EQUILIBRIO NAS PALAVRAS Eclesiastes 5.1-7

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Grande ideia do livro: Somente no temor a Deus, a vida deixa de ser um enigma a ser decifrado, para ser uma experiência incrivelmente marcada por uma alegria no limite de nossas forças.
Eclesiastes 5.20 (NAA)
20Porque não ficará pensando muito nos dias da sua vida, pois Deus lhe enche o coração de alegria.
Quando pecadores dizem Sim eNQUANTO O PeCADO NÃO fOR AMARgO, CRISTO NÃO SeRá DOCe

O grande pastor que mencionei no Prefácio era Thomas Watson. Lem- bra as palavras dele? “Enquanto o pecado não for amargo, Cristo não será doce”. Ele queria dizer que, enquanto não entendermos o problema, não experimen- taremos a solução. O seu testemunho não é este? Você não tem percebido que, quanto mais compreende a extensão do horror do pecado, tanto mais rapida- mente corre para o Salvador, revelado agora em uma nova maneira, em sua glória, santidade, beleza e poder?

Ver o nosso próprio pecado como a causa dos problemas em nosso casa- mento não é fácil e, certamente, não é algo que nos “ocorre de modo natural”. O pecado que permanece em nosso coração se opõe a Deus e ao seu povo. Impede nossa alegria e santidade. Obstrui casamentos bem-sucedidos e saudáveis que são testemunhos da bondade e da misericórdia de Deus.

Mas, quando edificamos nosso casamento na Palavra de Deus e no evangelho da vitória de Cristo sobre o poder do pecado; quando encaramos a triste, dolorosa e inegável realidade de nosso pecado; quando o vemos como a coisa amarga e odiosa que ele é e percebemos os seus traiçoeiros desígnios no centro de cada uma de nossas dificuldades de relacionamento, algo maravilho- so acontece. Buscamos o evangelho como a nossa única solução.

Então, começamos a perceber que há uma nova esperança para nosso casamento. Muita esperança. Esperança que vem do poder do evangelho, o mesmo poder que ressuscitou Cristo dentre os mortos. Temos um vislumbre do prazeroso relacionamento em que nosso casamento pode tornar-se – uma união vivificante e feliz em que os pecados são confessados e perdoados. Meus amigos, quando o pecado torna-se amargo, o casamento torna-se doce.

Muitos de nós temos sido entristecidos por casamentos que começa- ram agradáveis, mas não permaneceram assim, tal como aquela cerimônia de casamento que teria sido encantadora, se não houvesse a interrupção por parte daquele senhor. Cada “Sim” é proferido com a esperança de que um amor devo- tado permanecerá. Mas, como podemos ter certeza? Como podemos saber que o nosso casamento não somente durará, mas também prosperará, tornando-se mais prazeroso e mais agradável com o passar do tempo?

O que buscamos realmente é um casamento que prospere, brilhe cada vez mais, funcione, seja e pareça o que esperávamos no início – talvez vá até

além do que esperávamos. Estou escrevendo este livro a fim de encorajar os casados a manterem um casamento agradável que glorifique a Deus. Minha esperança é que, ao ler estas palavras, você esteja buscando isso mesmo.

