Para onde iremos nós?
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Para onde iremos nós?
Para onde iremos nós?
30 Então lhe perguntaram: “Que sinal miraculoso mostrarás para que o vejamos e creiamos em ti? Que farás? 31 Os nossos antepassados comeram o maná no deserto; como está escrito: ‘Ele lhes deu a comer pão dos céus’”.
32 Declarou-lhes Jesus: “Digo-lhes a verdade: Não foi Moisés quem lhes deu pão do céu, mas é meu Pai quem lhes dá o verdadeiro pão do céu. 33 Pois o pão de Deus é aquele que desceu do céu e dá vida ao mundo”.
34 Disseram eles: “Senhor, dá-nos sempre desse pão!”
35 Então Jesus declarou: “Eu sou o pão da vida. Aquele que vem a mim nunca terá fome; aquele que crê em mim nunca terá sede.
Cada período da história é caracterizado por um tipo de comportamento, que é fruto de uma cosmovisão, como temos visto já a algum tempo na escola bíblica.
Tiveram períodos em que o que pesava era o nacionalismo, e portanto se busca a glória de um país. Em outro tempo, o mais importante era ajuntar riquezas, e então o trabalho era visto como algo fundamental e gerava comprometimento.
Mas esses períodos passaram, de certa maneira, e agora temos outra característica que define nosso tempo, que o “hedonismo”.
Nós vivemos em uma sociedade, em uma geração, melhor dizendo, hedonista.
E hedonismo, apenas para lembrar, é um estilo de vida cuja razão da existência é a busca por prazer.
É aquela máxima que dizem por aí: nada é errado se te faz…? feliz.
É isso que importa. O critério máximo para avaliar se uma coisa é válida ou não é minha própria satisfação.
Estar satisfeito é o mais importante.
Naturalmente, o fruto dessa perspectiva sobre a vida é um hiper-comodismo. Tudo é pensado para o seu maior conforto.
São chinelos anatômicos,
Fone de ouvido que cancela o ruído externo,
Travesseiros da NASA, que o pessoal insistem em dizer que é fabricado pela NASA
Carros que não precisam mais de motorista
PIX! Internet Banking, irmãos. Esse negócio é de Deus!
Mas é claro que viver assim deixa a gente mal acostumado. É tudo muito facilitado, e tudo muito agradável, e moldado ao meu gosto.
E aí então vem aquelas famosas frases, né: as crianças de hoje em dia não sabem ouvir não. Ou, “ah, essa geração não gosta de ser contrariada.”
Até parece que as outras gerações gostavam kkkkkk
A questão é que esse hedonismo, essa busca por prazer, influencia nossa vida. Porque é de fato bem conveniente.
E Cristo teve de lidar com isso com os seus discípulos.
No capítulo 6 de João a gente percebe Jesus fazendo um grande milagre, bem conhecido de todos nós: a multiplicação dos pães e peixes.
Que foi uma coisa maravilhosa! É um milagre tão importante no ministério de Jesus que todos os 4 evangelistas relatam para nós.
Eles contam que eram cerca de 5.000 homens, fora mulheres e crianças. O que provavelmente atingiria 10.000 pessoas. Jesus olha para aquela multidão e os alimenta.
Depois disso os discípulos entram no barco, Jesus os alcança andando sobre as águas, e no outro dia, aquela multidão que comeu do pão que Jesus multiplicou você acha que foi pra onde? No mesmo lugar onde Jesus multiplicou. Mas Jesus não estava lá. Então eles vão a procura de Jesus do outro lado do mar, e então puxam assunto: Mestre, quando foi que o senhor veio pra cá? A gente tava te procurando.
E então Jesus diz que eles estão procurando Cristo só porque eles comeram daquele pão multiplicado, mas que eles deveriam desejar o verdadeiro pão do céu, que é Cristo Jesus.
Ele diz: João 6.27
27 Não trabalhem pela comida que se estraga, mas pela comida que permanece para a vida eterna, a qual o Filho do homem lhes dará. Deus, o Pai, nele colocou o seu selo de aprovação”.
Jesus está trabalhando nas prioridades daquele povo. Jesus quer mostrar a eles que o juízo de valor que eles estão fazendo está equivocado.
O pessoal chega lá todo felizinho pra comer de novo do pão que Jesus podia multiplicar e se depara com uma pregação de Jesus sobre prioridades.
Pensa que motivador kkkkk.
Jesus já havia dado pão a eles, e não seria problema fazer isso de novo. A não ser que o povo colocasse o pão em primeiro lugar, e não o próprio Jesus.
No texto que lemos eles dão uma cobrada em Jesus. Eles dizem que antigamente o povo recebeu maná no deserto, e creram na mensagem de Moisés. Como quem diz que Jesus era obrigado a dar pão a eles para que eles cressem em Cristo.
