O cristão malandro
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Transcript
Prelúdio
Prelúdio
Tema:
Título: O cristão malandro
Propósito Geral:
Propósito Específico:
Introdução:
Frequentemente os cristãos são vistos como tolos, pois suas atitudes são altruístas, ainda que diante do sofrimento. Basta lembrarmos de versos como Mateus 5.39: “a qualquer que te ferir na face direita, volta-lhe também a outra”.
Porém, não deveríamos enxergar a atitude cristã como passiva ou desinteressada. Trata-se de uma atitude de não-violência, na qual se abdica da vingança para dar lugar a uma resposta bondosa diante da maldade. O cristão assim age porque não faz o bem somente a quem merece, mas a todos, imitando o próprio Deus.
Romanos 12.20 “Pelo contrário, se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber; porque, fazendo isto, amontoarás brasas vivas sobre a sua cabeça.”
Tais métodos são “loucura para os que se perdem” (1Coríntios 1.18). Preferem seguir seus próprios caminhos e Deus lhes "entregou… à imundícia, pelas concupiscências de seu próprio coração… e a paixões infames” (Romanos 1.24, 26).
Logo, afirmamos, como em 2Coríntios 6.14, “porquanto que sociedade pode haver entre a justiça e a iniquidade? Ou que comunhão, da luz com as trevas?”. Dá-se a entender que nada se tenha a aprender com os que são maus.
Porém, Jesus ao contar a parábola do mordomo infiel parece elogiar a desonestidade para lucro pessoal e, ao fim, incentivar que os cristãos imitem os ímpios.
E o patrão elogiou o administrador infiel por sua esperteza. Porque os filhos do mundo são mais espertos na sua própria geração do que os filhos da luz.
Proponho que analisemos toda a parábola para, posteriomente, concluirmos sobre este versículo.
Proposição:
Pergunta de transição:
Mordomos
Mordomos
Lição:
As primeiras palavras do versículo mostram que o alvo de Cristo com esta parábola era diferente do capítulo 15. Enquanto naquele Jesus mirava nos fariseus que o escutavam e murmuravam (Lucas 15.1-3), nessa é os discípulos que Cristo tem em mente (Lucas 16.1) - ainda que não necessariamente somente os doze, mas seus seguidores.
O texto bíblico afirma que um homem rico possuia um administrador. Outras versões preferem o termo mordomo ou feitor. Na prática, pouca diferença há entre as expressões. Poderia ser alguém contratado ou ainda um escravo.
Ainda neste primeiro verso, corre a denúncia de que o administrador havia defraudado os bens de seu senhor. A escolha do termo “defraudar” é infeliz, pois carrega a conotação de roubo, enquanto “dissipar”, uma melhor tradução, tem de ver com negligência. Ou seja, o administrador vinha fazendo um trabalho ruim.
Texto bíblico: Lucas 16.1;
A demissão
A demissão
Lição:
O senhor, então, chama seu administrador e, ao menos na parábola, não lhe dá espaço para explicação ou contestação da acusação, tampouco o servo parece interessado em contradizê-lo.
No entanto, o empregador se vê forçado a recorrer ainda uma última vez ao administrador, pois que antes de encerrar suas atividades, deveria dar conta de todo o trabalho, ou seja, concluir e apresentar o que fora feito.
Ao considerar suas próprias alternativas parece apontar ainda ao futuro e, preocupado com sua situação, seja por incapacidade ou vergonha, passa a usar sua situação corrente para assegurar a posterior.
Texto bíblico: Lucas 16.2-4;
Solução
Solução
Lição:
Ao oferecer descontos, o mordomo estaria endividando esses homens para consigo. Observe os valores, 100 cados de azeite correspondem a 450 litros ou o equivalente ao pagamento de 500 ou 600 dias de trabalho.
Note que nos dois casos apresentados, o administrador pede que tudo seja feito depressa. Há velocidade nas cenas, pois disso depende a salvação do servo. O funcionário gozava de certa autonomia.
Texto bíblico: Lucas 14.5-7;
O verso desafiador
O verso desafiador
Chegamos, por fim, ao verso desafiador da lógica inicial. Estaria, portanto, Jesus recomendando que agissemos igual aos ímpios?
Observe que, diferente da parábola do semeador, não se identifica aos personagens da trama com símbolos. Isso é, não deveriamos encarar o administrador como correspondente de Jesus. Ao fim da parábola, aquele que elogia o mordomo infiel e desonesto é o próprio empregador, não sua desonestidade, mas sua esperteza em garantir seu futuro.
As palavras de Jesus tem que ver, primeiro com os recursos financeiros, depois com tudo aquilo que temos em mãos, em como os ímpios as utilizam para alcançar seus objetivos do que os filhos de Deus.
Por quê?
Por quê?
Talvez uma última pergunta justa seja: por quê? Por que os filhos do mundo são mais hábeis do que os filhos da luz?
Considerando primeiro o financeiro, como a parábola parece indicar e o verso 9 também, os ímpios são capazes de entrar em empreitadas criativas e ousadas porque visam um lucro maior. Talvez, como cristãos, tenhamos dificuldades em usar nosso dinheiro para a pregação do evangelho porque não vemos lucro nisso. Ou seja, consideramos a fortuna mais importante do que a pregação.
Porém, numa segunda aplicação além do financeiro, são nossas próprias tradições e medos que atuam como limitadores. Observem quanto tempo demoramos para produzir filmes adventistas, tudo porque considerávamos um gasto desnecessário - pensamento que há muito se mostrou mentira, tanto que hoje temos o Feliz7Play. Ou ainda nossa lentidão em levarmos câmeras para dentro das igrejas, não éramos capazes de perceber a necessidade, não até que a pandemia nos mostrasse que o alcance de um sermão poderia ser duplicado ou multiplicado.