NOSSA BATALHA DE CADA DIA! Efésios 6.10-24

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A Batalha Espiritual é intensamente real, exige armas especiais e nela temos de nos apoiar mutuamente.

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Grande ideia: A Batalha Espiritual é intensamente real, exige armas especiais e nela temos de nos apoiar mutuamente.
Estrutura: Ela é real (vv. 10-13), exige armas especiais (vv. 14-20) e temos de nos apoiar mutuamente (vv. 21-24).
O verdadeiro crente descrito nos capítulos 1—3, que leva uma vida controlada pelo Espírito de 4:1—6:9, pode ter certeza de estar em uma guerra espiritual, conforme aqui descrito. Paulo encerra essa carta com os dois avisos sobre essa guerra e instruções sobre como vencê-la. O Senhor fornece aos seus santos armas suficientes para combater e frustrar o adversário. Nos vv. 10-13, o apóstolo apresenta brevemente as verdades básicas sobre a preparação espiritual necessária necessária do crente, bem como as verdades sobre seu inimigo, sua batalha e sua vitória. Nos vv. 14-17, ele especifica as seis peças mais necessárias de armadura espiritual com que Deus equipa seus filhos para resistir às investidas de Satanás e vencê-las.
MacArthur, John. Comentário bíblico MacArthur (p. 3624). Thomas Nelson Brasil. Edição do Kindle.
Eugene Peterson:
Há uma intensa batalha moral. Há maldade, crueldade, infelicidade e enfermidades. Há superstição e ignorância, brutalidade e dor. Deus guerreira contínua e energicamente contra tudo isso. Ele é a favor da vida e contra a morte, coloca-se ao lado do amor e opõe-se ao ódio, favorece a esperança e combate o desespero. Deus é a favor do céu e contra o inferno. Não existe zona neutra no Universo. Cada centímetro quadrado é área de contestação.
RAY STEDMAN:
O apóstolo Paulo nos diz que a vida é uma batalha, um conflito de vida ou morte entre forças opostas. Se tentarmos ignorar o conflito, se não escolhermos com firmeza o lado certo, não vestirmos nossa armadura e não tomarmos nossas armas para a batalha, inevitavelmente ficaremos chocados e abalados pela realidade espiritual. Poderemos até nos tornar vítimas de uma batalha que achávamos que podíamos fazer sumir num passe de mágica. A verdade dá um jeito de se intrometer em nossas pequenas ilusões prazerosas.
LUTERO:
Se nos quisessem devorar Demônios não contados Não nos podiam assustar Nem somos derrotados
O grande acusador Dos servos do Senhor Já condenado está Vencido cairá Por uma só palavra
BÍBLIA DO POETA:
10 Finalizando, meus irmãos, encham-se do poder do Senhor, sejam dinamizados pela sua força. 11 Protejam-se bem com todo armamento de Deus para poder enfrentar à altura toda sagacidade do diabo. 12 Nosso conflito não é contra pessoas de carne e osso – a guerra mesmo é contra príncipes e poderosos que governam este mundo escondidos na escuridão. Nossa luta é contra a perversidade espiritual nos mais alto escalões. 13 Por isso, tomem toda a arma que vem de Deus, para que estejam de pé nos dias maus e depois de terem dado tudo na luta, ainda permaneçam de pé. 14 Levantem-se então com o cinturão da verdade bem preso à cintura, protegendo o peito com a couraça da integridade, 15 os pés bem calçados com a notícia boa e bem preparada da paz. 16 Carreguem na mão o escudo da fé capaz de apagar as flechas incendiárias do Maligno, 17 vistam o capacete da proteção e agarrrem firmes a espada do Espírito que é a palavra de Deus. 18 Tudo com muita intercessão, suplicando e orando no Espírito; atentos o tempo todo, insisiorando com clamores em favor de todos os que andam com Deus. 19 Coloquem também o meu nome na lista de oração, para que eu fale quando tiver que falar e tenha toda ousadia para explicar aos outros o mistério do evangelho. 20 É para fazer isso que eu fui designado embaixador mesmo que hoje esteja na cadeia – peço oração: cada dia mais coragem de falar o que devo.
1. Uma batalha intensamente real. (vv. 10-13)
Nesta porção bíblica Paulo expõe o tema da “batalha espiritual” como uma realidade na vida cristã. (vv. 10,11)
a. Uma batalha que exige um fortalecimento específico (“no Senhor”) por parte do combatente.
