EM MISSÃO COM JESUS! Lucas 10.1-16

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Nossa missão com Jesus é a resposta de uma convocação divina para nos unirmos ao que Ele está fazendo no mundo.

Notes
Transcript
Grande ideia: Nossa missão com Jesus é a resposta de uma convocação divina para nos unirmos ao que Ele está fazendo no mundo.
Estrutura: a convocação para a missão (vv. 1,2), a estratégia na missão (vv. 3-12), o contexto da missão (vv. 13-16).
https://www.adorocinema.com/filmes/filme-199079/#:~:text=O%20Apocalipse%20%2D%20Filme%202014%20%2D%20AdoroCinema
“O Apocalipse - O Começo do Fim”, Nicolas Cage, 2014.
Após um longo tempo, Chloe (Cassi Thomson) decidiu visitar os pais. Ela andava irritava com a mãe, Irene (Lea Thompson), que há cerca de um ano insistia na pregação religiosa a todos à sua volta. Ainda no aeroporto ela encontra por acaso com seu pai, Rayford (Nicolas Cage), um piloto de avião que iria trabalhar bem no dia do aniversário. Não demora muito para que Chloe perceba que ele arquitetou a viagem para ter um encontro com uma das aeromoças, o que a deixa bastante decepcionada. Também no aeroporto ela conhece Buck (Chad Michael Murray), que se interessa por ela mas embarca no voo que será pilotado por Rayford. Durante a viagem, algo repentino acontece em todo o planeta: milhões de pessoas simplesmente desaparecem, sem deixar vestígios. A situação causa um pânico geral.
Há quatro tipos de relações entre uma pessoa e Cristo. A primeira diz: Tudo eu e nada de Cristo. A segunda: Eu e Cristo. A terceira: Cristo e eu. A quarta: Não eu, mas Cristo. É exatamente esta última que apresenta a expressão genuína do cristianismo.
John Stott (1921-2011)
Às vezes me perguntam, talvez em uma entrevista de jornal, rádio ou televisão, se na minha idade ainda tenho ambições. Minha resposta agora sempre é: “Sim, minha ambição primordial é (e espero que seja até morrer) que eu possa me tornar um pouco mais como Cristo”.
Convocação. (vv. 1,2)
(a) “Depois disso”: Lucas estabelece um lapso temporal, após a qualificação proposta por Jesus aos seus discípulos: resiliência, decisão e foco.
Lucas 9.51 (NAA)
51E aconteceu que, ao se completarem os dias em que seria elevado ao céu, Jesus manifestou, no semblante, a firme resolução de ir para Jerusalém.
(b) Há uma variação textual: entre setenta ou setenta e dois.
www.abiblia.org
Os tradutores que colocaram 72 discípulos escolheram o texto mais difícil para traduzir, os que utilizaram 70 discípulos como dissestes utilizaram o texto da septuaginta que facilitou o texto sendo um número bíblico: eram 70 as nações do mundo antigo segundo Gênesis 10; foram 70 os anciões escolhidos para cooperar com Moises em números 9,16; eram 70 os membros do Sinédrio de Jerusalém etc. Assim dependendo da Bíblia que tu tens encontrará 70 ou 72 discípulos. Nesta altura penso que não deves perder tempo em querer pesquisar o porquê que na tua Bíblia aparece o número 70. Provavelmente é uma Bíblia Almeida. Entretanto sendo 70 ou 72 não altera em nada a mensagem do texto.
Carlos Mesters:
O texto de Lucas nos convida a sair em missão. A colheita é grande e há pouca gente disposta! Assumamos a tarefa! Para a autopromoção, para que sejamos individualmente valorizados? Com certeza não. O convite é para que sigamos dois a dois, duas a duas. Duas pessoas juntas já são a célula de uma comunidade, o princípio do diálogo.
As comunidades paulinas aprenderam bem a lição: Barnabé e Paulo saem juntos em missão (At 13,1-3), mais gente se junta a eles, fazem trabalho de equipe (Rm 16,21-23). Quando o missionário ou o líder não escuta sua comunidade, não entendeu ainda o que é “seguir dois a dois”. Não foi capaz de compreender o modelo eclesiológico concebido por Jesus. Quem trabalha sozinho, não tem sequer com quem planejar, avaliar e celebrar.
