Cântico de Louvor de Davi
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· 6 viewsUm Sobrevoo a esse salmo de vitória
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Introdução aos Salmos
Introdução aos Salmos
Confuso em relação ao modo como deveria abordar e compreender os salmos, Marcelino pediu ajuda a seu amigo Atanásio (295–373). O grande bispo de Alexandria impôs a ele uma carta longa, contando sobre o conselho que ele mesmo havia recebido:
Meu filho, todos os livros das Escrituras, tanto os antigos quanto os novos, são inspirados por Deus e úteis para o ensino, como está escrito. Porém, para aqueles que realmente o estudam, o livro dos Salmos revela um tesouro especial. É claro que todos os livros da Bíblia possuem sua própria mensagem. Como você pode ver, cada um desses livros é um jardim que oferece um tipo específico de fruto. Em contraste, o livro dos Salmos é um jardim que, além do seu fruto particular, também produz todos os outros frutos.
Atanásio também vai afirmar que nesse livro sagrado estão toda a forma e o conteúdo da revelação de Deus – a criação, o êxodo, o exílio e a redenção – estabelecidos como louvor, convidando nossa participação. Ele declara: “Nos demais livros das Escrituras, lemos ou ouvimos as palavras dos santos como se pertencessem somente a quem as pronunciou, não como se fossem também nossas. Porém, esse livro nos dá a sensação de lermos nossas próprias palavras. Elas penetram o coração de toda pessoa que as ouvir, como se os pensamentos mais profundos dela fossem expressos”. Os salmos são um espelho que revelam quem somos verdadeiramente, ensinando-nos a – por meio do Espírito Santo – agir de acordo com o dom e o exemplo de Jesus Cristo.3 Só com a orientação do Espírito Santo, o verdadeiro autor dessas canções, somos capazes de ler os salmos inteligentemente. A carta de Atanásio influenciou mais do que Marcelino. Assim, muitos comentaristas, como Martinho Lutero, João Calvino, entre outros,
Desenvolvimento
Desenvolvimento
O Salmo 18 é uma canção de ação de graças, é um louvor a Deus, é real, é intenso, é pessoal . Segue naturalmente ao Salmo 17, que é um lamento. Interessante como Salmos de ação de graças parecem seguir lamentos. Em seu lamento, Davi se descreveu como estando cercado por inimigos insensíveis que pretendiam sua destruição. Eles eram como leões “famintos de presa” (v. 12). Ele clamou por libertação, e no final do salmo ele é encontrado esperando confiantemente que Deus virá em seu auxílio. ENtão No Salmo 18 encontramos Davi olhando para trás ao longo de uma vida de tais intervenções salvadoras de Deus e louvando a DEUS por cada uma dessas intervenções.
Versos SL18.1-3 “1 Eu te amo, ó Senhor, força minha. 2 O Senhor é a minha rocha, a minha fortaleza, o meu libertador; o meu Deus, o meu rochedo em que me refugio; o meu escudo, a força da minha salvação, o meu alto refúgio. 3 Invoco o Senhor, digno de ser louvado, e serei salvo dos meus inimigos.”
Davi expressa seu sincero amor para com o Senhor (cf. Sl 116.1) e confessa que ele é sua “força”, isto é, seu ajudador forte, o amor a Deus é colocado aqui como a parte principal da verdadeira piedade. Não existe um modo melhor de servir a Deus do que amando-o. A palavra é intensamente FORTE, o amor é do tipo mais profundo. “Amarei com todo o coração, com as minhas entranhas.”
Invocar a Deus compreende seu culto como um todo; mas quanto ao efeito ou fruto de oração que é mencionado nesta frase da passagem que ora temos diante de nós, e eu não tenho dúvida de que significa recorrer a Deus em busca de proteção e solicitar seu livramento. Tendo Davi dito no segundo versículo que confiava em Deus, ele agora junta isto como evidência de sua confiança; pois todo aquele que confia em Deus vai rogar tão intensamente em qualquer momento principalmente de extrema necessidade.
Versos SL18.4-6 “4 Laços de morte me cercaram; torrentes de perdição me impuseram terror. 5 Cadeias infernais me envolveram, e tramas de morte me surpreenderam. 6 Na minha angústia, invoquei o Senhor; gritei por socorro ao meu Deus. Do seu templo ele ouviu a minha voz, e o meu clamor chegou aos seus ouvidos.”
Ha interpretes que apontam no sofrimento de Davi o próprio sofrimento de Cristo. os laços que prenderam Cristo na morte durante três dias e “os laços do inferno”, que mantiveram sua alma no inferno por esses três dias.Portanto, ele sofreu na morte e Deus o livrou desse sofrimento ressuscitando-o, pois não parece que os sofrimentos desta vida devam ser citados como sofrimentos da morte.
Irmãos quando nos aproximamos do Senhor, a fé vem antes para iluminar o caminho, dando-nos a certeza completa de que ele é nosso Pai. Então a porta é aberta e podemos conversar livremente com ele e ele conosco E NÃO Devemos nos aproximar como àqueles que se aproximam APENAS pela necessidade, recorrem a Deus de forma confusa e tumultuada e INFELIZMENTE não se aproximam do Senhor de modo familiar e com coração puro, já que desconhecem totalmente sua generosidade paternal. cONHECEMOS AO sENHOR TÃO PROFUNDAMENTE?