"... fortalecei-vos" ou "sede fortalecidos". A palavra no grego é ἐνδυναμοῦσθε e significa fortaleza, tornar-se forte. Ninguém poderá entrar numa batalha enfraquecido.
b. A “força do poder”, salienta duas palavras gregas em uma expressão interessante: κράτει τῆς ἰσχύος αὐτοῦ
κράτει: vigor, domínio, poder, força; ἰσχύος: poder, potência, proeminência.
c. O crente se fortalece por uma prática devocional consistente: Martin Lloyd Jones
d. Perigo nenhum prevalecerá onde prevalece o poder de Deus; nem fracassará em meio à jornada aquele que estiver armado para lutar contra Satanás. (João Calvino)
e. O termo “revesti-vos” implica em usar uma roupa sobressalente! Deus não anula a nossa humanidade!
A palavra "revestir" dá a ideia de vestir sobre outra vestimenta, pois o significado da expressão é "vestir de novo". Entendo que, nessa luta espiritual, é necessário mais que as armas próprias do crente, que são válidas, mas incapazes de vencer esses inimigos. Por isso, o convite é: "Revesti-vos" da "armadura de Deus". (Elienai Cabral)
f. Tem de usar “toda a armadura”, πανοπλίαν, de Deus, o modelo é romano.
g. Tudo para “permanecer firmes contra as ciladas do Diabo”.
O texto fala das "ciladas do diabo", vs. 11, onde ciladas, μεθοδείας no original, pode significar a astúcia, os planos, os esquemas ou os estratagemas que visam destruir a igreja. (Fernando Fernandes)
h. O nosso inimigo é invisível, maligno, astuto, persistente, numeroso e oportunista. A Bíblia o chama de diabo, Satanás, assassino, ladrão, mentiroso, tentador, maligno, serpente, dragão, Abadom e Apoliom.(Hernandes Dias Lopes)
Destas passagens e seus ensinamentos, concluímos que o diabo existe e que está atuante no mundo, habitando nos lugares celestiais, mas também rodeando a terra e os filhos de Deus, exercendo o controle geral sobre o sistema mundano, Zacarias 3.1 e 1 Pedro 5.8. Duvidar da sua existência é o mesmo que desacreditar da Palavra de Deus.
Zacarias 3:1
1 - E ELE mostrou-me o sumo sacerdote Josué, o qual estava diante do anjo do SENHOR, e Satanás estava à sua mão direita, para se lhe opor.
I Pedro 5:8
8 - Sede sóbrios; vigiai; porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar;
Nesta porção bíblica Paulo expõe o tema da “batalha espiritual” dando nomes aos nossos inimigos. (v. 12)
a. Essa luta não é contra as pessoas, ou ainda às “tendências humanas”: αἷμα καὶ σάρκα
b. Trata-se de uma luta de contato bem próximo (confronto direto): πάλη, e isso é ainda acentuado com o uso de πρὸς como “contra”.
Não é luta humana de homens contra homens, mas é luta espiritual contra inimigos espirituais. A palavra "luta" aparece no grego como πάλη e indica o tipo de luta individual, corpo a corpo. Paulo usou essa palavra baseado no tipo de luta que havia nos jogos gregos e, posteriormente, nas arenas romanas, onde os lutadores lutavam corpo a corpo até a morte de um deles. (Elienai Cabral)
c. Uma luta próximo, bem articulada e contra instâncias do império das trevas:
Não estamos em guerra simplesmente contra outras pessoas humanas, mas contra as forças demoníacas organizadas numa hierarquia que domina a humanidade e o sistema mundial: economia, política, religião e cultura de todas as sociedades (Rm 8.19 – 23,38). O príncipe destes poderes é Satanás que detém o controle de todas as camadas sociais na rebelião mundial contra a autoridade do único e verdadeiro Deus (2Co 4.4; Jo 12.3). Somente o supremo poder de Cristo, que venceu todas essas forças na cruz, pode nos dar a vitória plena e eterna (Cl 2.15).
II Coríntios 4:4
4 - nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de Deus
Charles B. Williams:
Pois nossa peleja não é somente contra inimigos humanos, mas contra os governantes, autoridades e poderes cósmicos deste mundo tenebroso; ou seja, contra os exércitos de espíritos do mal que nos desafiam na luta celestial.
d. Fala-nos aqui de “escalões de Satanás”, de difícil interpretação precisa, sigo aqui a orientação de Fernando Fernandes:
ἀρχάς, ἐξουσίας, Principado é uma espécie de autoridade superior sobre grandes regiões e muitíssimos seres, e potestades são autoridades subordinadas que exercem funções específicas.
κοσμοκράτορας τοῦ σκότους τοῦ αἰῶνος τούτου, é a figura é de um governante mundial que se auto-arroga o deus salvador, mas que atua motivado pela malignidade de suas intenções.
πνευματικὰ τῆς πονηρίας ἐν τοῖς ἐπουρανίοις, são seres espirituais malignos que constituem as forças do mal, que metaforicamente retratam um exército opositor liderado pelo próprio maligno, o diabo.
e. O diabo e seus demônios atacam em duas frentes definidas de batalha: no domínio das nações e na perseguição/sedução aos crentes: Mattew Henry
Eles são numerosos e poderosos; eles governam as nações pagãs que ainda estão nas trevas. As partes sombrias do mundo são o alicerce do império de Satanás. Eles estão usurpando e destituindo príncipes sobre todos os homens que ainda estão em um estado de pecado e ignorância.