(c) Esse “diário de viagem” (Lucas 9-19), temos a recomendação de Jesus para que o caminho dele fosse planejado com a cooperação dos discípulos.
Lucas, Volumes 1 e 2 10.1–12. A Incumbência dos 72 (Ou 70)

Além disso, a menção desses 72 não realça o fato de que a obra do reino não se limita a uns poucos, por exemplo, a Jesus e aos 12, mas que cada crente deveria participar? Note bem: em primeiro lugar vem Jesus; em seguida, também os doze; e agora temos também os 72; e estes, por seu turno, recebem a ordem de orar ao Senhor para que envie (ainda mais) trabalhadores para sua seara. “Há uma tarefa para cada um. Há uma tarefa para mim.” Finalmente, é importante compreender que, quando o próprio Jesus chega, ele deve ser recebido com propriedade!

(d) Uma advertência (“exortação”, “comando”) é dada:
Lucas 10.2 (NAA)
2E lhes disse: — A seara é grande, mas os trabalhadores são poucos. Por isso, peçam ao Senhor da seara que mande trabalhadores para a sua seara.
A Mensagem:
"Depois disso, o Senhor selecionou setenta discípulos e enviou-os em duplas a todas as cidades e lugares que pretendia visitar, destacando a seriedade da tarefa: “Uma colheita tão grande, e tão poucos trabalhadores! Portanto, de joelhos. Peçam ao Deus da colheita que envie trabalhadores."
Mateus 9.37–38 (NAA)
37Então Jesus disse aos seus discípulos: — A seara é grande, mas os trabalhadores são poucos.
38Por isso, peçam ao Senhor da seara que mande trabalhadores para a sua seara.
Charles L. Childers:
A metáfora da seara parece ter sido uma das favoritas de Jesus. A seara das almas humanas sempre foi grande e os obreiros sempre foram, tragicamente, poucos. É a fatal falta de interesse do homem pelos seus companheiros que mantém esse número tão pequeno. Mas o Mestre torna claro, através de seu Evangelho, que este interesse é um teste do discipulado. Seus discípulos estão trabalhando na seara. Aqueles que não estão trabalhando não merecem ser chamados de discípulos.
Lucas, Volumes 1 e 2 10.1–12. A Incumbência dos 72 (Ou 70)

Note o maravilhoso equilíbrio mantido aqui entre a soberania divina e a responsabilidade humana. É Deus, e tão somente ele, que pode dotar homens com as qualidades necessárias para levar a bom termo o mandato da missão. É Deus quem envia – às vezes quase à força, empurrando, porque nem todos estão imediatamente dispostos (Êx 4.10,13; 1Rs 18.7–16; Et 4.9–17; Jr 1.4–7) – equipa, capacita e ordena. Em contrapartida, isso de modo algum torna supérfluos a oração e o esforço humanos. Os 70 ou 72 devem orar para que seja do agrado de Deus enviar obreiros.

(e) A seara é de quem?
Lucas, Volumes 1 e 2 10.1–12. A Incumbência dos 72 (Ou 70)

Esses obreiros devem trabalhar em “sua” seara – isto é, de Deus. As pessoas a quem tentamos conquistar para o Senhor não nos pertencem, para que façamos com elas o que bem quisermos; elas são seara dele. É preciso que esse fato esteja sempre na mente.

2. Estratégia. (vv. 3-12)
(a) A missão com Jesus implica em um chamado para morrer, como dizia Amy Carmichael.
Mateus 10.16 (NAA)
16— Eis que eu os envio como ovelhas para o meio de lobos. Portanto, sejam prudentes como as serpentes e simples como as pombas.
Lucas 10.3 (NAA)
3Vão! Eis que eu os envio como cordeiros para o meio de lobos.
(b) “Cordeiros para o meio de lobos”: um chamado para morrer.
Ezequiel 2.3–6 (NAA)
3Ele me disse: — Filho do homem, eu vou enviá-lo aos filhos de Israel, às nações rebeldes que se rebelaram contra mim. Eles e os pais deles se revoltaram contra mim, até precisamente o dia de hoje.
4Os filhos têm a mente fechada e o coração endurecido. Eu vou enviá-lo até eles, e você lhes dirá: “Assim diz o Senhor Deus.”