E então Jesus surpreende ao dizwue
Aplicação:
Aplicação:
Diversas vezes as palavras de Jesus confrontam o povo. Causam estranheza.
E eu não tenho dúvidas de que ainda hoje é assim.
Do mesmo jeito que Jesus dizia coisas que eram “escandalosas” para aquele tempo, hoje também.
Essa estranheza é natural porque Jesus não tinha as mesmas prioridades da sociedade da época. E hoje não é diferente.
Causa incômodo quando percebemos Jesus condenando nossas prioridades e nossos valores. É ruim quando percebemos que nosso orgulho é reprovado por Cristo. Que coisas que amamos fazer devem ser deixadas de lado. Principalmente quando Cristo diz a nós que devemos amar a Ele em primeiro lugar. Essa é uma mensagem radical.
O texto diz que muitos deixaram Jesus por conta da dureza da sua palavra. Se passaram 2000 anos e a reação ainda é a mesma. Pessoas abandonando Jesus por insatisfação com a sua palavra.
Aquele povo queria se encontrar com Jesus porque pretendia comer mais do pão que ele multiplicou. Eles desejavam o prazer que as bênçãos de Cristo poderia dar.
Ao que ele diz: o pão que eu multipliquei nem se compara com o pão que eu sou.
Vocês não precisam somente do pão que alimenta o físico de vocês. Vocês precisam do pão que alimenta a alma!
Eu sou o pão da vida!
Mais do que das bênçãos que eu posso te dar, você precisa é de mim!
Nós, como aquele povo, queremos só aquilo que nos dá prazer, que nos dá conforto. Nós queremos o pão que Cristo multiplica, mas não queremos o impacto da sua mensagem. Nós queremos as bênçãos que Jesus pode nos dar, mas não queremos rever nossos conceitos e prioridades.
Mas Jesus nos diz, cara, eu tenho coisa melhor pra você.
C. S. Lewis tem uma frase interessante sobre nossa incapacidade de perceber a pequenez dos nossos pecados diante da grandeza de Cristo: Somos criaturas divididas, correndo atrás de álcool, sexo e ambições; desprezando a alegria infinita que se nos oferece, como uma criança ignorante que prefere continuar fazendo seus bolinhos de areia numa favela, porque não consegue imaginar o que significa um convite para passar as férias na praia.
Nós estamos procurando um alimento que não pode nos abastecer de verdade, enquanto temos aquele que é o pão da vida diante de nós.
Interessante que a resposta de Cristo à multidão quando essa procurava o pão que ele poderia dar não é de que eles estão errados em procurar prazer, percebe?
O erro deles não é a simples procura por prazer, porque essa procura é genuína. Foi o próprio Deus quem colocou em nós a capacidade de nos o olfato, e a gente se alegra com um cheiro bom. Foi ele quem deu a nós condições de sentirmos o sabor de uma lasanha. Deus nos fez capazes de sentirmos esses prazeres que a vida dá. Portanto, Jesus não está condenando a simples busca pelo pão multiplicado, mas ele está condenando o fato de eles acharem que era só isso que Jesus tinha pra dar.
E, irmãos, Jesus é muito mais do que aquilo que ele pode dar a nós.
Jesus é aquele que nos reconcilia com Deus. Jesus é o caminho, a verdade, e a vida. Jesus é a luz do mundo. Ele é a água da vida. Jesus é aquele que nos dá vida em abundância, que nos chama das trevas para sua maravilhosa luz. Jesus é o nosso salvador, nosso redentor, aquele que tem um nome que está acima de todo novo, e em nenhum outro nome há salvação!
Portanto, irmãos, em uma sociedade hedonista como a nossa, que vive em busca do prazer nas coisas dessa vida, nós precisamos entender que nossa bússula está descalibrada. Nós procuramos nessa vida o supremo prazer e alegria, quando somente Cristo pode nos bastar.
Existem inúmeros pães por aí. Mas somente ele é o pão da vida.
Quer viver procurando o prazer? Pois continue, mas procure no lugar certo. Saiba que o que você procura está guardado em Cristo Jesus.
Pra um tempo tão hedonista quanto o nosso, as pessoas precisam descobrir esse Jesus que é a fonte da verdadeira a alegria.
Será?
Será?
Mas eu fico pensando se todos nós concordamos com isso, de que Jesus é de fato a verdadeira alegria.
Por muitas vezes a impressão que dá é que as coisas de Deus são pesadas demais para carregar. É sempre muito difícil servir a Jesus.
Quando alguém no trabalho vem falar com a gente que começou a ir em uma igreja a gente quase fala: ih, rapaz, não entra nessa não...