J.I. Packer disse a respeito da família puritana: Não chega a ser um exagero dizer que os puritanos criaram a família cristã no mundo de fala Inglesa. A ética puritana do casamento era que se buscasse não por um parceiro a quem você amasse apaixonadamente, naquele momento, mas, sim, por alguém a quem você pudesse amar de forma constante como seu melhor amigo por toda a vida e, em seguida, buscar o auxílio de Deus para fazer exatamente isso. A ética puritana de criação de filhos era treinar os filhos no caminho que deviam andar, cuidar de seus corpos e almas, e educá-los para serem sóbrios, piedosos e socialmente úteis em sua vida adulta.
1. Essa coleção de conselhos práticos inicia-se com uma orientação ao contexto de culto: “sê reverente quando fores à casa de Deus”.
Thomas Tronco: A frase “vigie o seu pé” também significar “guarde o seu pé” e tem relação com a ideia de ter cuidado com o modo de agir, de maneira mais ampla.
2. A relação entre cultuar e “oferecer sacrifícios” tem a ver com proposta bíblica de que culto é entrega.
Gênesis 4:3-5
3 - E aconteceu ao cabo de dias que Caim trouxe do fruto da terra uma oferta ao SENHOR.
4 - E Abel também trouxe dos primogênitos das suas ovelhas, e da sua gordura; e atentou o SENHOR para Abel e para a sua oferta.
5 - Mas para Caim e para a sua oferta não atentou. E irou-se Caim fortemente, e descaiu-lhe o semblante.
1Samuel 15.22 (NAA)
22Porém Samuel disse: — Será que o Senhor tem mais prazer em holocaustos e sacrifícios do que no obedecer à sua palavra? Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar, e o ouvir é melhor do que a gordura de carneiros.
3. O texto nos adverte de dois equívocos muito comuns aos que fazem seus votos diante do Senhor: precipitação e impulsividade.
Eclesiastes 5.3 (NAA)
3Porque das muitas preocupações vêm os sonhos, e do muito falar, palavras tolas.
“Este provérbio tem como propósito mostrar que, assim como atividades em excesso levam a uma noite cheia de sonhos, assim também a verbosidade leva o homem a pronunciar tolices (heb. ‘a voz do tolo’).
Provérbios 15:8
8 - O sacrifício dos ímpios é abominável ao SENHOR, mas a oração dos retos é o seu contentamento.
4. A prudência no falar é um pressuposto cristão que temos de observar em todos os momentos: até mesmo porque a fala é a expressão do nosso coração.
Mateus 12:34
34 - Raça de víboras, como podeis vós dizer boas coisas, sendo maus? Pois do que há em abundância no coração, disso fala a boca.
Tiago 1:19
19 - Portanto, meus amados irmãos, todo o homem seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar.
Provérbios 10:19
19 - Na multidão de palavras não falta pecado, mas o que modera os seus lábios é sábio.
5. Repare na relação do texto: a tolice está naquele que fala muito, e vota algo que demanda muito de si para cumpri-lo.
Deuteronômio 23:21
21 - Quando fizeres algum voto ao SENHOR teu Deus, não tardarás em cumpri-lo; porque o SENHOR teu Deus certamente o requererá de ti, e em ti haverá pecado.
6. Em contexto de culto, não se pode falar ao “mensageiro” (anjo) algo que poderá vir a se arrepender profundamente. Leve a sério o seu culto. “Teme a Deus”.
KJA:
Ec 5:7 Muitos sonhos, e sonhos absurdos, acabam provocando conversas insensatas. Tu, porém, conserva o temor, o teu amor reverente, a Deus!
Provérbios 20:25
25 - Laço é para o homem apropriar-se do que é santo, e só refletir depois de feitos os votos.
Thomas Tronco:
Terminar o trecho com a orientação de temer a Deus mostra que qualquer ato cultual ou religioso direcionado ao Senhor é algo muito sério e não pode ser feito de modo impensado, tolo e leviano.
7. Em relação ao casamento:
O voto é essencialmente um contrato com Deus. É o compromisso que fazemos com Ele, e é perigoso não se preocupar em cumprir tais promessas.
Promessas feitas a Deus em momentos de confronto com Ele, se cumpridas, têm poder para nos levar a novos níveis de devoção; mas uma promessa a Deus que é quebrada coloca em risco nossa posição diante dele e arruína gradativamente a estrutura básica do caráter.
Deuteronômio 23.21–23 (NAA)
21— Se fizerem um voto ao Senhor, seu Deus, não devem demorar a cumpri-lo, porque o Senhor, seu Deus, certamente o exigirá de vocês, e vocês serão culpados de pecado.
22Mas, se vocês se abstiverem de fazer um voto, não serão culpados de pecado.
23O que proferiram os seus lábios, isso vocês têm de guardar e cumprir, porque livremente fizeram um voto ao Senhor, seu Deus, com as palavras que disseram.
Tim Keller:
