1 Co 6.1-11: A Mediação Interna de Conflitos como meio de Preservar o Testemunho Público de Uma Igreja Madura
1 Coríntios: Maturidade Cristã • Sermon • Submitted
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· 5 viewsA Resolução Interna de Conflitos preserva o testemunho da igreja
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Introdução
Introdução
Questões Introdutórias Relevantes
Questões Introdutórias Relevantes
A Cidade de corinto era uma cidade conhecida pela carnalidade, sexualidade, filosofia pagã e arrogância. A igreja vinha absorvendo essas características e confundiu a mensagem do evangelho com a filosofia humana, especialmente após o impacto de um excelente orador como Apolo. De modo que a igreja ficou dividida entre os líderes de acordo com suas preferencias pessoais.
O propósito da Carta é Desenvolver a Maturidade da Igreja de Corinto.
Desenvolvimento
Desenvolvimento
Paulo incia a argumentação de que a Maturidade Espiritual é Expressa Pela Unidade [1.10-4.21].
Agora nesse segundo bloco ele dá Sequencia demonstrando como A Maturidade Espiritual é Expressa pela Unidade na Santidade e Testemunho [5.1-6.20].
Assim ele inicia esse argumento demonstrando como A Disciplina Radical e Amorosa como Meio de Preservar a Santidade e o Testemunho de Uma Igreja Madura [1 Co 5.1-13]
Em seguida demonstra A Mediação Interna de Conflitos como Meio de Preservar o Testemunho Público de uma Igreja Madura [6.1-12]
Contexto
Contexto
A igreja de corinto tinha diversos conflitos, partidarismo, mundanismo e pecados. Mas o que gerou essa advertência são duas características principais.
Primeiro a quantidade de processos públicos que havia entre irmãos o que a semelhança do indivíduo tratado no capítulo anterior gerava mau testemunho publico da igreja.
E segundo apenas alguém de classe mais alta podia levar alguém de classe mais baixa na justiça civil e a maioria dos juízes favoreciam os de classe elevada para receber favores, de modo que esses processos não eram justos e uma forma dos ricos enriquecerem ainda mais e vencer ações com “esperteza”. Essa característica de alguns dos corintios geravam preocupação.
Igreja Madura não leva suas causas pessoais a público, mas resolve internamente [6.1-2]
Igreja Madura não leva suas causas pessoais a público, mas resolve internamente [6.1-2]
Por isso Paulo inicia esse trecho questionando os “sábios” corintios o motivo de levarem as “queixas” ou conflitos pessoais que tinham uns com os outros aos “ímpios” e nãos aos santos. A referencia santos é uma clara referencia a própria igreja dos coríntios, Paulo as os denomina no inicio da carta.
Paulo chama de ímpio o sistema de justiça porque de fato era um sistema viciado. Ainda que a justiça criminal era relativamente imparcial no império romano a justiça civil não havia avançado tanto. Apenas os de classe mais elevada podiam inciar uma ação publica que era julgada em praça publica e de modo geral favoreciam os de mais prestígio na tentativa de ganhar favores e uma forma dos avarentos enriquecerem as custas dos de posição inferior.
Assim era um completo absurdo que cristãos levassem irmãos para esse tipo de “justiça” e não resolvesse isso internamente como irmãos em Cristo, visto que já havia um sistema bem definido para resolução de conflitos [Mt 18.15-20]
15 “Se o seu irmão pecar contra você, vá e, a sós com ele, mostre-lhe o erro. Se ele o ouvir, você ganhou seu irmão. 16 Mas se ele não o ouvir, leve consigo mais um ou dois outros, de modo que ‘qualquer acusação seja confirmada pelo depoimento de duas ou três testemunhas’. 17 Se ele se recusar a ouvi-los, conte à igreja; e se ele se recusar a ouvir também a igreja, trate-o como pagão ou publicano. 18 “Digo-lhes a verdade: Tudo o que vocês ligarem na terra terá sido ligado no céu, e tudo o que vocês desligarem na terra terá sido desligado no céu. 19 “Também lhes digo que se dois de vocês concordarem na terra em qualquer assunto sobre o qual pedirem, isso lhes será feito por meu Pai que está nos céus. 20 Pois onde se reunirem dois ou três em meu nome, ali eu estou no meio deles”.
O império havia permitido que questões civis os judeus resolvessem internamente, parece que a expectativa de Paulo quanto a igreja seria algo semelhante de modo a evitar o escândalo publico que eram dois irmãos em Cristo brigando abertamente ainda mais quando era de conhecimento a corrupção e parcialidade desses julgamentos.
Vale destacar também que apesar de a semelhança do capítulo anterior ser um julgamento nesse caso não é solicitado uma exclusão imediata ainda que o mau testemunho também fosse de “conhecimento público”.
Parece haver diferença entre um pecado escandaloso e os conflitos pessoais ainda que algumas referencias unam os dois textos como o ambiente de julgamento de crentes por parte da igreja, as listas de pecados e a pessoa de Cristo como referencia para esse julgamento.