Os demônios são espíritos maus, e eles especialmente aborrecem e provocam os santos à perversidade, ao orgulho, à inveja, à malícia, etc. Eles nos atacam nas coisas que pertencem à nossa alma e se esforçam para desfigurar a imagem celestial em nosso coração; e, portanto, precisamos estar vigilantes contra eles.
Nesta porção bíblica Paulo expõe o tema da “batalha espiritual” reforçando que nela os crentes tem de permanecerem firmes! (v. 13)
a. Trata-se de uma guerra de resistência, e não podemos ceder terreno a Satanás.
b. Temos de nos apropriar dos méritos do sacrifício de Jesus na cruz do Calvário.
Todos os cristãos participam dos benefícios da pessoa e obra de Cristo. Portanto, virtualmente, todos os crentes têm autoridade sobre o diabo e os demônios (Ef. 1.20-23, 2.6).
Efésios 1:20-23
20 - Que manifestou em Cristo, ressuscitando-o dentre os mortos, e pondo-o à sua direita nos céus.
21 - Acima de todo o principado, e poder, e potestade, e domínio, e de todo o nome que se nomeia, não só neste século, mas também no vindouro;
22 - E sujeitou todas as coisas a seus pés, e sobre todas as coisas o constituiu como cabeça da igreja,
23 - Que é o seu corpo, a plenitude daquele que cumpre tudo em todos.
c. O Senhor Jesus já liberou de seu poder para permanecermos firmes no “dia mau”, ἡμέρᾳ τῇ πονηρᾷ.
“Por isso peguem agora a armadura que Deus lhes dá. Assim, quando chegar o dia de enfrentarem as forças do mal, vocês poderão resistir aos ataques do inimigo e, depois de lutarem até o fim, vocês continuarão firmes, sem recuar.” (BLH)
Augustus Nicodemus:
Assim, Paulo exorta a Igreja a que se apodere da vitória de Cristo, daquele poder que ressuscitou Cristo dentre os mortos e O colocou à direita de Deus nos lugares celestiais. Portanto, o guerreiro que está descrito aqui já é vencedor, já conquistou, já colocou o pé no solo inimigo. O que Paulo manda é que esse guerreiro resista às tentativas do inimigo de recuperar aquilo que ele já perdeu e que foi tomado pelo nosso Capitão, o Senhor Jesus.
d. Por fim, duas situações expostas no texto grego:
"ficar firmes": no grego é στῆναι, que significa oferecer resistência, permanecer firme, dando a entender que o crente deve resistir aos assédios da impiedade, deve batalhar com êxito, obtendo a vitória.
ἀντιστῆναι; Isso denota o resultado final; a capacidade de resistir quando a luta tiver prosseguimento, porque o crente tem em vista conservar sua posição no conflito até o fim, nem deslocar-se e nem desviar-se, mas antes, permanecendo vitorioso em seu posto.
Watchaman Nee:
A expressão "ficar firmes" implica que o território disputado pelo inimigo realmente pertence a Deus, e, portanto, pertence a nós. Não precisamos lutar a fim de estabelecer um forte neste terreno.
f. Por fim: um apelo à resistência!
No final da década de 50, Armando Valladares, De 23 anos de idade, foi lançado em uma prisão cubana, onde permaneceu por 22 anos. As execuções eram realizadas todas as noite, durante seu primeiro ano na prisão. Mais tarde, ele sofreu algumas das torturas mais vis e sádicas imagináveis. Em suas memórias, Valladares escreveu: "eu busquei Deus... Eu nunca lhe pedi para me tirar de lá. Eu não achava que Deus deveria ser usado para aquele tipo de pedido. Eu só pedi que Ele me permitisse resistir, que me desse fé e força espiritual para sobreviver debaixo daquelas condições... Eu só orei para Ele ficar ao meu lado."
Wathman Nee:
Para fixar: “Nossa tarefa consiste em manter nossa posição, não em atacar. Não se trata de fazer aumentar o território de Cristo, mas de permanecer no território de Cristo.”
RAY STEDMAN:
Paulo segue analisando e definindo para nós a natureza da luta — é crucial que se entenda isto. Ele diz que o nosso conflito não é contra carne e sangue, isto é, na guerra espiritual não há embate de homem contra homem. Não é uma batalha política, social, econômica, nem mesmo uma batalha religiosa-teológica-doutrinária. Não é uma luta entre seres humanos, mas dentro deles.
