IGREJA É ESSENCIAL: COMO AMAMOS OS DE FORA? Parte 2 (pp. 137-143)

IGREJA ESSENCIAL  •  Sermon  •  Submitted
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Um soldado foi ferido numa batalha. O capelão então foi rastejando, a fim de saber o que seria possível fazer pelo homem ferido, e ficou com ele enquanto o restante da tropa se retirava. No calor daquele dia, o capelão deu água para o homem de seu próprio cantil, enquanto ele mesmo permanecia com sede. Durante o frio da noite, o capelão cobriu o homem ferido com seu casaco, e quando foi preciso colocou sobre ele mais das suas roupas a fim de salvá-lo do frio. Finalmente, o homem ferido olhou para o capelão e falou: “Amigo”, você é cristão? “Eu tento ser, disse o capelão. “Bem”, disse o homem ferido, “Se ser cristão significa fazer por alguém o que você tem feito por mim, fale-me disso porque eu também quero isso para a minha vida!
O soldado sentiu-se atraído pela fé do capelão, não porque passou a noite toda pregando, mas porque colocou a sua fé em ação. Esse é o tipo de cristão que todos nós deveríamos nos esforçar para ser. Aquele homem viu Jesus nas ações daquele capelão. Deus pode usar a você e a mim da mesma maneira.
Jim Burns:
Você provavelmente já ouviu a frase: “Jesus é a resposta”. Como cristãos, nós sabemos que esta declaração é verdadeira. No entanto, aqueles que não conhecem a Cristo não tem feito nenhuma pergunta. É isto mesmo: Temos nos preocupado em responder a perguntas que ainda não foram feitas. Alguém já observou com propriedade que os cristãos deveriam viver uma vida tão radiante e feliz, que as pessoas não resistiriam e perguntariam imediatamente: “Por que você está vivendo desta forma?”. Assim sua resposta natural seria falar positivamente daquilo que Deus tem realizado. Nada é mais poderoso e contagiante do que uma resposta a uma sincera pergunta sobre a essência de nossa qualidade de vida. É isso que podemos testemunhar através de um estilo de vida onde o amor é o centro.
8.2. A IGREJA HOJE.
8.2.1. O que podemos concluir, então a partir da Grande Comissão, para que a igreja existe? Como os de dentro e os de fora se relacionam?
Podemos ver que Jesus pediu aos primeiros líderes da igreja, os principais de dentro, que se encarregassem de TRANSFORMAR pessoas de fora em pessoas de dentro por meio da CONVERSÃO.
Esse processo poderia começar em suas próprias casas, com seus filhos e parentes, mas acabaria se estendendo a estranhos ao redor do mundo.
A igreja nunca deve perder de vista esse chamado EVANGELÍSTICO. Qualquer outra atividade que a igreja venha a fazer, primordialmente, ela deve ENSINAR e, então, demonstrar como se tornar um discípulo de Jesus Cristo.
8.2.2. Podemos ver que uma igreja deve construir relacionamentos de PROFUNDIDADE E PERSEVERANÇA. É impossível ensinar tudo o que Jesus ordenou a pessoas que você mal conhece e mal vê.
8.2.3. Além disso, em comparação com os séculos anteriores, a difícil tarefa de ensinar tudo o que Jesus ordenou leva ainda mais tempo hoje, uma vez que, pelo menos no Ocidente, voltamos a um estado de confusão religiosa próximo daquele que os discípulos teriam encontrado.
8.2.4. Falo frequentemente com pastores que trabalham com jovens. E, nos últimos cinco anos pelo menos, tenho ouvido uma mensagem consistente: é preciso o dobro de tempo hoje para fazer o mesmo progresso no discipulado de uma década atrás.
8.2.5. Cada vez menos pessoas de fora sabem de qualquer coisa que Jesus disse além de alusões genéricas ao julgamento e ao amor. Quando eles entram, entendem pouco sobre o que significa seguir Jesus: QUEM ELE É, O QUE ELE FEZ, O QUE ELE ORDENOU.
8.2.6. A igreja redescoberta não pode se dar ao luxo de repetir os mesmos mantras básicos de autoajuda sem sondar qualquer profundidade teológica. Essa fé superficial não ajuda os novos crentes a OBEDECER JESUS, considerando que ele nos disse para esperar que o mundo odiasse seus seguidores. Mateus 5:11; 10:22; Marcos 13:13; Lucas 21:17; João 5:18
8.2.7. Uma palavra semelhante de CAUTELA se aplica às igrejas que se concentram na cura ou dispensação da graça. A oração deve, de fato, caracterizar qualquer igreja fiel. E o Espírito temo poder de curar, tanto os de dentro quanto os de fora. Mas o papel do Espírito é nos ajudar a LEMBRAR o que Jesus ENSINOU E FEZ. João 14:26
8.2.8. Qualquer cura física ou ajuda financeira neste lado do céu é boa, mas não é definitiva. A dívida do seu cartão de crédito pode ser perdoada na terra. Mas a menos que Deus tenha perdoado permanece, junto com o julgamento eterno de Deus.
