1 Co 6.12-20: Uma Igreja Espiritualmente Madura Glorifica a Deus com o Corpo por Meio da Pureza Sexual

1 Coríntios: Maturidade Cristã   •  Sermon  •  Submitted
0 ratings
· 30 views

Pureza sexual glorifica a Deus e demonstra a maturidade da igreja

Notes
Transcript

Introdução

Questões Introdutórias Relevantes

A Cidade de corinto era uma cidade conhecida pela carnalidade, sexualidade, filosofia pagã e arrogância. A igreja vinha absorvendo essas características e confundiu a mensagem do evangelho com a filosofia humana, especialmente após o impacto de um excelente orador como Apolo. De modo que a igreja ficou dividida entre os líderes de acordo com suas preferencias pessoais.
O propósito da Carta é Desenvolver a Maturidade da Igreja de Corinto.

Desenvolvimento

Paulo incia a argumentação de que a Maturidade Espiritual é Expressa Pela Unidade [1.10-4.21].
Agora nesse segundo bloco ele dá Sequencia demonstrando como A Maturidade Espiritual é Expressa pela Unidade na Santidade e Testemunho [5.1-6.20].
Assim ele inicia esse argumento demonstrando como A Disciplina Radical e Amorosa como Meio de Preservar a Santidade e o Testemunho de Uma Igreja Madura [1 Co 5.1-13]
Em seguida demonstra A Mediação Interna de Conflitos como Meio de Preservar o Testemunho Público de uma Igreja Madura [6.1-12]
Encerrando esse trecho revela que Uma Igreja Espiritualmente Madura Glorifica a Deus com corpo por meio da Pureza Sexua. Seguindo a Lógica de que por meio da sabedoria sobrenatural a igreja é unida e capaz de julgar os pecados, conflitos e preservar o testemunho publico e a pureza do corpo.

Contexto

Sabemos desde o inicio da carta que haviam vários partidos que dividiam a igreja de corinto os de Paulo eram pragmáticos e Paulo demonstra em seu ministério que o evangelho é o poder de Deus e não “o que funciona” os de Pedro tinham interesse no sobrenatural e poder Paulo demonstra que o Evangelho de Cristo que une a igreja é o poder de Deus e vai lidar com manifestações sobrenaturais mais a frente, os de Apolo eram Filósofos e Paulo demonstrou que a sabedoria humana não se compara a sabedoria sobrenatural.
Nesse trecho Paulo vem lidando com os que são de “Cristo” que defendiam a liberdade cristã acima de tudo como se a obra de Cristo significasse poder agir de qualquer modo, pois Cristo salvou, uma má compreensão da obra de Cristo que com base na sabedoria sobrenatural Paulo corrige. Por isso inicia o trecho com tudo é permitido (liberdade cristã que eles defendiam), mas demonstra que nem tudo é vantajoso ou apropriado para aqueles que compreenderam essa liberdade.
Paulo introduz seu argumento com um padrão semelhante em todos os assuntos, apresenta o problema, desenvolve a base teológica para a solução e conclui de forma coerente com o argumento.

Transição Inicial

Certa vez pregando sobre a pureza sexual em um encontro de adolescentes homens o pregador defendeu que precisavam ser libertos se estavam presos a masturbação, quando um adolescente interrompe afirmando que era livre porque poderia fazê-lo a qualquer hora. Quando o pregador questiona e parar, para a qualquer momento?
Escravo não é aquele que deixa de fazer algo, mas o que é obrigado a realizar.

