A grande Permuta Isaías 6:6-7
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INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO
Como minha vida está relacionada à minha teologia? É uma ideia relativamente moderna separar a teologia como ciência da teologia como reflexão prática sobre a vida.
Observem como é frequente na estrutura das cartas paulinas, por exemplo, a passagem do indicativo para o imperativo, das observações teológicas para as aplicações práticas. O intercâmbio entre a teoria teológica e a vida cristã é semelhante.
GOSTARIA DE COMPARTILHAR COM VOCÊS UM PENSAMENTO DE UM PATRÍSTICO DO SÉCULO IV
Gregório de Nazianzo, ou Gregório Nazianzeno, foi um Patriarca de Constantinopla, teólogo e escritor cristão. Conhecido também por Gregório Teólogo ou Gregório, o Teólogo, é amplamente considerado como o mais talentoso retórico da era patrística.
Originário da Capadócia, Gregório foi ilustre teólogo, orador e defensor da fé cristã no século IV. Tornou-se célebre pela precisão de sua doutrina, pela qual defendeu a fé trinitária em meio às confusões causadas por diversas heresias. Devido a seu talento para se expressar, chegou também a ser admirado pelos pagãos, que o saudavam por sua sabedoria.
Quando Gregório de Nazianzo se encontrou envolvido em discussões difíceis sobre a natureza do Deus trino, sem hesitação ele argumentou que a vida e a teologia são inseparáveis. A religião é tornada trivial, advertiu Gregório, quando alguém se aproxima dela obcecado com “estabelecer e resolver charadas” em vez de uma atitude de adoração.
OUTRO NOME QUE GOSTARIA DE CITAR AQUI É O DE KEVIN J. VANHOOZER.
Os cristãos aprendem doutrina a fim de participar profunda, apaixonada e verdadeiramente no drama da redenção. A apreensão meramente intelectual, sem a apropriação do coração e das mãos, conduz somente à hipocrisia.
MEUS AMADOS IRMÃOS
O orgulho e a arrogância que muitas vezes acompanham a discussão teológica não são simples tentação do pastor dominador ou do professor condescendente: são uma tentação para todos nós.
Quando falamos de Deus, uma estranha tentação pode ocorrer. De modo sutil, começamos a nos confundir com Deus. Pensamos que nossas palavras, nosso entendimento, nossas convicções refletem perfeitamente a sua verdade.
O fato é que nós não somos Deus. Temos pontos cegos – nem mesmo enxergamos inteiramente como todas as coisas cooperam juntas. As marcas de uma teologia corrupta incluem surtos de ira, inveja, divisão e contenda (Gl 5.19–21),
Porque as obras da carne são manifestas, as quais são: adultério, fornicação, impureza, lascívia,
Idolatria, feitiçaria, inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias,
Invejas, homicídios, bebedices, glutonarias, e coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos declaro, como já antes vos disse, que os que cometem tais coisas não herdarão o reino de Deus.
Gálatas 5:19-21
OLHANDO NOSSO TEMA E TEXTO DE HOJE
A GRANDE PERMUTA
Porém um dos serafins voou para mim, trazendo na sua mão uma brasa viva, que tirara do altar com uma tenaz;
E com a brasa tocou a minha boca, e disse: Eis que isto tocou os teus lábios; e a tua iniquidade foi tirada, e expiado o teu pecado.
Isaías 6:6,7
NO SERMÃO PASSADO ENCONTRAMOS ISAÍAS TOTALMENTE DESFEITO, VENDO-SE COMO LEPROSO MORAL NA PRESENÇA DE UM DEUS INFINITAMENTE SANTO.
SE DEIXÁSSEMOS ISAÍAS LÁ NÃO HAVERIA NENHUMA ESPERANÇA PARA ELE NEM PARA NÓS. MAS DEUS NÃO DEIXOU ISAÍAS EM SUA CONDIÇÃO DESESPERADORA. ANTES, DEUS LHE ENVIOU SERAFINS
ISSO TEM HAVER COM A GENTE, VOCÊS QUEREM VER, VAMOS RELEMBRAR AS PALAVRAS DO APÓSTOLO PAULO EM EFÉSIO 2:4-5.
Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou,
Estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos),
Efésios 2:4,5
OLHANDO ISAÍAS 6.6 Esse versículo fala das profundezas da graça de Deus. Isaías não roga por misericórdia nem faz grandes votos, caso Deus o liberte. Toda a evidência deixa claro que ele considera seu caso sem esperança. Todavia, do meio da fumaça surgem os serafins com uma brasa purificadora.
O EVANGELHO PARA ISAÍAS
Deus não disse a Isaías: “Sinto muito por você se sentir tão mal sobre si mesmo. você é realmente uma boa pessoa”.
Pelo contrário ele falou da condição real de Isaías: sua culpa e seu pecado.
As boas novas do evangelho não se amparam na visão modesta que temos de nós mesmos ao afirmarmos que não somos tão maus;
As boas-novas se relacionam com o fato de Deus através de Cristo, lidar com a nossa maldade.
