Como viver a luz da verdade

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2 João 1 - 13
Esta é uma das cartas mais curtas do Novo Testamento.
Autoria: O autor se identifica como o presbítero. A palavra presbítero significa ancião, aquele que é o mais velho e supervisiona o rebanho. A única pessoa que foi chamado de o presbítero no século primeiro foi o apóstolo João.
Destinatário: Ele diz que a carta é destinada a senhora eleita. Existe duas interpretações. Alguns pensam que é uma senhora, chamada de eleita, ou seja, uma irmã em Cristo. Mas a interpretação mais coerente é que “senhora eleita” é a igreja, pois “senhora” era uma forma carinhosa de se referir a noiva de alguém. Muito provavelemnte João estava sendo taõ carinhoso porque sabe que a igreja é a noiva de Cristo. A compreensão da “senhora eleita” como uma igreja se confirma por meio da saudação final no v. 13. Os filhos da sua irmã eleita mandam saudações (v.13). Os membros da igreja que saúdam em conjunto com o apóstolo são chamados “os filhos de tua irmã, a eleita”. Ou seja, os membros da minha igreja estão mandando saudações para vocês. Então, a melhor interpretação é que a carta foi escrita para uma igreja que não sabemos onde estava localizada. João não citou o nome e a localização dessa igreja, provavelemente, por prudência, uma vez que a perseguição à igreja naquele tempo ja se tornava muito perigosa.
Problema: A igreja estava sendo bombardeada pelos falsos mestres. Eles saíram de dentro da igreja (1Jo 2.19), abandonaram a sã doutrina e se converteram em agentes do anticristo.ou seja, a pessoa que se opõe a Cristo para ficar no seu lugar.
Esses falsos mestres negavam a divindade e a humanidade de Cristo. A heresia destes mestres era que eles não confessavam Jesus Cristo vindo em carne. Eles negavam a encarnação de Cristo. Por conseguinte, negavam toda a sua obra redentora e sua ressurreição. O “cristo intelectual” do gnosticismo não é o redentor do pecador por intermédio da morte sangrenta da cruz
Heresia cristológica
Dificuldade de acreditar na plena humanidade de Cristo.
Duas interpretações:
1. Docetista (Docéticos-aparência) – Diziam que Cristo não tinha um corpo real. Ele tinha uma aparência de corpo. Era como um holograma, uma projeção.
2. A escola de Serinto - Defendia que Cristo era humano, mas quando foi batizado, o Cristo divino veio sobre ele em forma de pomba. Durante três anos o Jesus humano e o Cristo divina andaram juntos. E na cruz o Cristo divino voltou para o céu e quem morre crucificado é o Jesus humano.
Os gnósticos pregavam um falso cristo, um falso evangelho e seduziam as pessoas a abraçarem uma falsa vida e nutrirem uma falsa esperança. A encarnação não é apenas um evento na História. É uma verdade permanente. Jesus não se tornou o Cristo ou o Filho em seu batismo, nem deixou de ser o Cristo ou o Filho antes da sua morte;
Propósito: O propósito principal dessa carta é alertar a igreja acerca da necessidade de se viver a luz da verdade. Muitas heresias estavam sendo espalhadas pelos falsos mestres e a igreja precisava se acautelar para não naufragar na fé. O tema central de 2João é a importância de não cooperar com alguém que espalha doutrinas falsas acerca da Pessoa de nosso Senhor (v. 10–11).
2João foi motivada pela persistência de falsos mestres que viajavam de cidade em cidade disseminando suas heresias. A carta alerta contra o perigo de envolvimento com tais pessoas.
A fé cristã mantém-se em pé ou cai dependendo da maneira como ela vê a doutrina da divindade de Cristo. Se Jesus Cristo é somente um homem, ele não pode salvarnos. Se ele não encarnou, também não pode se identificar conosco.
Ensinamento:
A segunda carta de João pode ser dividida em três pontos báscios:
A Igreja deve andar na verdade. V. 4 - 6.
João expressa sua alegria por ter recebido a notícia de que os filhos da senhora eleita estão andando na verdade. Alguns crentes haviam se desviado e seguido os enganadores, mas havia também aqueles que se mantinham fiéis e permaneciam firmados na verdade apostólica. Nada entristece mais um pastor de almas do que ver alguns crentes desobedientes.
O cristão não deve apenas crer na verdade, mas também praticá-la no comportamento diário. Defender a verdade e não praticá-la é uma gritante contradição. Combater o pecado em público e praticá-lo em secreto é uma atitude reprovável.
A palavra mandamento aparece quatro vezes nesse parágrafo. Os mandamentos de Deus são manifestações do seu amor por nós. Seus mandamentos não são penosos. Eles são dados a nós para nos proteger, e não para nos oprimir. Eles nos são dados para experimentarmos a verdadeira liberdade, e não para nos escravizar. A maior liberdade está na obediência à perfeita vontade de Deus. Quem ama a Deus não acha seus mandamentos penosos.
