Evangelismo
Igrejas em Lugares Difíceis • Sermon • Submitted
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Introdução
Introdução
Fomos salvos pelo evangelho e o recebemos como missão. O evangelismo é um dever de todo crente e não apenas dos pastores. Na verdade como pastores, nosso papel principal é equipar os crentes para a missão, sem nos esquecer que antes de sermos pastores somos crentes e também temos o papel de evangelizar. Para falar sobre isso, gostaria de caminhar com vocês em um texto de 1 Coríntios.
22 Fiz-me fraco para com os fracos, a fim de ganhar os fracos. Fiz-me tudo para com todos, a fim de, por todos os modos, salvar alguns.
23 Tudo faço por causa do evangelho, para ser também participante dele.
No texto que lemos vemos o Ap Paulo fala sobre o seu trabalho como evangelista para a cidade de Corinto. Paulo não estava preso por ninguém, mas, voluntariamente ele se fez escravo de todos. Com que propósito? A fim de ganhar o maior número possível. Livre de todos os homens e ainda servo de todos os homens (9.19). Porque Paulo era livre, ele estava capacitado a servir aos outros e renunciar aos próprios direitos por amor a eles.
Muitos julgam equivocadamente a atitude de Paulo, pensando que ele estivesse procedendo igual a um camaleão, mudando suas atitudes e mensagem a cada nova situação. Não é isso o que Paulo está ensinando. Paulo não está falando de vida dupla. O que ele está defendendo é uma flexibilidade metodológica para apresentar o evangelho em diversos contextos.
Paulo não apóia a idéia de ajustar a mensagem para agradar ao auditório. Paulo era um embaixador e não um político populista. Ele, porém, ensinava que precisamos ser sensíveis à cultura das pessoas a quem pregamos a fim de não criarmos obstáculo ao progresso do evangelho. Há dois perigos quanto à evangelização: o primeiro é mudar a mensagem, o segundo é não contextualizar os métodos.
Os métodos
Os métodos
Cabe ao portador da mensagem entender, conhecer além da mensagem o povo para quem está pregando.
Certa vez ouvi o Rev Hernandes Dias Lopes fazendo a seguinte afirmação: "Deus não ungiu métodos, mas homens para o evangelismo".
Logo, os métodos cabem como uma ferramenta para se criar pontes para que o evangelho fosse pregado. No capítulo 16 de Atos, por exemplo nós vemos Paulo logo após o concílio que definiu que a circuncisão não era um elemento necessário para fé circuncidando Timóteo afim de eliminar uma barreira com os judeus que faziam parte do campo missionário.
Paulo contextualizou seus métodos para alcançar os melhores resultados. Quando ele pregava para os judeus, normalmente, começava o seu sermão com os patriarcas, vinculando as boas-novas do evangelho com a história do povo judeu. Porém, quando Paulo pregava aos gentios, ele tinha outra abordagem. Quando ele estava no Areópago, falando para os gregos, ele começou com o Deus da criação. Isso é ser sensível e usar sabedoria. Ele não adulterou o conteúdo do evangelho, mas apresentou-o de forma adequada aos seus ouvintes. O pregador precisa conhecer a Palavra e as pessoas para quem prega.
Jesus também adotou um método flexível em Suas abordagens. Para Nicodemos, um doutor da lei, Jesus disse: Você precisa nascer de novo. Para a mulher samaritana, proscrita da sociedade e que se sentia escorraçada, Jesus pede um favor: Dá-me de beber. Para Zaqueu, um publicano odiado, Jesus disse: Eu quero ir à sua casa hoje. Para um paralítico desanimado, Jesus perguntou: Você quer ser curado? Jesus tinha diferentes abordagens para pessoas diferentes. Ele nunca mudou a mensagem, mas sempre variou os métodos.
Entendo que pensar em métodos, podemos pensar no evangelismo pessoal como Cristo demonstrou em vários encontros que Ele teve com pessoas ao longo do seu ministério. Jesus também evangelizou coletivamente pregando para multidões. O trabalho de um evangelista não se resume a um ou ao outro, mas das duas formas. O mais importante é entender que evanfelismo não é uma agenda, um ebebnto, mas um estilo de vida de todo crente.
O grande propósito dos métodos no evangelismo é construir pontes para uma transmissão fiel da mensagem, que é o evangelho. Uma abordagem flexível constrói pontes em vez de erguer muros. A sensibilidade cultural abre caminho para a evangelização eficaz.