5Eles, quer ouçam quer deixem de ouvir, porque são casa rebelde, saberão que um profeta esteve no meio deles.
6— Você, filho do homem, não tenha medo deles nem do que eles disserem. Mesmo que você esteja entre sarças e espinhos e more com escorpiões, não tenha medo do que eles disserem nem se assuste com o rosto deles, porque são casa rebelde.
OUTRO OLHAR:
Que paradoxo: Cordeiros saindo para salvar ovelhas de lobos! Aqui está a simplicidade unida ao desamparo: nenhuma arma carnal como defesa. Mas Deus tem uma maneira de criar a força a partir da fraqueza, e de usar até a morte como uma arma da vitória e da vida. Aqui vemos a supremacia de Cristo.
(c) “Não levar bolsa, nem alforge, nem sandálias, e a ninguém saudar pelo caminho”: identificação com a missão de Jesus junto aos “pobres, cativos, cegos e oprimidos”.
LITERALMENTE: “sem bolsa, nem sacola de mantimentos, nem sandálias extras”.
Lucas 9.3 (NAA)
3E disse-lhes: — Não levem nada para o caminho: nem bordão, nem sacola, nem pão, nem dinheiro; vocês também não devem ter duas túnicas.
Lucas 4.16–21 (NAA)
16Jesus foi para Nazaré, onde havia sido criado. Num sábado, entrou na sinagoga, segundo o seu costume, e levantou-se para ler.
17Então lhe deram o livro do profeta Isaías. E, abrindo o livro, achou o lugar onde está escrito:
18“O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me ungiu para evangelizar os pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos e restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos,
19e proclamar o ano aceitável do Senhor.”
20Tendo fechado o livro, Jesus o devolveu ao assistente e sentou-se. Todos na sinagoga tinham os olhos fixos nele.
21Então Jesus começou a dizer: — Hoje se cumpriu a Escritura que vocês acabam de ouvir.
Jeremias (…) e Bately (…) argumentam que Jesus era da classe pobre. Freyre (…) demonstra que Jesus e seus seguidores não eram proprietários de terras, mas tampouco eram mendigos destituídos. Eles estavam entre os mais economicamente móveis da cultura camponesa. Hengel (…) afirma que por causa de sua ocupação, Jesus veio de uma classe de trabalhadores qualificados.
Embora Jesus crescesse em uma família de classe baixa, era uma família de artesãos, provavelmente nas fileiras superiores da classe baixa. Em segundo lugar, o estilo de vida de Jesus e seus discípulos pode ter sido escasso durante Seu ministério porque eles deliberadamente rejeitaram seu status familiar original. Quando Jesus chamou os discípulos a segui-lo, Ele os exortou a deixar suas ocupações. Assim, enquanto Jesus e pelos menos alguns de seus discípulos tinham raízes nas fileiras superiores da classe baixa, o comportamento subsequente durante Seu ministério refletiu em assumir um estilo de vida dos mais pobres dos pobres itinerantes do dia-a-dia, vagando, vivendo com o mínimo necessário. Theissen (…) mostra que, depois que Jesus começou a ensinar, Ele e seus discípulos eram andarilhos itinerantes que tinham pouca ou nenhuma posses.
(d) Repetição aqui da palavra “paz”: vv. 5-6.
1Coríntios 10.25 (NAA)
25Comam de tudo o que se vende no mercado, sem questionamento algum por motivo de consciência.
Mateus 5.9 (NAA)
9— Bem-aventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus.
Donald B. Kraybill:
A shalom surge quando as relações certas florescem entre as pessoas em todos os âmbitos da vida. As Escrituras nos dizem que a paz é dom de Deus. Através de Jesus Cristo temos paz com Deus e com nossos vizinhos. Shalom é o projeto de Deus para a ordem criada. Deus é um Deus de paz. Jesus é o Príncipe da paz. O Espírito Santo é o Espírito de paz. Os filhos de Deus são pacificadores. O evangelho é a boa notícia da paz. Shalom é o centro, não apenas uma composição, da salvação de Deus.
(e) Tudo leva a crer que a missão dos discípulos deveria ser algo de médio-longo prazo: em sendo recebidos, eles deveriam estabelecer-se nessas cidades.