Assim é solicitado que ao haver uma disputa em qualquer nível que o testemunho da igreja seja preservado e os irmãos de maior prestígio público não se aproveitem da parcialidade, mas levem essas dificuldades que a igreja, formada por pessoas de prestígio ou não, mas alcançadas pela justiça de Cristo resolveriam os conflitos de modo a glorificar a Deus.
A Base Teológica para o Julgamento por parte da Igreja é o Julgamento Escatológico [6.3-6]
A Base Teológica para o Julgamento por parte da Igreja é o Julgamento Escatológico [6.3-6]
O fundamento do julgamento é escatológico, a igreja de Cristo formada por judeus e gentios, a comunidade escatológica do reino tinha o papel fundamental de julgar até mesmo os anjos! Como não seria capaz de julgar questões de menor importância como o cotidiano?
Paulo evidencia aqui que o prestígio humano não é valioso, por isso os crentes deveriam julgar menos aqueles de menor prestígio. Parece que Paulo indica aqui que irmãos em Cristo deveriam ser designados para resolver os conflitos entre irmãos em Cristo seguindo o padrão de Mateus e não levar esses casos a publico.
Ainda que hoje o modelo jurídico tenha se desenvolvido e mudado parece que o principio de que os cristãos deve resolver as suas próprias questões permanecem, afinal a base é escatológica e isso não mudou.
Aqui Paulo ainda provoca os “sábios” coríntios, será que não havia entre eles pessoas capazes de resolverem essas pendencias? E destaca, diferente do trecho anterior (4) que seu exemplo positivo não era para envergonhar, nesse caso sua intenção é que os corintios se sintam envergonhados pelo absurdo não conseguirem resolver pendencias simples e causarem o mau testemunho público.
É melhor abrir mão dos direitos do que prejudicar o Reino de Deus com base na obra sacrificial de Cristo [6.7-11]
É melhor abrir mão dos direitos do que prejudicar o Reino de Deus com base na obra sacrificial de Cristo [6.7-11]
Paulo encerra esse trecho de um modo que seria um padrão na carta em questões que podem ser “cinzas” e não envolvem diretamente pecados claramente expostos. Abrir mão dos direitos ou vantagens em prol do reino é o caminho daqueles que seguem o sacrifício redentor de Cristo.
Assim Paulo introduz destacando aos coríntios que apenas o fato de haver litígios ou processos civis públicos entre eles já era motivo de derrota completa. Aqui é interessante destacar a ironia no fato de Paulo usar a palavra para derrota que era usada nos tribunais. E os lembra que melhor do que esses conflitos seguirem a diante era melhor ter prejuízo, especialmente os mais ricos que muitas vezes usavam esses processo para enriquecer mais ainda muitas vezes por ganancia ou avareza.
Aqui Paulo encerra esse trecho destacando que os perversos (mesma palavra para impios) não herdarão o reino de Deus e que os corntios não deveriam se enganar nem os perversos e nem uma lista boa de práticas pagãs de modo que esse trecho do verso 9-11 tem uma função dupla de encerrar esse trecho e já servir de introdução para o próximo que vai lidar com a imoralidade sexual. Encerrando esse bloco da Santidade e Testemunho que demonstram a Maturidade da Igreja (1Co 5-6).
Aqui encerra com um dos trechos mais desafiadores para a nossa compreensão afirmando que os que praticam esse pecado não herdarão o reino de Deus! Há algumas possibilidades de interpretação para essa expressão não herdar o reino.
Perdem a Salvação
Hipótese para destacar o alto risco
Aqueles que praticam nunca de fato foram salvos
Distinção de Eternidade e Reino
(Reino pode ser o ambiente da igreja desfrutado hoje, o milênio ou ainda ambos.)
Me parece razoável assumir que de algum modo a distinção entre a eternidade e o reino de Deus e que o galardão e o reino serão desfrutados por muitos cristãos, mas há aqueles que salvos não desfrutam desse privilégio
Independente da preferencia, é fato que os corintios viviam desse modo, mas agora precisam abandonar esse estilo de vida como era esperado viver de acordo com a vocação, afinal eles foram santificados, lavados e justificados em Cristo e pelo Espírito isso impactaria seu estilo de vida deixando de ser carnal, se tornando espiritual e resolvendo esses conflitos na medida em que alcançam a maturidade espiritual.
Princípios Eternos
Princípios Eternos
Conflito publico entre irmãos já é uma derrota para a igreja
Igreja precisa seguir os meios adequados para resolver qualquer conflito interno
Julgaremos o mundo quanto mais nossas questões
Súdito do reino abre mão de direitos pelo benefício do reino
Os herdeiros do reino vivem de acordo com o rei
O sacrifícios de Cristo é o modelo para seguirmos quando somos ofendidos
Resolva os Conflitos Pessoais Preservando o Testemunho do Reino
Resolva os Conflitos Pessoais Preservando o Testemunho do Reino
Desafio
Desafio
Ore a Deus pela Maturidade Espiritual e a resolução de conflitos internos
Busque a sabedoria de Deus e prefira o bem comum a estar com a razão.