Imoralidade Sexual não Demonstra Liberdade Cristã [1Co 6.12-13]

Paulo usa provavelmente uma expressão comum entre aqueles que defendiam a permissividade carnal como se fosse sinal de liberdade.
Os ricos e poderosos no império podiam fazer qualquer coisa, provavelmente o indivíduo do capítulo 05, os opressores do inicio do capítulo 06 e esses indivíduos que iam a banquetes que terminavam com relações com prostitutas faziam parte desse grupo que não tinham limites culturalmente e não viam problema nos impulsos da carne, visto que isso, na percepção, deles não afetaria sua vida espiritual, visto que o corpo seria destruído e é mau, diferente da alma que é boa e imortal.
Os banquetes carnais desfrutados pelos ricos excluindo os pobres provavelmente é o ambiente do capítulo 11 quando Paulo corrige a celebração da Ceia do SENHOR e da comida sacrificada no capítulo 10 ou ainda da idolatria, visto que esses banquetes também serviam a esse propósito, aqui (4-6) Paulo começa a lidar com um grupo muito poderoso, rico e que não compreendiam adequadamente a realidade espiritual do evangelho que vê o homem como um ser completo e não dividido entre carne e espírito.
O Homem espiritual é completo em todos os ambientes, essa é a verdade desafiadora que os coríntios precisavam compreender.
Esses indivíduos ainda não haviam compreendido o que é ser escravo. Em sua mente ser escravo tinha a ver com não lhe ser permitido um estilo de vida e na liberdade cristã eles poderiam viver desse modo, quando na realidade era esse estilo de vida que os escravizava na medida em que eles não conseguiam abandonar e vivenciar a verdadeira liberdade cristã.
Por isso Paulo introduz esse trecho afirmando que de fato tudo na vida cristã e na liberdade cristã era permitido, mas nem tudo era apropriado ou vantajoso, afinal a liberdade cristã tinha mais proximidade com a liberdade de não ser dominado do que fazer qualquer coisa.
Paulo demonstra que a liberdade cristã permite não que o cristão faça qualquer coisa, mas que ele não seja dominado por nada. Ainda que tudo seja permitido em Cristo não podemos ser dominados por nada, um principio que pode ser levado a diversas áreas da vida, o autor de Hebreus talvez use esse princípio ao dizer para tirar tudo o que “atrapalha” a caminhada, mas nesse caso Paulo com cuidado aplica a sexualidade, em especial, relações com prostitutas, para demonstrar o equívoco da liberdade dos coríntios.
Encerra essa primeira divisão em que introduz o problema citando outra frase comum entre os coríntios de que o estomago foi feito para os alimentos e vice-versa levando a mesma conclusão em relação a sexualidade como uma necessidade puramente física que não interfere na espiritualidade, mas Paulo afirma que ambos terão um fim indicando expectativa escatológica e direcionando para uma realidade diferente porque o corpo não é feito para a imoralidade sexual, mas para o SENHOR e diferente da expectativa dos corintios o corpo não seria destruído, mas restaurado plenamente, por isso a liberdade cristã bem compreendida era diferente do que eles viviam e esperavam, afinal o corpo não foi feito para a imoralidade, mas para o SENHOR e não vivendo seu propósito estaria sendo dominado.

A Base Teológica para a Verdadeira Liberdade [1Co 6.14-17]

Paulo apresenta algumas bases teológicas para fundamentar a solução para o problema dessa liberdade falsa que alguns dos coríntios defendiam.

Deus Ressuscitou Cristo Ressuscitará o nosso Corpo [14]

Primeiro desafio teológico que Paulo introduz nesse argumento, mas que vai desenvolver com mais precisão no capítulo 15 é o de que Cristo ressuscitou em corpo, fisicamente, não da para separar a vida espiritual do corpo do cristão. Esse era um dos grandes desafios para os coríntios compreenderem.
A filosofia grega separava o espiritual do corpo e não se conversavam, o que era feito com o corpo não afetava a espiritualidade e o corpo era considerado a “prisão da alma”. O cristianismo vai na direção oposta a expectativa grega da relação do material e imaterial.
Paulo lembra os coríntios que Cristo ressuscitou fisicamente e nossos corpos serão ressuscitados no DIA do SENHOR, assim o que fazemos com nosso corpo afeta a espiritualidade e já que nosso corpo é para o SENHOR não pode ser para a imoralidade sexual.

