Igreja arrogante?
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Transcript
Pré-pregação
Pré-pregação
Tema:
Título: Igreja arrogante?
Propósito Geral:
Propósito Específico:
Introdução:
Quando eu tinha aproximadamente doze anos, estudava no Colégio Adventista de Itajaí. Certo dia, durante o intervalo, lembro-me de que numa roda de amigos bem familiares, entramos rapidamente no assunto da Igreja Adventista (ou talvez fosse o sábado). Um de meus colegas, católico, repentinamente explodiu do meu lado, e começou a gritar de maneira intimidante: “vocês acham que são os únicos certos! Acham que tá todo mundo errado”. Talvez houvessem outras palavras que a memória não me traz à tona, porém é certo que ele pretendia me bater por causa de algum comentário rápido. Um outro amigo meio adventista falou em minha defesa: “relaxa, ele só falou que os adventistas guardam o sábado. Não tem porque você ficar ofendido”.
Proposição: Deus escolhe para salvar.
Pergunta de Transição: A Igreja Adventista do Sétimo Dia é arrogante?
Frequentemente escutamos algumas reações negativas a mensagem adventista. Aos ouvidos de alguns, expressões como “povo escolhido” ou “remanescente” podem soar presunçosas.
Porém, ao nos voltarmos para a Bíblia, encontramos um Deus que escolheu Abraão e não outro morador da terra de Ur dos Caldeus. Assim como preferiu a Isaque e não Ismael; Moisés em vez de Arão; Davi e não Saul; Sem esquecer de Jacó em vez de Esaú, com o impactante versículo de Romanos 9.13 “Amei Jacó, porém me aborreci de Esaú.”
O Deus bíblico escolhe pessoas e povos, não para que sejam melhores que os demais, mas para que realizem Seu plano.
Deve-se, é claro, ter em mente que a escolha de Deus não diz respeito necessariamente com salvação, pois as Escrituras afirmam: 1Timóteo 2.4 “o qual deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade”. Portanto, ao escolher Josué para liderar o povo na conquista de Canaã, Deus não estava condenando Calebe. Pelo contrário, Calebe foi guiado por Josué e também encontrou uma benção.
A escolha divina não segue os padrões humanos e não é raro que causem estranheza nas pessoas. Tome, por exemplo,
Não vos teve o Senhor afeição, nem vos escolheu porque fôsseis mais numerosos do que qualquer povo, pois éreis o menor de todos os povos, mas porque o Senhor vos amava e, para guardar o juramento que fizera a vossos pais, o Senhor vos tirou com mão poderosa e vos resgatou da casa da servidão, do poder de Faraó, rei do Egito.
As escolhas de Deus são baseadas no amor e tem como consequência um benefício para todos. Escolher e abençoar José salvou a todos os irmãos; levantar Ester trouxe alívio para todo o povo judeu. Como um amigo meu e um amado pastor por essa comunidade, pastor Antônio Muondo, disse num outro contexto: “a benção de Deus não é para sermos melhores que os outros, mas melhores para os outros”. Da mesma forma, Deus escolhe para salvar a todos.
Certamente salvar não é o mesmo que agradar a todos. Quando Gideão foi escolhido e abençoado, os midianitas e os amalequitas não gostaram. Porém, ao Deus favorecer Israel na batalha estava apontando para a ilusão dos falsos deuses e a supremacia do Criador de toda a Terra. Da mesma forma, ao permitir que Eglom fosse apunhalado, Deus condenava o pecado e apresentava a verdade aos Moabitas: o Deus de Eúde traz salvação.
Apesar da xenofobia que em algum momento surgiu entre os israelitas, o Deus dEles nunca assim o fez.
Assim diz o Senhor dos Exércitos: Naquele dia, sucederá que pegarão dez homens, de todas as línguas das nações, pegarão, sim, na orla da veste de um judeu e lhe dirão: Iremos convosco, porque temos ouvido que Deus está convosco.
Mais recente, talvez o próprio Jesus pudesse ser acusado de arrogância ao afirmar “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim”. (João 14.6)
Portanto, me direciono a pergunta feita no início: a Igreja Adventista do Sétimo Dia é arrogante por se considerar “povo escolhido” ou “remanescente”?
Apocalipse 14 apresenta a tríplice mensagem angélica, a qual aponta simbolicamente para um mensageiro no final da história da humanidade, antes da volta de Jesus. Apocalipse 14.12 identifica as características dos santos e, portanto os mensageiros também, como “aqueles que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus”.
Essas mensagens podem ser vistas como arrogantes para nossa geração. Talvez possam despertar ódio para um mundo em que cada vez mais há medo e perseguição contra aqueles que não se adaptam as normas sociais recentes. Afirmar que há um Deus criador de tudo, inclusive do santo dia de sábado, e, pior, que julgará as pessoas porque estão erradas? Arrogância. Afirmar que as crenças religiosas de todas as igrejas estão misturadas com as tradições católicas apostólicas romanas e, portanto, não fiéis a Bíblia? Arrogância. Afirmar que Deus está apresentando sua verdade e seus mandamentos, deixando que cada um se posicione através da escolha entre o selo do Deus vivo, o sábado, e a marca da besta, a guarda do domingo? Arrogância.
Não podemos e não iremos retroceder, pois tememos aquele que pode "fazer perecer no juízo final tanto a fôlego de vida como o corpo”. Não afirmamos saber todas as coisas. Dizemos que Deus nos deu a mensagem que já temos. Quanto aquilo que já foi revelado não temos dúvida. É justamente essa mensagem que anunciamos.
MÚSICA NO FINAL