A VIDA COMO DISCIPULADOR (Mt 28:18-20)

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INTRODUÇÃO
Imagine passando pela seguinte situação: alguém com quem você conviveu por um bom tempo, você presenciou seus atos de bondade, seus grandes feitos, mas daí em um determinado dia, este veio a falecer. Como você reagiria ao saber que esta pessoa veio falar contigo, depois de ter morrido? Iria sair correndo, pensaria que seria um fantasma?
Os discípulos de Jesus passaram por muitas situações, viram seu Mestre realizar milagres, perdoar pecados, desafiar líderes judeus… eles sabiam que não se tratava de um ser humano qualquer. Aquele a quem os discípulos depositaram sua esperança em um mundo melhor, foi condenado à cruz, e a esperança deles parecia também ter acabado.
Só que essa esperança ressurgiu quando Ele ressuscitou dos mortos. Depois de ressuscitado, enquanto eles acreditavam na esperança de que tudo se resolveria de uma hora pra outra, Jesus deixa uma ordenança para eles. A missão dada por Ele aos discípulos foi simplesmente continuar o que Ele mesmo começou nesta terra.
Mateus 28.18–20 NVI
18 Então, Jesus aproximou-se deles e disse: “Foi-me dada toda a autoridade nos céus e na terra. 19 Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo,20 ensinando-os a obedecer a tudo o que eu lhes ordenei. E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos”.
Estes três versículos fazem parte daquilo que é conhecido como? Alguém sabe? A grande comissão.
A GRANDE COMISSÃO E A IGREJA
O que é fazer discípulos de todas as nações? Será que é só pra pastores e missionários? Então, para quem é? Será que precisamos deixar nossa família, nossos amigos, nossos empregos, estudos, etc. pra poder sair pelo mundo cumprindo a ordem de Jesus?
MAIS QUE UM PROGRAMA
Quero que vocês compreendam que esta ordem é muito mais que um programa. O pastor Ramonn comentou um pouco a respeito disso na conferência missionária. A ideia é como se o evangelismo e a ordem de fazer discípulos fosse apenas uma programação especial em que nós saímos por aí, entregamos folhetos, oramos por alguém (isto não é errado), mas não pode parar por aí.
Fazer discípulos é algo que leva toda uma vida, a partir do momento em que você se converteu e compreendeu o chamado de Jesus, está recebendo, também, a ordenança de fazer discípulos. A Grande Comissão fala de três ações a serem cumpridas: ir, batizar pessoas e ensinar elas a obedecerem a tudo o que Jesus ordenou que fosse ensinado. Será que isso tem sido feito?
É necessário que haja o entendimento que não é um curso que a gente conclui em pouco tempo. O discipulado é uma caminhada por toda a vida! O tempo todo nós discipulamos e somos discipulados por outros. Mas todos aqui sabemos como não é fácil. Jesus já disse que Seu ensino iria confrontar a muitos, e por várias vezes somos rejeitados pelos ensinamentos que passamos aos outros.
João 15.18–20 NVI
18 “Se o mundo os odeia, tenham em mente que antes me odiou. 19 Se vocês pertencessem ao mundo, ele os amaria como se fossem dele. Todavia, vocês não são do mundo, mas eu os escolhi, tirando-os do mundo; por isso o mundo os odeia. 20 Lembrem-se das palavras que eu lhes disse: Nenhum escravo é maior do que o seu senhor. Se me perseguiram, também perseguirão vocês. Se obedeceram à minha palavra, também obedecerão à de vocês.
O PRIMEIRO PASSO
Levar a vida como um discipulador é enxergar as pessoas ao nosso redor com um olhar diferente, não interesseiro, mas de compaixão e amor, de preocupação e cuidado a fim de que o outro esteja bem. Todos aqui foram criados à imagem de Deus, certo? Jesus colocou pessoas no seu caminho para você poder influenciar positivamente de acordo com os ensinos dEle. Quando você discipula alguém, não é para que esta pessoa se torne o seu discípulo, mas sim mais um discípulo de Jesus. Existe alguém que você gostaria de discipular, levar esta pessoa até Jesus?
Depois desta mensagem, quero que você dedique alguns minutos de oração por esta pessoa.