1Coríntios 9.14 (NAA)
14Assim também o Senhor ordenou aos que pregam o evangelho que vivam do evangelho.
1Timóteo 5.18 (NAA)
18Pois a Escritura declara: “Não amordace o boi quando ele pisa o trigo.” E, ainda: “O trabalhador é digno do seu salário.”
Onde quer que permanecessem, ao viajarem no serviço de seu Senhor, teriam de evitar a aparência de ser inconstantes, maleáveis, pessoas de hábitos caprichosos ou difíceis de ser agradadas no que se referisse a alimentos ou acomodação. Tinham de permanecer na casa em que fossem recebidos, “comendo e bebendo do que lhes fosse oferecido”. Não deveriam “mudar de casa em casa”.
Ryle, J. C.. Meditações no Evangelho de Lucas (Meditações nos Evangelhos) (p. 242). Editora Fiel. Edição do Kindle.
Essas instruções devem nos lembrar a necessidade de sermos simples e não conformados ao mundo em nossa vida diária. Precisamos acautelar-nos de pensar com ostentação a respeito de refeições, móveis, casas e todas as coisas boas que se referem à vida do corpo. Temos de viver como pessoas cujos pensamentos primordiais estão voltados aos interesses de nossa alma imortal. Devemos nos esforçar para viver neste mundo como homens que ainda estão em viagem e não se preocupam intensamente com as acomodações que encontrarão no caminho e na hospedaria terrena.
Ryle, J. C.. Meditações no Evangelho de Lucas (Meditações nos Evangelhos) (p. 242). Editora Fiel. Edição do Kindle.
(f) A cura dos enfermos seria um dos sinais da chegada do Reino de Deus (32 vezes em Lucas).
Lucas, Volumes 1 e 2 10.1–12. A Incumbência dos 72 (Ou 70)

Como foi mostrado anteriormente – veja sobre 4.43 –, esse reino é o reinado, o governo, a soberania de Deus reconhecida nos corações e operante nas vidas de seu povo e efetuando sua completa salvação.

Lucas 9.2 (NAA)
2Também os enviou a pregar o Reino de Deus e a curar os enfermos.
Lucas 17.20–21 (NAA)
20Indagado pelos fariseus sobre quando viria o Reino de Deus, Jesus lhes respondeu: — O Reino de Deus não vem com visível aparência.
21Nem dirão: “Ele está aqui!” Ou: “Lá está ele!” Porque o Reino de Deus está entre vocês.
(g) Agora a postura em contextos beligerantes: que não receberem a comitiva de Jesus é apresentada no simbolismo de sacudir a poeira dos pés.
Lucas 9.5 (NAA)
5E onde quer que não receberem vocês, ao saírem daquela cidade sacudam o pó dos pés em testemunho contra eles.
abiblia.org
Em Marcos 6, depois do "fracasso" da missão na própria cidade, Jesus envia os apóstolos em missão, a dois em dois. Dá várias recomendações e no versículo 11 diz:
E se qualquer lugar não vos receber, nem os homens vos ouvirem, saindo dali, sacudi o pó que estiver debaixo dos vossos pés, em testemunho conta eles (veja também Lucas 10,10-12).
Sacudir a poeira das sandálias era um gesto feito pelos judeus, quando regressavam de um território pagão. Com tal ritual indicavam que não queriam nenhuma relação com aqueles que não adoravam o verdadeiro Deus.
Esse gesto provavelmente está à base daquilo que recomenda Jesus aos apóstolos. Todavia é um texto que permite vários tipos de reflexão. Poderíamos, por exemplo, nos perguntar: o que se sacode de debaixo dos pés? O que se joga fora é a dignidade da casa que não acolheu? Se condena o desprezo das pessoas?
Penso que não é isso que Jesus quer transmitir. Ele invés propõe que se os discípulos saiam dos lugares que não acolhem a Palavra em paz e convida a eles a "sacudir" aquilo que sentirão quando forem rejeitados. Quer que saiam daquelas casas em paz, sem rancor, sem desprezo, pois terão cumprido a própria missão e a própria fé não é colocada em discussão.
É necessário sacudir o pó da desilusão, o pó do apego, da ostentação, do cansaço por não ter alcançado o objetivo de transmitir a Boa Nova. Só assim o seguidor de Cristo pode retomar a estrada, com esperança.