Nossa batalha não é contra nossos oponentes políticos, fiscais de rendas, familiares; colegas de trabalho, vizinhos ou outra agência humana qualquer. A batalha não é contra pessoas, mas contra forças espirituais invisíveis. De fato, toda a raça humana está sob um ataque traiçoeiro de certos principados e potestades, de dominadores deste mundo tenebroso, das forças espirituais do mal, nas regiões celestes. Paulo nos diz que “esse é o nosso problema”. “A natureza do inimigo que enfrentamos — poderosos e invisíveis dominadores deste mundo tenebroso, forças espirituais do mal colocados nas regiões celestes!” E não são somente os cristãos que sofrem a oposição destas forças. Todo homem, mulher, ou criança, onde estiverem, são alvos do inimigo. O diabo tem cada um de nós em sua teia. A raça humana inteira é hostilizada pelos principados e potestades, pelos dominadores deste mundo tenebroso. Esta é a explicação de Paulo para a luta desta vida.
https://coalizaopeloevangelho.org/article/o-cristao-diante-da-guerra-espiritual/
Há dois extremos de crença que são preocupantes no que diz respeito à essa luta. Primeiro, quando nos recusamos a acreditar que há uma batalha, é fácil sofrer feridas espirituais tendo em vista que nos encontramos sem as armas adequadas ou prontas para os próximos dardos. O outro extremo é atribuir tudo o que acontece a Satanás, o que acaba dando a ele mais poder do que ele realmente tem.
Muitas pessoas acreditam que a forma de combater essas forças é uma luta pelo poder. Eles se comportam como detetives espirituais, sempre procurando o diabo para repreendê-lo e recuperar o que ele roubou. Este não é o ensinamento da Palavra. Na verdade, a Bíblia ensina algo muito diferente. Vemos em Judas 1.9 que o arcanjo Miguel, que tem mais poder do que nós, não ousou proferir um juízo de maldição contra o diabo quando com ele disputava o corpo de Moisés. Também vemos a história dos filhos de Ceva em Atos 19.11 -16, exorcistas itinerantes que foram repreendidos por um demônio a ponto de acabar nus e feridos.
Ilustr.:
http://avillamaria.blogspot.com/2009/04/lutero-e-o-demonio.html

Lutero e o Demónio

No Castelo de Wartburg, na Alemanha, mostram aos visitantes uma mancha de tinta na parede que, diz-se, é um vestígio da confrontação de Martinho Lutero com o Demónio. Durante um serão de 1521, enquanto o pai do protestantismo estava a traduzir a Bíblia de latim para alemão, o Demónio apareceu-lhe e começou a escarnecer dele. Furioso, Lutero atirou o tinteiro contra ele. Esta história será apenas uma lenda, mas Lutero escreveu de facto sobre eventos paranormais. Em 1521, no Castelo de Wartburg, onde se escondeu depois de ter atacado o poder e a corrupção papal, Lutero descreveu o que aconteceu depois de lhe terem trazido um saco de avelãs. Quando já estava deitado, as avelãs começaram a saltar dentro do saco. A cama chocalhava, e as avelãs pareciam voar e bater nas vigas. Como não o magoavam, Lutero adormeceu. Mais tarde, foi acordado por um grande ribombar, como se uma centena de barris estivessem a rebolar pelas escadas. Contudo, a porta de ferro, em frente às escadas, estava fechada a cadeado e ninguém podia ter entrado. Posteriormente, quando Lutero já se tinha mudado para outra parte do castelo, uma mulher que dormiu no quarto que ele deixava vago também ouviu um tal fragor que pensou que 1000 demónios tinham invadido aquele lugar. Lutero teve outros dois encontros com espíritos no Mosteiro de Wittenberg, onde era professor de Teologia, quando, em 1517, deu início à Reforma, pregando na porta da Igreja de Todos os Santos as suas 95 teses para debate público sobre a conduta da Igreja. «Interrompendo os meus estudos, o Demónio entrou na minha cela e começou a fazer barulho atrás do fogão, como se estivesse a arrastar algum volume de madeira pelo chão.» Lutero dizia que noutra ocasião ouvira o Demónio por cima da cela, «mas, como eu sabia que era o Demónio, não lhe prestei atenção e fui dormir». Lutero acreditava que era guiado por entidades invisíveis e teve premonições de doenças e da sua morte. Combateu vozes e visões do Demónio, que, segundo ele, lhe aparecera uma vez em figura de porca no pátio e de cão sobre a cama, embora nenhum desses animais existisse no Castelo de Warburg.
