Defenda o seu altar

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Abrão defendeu seu altar íntimo dos ataques das aves

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Transcript

Introdução

Abrão devolveu o dízimo e recusou os tesouros do rei.

Abraão reconhece que o seu êxito foi permitido e apoiado pela boa vontade do Eterno, ele honra a Deus lhe devolvendo o dízimo ao sumo sacerdote Melquizedeque como forma de honra e gratidão a Deus pela sua prosperidade na guerra porém ele abre mão do restante dos despojos para que o rei não dissesse que foi ele quem enriqueçeu a Abrãao, pois o seu desejo era em ser abençoado pelo próprio Deus. É bem verdade dizermos que há um interesse da parte de Deus para nos abençoar mas a que custo iremos correr atrás dessa prosperidade?. Muitos no desejo de prosperarem financeiramente correm atrás de toda e qualquer oportunidade de se dar bem como os jogos de azar ou apostas, isso é como estar buscando a coisa certa pelo jeito errado, a nossa benção e prosperidade não virá dos jogos de azar, das apostas ou da mão do rei deste mundo tenebroso, como cristãos devemos agir como Abrãao e rejeitar essa falsa e maldita prosperidade deste mundo, devemos olhar e aguardar toda sorte de bençãos vindas somente dos céus das mãos do nosso Deus e isso pode implicar em termos que viver no pouco mas graças a Deus que temos uma promessa para isso, como diz a palavra:
Almeida Revista e Atualizada (Mt 25: 21)
Muito bem, servo bom e fiel; foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei.
Este versículo não está relacionado com aquilo que nós temos (o pouco) mas em sim quem nós somos (fiéis), pois a maior preocupação de Deus não é aquilo que você tem ou faz mas sim em quem você está se tornando, a maior preocupação de Deus é o seu carácter a longo prazo, o tempo de espera da nossa parte para com Deus não significa que Deus esteja preparando uma benção para nós mas sim que ele está nos preparando para a sua benção, devemos olhar e aguardar a nossa benção da direção certa, é bem comum estarmos aguardando o nosso milagre de uma direção na qual Deus não virá, observe este encontro de Jesus com a mulher samaritana:
7 Nisto, veio uma mulher samaritana tirar água. Disse-lhe Jesus: Dá-me de beber. 8 Pois seus discípulos tinham ido à cidade para comprar alimentos. 9 Então, lhe disse a mulher samaritana: Como, sendo tu judeu, pedes de beber a mim, que sou mulher samaritana (porque os judeus não se dão com os samaritanos)? 10 Replicou-lhe Jesus: Se conheceras o dom de Deus e quem é o que te pede: dá-me de beber, tu lhe pedirias, e ele te daria água viva. 11 Respondeu-lhe ela: Senhor, tu não tens com que a tirar, e o poço é fundo; onde, pois, tens a água viva?
Almeida Revista e Atualizada (Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1993), Jo 4.7–11.
Jesus está dizendo para aquela mulher que Ele é a fonte que irá saciar a sede de sua alma, porém ela não consegue entender e apresenta para Jesus as limitações físicas que Ele tem para tirar a água daquele poço (não tem balde e o poço é fundo), ela estava olhando para a direção errada, o milagre e a transformação da sua vida náo viria daquele poço mas sim de Jesus, ela não consegue enxergar isso porque estava olhando para a direção errada, era como aquele paralítico no tanque de Betesda:
5 Estava ali um homem enfermo havia trinta e oito anos. 6 Jesus, vendo-o deitado e sabendo que estava assim há muito tempo, perguntou-lhe: Queres ser curado? 7 Respondeu-lhe o enfermo: Senhor, não tenho ninguém que me ponha no tanque, quando a água é agitada; pois, enquanto eu vou, desce outro antes de mim. 8 Então, lhe disse Jesus: Levanta-te, toma o teu leito e anda.
Almeida Revista e Atualizada (Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1993), Jo 5.5–8.
Quando perguntado por Jesus se queria ser curado, aquele homem responde que não havia ninguém para o ajudar a entrar naquele tanque, toda a sua fé estava depositada naquele tanque e a sua esperança era que alguém o ajudasse a alcançar o seu milagre. A 38 anos aquele homem estava olhando para o lado errado, ele tinha fé mas estava depositando e a utilizando de forma errada, atualmente nas igrejas existem muitas pessoas com anos de evangelho que desejam fortemente viver algo sobrenatural com Deus, uma experiência com o Eterno mas ficam olhando para o lado errado, ficam aguardando algo vir pelo pastor, pelo pregador, ficam sentadas esperando alguém ser instrumento de Deus sobre a vida delas quando na realidade o próprio Cristo está ao lado delas desejando entregar-lhes algo novo e diferente mas essas pessoas não conseguem enxergar por estarem olhando para o lado errado, não conseguem enxergar que não é o altar, não é o pastor, nem o pregador mas sim o próprio Cristo que pode transformar a sua vida e Ele está ao lado delas mas elas não vêem, são como aqueles discípulos no caminho de Emaús:
13 Naquele mesmo dia, dois deles estavam de caminho para uma aldeia chamada Emaús, distante de Jerusalém sessenta estádios. 14 E iam conversando a respeito de todas as coisas sucedidas. 15 Aconteceu que, enquanto conversavam e discutiam, o próprio Jesus se aproximou e ia com eles. 16 Os seus olhos, porém, estavam como que impedidos de o reconhecer.
Almeida Revista e Atualizada (Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1993), Lc 24.13–16.
É interessante o fato de que no início da nossa conversão conseguiamos sentir e ouvir a Deus em todas as pequenas coisas mas ao passar do tempo o nosso critério aumenta e cada vez mais queremos coisas profundas e grandiosas no relacionamento com Deus, a pregação da palavra de Deus nos parece não mais falar aos nossos corações, queremos algo totalmente personalizado, queremos uma revelação direta por parte do pregador, queremos ter uma visão ou visitação de um Anjo do Senhor para nos anunciar qual é a vontade de Deus para nossas vidas, nós podemos considerar isso como uma queda do primeiro amor, onde sentiamos Deus nas pequenas coisas e a solução de Deus para isso é nos fazer lembrar de onde nós caímos, de quando iamos a igreja sem se preocupar na qualidade do louvor, em quem ia pregar, só queríamos sentir a presença do nosso Senhor e Salvador.
Não siginifica que Deus não quer se revelar a nós de forma grandiosa, que possamos nos aprofundar na dimensão espiritual mas como Deus nos disse sobre a fidelidade no pouco, devemos corresponder com Deus nas pequenas coisas, nos pequenos impulsos, como podemos querer que Deus fale diretamente conosco se quando sentimos que não devemos fazer algo não seguimos esse instinto e seguimos em frente? Temos que ser fiéis nas pequenas experiências com Deus para começarmos viver as grandes coisas.
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