(h) Sodoma é lembrada como exemplo de uma cidade que abominava a Deus, e mesmo assim terá “menos rigor” do que às cidades que não receberem a comitiva de Jesus.
Gênesis 19.24–25 (NAA)
24Então o Senhor fez chover enxofre e fogo sobre Sodoma e Gomorra. Isso veio da parte do Senhor, desde os céus.
25Ele destruiu aquelas cidades, e toda a campina, e todos os moradores das cidades, e o que nascia na terra.
Gênesis 19.28 (NAA)
28Abraão olhou para Sodoma e Gomorra e para toda a terra da campina e viu que da terra subia fumaça, como se fosse a fumaça de uma fornalha.
3. Contexto. (vv. 13-16)
Mateus 11.20–24 (NAA)
20Então Jesus começou a repreender as cidades nas quais ele tinha feito muitos milagres, pelo fato de não terem se arrependido:
21— Ai de você, Corazim! Ai de você, Betsaida! Porque, se em Tiro e em Sidom se tivessem operado os milagres que foram feitos em vocês, há muito que elas teriam se arrependido com pano de saco e cinza.
22Mas eu digo a vocês que, no Dia do Juízo, haverá menos rigor para Tiro e Sidom do que para vocês.
23— E você, Cafarnaum, pensa que será elevada até o céu? Será jogada no inferno! Porque, se em Sodoma se tivessem operado os milagres que foram feitos em você, ela teria permanecido até o dia de hoje.
24Mas eu digo a vocês que, no Dia do Juízo, haverá menos rigor para a terra de Sodoma do que para você.
(a) Cidades que se notabilizaram pela incredulidade: Corazim, Betsaida, Cafarnaum.
CORAZINA (Χοραζείν, Chorazein). Uma aldeia galileana perto de Betsaida. Jesus repreende os habitantes de Corazim e Betsaida por não se arrependerem, apesar dos milagres feitos nessas aldeias (Mt 11:21; Lc 10:13). Também conhecido como Korazin.
Krause, Mark S., “Chorazin”, org. John D. Barry, David Bomar, Derek R. Brown, Rachel Klippenstein, Douglas Mangum, Carrie Sinclair Wolcott, e outros, The Lexham Bible Dictionary (Bellingham, WA: Lexham Press, 2016)
Os Evangelhos mencionam a cidade de Betsaida pelo nome sete vezes (Mateus 11:21; Marcos 6:45; 8:22; Lucas 9:10; 10:13; João 1:44; 12:21). Três dos discípulos de Jesus, pescadores de profissão, eram de Betsaida. Por exemplo: “Filipe era de Betsaida, a cidade natal de André e Pedro” (João 1:44 HCSB; ver também João 12:21). No entanto, Mateus 8:5, 14 sugere que Pedro (e possivelmente André também) se mudou para Cafarnaum em algum momento.
Jesus realizou vários milagres em Betsaida, incluindo:
• Alimentando os 5.000 (Lucas 9:10–17);
• Curar um cego (Marcos 8:22–26);
• Andar sobre as águas (Marcos 6:45–51).
Jesus também condenou a cidade de Betsaida (Mateus 11:21; Lucas 10:13). Os Evangelhos retratam as pessoas da cidade como inconstantes e narcisistas; embora tenham visto os milagres de Jesus e recebido Suas bênçãos, a maioria das pessoas não acreditou Nele (Mt 11:14-24).
Udd, Kris J., e Melton B. Winstead, “Bethsaida”, org. John D. Barry, David Bomar, Derek R. Brown, Rachel Klippenstein, Douglas Mangum, Carrie Sinclair Wolcott, e outros, The Lexham Bible Dictionary (Bellingham, WA: Lexham Press, 2016)
Cafarnaum significa “a casa (ou cidade) de Naum”; no entanto, a identidade deste Naum é desconhecida. Nos tempos do Novo Testamento, Cafarnaum era um centro de comércio. A pesca e o comércio eram importantes, e a cidade era uma estação de votação romana.