2. Uma batalha intensamente real, que exige armas especiais. (vv. 14-20)
AUGUSTO NICODEMUS:
A mente de Paulo vivia imersa nas Escrituras do A. T., não só nos seus ensinamentos, como também na sua linguagem e figuras. Isaías 59:16-19 é uma passagem em que Deus é descrito como um guerreiro celestial. A linguagem é bastante semelhante à usada por Paulo. (…) aqui, Isaías descreve Jeová como um guerreiro celestial que toma sua armadura e vem guerrear para vingar o seu povo, protegê-lo, fazer justiça e executar juízo sobre a terra. Essa linguagem reflete um tema central do A. T.¹
Isaías 59.16–19 (NAA)
16Viu que não havia ninguém e maravilhou-se de que não houvesse um intercessor; por isso, o seu próprio braço lhe trouxe a salvação, e a sua própria justiça foi o seu apoio.
17Vestiu-se de justiça, como de uma couraça, e pôs o capacete da salvação na cabeça; pôs sobre si a veste da vingança e se cobriu de zelo, como de um manto.
18Segundo as obras deles, assim retribuirá: aos seus adversários, furor; aos seus inimigos, o que merecem; às terras do mar, a devida recompensa.
19Assim, temerão o nome do Senhor desde o poente, e a sua glória, desde o nascente do sol; pois virá como torrente impetuosa, impelida pelo Espírito do Senhor.
Hernandes Dias Lopes:
Hoje a igreja tem extensão, mas não tem profundidade; tem influência política, mas não tem autoridade moral; tem poder econômico, mas está vazia de poder espiritual. Estamos precisando de poder, de uma capacitação especial do Espírito de Deus. Não falamos de um desempenho diante dos homens; não falamos de um poder cosmético que tem brilho, mas não tem calor; que tem aparência, mas não substancia. Precisamos de um batismo de fogo, não de fogo estranho; precisamos de uma obra do céu, e não dos embustes da terra.
(a) A partir de nossa posição em Cristo, assumimos uma postura prática de firmeza em meio às pressões de nossa batalha espiritual.
Watchaman Nee:
Temos nossa posição no Senhor, no céu, e estamos aprendendo como andar com Ele, perante o mundo; mas, como devemos proceder na presença do adversário de Deus e nosso? Diz-nos a Palavra de Deus: "ficai firmes".
(b) Detalhes da “panoplia”romana:
Champlim:
A panóplia romana consiste primeiramente de um escudo de superfície convexa, de 0,75 cm de altura; na beirada, sua espessura é da largura de uma mão... Juntamente com o escudo há uma espada; e, esta o soldado leva em sua coxa direita, chamada "espada espanhola". Permite um golpe poderoso e profundo com ambos os fios, pois a lâmina é forte e firme. Além disso, o soldado leva dois dardos, um capacete de bronze e grevas... A maioria dos soldados também usa uma chapa de bronze, da largura de um palmo para cada lado, e que colocam sobre o peito- chamam-na de "protetor do coração"; e aqueles que valem mais de dez mil dracmas, ao invés do protetor do coração usam uma cota de malhas.
(c) Para a cintura: a verdade de Deus.
Russel Shedd:
A cintura da verdade, o conhecimento e a convicção da verdade de Deus, o sabe que esta palavra não pode falhar; podem passar os céus e a terra, mas a palavra do Senhor permanece para sempre.
(d) Para o coração: a justiça de Cristo.
Warren Wiersbe:
Quando Satanás acusa o cristão, é a justiça de Cristo que garante a salvação do que crê. Mas se não acompanharmos nossa posição justificada em Cristo com a prática da justiça na vida diária, daremos ocasião aos ataques de Satanás.
(e) Para os pés: o evangelho da paz.
Se calçarmos as sandálias do evangelho, teremos os "pés formosos", mencionados em Isaías 52.7, Romanos 10.15.
(f) Para a proteção do corpo inteiro: a fé.
Esse escudo media 1,60 m de altura por 70 cm de largura. Ele protegia todo o corpo do soldado. Era feito de madeira e coberto por um couro curtido.
Curtis Vaughan diz que esses dardos eram flechas untadas com breu ou com outro material combustível e acesas imediatamente antes de ser lançadas contra o adversário. Não só feriam, como também queimavam.
Calvino:
Como se dissesse: "os dardos de Satanás são não só pontiagudos e penetrantes, mas, o que é ainda mais terrível, eles são ardentes. A fé não só embota seu gume, mas também apaga sua chama mortal. " Porque, "esta é a vitória que vence o mundo: vossa fé", diz João (I João 5.4).
Warren Wiersbe:
Satanás lança "dardos inflamados" em nosso coração e na nossa mente: mentiras, pensamentos blasfemos, pensamentos de ódio contra outros, dúvidas e desejos ardentes pelo pecado.
(g) Para a mente: a certeza da salvação.
Sem dúvida, um dos principais ardis de Satanás é semear condenação, dúvida e medo nas mentes dos filhos de Deus. Ele é literalmente chamado de “acusador de nossos irmãos”, Apocalipse 12.10. Porém os crentes podem confiar que Deus lhes dará uma sabedoria sobrenatural com relação aos seus temores. Lembre-se de que Deus prometeu sabedoria a todo o que pedir (Tiago 1.5).