A obediência é demonstrada pelo amor (v. 5,6).E agora, senhora, peço-te, não como se escrevesse mandamento novo, senão o que tivemos desde o princípio: que nos amemos uns aos outros. E o amor é este: que andemos segundo os seus mandamentos. Este mandamento, como ouvistes desde o princípio, é que andeis nesse amor.Depois de evidenciar sua alegria em ver alguns crentes andando na verdade e apresentar seu argumento, dizendo que a obediência deve cingir-se ao mandamento divino, o apóstolo faz um eloquente apelo para que os crentes amem uns aos outros. O amor ao próximo é antigo, é da lei (Lv 19.18,34), mas em Cristo esse mandamento recebe uma nova ênfase e um novo exemplo (Jo 13.34).Ao mandamento para crer é acrescentado o mandamento para amar. Ser cristão é crer em Cristo e amar uns aos outros. A fé e o amor são sinais do novo nascimento. A essência do cristianismo é o amor. Sem amor ao próximo não podemos dizer que amamos a Deus. Quem não ama não conhece a Deus (1Jo 4.8). Quem não ama está nas trevas (1Jo 2.9–11). Quem não ama permanece na morte (1Jo 3.14). O amor é a prova maior de que somos discípulos de Cristo (Jo 13.35).
É importante ressaltar que o amor cristão não é uma emoção passageira, mas um compromisso duradouro. O amor não é sentimento, mas um ato da vontade. Provamos o nosso amor por Deus pela obediência (1Jo 5.2), e o nosso amor ao próximo pelo serviço (1Jo 3.17,18). Para o apóstolo João amor e obediência andam de mãos dadas.
Amar na verdade pode significar as vezes você corrigir o seu irmão. Amor que confronta. Amor que disciplina.
A igreja deve permanecer na verdade (v. 7–13)
João faz uma transição dos crentes verdadeiros para os falsos mestres, do trigo para o joio, dos que obedecem aos mandamentos para os enganadores. Os enganadores não eram apenas hereges quanto à teologia, mas também pervertidos quanto à ética. Eles eram mais do que pessoas que ensinavam falsas doutrinas, eles também conduziam as pessoas a uma vida errada.
O perigo de não olhar ao redor (v. 7). “Porque muitos enganadores têm saído pelo mundo fora, os quais não confessam Jesus Cristo vindo em carne; assim é o enganador e o anticristo.”O apóstolo destaca que não são poucos, mas muitos os enganadores que se movem mundo afora com o propósito de enganar os crentes. John Stott diz que, assim como os apóstolos foram enviados ao mundo para pregar a verdade, assim estes falsos mestres tinham saído para ensinar mentiras, como emissários do diabo, o pai da mentira.
O perigo de voltar atrás (v. 8). “Acautelai-vos, para não perderdes aquilo que temos realizado com esforço, mas para receberdes completo galardão.”Esse é o perigo de perder aquilo que já se ganhou. Os falsos mestres dizem oferecer algo que não temos, quando, na realidade, tiram algo que já possuímos. Satanás é ladrão e espoliador. Os falsos mestres são enganadores, e não pastores. Eles não entram pela porta do aprisco. O propósito deles é assaltar as ovelhas e deixá-las à mercê dos predadores. Os enganadores vêm para desviar os crentes das veredas da justiça. Precisamos nos acautelar!
O perigo de ir além (v. 9). “Todo aquele que ultrapassa a doutrina de Cristo e nela não permanece não tem Deus; o que permanece na doutrina, esse tem tanto o Pai como o Filho.”A palavra grega proagon, “ir além”, talvez seja uma referência sarcástica ao caminho no qual os falsos profetas se orgulhavam de oferecer ensino “avançado”. Os enganadores estavam oferecendo aos crentes uma versão mais avançada do cristianismo. Eles tinham um discurso progressista. Eles prometiam algo que os crentes não possuíam. Eles falavam de um conhecimento místico e esotérico superior ao conhecimento que os crentes tinham. Eles falavam de experiências místicas e arrebatadoras que os crentes não haviam experimentado.
William Barclay diz que com a pretensão dos falsos mestres de oferecer um cristianismo novo e melhor eles estavam, na verdade, destruindo o verdadeiro cristianismo.
O perigo aqui é ir além dos limites da Palavra de Deus e acrescentar a ela as novidades criadas no laboratório do engano. Os falsos mestres tinham ido tão além que deixaram Deus para trás, pois ao negarem que Jesus Cristo veio em carne, perdiam também a comunhão com Deus.
Ainda hoje há muitas religiões que dizem crer em Deus, mas negam a Jesus. Estes arautos do engano querem elevar religiões não cristãs ao nível do cristianismo, como vias alternativas para Deus. É preciso resistir fortemente a estes erros.
Na teologia devemos ser conservadores, e não progressistas. Devemos permanecer na sã doutrina em vez de ir além dela. Avançar além de Cristo não é progresso, mas apostasia. O desenvolvimento do cristão não consiste em progresso além do ensino dado por Cristo, diretamente ou por meio dos apóstolos, como está registrado no Novo Testamento, mas, sim, consiste numa progressiva compreensão desse ensino.