O Corpo é parte dos Membros de Cristo [15]

Mais um assunto introduzido no capítulo 6, mas que vai ser melhor desenvolvido no capítulo 12. Somos parte do corpo de Cristo, e da forma que Paulo parece compreender aqui não apenas uma união espiritual. Mas nossos corpos físicos que serão ressuscitados fazem parte do corpo de Cristo.
A divisão que era feita entre os pagão de corpo e alma não é compreendida assim na fé judaico-cristã. O ser humano é um ser por completo a alma (Nephesh) descrita no AT não representa apenas o imaterial, mas todo o ser. Assim se o físico também pertence a Cristo e será ressuscitado e faz parte dos membros de Cristo, então não faz o menor sentido a união com uma prostituta, visto que é parte dos membros de Cristo que devem preservar a santidade do corpo.

União Sexual é Espiritual [16-17]

A gravidade da união com a prostitua fica mais evidente quando compreendemos que a união sexual não é uma união carnal o alcance dela é muito maior do que imaginamos.
Paulo lembra Gn 2.24
Gênesis 2.24 NVI
24 Por essa razão, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e eles se tornarão uma só carne.
E recorda como essa união reflete a unidade e diversidade do próprio Deus, a trindade de modo que a união com uma prostituta é um completo absurdo que precisa ser corrigido, afinal com a prostituta se torna um com ela, quando na verdade deveria se tornar um com o SENHOR por meio de uma relação de acordo com os propósitos de Deus ou sem a relação servindo apenas a Deus. Outros assunto que no capítulo 7 serão melhor desenvolvidos.

O Pecado Sexual é Cometido pelo Corpo que é o Santuário de Deus [18-20]

A conclusão do fluxo desse argumento é fujam da imoralidade sexual! Todo pecado é cometido fora do corpo, mas o pecado sexual no corpo, por isso deve-se ter mais cautela, afinal o corpo é o santuário de Deus. mais uma imagem introduzida anteriormente de forma bem consistente [1Co 3.16-17].
Anteriormente Paulo já defendeu que eles eram santuário do Deus vivo e precisavam ter cautela porque eram “sagrados” e Deus destruiria quem o destruísse, agora ele usa a mesma figura para destacar a santidade do corpo que é sagrado (hagios) ou separado. Esse santuário que é o corpo não está vazio é habitado pelo Espírito Santo! Mais um conceito aqui introduzido que vai ser melhor explanado no capítulo 12.
Visto que o corpo é Santuário que o Espírito habita, parte do corpo de Cristo e pertence a Deus a conclusão se torna lógica, não pertence a nós porque foi comprado por um alto preço, o sacrifício do cordeiro (1Co 5.7-8), logo esse corpo comprado por alto preço para ser parte do corpo de Cristo, Santuário que o espírito habita e que pertence a Deus não deve ser usado de forma libertina, mas glorificar a Deus por meio de uma vida unida exclusivamente (Hagios) com Deus em Cristo.
O Corpo deve glorificar a Deus tanto quanto a alma.

Princípios Eternos

Nem tudo o que eu “posso” fazer é apropriado
Não devo ser dominado por nada, afinal sou livre em Cristo
Liberdade não é fazer qualquer coisa é não estar preso a nada
Meu Corpo é Santuário e pertence a Deus ele é quem defina as regras
O propósito do corpo é a liberdade que glorifica a Deus que o comprou por um alto preço
A santidade depende do meu relacionamento com Deus na medida em que compreendo o valor espiritual que meu corpo tem.
Não há como separar o sacro do profano, o cristão é um ser completo
Meu corpo tem impacto espiritual
Devo glorificar a Deus com todas as minhas relações humanas, especialmente a sexual que é um pecado contra o corpo que é santuário do Espírito de Deus
Eu não pertenço a mim, mas a Cristo que me comprou por um alto preço

Glorifique a Deus com seu Corpo

Desafio

Fuja de qualquer tipo de imoralidade sexual com seu corpo
Ore para que Deus preserve a santidade sexual dos membros da igreja
Related Media
See more
Related Sermons
See more