Apocalipse 12:10
10- Então ouvi uma grande voz no céu, que dizia: Agora é chegada a salvação, e o poder, e o reino do nosso Deus, e a autoridade do seu Cristo; porque já foi lançado fora o acusador de nossos irmãos, o qual diante do nosso Deus os acusava dia e noite.
Tiago 1:5
5 - E, se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente, e o não lança em rosto, e ser-lhe-á dada.
(h) Para o ataque no “dia mau”: a Palavra de Deus.
Warren Wiersbe:
A "palavra de Deus" aqui não é a Bíblia toda, mas a porção especial mais apropriada para a ocasião. David Watson diz: “Deus nos dá toda a proteção necessária. Precisamos zelar para que o nosso andar com o Senhor mostre sinais de ser verdadeiro”.
(i) Interessante:
Warren Wiersbe:
Em certo sentido, a "armadura de Deus" é uma imagem de Jesus Cristo. Ele é a verdade (João 14.6); ele é a nossa justiça (II Coríntios 5.21), e nossa paz (Efésios 2.14). Nossa fé só é possível por causa de sua fidelidade (Gálatas 2.20), ele é a nossa salvação (Lucas 2.30), e é a Palavra de Deus (João 1.1,14).
(i) A “armadura de Deus” é feita na “oficina de Deus”:
João A. de Souza Filho:
A armadura do crente, portanto é costurada e confeccionada na oficina de Deus e é feita de elementos espirituais; até mesmo as coisas que pensamos serem nossas armas, como a pregação da palavra “a espada do Espírito” e a oração “orando em todo tempo no Espírito” são também recursos de Deus. Batalha espiritual, portanto, é uma guerra que o cristão luta com os recursos de Deus, e não dos homens. Parece que as duas únicas coisas que o homem contribui nesta guerra são a vigilância e a perseverança, quando afirma: “e para isto vigiando com toda perseverança e súplica por todos os santos” (v 18).
(j) Com um coração encharcado de “muita” oração e súplica.
Hernandes Dias Lopes:
A única maneira que podemos nos vestir com toda a armadura de Deus é com a oração, com a súplica específica, orando em toda a oportunidade, no Espírito, e para isto vigiando (alertos, acordados, ressuscitados dentre os mortos), e com toda a perseverança e súplica, por todos os santos.
(k) Além da matrícula na “escola de oração”, o crente precisa viver em vigilância constante.
Hernandes Dias Lopes:
Vigiar é não brincar com o pecado, é fugir da tentação. É não ficar flertando com situações sedutoras. Concordo com Lloyd-Jones quando diz que o diabo não precisa usar suas “ciladas” contra o incrédulo, contra o não cristão. Ele não precisa fazer isso.
(l) A oração deve ser o contexto habitual de nossa prática na vida cristã:
Paulo, pois, deseja que não deixemos passar tempo algum sem que nos lembremos de orar; de modo que orar continuamente é o mesmo que orar na prosperidade e na adversidade.
(m) Será que pode ser chamada de “oração” o que você tem feito em sua devocional diante do Senhor?
E. M. Bounds:
Precisamos aprender de novo o valor da oração, entrar novamente na escola da oração. Não há nada que tome mais tempo para ser aprendido. E se desejamos aprender a maravilhosa arte de orar, não adiantar dar um fragmento de tempo aqui e outro acolá, mas teremos de exigir e segurar com garra de ferro as melhores horas do dia para dedicá-las a Deus e à oração. Do contrário, não haverá nada que mereça o nome de oração.
William Wilberforce, o companheiro dos reis, disse: “Devo reservar mais tempo para minhas devoções particulares. Tenho passado tempo demais em público e, para mim, o encurtamento do meu tempo devocional deixa o espírito desnutrido; vai ficando, a cada dia, mais pobre e debilitado. Tenho trabalhado até altas horas da noite”. A respeito de um fracasso no Parlamento, ele escreveu: “Quero registrar aqui minha tristeza e minha vergonha, que resultam, provavelmente, de ter diminuído meu tempo com Deus; provavelmente, foi em virtude disso que ele permitiu que eu tropeçasse”. Mais solitude e orar de madrugada foram as soluções adotadas.
(e) Ninguém tem uma fonte inesgotável de favor do Senhor. Todos somos carentes do “algo mais” de Deus!
C. H. Spurgeon:
“Você não tem um estoque de forças. Dia após dia, tem de buscar ajuda do alto. É uma agradável certeza o fato de que uma provisão diária lhe será outorgada.”
(f) A força da oração: “Satanás treme quando vê o mais fraco dos santos de joelhos”.
João Calvino:
Paulo, pois, deseja que não deixemos de orar; de modo que orar continuamente é o mesmo que orar na prosperidade e na adversidade.