Votos de casamento não uma declaração de amor presente, mas uma promessa de amor futuro que envolve compromisso mútuo. A cerimônia não dever ser, em primeiro lugar, uma celebração de como nos sentimos no momento. Esses sentimentos são um tanto óbvios. Em vez disso, na cerimônia de casamento, você se coloca diante de Deus, de sua família e das principais instituições da sociedade e promete ser amoroso, fiel e leal à outra pessoa no futuro, independentemente das variações interiores de sentimentos ou exteriores de circunstâncias.
Eis por que “o homem deixará o seu pai e a sua mãe e se unirá à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne”. Grande é este mistério, mas eu me refiro a Cristo e à igreja. No entanto, também quanto a vocês, que cada um ame a própria esposa como a si mesmo, e que a esposa respeite o seu marido.” (Efésios 5.31–33, NAA)
8. Há muita badalação em muitos dos nossos cultos, mas pouco quebrantamento. Há votos mentirosos sendo ditos nos cânticos e entrecortados nas mensagens do púlpito. Temos de chorar mais!
Amós 5:21-24
21 - Odeio, desprezo as vossas festas, e as vossas assembleias solenes não me exalarão bom cheiro.
22 - E ainda que me ofereçais holocaustos, ofertas de alimentos, não me agradarei delas; nem atentarei para as ofertas pacíficas de vossos animais gordos.
23 - Afasta de mim o estrépito dos teus cânticos; porque não ouvirei as melodias das tuas violas.
24 - Corra, porém, o juízo como as águas, e a justiça como o ribeiro impetuoso.
9. Deus nos conclama a sermos verdadeiros em nossas palavras. Em meio às palavras expressamos nossas reais motivações. Cuidado com o que você fala e canta!
Keith e Kristyn Getty:
Através dos séculos, o povo de Deus tem, em imensa medida, aprendido a fé por meio do que cantavam juntos. Coma uma boa comida para a alma no domingo e você verá sua alma crescer e florescer durante a semana e durante a sua vida.
“O que deve tornar prazerosa a adoração não é, em primeira instância, a sua novidade ou a sua beleza estética, mas seu objetivo. O próprio Deus é deleitosamente maravilhoso, e nós aprendemos a nos deleitar nele”.
10. Jesus é quem mantém o nosso casamento firme por conta de sua promessa de estaria conosco sempre.
Mateus 28.20 (NAA)
20ensinando-os a guardar todas as coisas que tenho ordenado a vocês. E eis que estou com vocês todos os dias até o fim dos tempos.
Ilustr.:
“O significado do casamento”, Tim Keller (pp. 105-107)
Anos atrás, assisti a uma cerimônia de casamento na qual os noivos escreveram os próprios votos. Foi algo do tipo: “Eu te amor e quero estar com você”. No momento em que ouvi essas palavras, percebi o que todos os votos de cerimônias de casamento cristãs ao longo da história têm em comum, apesar das diferenças teológicas e denominacionais. Os noivos em questão expressaram o amor que sentiam um pelo outro naquele momento, o que não deixa de ser lindo e emocionante. Mas palavras como essas não são votos de casamento. Não é assim que uma aliança funciona. Votos de casamento não são uma declaração de amor presente, mas uma promessa de amor futuro que envolve compromisso mútuo. A cerimônia não deve ser, em primeiro lugar, uma celebração de como nos sentimos no momento. Esses sentimentos são um tanto óbvios. Em vez disso, na cerimônia de casamento, você se coloca diante de Deus, de sua família e das principais instituições da sociedade e promete ser amoroso, fiel e leal à outra pessoa no futuro, independentemente das variações interiores de sentimentos ou exteriores de circunstâncias.
Quando Ulisses estava a caminho da ilha das Sereias, sabia que enlouqueceria ao ouvir a voz das mulheres que ficavam sobre as rochas. Também descobriu que a insanidade seria temporária, que duraria até ele sair do alcance da voz das sereias. Enquanto estivesse temporariamente fora de si, não queria fazer alguma coisa que pudesse ter consequências negativas permanentes. Por isso, pôs cera nas orelhas de seus marinheiros, amarrou-se ao mastro e ordenou à tripulação que mantivesse seu curso, não dando importância ao que o ouvissem gritar.
Como observamos anteriormente, estudos longitudinais revelam que dois terços dos casamentos infelizes se tornarão uniões felizes depois de cinco anos se os cônjuges persistirem, não se divorciando. Dois terços! O que é capaz de manter o casamento em seu curso durante os trechos difíceis? Os votos. Um juramento público, feito para o mundo, o mantém “amarrado ao mastro” até que a mente recobre a clareza e você comece a entender melhor as coisas. Os votos o mantêm no relacionamento quando os sentimentos esmorecerem, o que certamente acontecerá. Em contraste nítido, as relações de consumo não têm condições de resistir a essas provas inevitáveis da vida, pois nenhuma das partes está “amarrada ao mastro”.
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