8.2.9. Devemos ter cuidado para não deixar a impressão de que entrar para a igreja traz benefícios financeiros ou físicos tangíveis aqui e agora. Caso contrário, Jesus se torna o meio para um fim MUNDANO E TEMPORÁRIO.
8.2.10. Quando se trata de dispensar graça, caminhamos sobre uma linha tênue na igreja. Este livro é sobre como o corpo de Cristo é ESSENCIAL. Deus autorizou os líderes da igreja a administrar as ORDENANÇAS DO BATISMO E DA CEIA DO SENHOR em seu nome.
8.2.11. Eles guardam esse meio de graça, os quais pertencem apenas aos de dentro. Você não pode simplesmente dar um mergulho na piscina do quintal e engolir um pedaço de pão com uma lata de Coca-Cola e chamar isso de igreja.
8.2.12. Ao mesmo tempo, nenhum mero mortal determina seu destino espiritual, esteja você do lado de fora ou de dentro. A graça vem de Deus para todos os que pedem por fé. Ela não é ARMAZENADA pela igreja e distribuída a mando dos líderes. Você não precisa da igreja para nascer de novo, mas precisa da ajuda da igreja para andar sobre as pernas frágeis da fé incipiente. I Timóteo 2:5,6
8.3. E QUANTO A TUDO MAIS QUE JESUS ORDENOU?
8.3.1. Quando essas pessoas de fora se tornam parte da igreja, os de dentro, paciente e diligentemente, os ENSINAM a obedecer a tudo o que Jesus ordenou. Ao redescobrir a igreja, você perceberá que nem todos são ótimos em fazer as coisas.
8.3.2. Às vezes, você ouvirá muito sobre o evangelho, a saber, a cruz e a ressurreição. Mas você não ouvirá tanto dos EVANGELHOS, aqueles quatro livros baseados nos relatos dos primeiros discípulos de Jesus. Eles culminam na cruz e ressurreição após dezenas de capítulos com o ENSINO DE JESUS.
8.3.3. Compreender a relação entre o evangelho e os Evangelhos é a chave para redescobrir o compromisso da igreja tanto com o evangelismo quanto com a vida como membros dedicados às boas obras:
Criando filhos no TEMOR DO SENHOR, indo trabalhar todos os dias COMO PARA CRISTO, fazendo o bem aos nossos vizinhos não cristãos, buscando realizar obras de compaixão e justiça, engajando-nos nas questões referentes à praça pública quando temos oportunidade e muito mais.
8.3.4. A própria estrutura dos Evangelhos nos diz que Jesus entendeu sua missão como oferta de si mesmo em sacrifício para EXPIAR O PECADO. Mateus 20:28
8.3.5. O Evangelho de Mateus tem seu ponto de virada na confissão de Pedro de Jesus é o Cristo, o Messias de Israel há muito prometido. Mateus 16:16
8.3.6. A partir desse ponto, Jesus começou a EXPLICAR aos seus discípulos que ele precisaria ir a Jerusalém, sofrer nas mãos dos líderes judeus, morrer na cruz e ressuscitar dos mortos no terceiro dia. (v.21)
8.3.7. No entanto, se isso fosse tudo que Jesus veio fazer, não precisaríamos de todos os outros capítulos dos Evangelhos, não precisaríamos:
Do Sermão do Monte em Mateus 5 a 7.
Que Jesus explicasse como os de dentro devem se relacionar uns com os outros, como devem se relacionar com os de fora e como contribuem para uma sociedade boa e justa. Mateus 5:14,16
8.3.8. Reconhecemos que a ordem aqui é CRUCIAL. Muitas vezes, os cristãos e as igrejas ficam tão preocupados em REDIMIR a cultura ou transformar a cidade que FRACASSAM em colocar suas próprias casas em ordem.
8.3.9. Como estamos tentando dizer ao longo deste livro, as igrejas devem primeiro procurar se tornar CULTURAS REDIMIDAS e CIDADES CELESTIAIS TRANSFORMADAS. Só então seu amor, suas já obras e sua busca pela justiça podem se espalhar para fora com INTEGRIDADE.
8.3.10. Quando isso acontecer, os cidadãos sitiados deste mundo e suas revoluções fracassadas podem então buscar REFÚGIO NAS PORTAS DE NOSSA EMBAIXADA.
CONCLUSÃO:
Então, a igreja existe para os de dentro ou os de fora? De forma complementares, para ambos. Todos os de fora são bem vindos na igreja e convidados a se tornarem pessoas de dentro da fé.
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