(g) Paulo deseja ser “intrépido” em sua comunicação do evangelho em meio ao contexto de “cadeias” que ele vivia.
Com intrepidez: no grego temos o vocábulo “parresia”, que significa “franqueza”, “coragem”, “ousadia”, “destemor”, “confiança”.
(h) Qual é o “mistério do evangelho”?
Efésios 1:9-10
9 - Descobrindo-nos o mistério da sua vontade, segundo o seu beneplácito, que propusera em si mesmo,
10 - De tornar a congregar em Cristo todas as coisas, na dispensação da plenitude dos tempos, tanto as que estão nos céus como as que estão na terra;
(i) Paulo não poderia estar em lugar melhor do que na prisão naquele momento de sua vida: ele tinha consciência de que ali ele precisaria de “coragem” para a sua pregação!
Efésios 3:1
1 - POR esta causa eu, Paulo, sou o prisioneiro de Jesus Cristo por vós, os gentios;
Adam Clarke:
“Contrariamente aos direitos reconhecidos em todas as nações, aquele embaixador do Rei dos céus se encontrava acorrentado! No entanto, teve a oportunidade de defender-se e de vindicar a honra do seu Senhor”.
3. Uma batalha intensamente real, que exige armas especiais e nela temos de apoiar mutuamente. (vv. 21-24)
RAY STEDMAN:
Ao se debaterem com o dilema da vida moderna, tudo o que os grandes líderes do mundo podem dizer é, “O que está errado? Qual é o elemento desconhecido por trás disto? Não podemos explicar nem entender! Falta alguma coisa em nosso entendimento sobre a natureza humana e o comportamento humano. O que é?” A resposta é que há uma batalha espiritual acontecendo por trás dos bastidores da história, e que a guerra espiritual está dirigindo os acontecimentos em nosso mundo visível. Não há paz no mundo material porque há uma tempestuosa guerra espiritual no mundo espiritual. Não há nada mais significativo, mais relevante, mais real em que pudéssemos estar envolvidos do que na causa de Deus nesta vasta guerra espiritual. O ensinamento bíblico sobre a batalha espiritual traz um pouco de luz à questão do problema básico da existência humana e da história humana.
(a) Como na experiência de Elias, o Senhor sempre tem guardado para si “sete mil joelhos que não se dobraram a Baal, e toda boca que não o beijou”, I Reis 19.18.
(b) Essa atitude precisa nos inspirar a tomarmos o mesmo procedimento em situações de batalha.
Hernandes Dias Lopes:
Somos um exército, precisamos orar uns pelos outros e orar por todos santos. Quando um soldado cai, tornamo-nos mais vulneráveis. Precisamos uns dos outros. Precisamos orar uns pelos outros. Nenhum soldado, ao entrar em combate, ora só por si mesmo, mas também por seus companheiros. Eles constituem um exército, e o sucesso de um é o sucesso de todos.
(c) Assim como Arão e Hur que sustentaram as mãos de Moisés para o povo vencer a batalha em Refidim. (Êxodo 17.8-13)
(d) Paulo fala-nos sobre Tíquico: 05 ocorrências no NT
Efésios 6:21
21 - Ora, para que vós também possais saber dos meus negócios, e o que eu faço, Tíquico, irmão amado, e fiel ministro do Senhor, vos informará de tudo.
Colossenses 4:7
7 - Tíquico, irmão amado e fiel ministro, e conservo no SENHOR, vos fará saber o meu estado;
http://visaobiblicablog.blogspot.com/2010/08/o-crente-tiquico.html
Precisamos desesperadamente de irmãos como Tíquico! Irmãos que não estejam interessados em galgar uma posição de prestígio na sociedade aproveitando-se da honra do seu cargo; irmãos que mesmo tendo um cargo humilde possam efetuar suas responsabilidades com amor, dedicação e fidelidade. Precisamos de trabalhadores que façam a obra do Senhor para agradar ao Senhor da obra e não aos outros obreiros da obra do Senhor (Gl 1. 10). Carecemos de obreiros aprovados como o irmão Tíquico, que sabia fazer rir os enfermos que visitava, ao mesmo tempo em que sabia consolar aqueles que ele tinha que dar notícias tristes. Que Deus presenteie a sua obra com irmãos como Tíquico, que não desprezem os outros irmãos por acharem que só porque têm um cargo “mais elevado” são melhores do que os outros. Tíquico sabia que se dedicasse, receberia um galardão tão grande quanto o de Paulo. Por isso igualou Tíquico a si mesmo, quando o chamou de “conservo”, ou seja: “um servo de Deus igual a mim”. É por isso que diz a Bíblia que “diante da honra vai a humildade” (Pv 15. 33).
(e) Paulo não abria mão do mútuo encorajamento, aliás um estímulo indispensável para quem está em contexto de batalha espiritual!