Em comparação com a cidade vizinha de Magdala, Cafarnaum era muito pequena, mas situava-se na estrada que ligava a região a Damasco. Escavadores franciscanos recentes de Cafarnaum notaram um antigo marco miliário a 100 metros a nordeste da sinagoga com a inscrição “Imperator Caesar Divi …” (“O Imperador César do divino …”), indicando que era um posto estratégico para Roma.
Os Evangelhos fazem referência a Cafarnaum 16 vezes, mas não é mencionado no restante do Novo Testamento. Os Evangelhos também falam da mãe de Jesus ter estado em Cafarnaum (João 2:12), e Mateus 17:24-27 demonstra que, como um bom cidadão da cidade, Jesus pagou o imposto do templo lá.
Winstead, Melton B., “Cafarnaum”, organizador. John D. Barry, David Bomar, Derek R. Brown, Rachel Klippenstein, Douglas Mangum, Carrie Sinclair Wolcott, e outros, The Lexham Bible Dictionary (Bellingham, WA: Lexham Press, 2016)
(b) Tiro e Sidom, são cidades estrangeiras. Jesus demonstra aqui mais uma vez a universalidade do evangelho.
Ezequiel 3.6 (NAA)
6Você não está sendo enviado a muitos povos de fala obscura e de língua difícil, cujas palavras você não poderia entender. Se eu o enviasse a esses povos, eles certamente dariam ouvidos a você.
(c) A máxima para fechar essa porção: “quem ouve vocês ouve a mim, e quem rejeita vocês é a mim que rejeita; quem, porém, me rejeita está rejeitando aquele que me enviou”.
João 12.44 (NAA)
44E Jesus clamou, dizendo: — Quem crê em mim crê não em mim, mas naquele que me enviou.
João 12.48 (NAA)
48Quem me rejeita e não recebe as minhas palavras tem quem o julgue; a própria palavra que falei, essa o julgará no último dia.
Fica claro, então, que a vingança e a condenação pertencem a Deus apenas, pois só ele é perfeitamente justo para isso. Nosso único trabalho é anunciar o evangelho. Se pregamos a palavra de Cristo, tornamo-nos seus representantes. Não por nós mesmos, mas pela palavra que carregamos. Assim, quem nos recebe, recebe a Jesus. Que grande responsabilidade! Que tenhamos uma palavra coerente com o ensino bíblico e com nosso viver.
Gouvêa de Oliveira, Flávio; Gouvêa de Oliveira, Flávio. O Evangelho em Carne e Osso: Uma exposição do evangelho de Lucas para pessoas de corpo e alma (pp. 189-190). Flávio Gouvêa de Oliveira. Edição do Kindle.
(d) Por ai:
Mathias Quintela de Souza:
Hoje, o trigo e o joio estão misturados. É possível que existam coisas ruins nas melhores pessoas e coisas boas nas piores pessoas. Os tribunais humanos são necessários para que haja um estado de direito, mas são imperfeitos quando julgam. As diversas instâncias de julgamento ilustram esta verdade. Sempre há o perigo de erros no julgamento.
O julgamento final será perfeito. Deus confiou o julgamento a seu Filho porque ele se sacrificou por nós (João 5.21-29; 2 Coríntios 5.21) e age sempre de acordo com a vontade do Pai (João 5.30). O joio será separado do trigo, como o pastor separa as ovelhas dos cabritos (Mateus 13.28-30).
O julgamento final revelará duas classes de pessoas: justos e injustos; ovelhas e cabritos; bons e maus. Revelará também dois destinos: vida eterna e castigo eterno; reino de Deus e fogo eterno preparado para o diabo e os seus anjos; céu e inferno. A linguagem de Jesus é clara (Mateus 5.37).
4. Outras aplicações:
(a) Jesus envia a sua igreja ao mundo com uma missão: dizer a todos que está próximo o Reino de Deus.
Lucas 4.43 (NAA)
43Jesus, porém, lhes disse: — É necessário que eu anuncie o evangelho do Reino de Deus também nas outras cidades, pois é para isso que fui enviado.
Lucas 8.1–3 (NAA)
1Aconteceu, depois disso, que Jesus andava de cidade em cidade e de aldeia em aldeia, pregando e anunciando o evangelho do Reino de Deus. Iam com ele os doze discípulos,
2e também algumas mulheres que haviam sido curadas de espíritos malignos e de enfermidades: Maria, chamada Madalena, da qual saíram sete demônios;
3Joana, mulher de Cuza, procurador de Herodes; Suzana e muitas outras, as quais, com os seus bens, ajudavam Jesus e os seus discípulos.
