O profeta audaz
Lecionário C III • Sermon • Submitted
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Transcript
O imperativo divino é superior a qualquer ameaça humana.
O imperativo divino é superior a qualquer ameaça humana.
Introdução
O presente momento de nossa história mostra uma sociedade retrógrada que não mais evolui. Perante nós, estão aqueles que ignoram o bem estar social como uma premissa para sua própria paz e segurança.
O individualismo está despontando como a nova religião. Nossos sonhos de criança são facilmente deixados para trás quando a cultura social vigente nos empurra a escolhas onde a vocação dá lugar ao reconhecimento. O sucesso é mais valorizado que a excelência. Como diria o verso de uma antiga música do Fruto Sagrado: “Pra muita gente ser pobre é uma doença. Se não mora na zona sul, você não mora..”
Vivemos também a constante tensão entre as posições politicamente corretas exigidas pela sociedade e nosso posicionamento espiritual baseado na palavra de Deus.
Nossa sobrevivência diária nesta selva de pedra é um milagre. Temos a certeza e a convicção de que Cristo tem cuidado de nós, Sua igreja, da mesma forma que o Deus de Israel cuidou do profeta Amós quando ele se deparou com situações de ameaças, desprezo e difamação.
No contexto dos versículos que lemos, o povo hebreu estava dividido entre os Reinos do Norte (Israel ou Efraim) e do Sul (Judá) há pelo menos 170 anos.
O Reino do Sul, em toda sua história teve 18 reis, 6 deles piedosos. Já na história do Reino do Norte, dentre 22 reis, nenhum foi reconhecido como piedoso.
Amós vivia no Reino do Sul; era homem do campo, exímio agricultor e líder de pastores de gado. Um homem bem sucedido profissionalmente.
Entretanto, foi chamado pelo Senhor para profetizar nos tempos de Uzias e Jeroboão II - 13º rei de Israel após o primeiro Jeroboão, filho de Salomão. Deixou suas atribuições profissionais de lado e atendeu ao chamado do Senhor para profetizar, sem ser profeta, inclusive em terra estrangeira no Reino do Norte.
Na história que nós lemos temos uma tensão constante acerca de uma questão que atinge a todas as personagens...
Proposição
Qual o preço de obedecermos a Deus?
Oração de Transição
Amós obedeceu e teve audácia em profetizar; suas palavras foram rejeitadas pelo sacerdote e pelo rei.
Divisão do Sermão
Amós proferiu profecia que não agradou ao rei mais forte de Israel. Seu súdito e sacerdote Amazias deixava claro seu papel, cuidar do santuário do rei e do templo de seu reino. Israel tornara-se uma nação idólatra.
Amazias faz com que as palavras de Amós se tornem uma acusação pessoal contra o rei. Em seguida, considerou a ameaça do cativeiro como uma questão política em vez de alerta divino.
O sacerdote Amazias não era um mensageiro de Deus, mas um adulador do rei.
Amós: Um Clamor Pela Justiça Social A Luta do Profeta com os Homens (7.10–17)
Charles Feinberg diz que a conveniência política em qualquer época desonra e contraria o testemunho da verdade
Hernandes Dias Lopes, Amós: Um Clamor Pela Justiça Social, 1a edição., Comentários Expositivos Hagnos (São Paulo: Hagnos, 2007), 169.
Qual o preço de obedecermos a Deus?
O sacerdote do Rei Jeroboão II cometeu 4 erros:
Amazias desdenha do dom de profecia de Amós.
Amazias achou que Amós era um pofissional da religião, assim como ele.
Amazias proíbe Amós de profetizar em Betel, a antiga Casa de Deus, agora conhecida como santuário do rei e templo do reino.
Amazias comprova na prática a união entre política e religião.
Qual o preço de obedecermos a Deus?
Amós ratifica perante Amazias a autoridade que recebera de Deus. Destaca que o Senhor lhe enviou, o Senhor lhe ordenou profetizar e o Senhor lhe disse a quem se dirigir:
Almeida Revista e Atualizada Capítulo 7
Vai e profetiza ao meu povo de Israel.
Deus o retirou dos prados de Tecoa e o enviou ao centro da nação de Israel para denunciar seus graves pecados.
Nem mesmo as ameaças de Amazias foram suficientes para deter Amós. pelo contrário, agora, a profecia cita-o individualmente e recai sobre sua família. Sua mulher será obrigada a se prostituir, seus filhos morrerão, suas propriedades serão divididas a cordel e ele, homem de boa reputação morrerá em terra imunda.
Qual o preço de obedecermos a Deus?
Conclusão
Através de sua obediência, Amós revela que quem teme a Deus não tem medo de nada. O verdadeiro profeta não se abala por ameaças humanas.
Qual o preço de obedecermos a Deus?
Para Amós, se fosse necessário morrer, como resultado de sua fidelidade em profetizar aquilo que os poderosos não queriam ouvir, ele estaria disposto a isto.
De fato e pela tradição histórica, o reformador Martinho Lutero cita que Amós foi espancado com porrete até a morte por Amazias, o sacerdote mercenário.
Trinta e um anos após a morte do rei Jeroboão II, Deus permitiu que a Assíria destruísse Israel por sua idolatria.
Qual o preço de obedecermos a Deus?
Amazias, um falso sacerdote e Jeroboão II, um rei ímpio, não obedeceram e todo o povo padeceu...
Aplicação
Como igreja do Senhor precisamos também cumprir nosso papel profético perante a sociedade. Somos chamados e preparados para isso!
Não importa contra quais instituições estamos profetizando. Não importa se nossa profecia é para salvação ou Mas, sim, o que importa é a autoridade que nos é outorgada pelo Deus Todo-Poderoso. Busquemos esta autoridade para sermos também audazes no cumprimento de nossa missão.
Devemos agir como João Batista que preferiu perder sua vida a perder sua integridade. Por seu testemunho coerente, mesmo morto degolado, ainda fala! Aleluia!!!
Tenhamos a mesma esperança que ele teve ao assumir o papel descrito em Isaías:
Almeida Revista e Atualizada Capítulo 40
3 Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do SENHOR; endireitai no ermo vereda a nosso Deus. 4 Todo vale será aterrado, e nivelados, todos os montes e outeiros; o que é tortuoso será retificado, e os lugares escabrosos, aplanados. 5 A glória do SENHOR se manifestará, e toda a carne a verá, pois a boca do SENHOR o disse.
O Dia do Senhor está próximo, busquemos ao Senhor porque antes importa obedecer a Deus do que aos homens! (At 5:29).
Amém!