A Ressurreição
Exposições em Marcos • Sermon • Submitted
0 ratings
· 7 viewsNotes
Transcript
Então alguns saduceus, que dizem não haver ressurreição, aproximaram-se de Jesus e lhe perguntaram:
— Mestre, Moisés nos deixou escrito que, se um homem morrer e deixar mulher sem filhos, o irmão desse homem deve casar com a viúva e gerar descendentes para o falecido. Havia sete irmãos. O primeiro casou e morreu sem deixar filhos; o segundo casou com a viúva e morreu, também sem deixar descendência; e o terceiro, da mesma forma. E, assim, os sete não deixaram descendência. Por fim, depois de todos, morreu também a mulher. Na ressurreição, quando eles ressuscitarem, de qual deles ela será a esposa? Porque os sete casaram com ela.
Jesus respondeu:
— Será que o erro de vocês não está no fato de não conhecerem as Escrituras nem o poder de Deus? Pois, quando ressuscitarem dentre os mortos, nem casarão, nem se darão em casamento, mas serão como os anjos nos céus. Quanto aos mortos, que eles de fato ressuscitam, vocês nunca leram no Livro de Moisés, no trecho referente à sarça, como Deus lhe falou: “Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó”? Ele não é Deus de mortos, e sim de vivos. Vocês estão completamente enganados.
Introdução
Introdução
A morte da Rainha Elizabeth II causou comoção em todo o mundo e nos fez pensar sobre a morte e seu efeito sobre todas as pessoas;
A morte é uma realidade para todas as pessoas, independente da classe ou condição sociais;
Porém a morte não é a realidade final, mas a ressurreição dos mortos;
Antes de sua morte, Jesus foi interpelado por uma seita acerca da veracidade da ressurreição;
Jesus afirma a realidade e a natureza da ressurreição com base nas Escrituras, ao apontar o erro dos saduceus;
I. A pergunta dos saduceus: Se a ressurreição é real, como lidar com as implicações da lei do levirato? (vs. 18-23)
I. A pergunta dos saduceus: Se a ressurreição é real, como lidar com as implicações da lei do levirato? (vs. 18-23)
A. A crença dos saduceus de que não havia ressurreição (v.18)
A. A crença dos saduceus de que não havia ressurreição (v.18)
Partido da aristocracia, associada especialmente aos principais sacerdotes;
Surgiram possivelmente dos hasmoneus;
Seu nome, possivelmente deriva de Zadoque, sumo sacerdote na época de Davi e Salomão;
Limitavam o Cânone ao Pentateuco e rejeitavam qualquer doutrina que não estava nele. Portanto, uma vez que não havia referências diretas a vida após a morte e à ressurreição nas palavras de Moisés, eles a rejeitavam diretamente.
Os fariseus não concordavam com eles;
B. A lei do levirato e uma mulher com seus sete maridos (v.19-24)
B. A lei do levirato e uma mulher com seus sete maridos (v.19-24)
A história contada pelos saduceus, trata-se de uma narrativa improvável, baseada no livro de Tobias 3 e de 2Macabeus 7;
A estória remonta ao lei do Levirato em Deuteronômio 25.5-10, em que se um homem morrer e não deixar filhos, sua viúva deveria se casa com o seu irmão, para que não ficasse abandonada e a linhagem da família tivesse continuidade;
Por trás dessa pergunta está a pressuposição de que a poligamia é errada e de que a Torá não dizia nada a respeito da ressurreição;
O intento deles era fazer Jesus negar a ressurreição ou a Torá, uma vez que havia afirmado ambas em seus ensinamentos;
II. A resposta de Jesus: A Ressurreição é uma realidade diferente da nossa (vs. 24-27)
II. A resposta de Jesus: A Ressurreição é uma realidade diferente da nossa (vs. 24-27)
A. O Erro dos Saduceus (v.24)
A. O Erro dos Saduceus (v.24)
Os saduceus se orgulhavam de extrair suas crenças do Pentateuco e das Escrituras, mas foram acusados de erro por Jesus;
Jesus ensinava com uma autoridade que não havia sendo vista e desafiava os escribas;
Não conhecer as Escrituras - eles poderiam lê-las mas não entendiam o significado delas;
Logo, não conheciam o poder de Deus - o mesmo que operou na criação e opera também na recriação;
B. A Natureza da Ressurreição (v. 25)
B. A Natureza da Ressurreição (v. 25)
Alguns comentaristas, que defendem a continuidade do casamento nos “Novos Céus e Nova Terra”, destacam que Jesus não está falando aqui a respeito da ressurreição final, mas do estado intermediário (paraíso), uma vez que os saduceus não criam nessa realidade também;
Não haverá casamento na vida após a morte - logo a analogia contada por eles não é válida;
Na ressurreição, seremos semelhantes aos anjos, no sentido de que seremos seres eternos e não precisaremos nos casar para dar continuidade a espécie porque conheceremos nossos cônjuges de outra forma, mais perfeita;
Uma vida com uma dimensão inteiramente nova - 1Coríntios 15.40-44 “Também há corpos celestiais e corpos terrestres; e, sem dúvida, uma é a glória dos celestiais, e outra, a dos terrestres. Uma é a glória do sol; outra, a glória da lua; e outra, a das estrelas. Porque até entre estrela e estrela há diferenças de glória. Pois assim também é a ressurreição dos mortos. Semeia-se o corpo na corrupção, ressuscita na incorrupção. Semeia-se em desonra, ressuscita em glória. Semeia-se em fraqueza, ressuscita em poder. Semeia-se corpo natural, ressuscita corpo espiritual. Se há corpo natural, há também corpo espiritual.”
“O poder de Deus para criar e restaurar a vida ultrapassa os limites tanto da lógica quanto da imaginação.” James Edwards
C. A Realidade da Ressurreição (vs. 26-27)
C. A Realidade da Ressurreição (vs. 26-27)
Jesus usa a referência de Êxodo 3.6 “Disse mais: — Eu sou o Deus de seu pai, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó. Moisés escondeu o rosto, porque teve medo de olhar para Deus.” Com isso ele afirma que Deus é Deus de vivos e não de mortos, ao afirmar que diante dele os patriarcas estão vivos;
Jesus usa um argumento rabínico com base gramatical totalmente aceitável, pois Deus se revela a Moisés dizendo “Eu sou” - no presente;
Jesus é a ressurreição e a vida - João 11.25 “Então Jesus declarou: — Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá.”
Aplicações
Aplicações
1. Os erros teológicos e heresias procedem do desconhecimento da Palavra de Deus e do seu poder.
1. Os erros teológicos e heresias procedem do desconhecimento da Palavra de Deus e do seu poder.
2. A ressurreição física implicará uma nova perfeição que excede o entendimento humano.
2. A ressurreição física implicará uma nova perfeição que excede o entendimento humano.
Conclusão
Conclusão
“É através das lentes da história que devemos ver os conflitos de hoje e assim, dar-nos esperança para o amanhã.” Rainha Elizabeth II
O maior conflito da história certamente foi a cruz, vencido pelo túmulo vazio, representante da ressurreição.