianças em mãos)

UNIR AS MÃOS (Um de frente para o outro)

VOTOS

Votos da Noiva: ...

Votos do Noivo: ...

PERGUNTA AO NOIVO

Wander, recebe Raquel por sua legítima esposa, com o propósito de amá-la, honrá-la e defendê-la, cuidar dela e ser-lhe fiel em todas as coisas, por todo o tempo em que Deus conservar ambos com vida?

Coloca a aliança no dedo da noiva.

PERGUNTA A NOIVA

Raquel, receber Wander por seu legítimo marido, para amá-lo, honrá-lo, cuidar dele, e ser-lhe submissa e fiel em todas as coisas por todo o tempo em que Deus conservar ambos com vida?

Coloca a aliança no dedo do noivo.

SOBRE AS ALIANÇAS

Sejam esses anéis símbolo do amor, da pureza e da constância de verdadeiro amor conjugal. Lembrem, para sempre, o cumprimento dos deveres que tão solenemente acabam de reconhecer na presença de Deus e de todos os que testemunham.

BEIJO DOS NOIVOS

BÊNÇÃO FINAL

Eu, ministro de Deus no evangelho de seu Filho, vos declaro constituídos em família na relação de marido e mulher, segundo a ordenação de Deus, e invoco sobre vocês a bênção do Pai, do Filho e do Espírito Santo.

Deus dê a vocês a sua graça, para cumprirem as promessas que acabam de fazer e abençoe este casamento, não só agora, mas por todo o tempo em que conservar vocês com vida.

Bênção apostólica.

SAÍDA

Bênção aos noivos na saída:

“O SENHOR te abençoe e te guarde; o SENHOR faça resplandecer o rosto sobre ti e tenha misericórdia de ti; o SENHOR sobre ti levante o rosto e te dê a paz.” Nm 6.24-26

“O que Deus ajuntou não o separe o homem” (Mc 10.9).