A mensagem
A mensagem
A pregação do evangelho. Você sabe o que é o evangelho? Parece uma pergunta um pouco óbvia para um público composto basicamente por crentes. Mas, se eu perguntasse a você agora o que é o evangelho você saberia responder de forma completa, sequencial e lógica o evangelho? As vezes fazemos essa confusão, pregamos a palavra, não pregamos o evangelho e achamos que pregamos o evangelho. As vezes fazemos pior, pregamos outra coisa qualquer e chamamos aquilo de evangelho. Outras religiões podem pregar uma palavra sobre perseverança, fazer o bem, ser fiel ao cônjuge, amar a família, etc… O que nos distingue como cristãos é exatamente a mensagem do evangelho. Mas o evangelho é uma história com 4 atos:
Criação - Queda - Redenção - Consumação.
Criação - Queda - Redenção - Consumação.
Como explicar esses quatro atos?
Deus é bom, e mesmo diante da bondade do Criador o homem se voltou contra Deus. Ninguém confiaria em um Deus que passa pano na injustiça, logo o salário do pecado é a morte (física, espiritual e eterna). Nossas sobras são insuficientes, e Deus manda um substituto para nós que nasce de forma milagrosa através de uma virgem, para morrer em nosso lugar afim de que a justiça de Deus fosse satisfeita nele. Satisfeita naquele que não tinha culpa, ele foi o substituto perfeito, o único que viveu a vida perfeita que eu e você não podemos viver para que Ele fosse o sacrifício perfeito para todos que estão Nele. Ele é o filho amado do Pai que fez com que nós nos tornássemos também amáveis a Deus, mesmo sem termos mérito algum. Da mesma forma que a bíblia diz que o salário do pecado é a morte, ela também diz que o dom gratuito de Deus é a vida Eterna. Na ressurreição de Cristo nós ressuscitamos com Ele. Essa é a mensagem do evangelho de forma resumida, contada de forma clara, sequencial e lógica da história da redenção.
Entender que o evangelho é o centro da bíblia é fundamental para a pregação do evangelho, independente do texto de Gênesis a Apocalipse. Devemos encontrar em toda a Escritura o ponto de contato com essa mensagem.
Os ladrões do evangelho
Os ladrões do evangelho
Gosto de uma frase atribuída a Spurgeon que diz: “Evangelismo é um mendigo contando ao outro onde encontrar o pão.”
Não podemos nos esquecer que nosso trabalho como evangelistas é proclamar a mesma mensagem que nos salvou. Não quero nem entrar no mérito de outros evangelhos como a prosperidade ou o coach, mas outros "ladrões" que se apresentam de forma muito mais sutis e infelizmente por aqueles que de fato conhecem o evangelho.
Não evangelizamos quando falamos de cristianusmo sem falar de Cristo. Tenho a impressão que estamos falando demais sobre coisas cristãs, mas falando pouco de Cristo. Se ficarmos o tempo todo rodeando temas cristãos sem apresentar Cristo e o Evangelho não estamos evangelizando.
Cristo não morreu para estabelecer um reino terreno, mas para a realidade de um Reino eterno, essa é a nossa bendita esperança.
Tenho dificuldades com plantadores de igrejas que gastam tempo demais com discussões sobre temas deste mundo como política, ou tretas teológicas querendo afirmar questões de segunda importância entre os cristãos do que pregar o evangelho aos perdidos.
5 Mas você seja sóbrio em todas as coisas, suporte as aflições, faça o trabalho de um evangelista, cumpra plenamente o seu ministério.
Conclusão
Conclusão
Como crentes, especialmente pastores e líderes, precisamos um coração de um evangelista e fazer o que for preciso para levar as pessoas à fé salvadora e contagiar outros crentes à missão.
E quanto nos falta um coração de um evangelista, como nós somos tentados levantar bandeiras e assumir algumas posturas que mais criam barreiras e nos afastam do nosso campo missionário do que nos aproxima. Precisamos guardar nosso coração dos ídolos desse mundo afim de cultivar esse coração de servo, de evangelista. O seu chamado é para ser um evangelista e não de um apologista de causas desse mundo. A Palavra de Deus transcende toda sabedoria humana, diferenças étnicas, sociais, políticas assim como transpõe milhares de anos!
“Jesus ordena que sua igreja cumpra a grande comissão, não pra ganhar uma eleição política, ou mesmo alcançar decisões judiciais… Nosso principal objetivo são novos corações” David Platt