Versos de 7-15 - O que é mais impressionante nesta seção do Salmo 18 é a maneira magnífica como o salmista descreve Deus subindo de seu trono no céu em resposta ao clamor de seu servo, separando as nuvens e descendo para lutar as batalhas do rei acompanhadas por terremotos, trovões, tempestades, e relâmpagos. SPURGEON VAI DIZER ASSIM: “Davi tem em mente as gloriosas manifestações de Deus no Egito, no Sinai e em diferentes ocasiões para Josué e os juízes; e ele considera que seu próprio caso exibe a mesma glória de poder e bondade e que, portanto, ele pode acomodar as descrições de exibições anteriores da majestade divina em seu próprio hino de louvor.”
Na linguagem mais poética, o salmista agora VAI descrever sua experiência do poder libertador de Jeová.
Irmãos a dor, o clamor, a descida do Divino e o resgate dos aflitos são aqui colocados em uma música digna das harpas de ouro. O Messias, nosso Salvador, é evidentemente, além de Davi ou de qualquer outro crente, o principal e principal assunto deste cântico; e ao estudá-lo temos ficado cada vez mais seguros de que cada linha aqui tem seu cumprimento mais profundo em CRISTO
Versos 18.20–30 O Senhor é misericordioso com os misericordiosos, mas com o perverso ele é inflexível. Os piedosos jamais são abandonados. MARTIN BUCER: nesses versículos ele declara piedosamente sua própria inocência e seu zelo pela justiça, pelos quais ele mostra em si mesmo que Deus nunca abandona aqueles que são zelosos pela justiça e, no momento certo, dá-lhes a desejada recompensa.
Davi não está nos dizendo para sermos perfeitos e impecáveis, mas está mostrando claramente sua integridade pessoal diante do Senhor (v. 20). Ele estava andando em justiça e suas mãos eram limpas. Deus o presenteia em conformidade com seu caráter. Mesmo o rei não estava isento de demonstrar obediência aos mandamentos do Senhor.
Ele não havia se desviado dos caminhos do Senhor, mas tinha guardado seus passos com muita prudência (vs. 21,22). Jamais agiu como um rebelde, apartando-se de Deus. Os juízos e ordenanças do Senhor estavam constantemente diante dele, como se fossem cartazes afixados diante de seus olhos. Em tempo algum havia se desviado dos mandamentos de Deus.
A palavra “irrepreensível” (v. 23) não deve ser lida como que significando “impecável”. Ela antes fala da obediência legal de um servo que tem um pacto com seu Senhor. Sabem irmãos é como guardar um lembrete da vigilância que a Bíblia ensina, a saber, que os crentes devem manter sua vida em vigilância (“Guardar-se puro”, 1Tm 5.22; “guardar-se de ser contaminado pelo mundo”, Tg 1.27).
30 O caminho de Deus é perfeito;
a palavra do SENHOR é confiável;
ele é escudo para todos os que nele se refugiam.
Os pensamentos que precederam levam Davi a louvar seu Deus. Ele enaltece os caminhos do Senhor, isto é, suas ações, seu relacionamento com Davi, e os proclama como completos. Juntamente com suas ações, faz-se menção de sua palavra.
Versos SL18.31-45 “31 Pois quem é Deus além do Senhor? E quem é rochedo, a não ser o nosso Deus? 32 O Deus que me revestiu de força e aperfeiçoou o meu caminho, 33 ele deu aos meus pés a ligeireza das corças e me firmou nas minhas alturas. 34 Ele treinou as minhas mãos para o combate, tanto que os meus braços vergaram um arco de bronze. 35 Também me deste o escudo da tua salvação; a tua mão direita me susteve, e a tua clemência me engrandeceu. 36 Alargaste o caminho sob meus passos, e os meus pés não vacilaram. 37 Persegui os meus inimigos e os alcancei, e só voltei depois de ter acabado com eles. 38 Esmaguei-os a tal ponto, que não puderam se levantar; caíram sob os meus pés. 39 Pois me cingiste de força para o combate e me submeteste os que se levantaram contra mim. 40 Também puseste em fuga os meus inimigos, e os que me odiavam, eu os exterminei. 41 Gritaram por socorro, mas não houve quem os salvasse; clamaram ao Senhor, mas ele não respondeu. 42 Então os reduzi a pó, o pó que o vento leva; lancei-os…”
Davi, como rei, tinha boa razão para louvar ao Senhor pelo socorro que lhe proveu. Ele faz isso em palavras que o enaltecem como o Deus único e aquele que o abençoou grandemente durante suas campanhas militares
Deus de fato fortaleceu Davi para suas batalhas, e fez seu caminho perfeito. Deus deu assistência a Davi de tal modo, que sua vida veio a ser para o bem, e especialmente que sua realeza foi um cumprimento dos propósitos divinos. Deus deu a Davi a força física de que necessitava para enfrentar as batalhas - Davi reconhece que não foi sua própria força que ele conseguiu as vitórias (vs. 35,36). Deus deu e proveu para ele um escudo e sustentava constantemente seu servo.