O CORAÇÃO DO DISCIPULADOR
Nós falamos sobre ser alguém que discipula, mas e aí? Devemos refletir qual é a nossa motivação. Tem muita igreja por aí obrigando seus membros a discipularem, ficam questionando quantos foram discipulados por determinada pessoa, como se nós tivéssemos uma meta a cumprir e o fato da pessoa se converter fosse um mérito nosso e não da ação do Espírito Santo. É claro que temos de nos dispor, pois somos usados como instrumento do Senhor nesse propósito, o problema é quando nos orgulhamos com a quantidade de pessoas que conhecem a Jesus através de nós ou ficamos frustrados quando não acontece da maneira que esperamos.
Deus Se importa com o nosso coração, então, seja nas situações em que discipulamos pessoas e elas se convertem, a glória é de Deus, porém quando elas não se convertem, a glória também é de Deus, pois Ele é o agente neste processo! Tenha certeza de que você cresce espiritualmente muito mais quando caminha junto com outra pessoa.
1Pedro 5.2 NVI
2 pastoreiem o rebanho de Deus que está aos seus cuidados. Olhem por ele, não por obrigação, mas de livre vontade, como Deus quer. Não façam isso por ganância, mas com o desejo de servir.
O seu coração precisa estar tão ligado a Deus a tal ponto de não olhar para alguém que está sendo discipulado por você como se este fosse inferior. Se em seus ensinos você transmite arrogância, sentimento de superioridade, não está transmitindo o ensino de Jesus. O ensino deve ser com amor e paciência, claro que exortando quando necessário, chamando a atenção, mas se lembre que o impacto precisa ser positivo e não negativo na vida do outro.
1Coríntios 13.1–3 NVI
1 Passo agora a mostrar-lhes um caminho ainda mais excelente. Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o sino que ressoa ou como o prato que retine. 2 Ainda que eu tenha o dom de profecia e saiba todos os mistérios e todo o conhecimento, e tenha uma fé capaz de mover montanhas, se não tiver amor, nada serei. 3 Ainda que eu dê aos pobres tudo o que possuo e entregue o meu corpo para ser queimado, se não tiver amor, nada disso me valerá.
Nestes versículos, o apóstolo Paulo nos deixa claro que até mesmo as ações mais impressionantes e maravilhosas, ainda que você se sacrifique, se não for motivado pelo amor de Deus, isto é inútil.
Só que é fácil amar e querer discipular pessoas que nos fazem bem. E quando Deus nos chama a amar e discipular pessoas que não gostamos muito? Devemos nos lembrar que Jesus amou pessoas que O cruficicaram, que O negaram e que O abandonaram durante Sua prisão e morte. Não é fácil, mas se Deus chama, nos Ele capacita a realizarmos Sua obra de maneira eficiente.
O foco maior em nossas ações é fazer com que todos conheçam o amor de Deus, se sintam verdadeiramente amadas e valorizadas. Quando demonstramos amor, levamos as pessoas ao desejo de amar a Deus e a obedecê-lO. As motivações com que nos movemos para ensinar a Palavra aos outros nos mostram se realmente nos importamos com a igreja de Cristo ou não.
O ENSINO PELO EXEMPLO
O discipulado precisa estar naturalmente acompanhado das ações práticas que servem de exemplo. Dá muito mais sentido à verdade ensinada quando praticamos o que ensinamos. Para que os outros demonstrem amor, precisamos nós primeiramente amá-los. Para que outros desejem orar e ler mais a Bíblia, devemos demonstrar pelo exemplo o valor e a importância destas práticas espirituais.
Discipular é um desafio grande. Não é fácil se dispor, mas dá uma alegria muito grande poder servir. Se você, primeiramente, não tem o seu coração entregue a Cristo, você não consegue discipular, ainda não está pronto. Mas isso não significa, também, que você precisa esperar ser perfeito pra começar a discipular outros, até porque irá se frustrar vendo que não consegue ser perfeito.
O discipulado começa com a humildade, somente alguém com coração humilde e generoso consegue se doar, alguém que entende que é pecador e que precisa constantemente buscar um relacionamento com Jesus e, a partir desse relacionamento, poderá ser usado no processo de discipulado.
PERGUNTAS:
Para poder discipular, quais medidas práticas precisamos ter além de orarmos?
Que mudanças precisamos fazer em nossas vidas para vivermos as verdades que queremos ensinar aos outros?
Examine seu coração. Você realmente quer fazer discípulos? Se sim, por quê? Quais são suas motivações?
Pense em alguém que deseja discipular e separe um momento de oração por esta pessoa. Peça para que Deus te capacite e te oriente neste propósito.
Vamos orar?
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