Paulo encorajou os efésios. Tíquico foi um encorajamento para Paulo. Agora, Paulo envia Tíquico para encorajar os efésios.
Hernandes Dias Lopes:
Não existe em qualquer passagem do Novo Testamento sustentação para a ideia de um crente isolado. Os crentes são como ovelhas, eles precisam estar no meio do rebanho. Cristãos são como soldados, precisam estar juntos e lutar juntos as guerras do Senhor.
(f) E nos “conforte” o coração:
“parakalese”: Não precisamos descobrir uma razão pela qual eles desejavam ser consolados; sem dúvida havia muitos motivos, naqueles tempos de perigo. Seja como for, o valor do consolo mútuo é óbvio, e essa é uma lição que podemos extrair do presente versículo. (Champlim)
(g) Paulo termina sua carta com um apelo em prol da “paz” e da “graça” para os que amavam ao Senhor Jesus.
Isaltino Gomes Coelho Filho:
Começando com a soberana vontade de Deus em nos amar e nos escolher antes da história, ainda na eternidade, passando pela obra histórica de Cristo em trazer o universo de volta para o Pai, e pela Igreja que surge como expressão concreta do ministério de Cristo, até à nossa luta contra as potestades espirituais que desejam a desordem no mundo, Efésios é um belo documento que mostra a totalidade da vida cristã.
(h) Somos “mais do que vencedores por aquele que nos amou”, Romanos 8.37.
ἀλλ' ἐν τούτοις πᾶσιν ὑπερνικῶμεν διὰ τοῦ ἀγαπήσαντος ἡμᾶς.
Hernandes Dias Lopes:
Observe as palavras usadas por Paulo na conclusão dessa carta: paz, amor, fé e graça. Paulo era prisioneiro em Roma, mas, mesmo assim, ele era mais rico que o imperador. Não importa em que circunstâncias possamos estar; se estamos em Cristo, somos abençoados com toda a sorte de bênçãos espirituais.
(i) E por fim, o apelo para que tenhamos pelo Senhor um “amor incorruptível”:
O verdadeiro amor cristão é permanente: às vezes vacila, ameaça extinguir-se, porém nunca se apaga. (William Macdonald)
"Um amor que não conhece nem alteração, nem diminuição e nem decadência". ( Ellicott)
Atribui-se a Dietrich Bonhoefer o seguinte dizer: “Quando Cristo chama um homem, Ele o convida para vir e morrer”.
John Piper: Cada vez mais sou persuadido pelas Escrituras e pela história das missões que o desígnio de Deus para a evangelização do mundo e a consumação de seus propósitos incluem o sofrimento de seus ministros e missionários.
Como Joseph Tson expõe em relação ao seu próprio caso: "Sou uma extensão de Jesus Cristo. Quando fui surrado na Romênia, ele sofreu no meu corpo. Não foi o meu sofrimento, tive apenas a honra de compartilhar o sofrimento dele". O pastor Tson continua e diz que o sofrimento de Cristo é para propiciação, o nosso sofrimento é para propagação. Em outras palavras, quando sofremos com ele na causa das missões, demonstramos a maneira como Cristo amou o mundo e, em nosso próprio sofrimento, estendemos o sofrimento dele para o mundo. É por isso que quer dizer completar as aflições de Cristo.
Colossenses 1:24
24 - Regozijo-me agora no que padeço por vós, e na minha carne cumpro o resto das aflições de Cristo, pelo seu corpo, que é a igreja;
É poder falar como um pai que se despedia de seu filho que ia para o campo missionário. Ele não sabia, mas jamais veria o rosto de seu garoto: “Nada que tenho é precioso demais para o meu Senhor Jesus!”.
Essa frase”, disse Hudson Taylor, “foi a coisa mais rica que recebi na América e tem sido uma benção incalculável para mim desde então. Às vezes, quando me sentia pressionado com as correspondências, ao chegar a hora da oração coletiva, surgia o pensamento: será que eu não deveria continuar com esta ou aquela atividade? Mas logo me vinha à mente: ‘Nada é precioso demais para meu Senhor Jesus’. E, então, deixava a correspondência para ser atendida mais tarde.
“Às vezes, quando a hora sagrada de comunhão individual com o Senhor chegava, bem cedo de manhã, eu acordava muito cansado e não queria me levantar. Porém, não existe outro tempo como a primeira hora do dia para afinar minha harpa para enfrentar a música do dia. Então, me vinha novamente esta frase: ‘Nada é precioso demais para meu Senhor Jesus’, e me levantava para descobrir que não se sente cansaço quando está com ele. Esse pensamento também tem ajudado na hora de deixar o lar e aqueles a quem amo. Na verdade, seria impossível contar quantas centenas de vezes Deus tem me abençoado por meio dessas palavras.”
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