RINQUEZAS INSONDÁVEIS

Igreja Batista Logos 03/07/2022

Texto Base: Ef 3:8 “Eu sou menos do que o menor de todos os que pertencem a Deus, mas mesmo assim ele me deu este privilégio de anunciar aos não-judeus a boa notícia das imensas riquezas de Cristo.”

A) INTRODUÇÃO

O autor desta frase é ninguém menos que o grande apóstolo dos gentios, Paulo. Esse bom soldado de Cristo marcou a humanidade profundamente, muito mais do que qualquer outro nascido de mulher, uma marca que permanece até os dias de hoje.

Olhemos para este texto e notemos três coisas:

O QUE O APÓSTOLO PAULO DIZ SOBRE SI MESMO: “A mim o menor de todos os santos”.

O QUE O APÓSTOLO PAULO DIZ SOBRE SEU MINISTÉRIO: “Me foi dada esta graça de pregar”.

O QUE O APÓSTOLO DIZ SOBRE O ASSUNTO DE SUA PREGAÇÃO: “Insondáveis riquezas de Cristo”.

Creio que algumas palavras sobre estes três pontos nps ajudarão a conservar este texto em nossa memória, consciência, coração e mente.

B) DESENVOLVIMENTO

O QUE O APÓSTOLO DIZ SOBRE SI MESMO

Ele usa uma linguagem bem enérgica. O fundador de igrejas famosas, autor de quatorze epístolas inspiradas por Deus, considerado por muitos o principal dos apóstolos, que considerou tudo como perda por amor a Cristo.

O que vemos dizer a respeito de si mesmo? Ele utiliza um superlativo de inferioridade. “O menor de todos os santos”.

Filipenses 3:12 “Não estou querendo dizer que já consegui tudo o que quero ou que já fiquei perfeito, mas continuo a correr para conquistar o prêmio, pois para isso já fui conquistado por Cristo Jesus.”

1Cor 15:9 “De fato, eu sou o menos importante dos apóstolose até nem mereço ser chamado de apóstolo, pois persegui a Igreja de Deus.”

1Tm 1:15 “O ensinamento verdadeiro e que deve ser crido e aceito de todo o coração é este: Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores, dos quais eu sou o pior.”

Rm 7:24 “Como sou infeliz! Quem me livrará deste corpo que me leva para a morte?”

Paulo via mais defeitos e debilidades no mais íntimo de seu próprio coraçã, do que costuma ver nos outros. Os olhos de seu entendimento foram abertos pelo Espírito Santo de Deus de tal maneira que ele detectava, em si mesmo, uma porção de erros, que ninguém nunca havia observado. Ele tinha uma grande percepção de sua própria natureza corrupta e cingia-se de humildade da cabeça aos pés.

1Pe 5:5 “E vocês, jovens, sejam obedientes aos mais velhos. Que todos prestem serviços uns aos outros com humildade, pois as Escrituras Sagradas dizem: “Deus é contra os orgulhosos, mas é bondoso com os humildes!”

No entanto, entendamos claramente que a humildade do apóstolo Paulo não era uma caracterísitica exclusiva do grande apóstolo dos gentios, ao contrário, ela é a marca principal dos mais eminentes santos de Deus em todas as épocas. Quanto mais genuína for a graça que os homens tiverem em seu coração, maior será o seu senso de pecado.

Quanto mais luz o Espírito Santo lançar em suas almas, maior será seu discernimento sobre sua própria fraqueza, devassidão e perversidade. A alma morta nada sente e nada vê, com a vida, vem a visão esclarecedora, a consciência sensível e a percepção espiritual.

Lc 18:13 “— Mas o cobrador de impostos ficou de longe e nem levantava o rosto para o céu. Batia no peito e dizia: “Ó Deus, tem pena de mim, pois sou pecador!”

Jó 8:9 “Pois nós nascemos ontem e não sabemos nada; os nossos dias na terra passam como a sombra.”

Certamente que não há outra criatura, no céu ou na terra, que necessite tanto de humildade quanto o homem.

2. O QUE O APÓSTOLO PAULO DIZ SOBRE O SEU MINISTÉRIO

Há uma grande simplicidade nas palavras do apóstolo a respeito desse assunto. Ele diz:” Me foi dada esta graça de pregar”. O significado desta frase é claro: A mim foi concedido o privilégio de ser um mensageiro de boas notícias.

Ser alguém que leva as boas novas é um verdadeiro privilégio e responsabilidade, infelizmente muitos não entendem dessa maneira.

Muitos desejam compartilhar outras riquezas, e não vêem como graça as riquezas de Deus. Invertem os valores e tomam forma do mundo e colocam suas esperanças no que é passageiro.

Paulo enxergava como algo extraordinário essa graça. Como alguém que foi perseguidor da igreja tem a honra de ser um embaixador de Cristo?

Que maravilhosa graça servir ao Rei dos reis e proclamar as boas notícias da conquista realizada no calvário. Servir diretamente a um Mestre como esse, levar sua mensagem e saber que o resultado de nosso trabalho será eterno.

3. O QUE O APÓSTOLO PAULO DIZ SOBRE O ASSUNTO DE SUA PREGAÇÃO

Ele chama de insondáveis riquezas de Cristo. Paulo não perdeu seu tempo precioso exaltando a mera moralidade que não possui raízes, falando da bondade da natureza humana, fazendo comentários vagos. Ele sempre falava sobre a raiz do problema e revelava aos homens a doença de toda sua linhagem, discorria sobre seu estado desesperador na condição de pecadores, e sobre Cristo o grande Médico, necessário ao mundo doente por causa do pecado.

Por onde Paulo pregou sua mensagem era clara, “Jesus e sua morte substitutiva, Jesus e sua ressurreição eram os temas de seus sermões. Variando sua maneira de falar, de acordo com seus ouvintes, como sabiamente fazia, o cerne eo âmago de sua pregação era o Cristo crucificado.

Entretanto, você percebera que ele usa uma expressão bastante peculiar, uma expressão única em todos os seus escritos. “Insondáveis riquezas de Cristo”. Está é uma linguagem enfática de alguém que nunca esquecia de sua dívida para com a misericórdia e a graça de Cristo e que apreciava mostrar a intensidade desse sentimento através de suas palavras.

Mas o que o apóstolo quis dizer ao falar sobre as insondáveis riquezas de Cristo? Sem dúvida, ele via em Cristo uma provisão ilimitada para todas as necessidades da alma do homem. Qualquer que for o ângulo pelo qual observamos a Cristo, vemos muito mais coisas do que nossa mente é capza de conceber ou nossa língua capaz de dizer.

C) CONCLUSÃO

Antes de tudo, tenhamos em mente que existem insondáveis riquezas na pessoa de Cristo.

Tenhamos em mente que existem insondáveis riquezas na obra que Cristo realizou por nós.

Tenhamos em mente que existem insondáveis riquezas nos ofícios que Cristo ocupa no momento, visto que vive por nós à destra de Deus.

E o melhor de tudo é que essas riquezas são insondáveis. Elas são uma mina, que por mais explorada que venha ser, nunca se esgotará.