MEUS IRMÃOS, como deus pôde dizer a Isaías que sua culpa tinha sido tirada?
DEUS SIMPLESMENTE VARRE NOSSA CULPA PARA DEBAIXO DO TAPETE?
Não, a justiça de Deus precisa ser satisfeita. O menor pecado aos nossos olhos é rebelião contra a soberania de Deus e deve ser justamente punida.
ENTÃO COMO DEUS PERDOOU O PECADO DE ISAÍAS? É simples, ele perdoou Isaías e também nos perdoa através da morte de Cristo.
JOÃO ESCREVE EM APOCALIPSE 1.5.
E da parte de Jesus Cristo, que é a fiel testemunha, o primogênito dentre os mortos e o príncipe dos reis da terra. Àquele que nos amou, e em seu sangue nos lavou dos nossos pecados,
PORTANTO, a justiça e a misericórdia de Deus se encontram na cruz e foram devidamente magnificadas.
O texto bíblico nos informa que os serafins tocaram a boca de Isaías com a brasa viva do altar. Os lábios impuros do profeta fizeram com ele tivesse ciência de seu pecado, então, os seus lábios foram limpos com a brasa viva.
VOCÊ PRECISA ESCUTAR ISSO NAS ESCRITURAS.
E, quando vós estáveis mortos nos pecados, e na incircuncisão da vossa carne, vos vivificou juntamente com ele, perdoando-vos todas as ofensas,
Colossenses 2:13
COMO SE PAULO ESTIVESSE DIZENDO: “Ponderem sobre isso. Continuem a refletir que a vocês, sim, até mesmo a vocês, tão profundamente decaídos, tão irremediavelmente perdidos, tão completamente corrompidos em estado e condição, foi outorgada essa graça” (cf. Ef 2.1,5).
PERDÃO E JUSTIÇA
CONTUDO, tão importante quanto o perdão de nossos pecados - há mais no evangelho do que o perdão. Há também justiça de Cristo, que é imputada a todos que confiam nele.
Àquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus.
2 Coríntios 5:21
NOSSA CONDIÇÃO
QUAL É A CONDIÇÃO DAQUELES POR QUEM DEUS FEZ ALGO?
MEUS IRMÃOS PRESTEM BASTANTE ATENÇÃO EM ROMANOS 5:6-10.
Porque Cristo, estando nós ainda fracos, morreu a seu tempo pelos ímpios.
Porque apenas alguém morrerá por um justo; pois poderá ser que pelo bom alguém ouse morrer.
Mas Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores.
Logo muito mais agora, tendo sido justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira.
Porque se nós, sendo inimigos, fomos reconciliados com Deus pela morte de seu Filho, muito mais, tendo sido já reconciliados, seremos salvos pela sua vida.
PAULO NOS DESCREVEU COMO FRACOS (ou que não se pode ajudar), ÍMPIOS, PECADORES E INIMIGOS DE DEUS.
Embora Adão tenha sido criado à imagem de Deus, pela sua rebelião no jardim, a imagem foi seriamente desfigurada e a raça humana inteira se tornou inimiga de Deus, objeto da sua ira.
Efésios 2:3
Entre os quais todos nós também antes andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como os outros também.
QUAL É A SOLUÇÃO? PAULO CONTINUOU EM EFÉSIOS 2:4-6.
Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou,
Estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos),
E nos ressuscitou juntamente com ele e nos fez assentar nos lugares celestiais, em Cristo Jesus;
OBSERVEM AS PALAVRAS QUE PAULO USOU: rico em misericórdia, grande amor, graça.
MEUS IRMÃOS PEDRO DISSE EM 2PE 2.4.
Porque, se Deus não perdoou aos anjos que pecaram, mas, havendo-os lançado no inferno, os entregou às cadeias da escuridão, ficando reservados para o juízo;
ORA, Deus poderia ter feito o mesmo com a raça humana e mesmo assim ter sido perfeitamente justo.
PORÉM, Deus, pelo seu próprio amor e misericórdia, fez algo por nós. Por amor a nós ele fez ago com seu filho.
NO PRÓXIMO SERMÃO VAMOS SABER O QUE DEUS FEZ AO SEU FILHO.
VOLTANDO A NOSSA INTRODUÇÃO
Os reformadores estavam dispostos a chamar a teologia de ciência, desde que fosse entendida como uma ciência prática (scientia practica) em vez de especulativa (scientia speculativa). William Ames (1576–1633) definiu a teologia como o “ensino [doctrina] de viver diante de Deus”. O autor entendia que a verdadeira teologia é inevitavelmente uma teologia vivida. Dada essa atividade recíproca entre a reflexão e a vida, creio que existem certos elementos que devem acompanhar qualquer bom teólogo e boa teologia. A tentativa de separar a vida da teologia faz perder a beleza e a verdade de ambas.