COMPROMETIDOS INTEGRALMENTE A CRISTO

Introdução

Vamos falar sobre a santidade vivida como esperança na graça, o valor da nossa consciência salvífica está no sangue de Cristo Jesus e a Palavra é nosso maior parâmetro e testemunho do evangelho.

Estes três temas estão contidos nesse trecho da primeira carta de Pedro. Devemos não só observá-los a luz do contexto em que os destinatários da carta viviam, mas como estes valores se aplicam a nossa realidade hoje.

Queremos até o final desse tempo entender como podemos viver a nossa fé em Cristo sem nos comprometermos com ideias e valores deste mundo.

Isso, porque cada vez mais fica nítido o comprometimento do povo de Deus com os princípios deste mundo e sua ordem. Quando não comprometidos com uma perspectiva relativizadora dos princípios bíblicos, nos voltamos para uma pseudo espiritualidade moral que tem mais de anti-bíblia que de devoção.

Vamos entender o que a Palavra de Deus nos tem a dizer.

A Santidade Vivida Como Esperança na Graça (vs. 13-16)

Neste primeiro ponto é importante salientar que a expressão na NVI, estejam com a mente preparada, remete a um costume dos povos do Oriente quando precisavam agir, correr ou alguma ação nesse sentido. Prendiam a túnica com um cinto na cintura para facilitar a corrida.

Quando Pedro usa esta mesma ideia para falar da mente, o que ele está pensando aqui é como deve estar preparada a nossa mente ao ser introduzida no mundo; os desafios que nos são impostos por uma cultura de medo, perseguição, comprometimento com ideias dos homens e etc.

Veja que ele aponta para a graça de Deus como alvo de nossa esperança, cada uma dessas palavras devem ser pensadas e refletidas.

O perigo de nossa carreira sempre pode ser encontrada no fato de nos deixarmos ser seduzidos pelo valores e princípios desse mundo.

É por esta razão que neste primeiro momento o convite de Pedro é que tendo a mente preparada sejamos santos, assim como é Santo o nosso Deus.

Lembrem-se que santidade aqui é mais que um convite a se distanciar do mundo, mas na verdade é sermos um paradigma para o mundo, santidade pressupõe estarmos em destaque e atrairmos as pessoas ao caráter de Deus.

A Nossa Consciência Salvífica se Fundamenta no Sangue de Cristo (vs. 17-21).

Aqui temos um princípio fundamental para consolidarmos nossas consciências quanto a nossa relação com o Pai.

Primeiro, Deus age com imparcialidade quanto as nossa obras, isso significa que nada surpreende a Deus.

Segundo, sendo assim, como habitantes provisórios deste mundo se relacionem com Deus em temor (obediência).

Terceiro, não fomos redimidos (comprados por preço), por meio de coisas perecíveis, transmitidas por nossos antepassados, isto é, recebido por tradição.

Quarto, foi por meio do sangue de Cristo que fomos comprados do nosso modo fútil de viver.

Nossa esperança em Deus portanto, se baseia neste valor fundamental, Cristo morreu por nós.

A Palavra é Nosso Parâmetro e Testemunho do evangelho (vs. 22-25).

Veja que coisa interessante aqui, Pedro vincula nossa obediência à verdade visando o amor fraternal e sincero.

Então, ele nos exorta: amem sinceramente uns aos outros e de todo coração.

Ele anteriormente falou de redenção, agora ele lembra da nossa regeneração que não veio de uma semente perecível, mas por meio da imperecível, viva e permanente Palavra de Deus.

Então Pedro associa a pregação das boas novas a essa Palavra Viva.

Isso nos lembra que nos dias atuais temos buscado outras fontes para justificar as nossas decisões e opções na vida.

Na verdade gostamos de músicas, recortes de versículos que tragam palavras positivas mas, nos esquivamos da rica e completa palavra de Deus.

Nos comprometemos com agendas e ideologias distantes da verdade da Palavra e absorvemos apenas aquilo que se encaixe em nossas ideias pré-concebidas.

Expomos publicamente e negativamente más práticas e as atribuímos as nossas boas intensões com a fé.

Quando lemos um trecho como esse descobrimos que nossa identidade deve ser moldada com uma consciência integral da fé que possa me distanciar de um mundo quebrado e fragmentado.

Que a unidade da igreja e seu amor fraterno é o que alimenta o nosso testemunho público.

Conclusão

Portanto, concluímos esta conversa afirmando: a nossa mente precisa estar preparada para enfrentar as mudanças culturais, ideológicas, pseudo-religiosas impostas pelo mundo.

Que como estrangeiros no mundo nossa fonte de redenção é o sengue de Cristo e nossa viva esperança de um novo tempo.

Que nossa obediência à Palavra de Deus deve nos levar a fortalecer nossas amizades e dignidade como pessoas e membros do corpo de Cristo. Que a Palavra de Deus é a fonte inspiradora e imperecível capaz de trazer esperança a este mundo fragmentado e caído.

Que Deus nos ajude a entendermos e praticarmos a sua Palavra.