Está coberto de razão Simon Kistemaker quando diz que se alguém avançar e deixar a fé, esta pessoa regredirá e se verá diante da ruína espiritual. O verdadeiro progresso está sempre arraigado na doutrina de Cristo.
Warren Wiersbe, citando Phillips Brooks, diz: “A verdade é sempre forte, não importa quão fraca ela pareça; a mentira é sempre fraca, não importa quão forte ela aparenta”.
Precisamos reafirmar que a Palavra de Deus é suficiente. Ela nos basta. A Bíblia tem uma capa ulterior. Tudo o que Deus tem para nós está revelado em sua Palavra. Ainda que um anjo venha do céu trazendo-nos novas revelações, devemos rejeitar.
É trágico ver a numerosa quantidade de pregadores ensinando coisas novas na igreja, dizendo que receberam de Deus uma nova unção, uma nova visão e uma nova revelação. É lamentável que esses arautos do engano encontrem tanto espaço na igreja e sejam seguidos com tanto fervor.
O perigo de ir junto (v. 10,11). “Se alguém vem ter convosco e não traz esta doutrina, não o recebais em casa, nem lhe deis as boas-vindas. Porquanto aquele que lhe dá boas-vindas faz-se cúmplice das suas obras más.”
Embora a hospitalidade fosse uma prática do amor cristão (1Tm 3.2; 5.3–10; 1Pe 4.8–10), os crentes não deveriam receber estes falsos mestres em casa nem na igreja. A palavra grega chairein, “saudar, cumprimentar”, indica a entrada em comunhão com a pessoa saudada, e receber um falso mestre era expressar a solidariedade com ele. Dar as boas-vindas a estes enganadores seria o mesmo que caminhar junto deles e ajudá-los nesse maligno propósito.
Como tratar dos falsos mestres que batem à nossa porta. João não fala de visitantes ocasionais, mas de propagandistas anticristãos. Devemos convidá-los a entrar? Oferecer uma xícara de chá ou café? Ajudá-los financeiramente? Comprar os livros que nos oferecem? A resposta é negativa. Não devemos recebê-los nem lhes dar as boas-vindas, pois são inimigos de Cristo. Não assistam o programa dele, não ajude financeiramente. Oferecer-lhes hospitalidade é tomar partido de quem está contra nosso Salvador. Pode acontecer de deixarmos pessoas assim entrarem em nossa casa sem sabermos que negam o Senhor. Estes versículos não se aplicam a esses casos. Quando, porém, sabemos que alguém é um falso mestre, seria uma traição a Cristo receber esse indivíduo. Estes versículos também não se aplicam a visitas em geral. Muitas vezes convidamos pessoas incrédulas para vir à nossa casa com o intuito de ganhá-las para Cristo.
Se você apoia o falso profeta, você é cúmplice dele.
Como identificar uma heresia
acrescentando -Seitas neopentecostais que ensinam que além de aceitar a Cristo, você precisa participar de campanhas de oração, dar ofertas e fazer uma série de outras coisas para alcançar o favor de Deus.
dimunuindo - Catolicismo Romano que coloca Maria com co medianeira com Cristo
negando - Testemunhas de Jeová e Espíritas negam a divindade de Cristo
Nunca haverá um periodo da história na terra sem a presença de falsos profetas e falsas doutrinas
Uma das maiores estratégias do anticristo é fazer você acreditar no erro.
A necessidade de discernimento. Onde estão os
Obs:
A comunidade cristã deve ser caracterizada não só pela verdade, mas também pelo amor. Concordo com John Stott quando diz que devemos evitar a perigosa tendência para o extremismo, dedicando-nos a uma dessas virtudes à expensa da outra. O nosso amor amolece se não for fortalecido pela verdade, e a nossa verdade endurece se não for suavizada pelo amor.
Não é de hoje, que algumas denominações protestantes apregoam uma caminhada rumo à unidade entre todas as denominações. Algumas vão ainda mais longe e discursam a respeito de uma unidade com o romanismo. Tais defensores afirmam que “doutrina só divide as igrejas, mas o que deve ser mais importante para todos é o amor”.
Mas nós, como pastores e futuros pastores, temos uma responsabilidade enorme diante de nós. Não podemos nos esquecer jamais da relação de inclusividade existente entre a verdade e o amor. Não podemos permitir que a verdade da Palavra de Deus seja sacrificada no altar de um suposto amor. Tenhamos a consciência de que verdade sem amor nada mais do que legalismo; e amor destituído de verdade nada mais é do que libertinagem!
Quando João destaca necessidade de andar na verdade, precisamos perguntar: O que é a verdade para o apóstolo? A fé cristã não é dar um salto no escuro, como ensinava o pai do existencialismo moderno, Soren Kirkegaard. A fé cristã é uma caminhada pela estrada luminosa da verdade.
O prefixo anti significa “no lugar de” e “contra”. Eles não apenas negam a verdade e se colocam contra ela, mas também a substituem, apresentando outro cristo que não é o Cristo Filho de Deus.
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