(b) Não haverá incrédulos no céu. Somente os crentes em Cristo Jesus reinarão com ele nas nuvens.
Lucas 13.22–30 (NAA)
22Jesus passava por cidades e aldeias, ensinando e caminhando para Jerusalém.
23E alguém lhe perguntou: — Senhor, são poucos os que são salvos?
24Jesus respondeu: — Esforcem-se por entrar pela porta estreita! Pois eu afirmo a vocês que muitos procurarão entrar, mas não conseguirão.
25Quando o dono da casa se tiver levantado e fechado a porta, e vocês, do lado de fora, começarem a bater, dizendo: “Senhor, abra a porta para nós”, ele responderá: “Não sei de onde vocês são.”
26Então vocês dirão: “Comíamos e bebíamos com o senhor. Além disso, o senhor ensinava em nossas ruas.”
27Mas ele dirá a vocês: “Não sei de onde vocês são; afastem-se de mim, vocês todos que praticam o mal.”
28Ali haverá choro e ranger de dentes, quando vocês virem Abraão, Isaque, Jacó e todos os profetas no Reino de Deus, mas vocês lançados fora.
29Muitos virão do Oriente e do Ocidente, do Norte e do Sul e tomarão lugar à mesa no Reino de Deus.
30Porém, de fato, há últimos que serão primeiros, e primeiros que serão últimos.
A maioria das pessoas não está satisfeita com o resultado da vida que leva. A vida de Cristo em seus seguidores não pode ser satisfatória a não ser que eles adotem o propósito de Cristo para com o mundo que ele veio redimir. Fama, prazer e riquezas não passam de palha e cinzas em contraste com a alegria ilimitada e permanente de colaborar com Deus no cumprimento de seus planos eternos. Aqueles que estão investindo tudo no empreendimento de Cristo estão tirando da vida seus dividendos mais agradáveis e valiosos. (J. Campbell White, 1909, secretário do Movimento Missionário Leigo).
Ilustr.:
Mateus 25.31–46 (NAA)
31— Quando o Filho do Homem vier na sua majestade e todos os anjos com ele, então se assentará no trono da sua glória.
32Todas as nações serão reunidas em sua presença, e ele separará uns dos outros, como o pastor separa as ovelhas dos cabritos:
33porá as ovelhas à sua direita e os cabritos, à sua esquerda.
34— Então o Rei dirá aos que estiverem à sua direita: “Venham, benditos de meu Pai! Venham herdar o Reino que está preparado para vocês desde a fundação do mundo.
35Porque tive fome, e vocês me deram de comer; tive sede, e vocês me deram de beber; eu era forasteiro, e vocês me hospedaram;
36eu estava nu, e vocês me vestiram; enfermo, e me visitaram; preso, e foram me ver.”
37— Então os justos perguntarão: “Quando foi que vimos o senhor com fome e lhe demos de comer? Ou com sede e lhe demos de beber?
38E quando foi que vimos o senhor como forasteiro e o hospedamos? Ou nu e o vestimos?
39E quando foi que vimos o senhor enfermo ou preso e fomos visitá-lo?”
40— O Rei, respondendo, lhes dirá: “Em verdade lhes digo que, sempre que o fizeram a um destes meus pequeninos irmãos, foi a mim que o fizeram.”
41— Então o Rei dirá também aos que estiverem à sua esquerda: “Afastem-se de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos.
42Porque tive fome, e vocês não me deram de comer; tive sede, e vocês não me deram de beber;
43sendo forasteiro, vocês não me hospedaram; estando nu, vocês não me vestiram; achando-me enfermo e preso, vocês não foram me ver.”
44— E eles lhe perguntarão: “Quando foi que vimos o senhor com fome, com sede, forasteiro, nu, enfermo ou preso e não o socorremos?”
45— Então o Rei responderá: “Em verdade lhes digo que, sempre que o deixaram de fazer a um destes mais pequeninos, foi a mim que o deixaram de fazer.”
46E estes irão para o castigo eterno, porém os justos irão para a vida eterna.
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