Algo que chama a atenção é que os inimigos de Davi oraram ao Senhor (vs. 41,42). O fato de orarem ao Deus de Israel não significa necessariamente que os inimigos eram pessoas da comunidade de Israel. Em tempos de crise, os pagãos podiam usar o nome do Senhor em oração (ver Jn 1.14 “14 Então clamaram ao Senhor e disseram: — Ah! Senhor! Rogamos-te que não nos deixes perecer por causa da vida deste homem, e não faças cair sobre nós este sangue inocente. Porque tu, Senhor, fizeste o que foi do teu agrado.” ). Não houve resposta da parte do Senhor, e Davi continuou seu ataque até que foram destruídos.
As vitórias de Davi não foram somente na esfera interna de Israel, mas também na esfera externa (vs. 43–45). Ele subjugou as nações ao redor e assim tornou-se sua cabeça. Isto significa que ele era soberano sobre elas, daí o dito de que se sujeitaram a ele, isto é, tornaram-se seus servos.
Versos SL18.46-50 “46 O Senhor vive! Bendita seja a minha rocha! Exaltado seja o Deus da minha salvação, 47 o Deus que por mim tomou vingança e me submeteu povos; 48 o Deus que me livrou dos meus inimigos; sim, tu que me exaltaste acima dos meus adversários e me livraste dos homens violentos. 49 Por isso, eu te glorificarei entre os gentios, ó Senhor, e cantarei louvores ao teu nome. 50 É ele quem dá grandes vitórias ao seu rei e usa de misericórdia para com o seu ungido, com Davi e sua posteridade, para sempre.”
Quantas vitória Davi teve meus irmãos, Davi agora canta triunfante: “O SENHOR vive!” (v. 46). Davi tinha Certeza de que somente Deus poderia ter dado essas vitórias, pois o Senhor não só vive, mas revela isso a seu próprio povo crente. Olhem essas 3 frases “Minha rocha é digna de ser louvada!”. De igual modo, a terceira frase: “Deus, meu Salvador, é exaltado!”. Todas as três afirmações procedem da própria experiência que Davi tinha do Senhor.
quando olhamos o termo Vingança é algo que pertence ao Senhor (Dt 32.35), e deve-se dar lugar à ira de Deus (Rm 12.19 “19 Meus amados, não façam justiça com as próprias mãos, mas deem lugar à ira de Deus, pois está escrito: “A mim pertence a vingança; eu é que retribuirei, diz o Senhor.”” . Aqui Davi reconhece que Deus de fato o vingara, e que ele trouxera as nações estrangeiras sob sua soberania (vs. 47,48). Deus era seu Salvador que também o exaltara sobre todos os seus inimigos.
Outra bençao é saber que os gentios (v.49) tbm teriam participação e já no AT podem saber disso!
No Verso final vemos o Ungido do Senhor sendo citado apontando para Cristo nsso Senhor.
Traços messiânicos
Este é o ponto em que somos encorajados a olhar para trás em todo o salmo em busca de significados messiânicos. O tratamento mais extenso nestas linhas é por Arno C. Gaebelein, (Evangelista 1861-1945, metodista crioou yma Biblia Anotada com mais de 3 mil paginas) que vê cinco áreas de profecia a respeito de Cristo.
Sua morte (vv. 1-6). Palavras são de fato de David e que podem ser nossas também. Mas ele sente que são especialmente as palavras de Jesus, pois, no julgamento de Gaebelein, elas louvam a Deus por livrá-lo da morte (“Sheol”, v. 5).
Sua ressurreição (vv. 7-18). Gaebelein vê a descrição das manifestações de Deus de si mesmo nos versículos 7-18 como a ressurreição de Jesus. Mas é um antegozo de uma revelação ainda mais completa de Jesus no julgamento final.
Sua exaltação (vv. 19-27). Os versos em que David protesta sua inocência são aplicados exclusivamente a Cristo por Gaebelein, uma vez que nenhum mero ser humano é inteiramente justo. Ele vê a recompensa do versículo 24 como a exaltação de Jesus por Deus Pai, nos moldes de Filipenses 2:9-11 “9 Por isso também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome, 10 para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, 11 e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai.” .
Sua vitória (vv. 28-42). Esta seção descreve a sujeição dos inimigos de Jesus. Gaebelein reconhece que é principalmente uma descrição das vitórias que Deus deu a Davi, mas acrescenta que “nisto ele é o tipo de Cristo sob cujos pés todas as coisas serão colocadas”.
Seu reino (vv. 43-50). Os versículos finais descrevem Jesus como “o cabeça das nações”. Gaebelein refere a frase “pessoas que eu não conhecia” aos judeus, que eram “desconhecidos” por ele em sua incredulidade, mas serão “conhecidos” novamente em seu futuro estado de arrependimento (v. 43). “Estrangeiros” são gentios (v. 44). O “homem violento” (singular, embora a NVI tenha “homens”) é o Anticristo.