O que me move?
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· 29 viewsA comissão de Paulo como Apóstolo de Jesus, o Messias, o motiva a usar seus dons para fortalecer a igreja em Roma com uma explicação detalhada do Evangelho, por meio do qual o dom divino da justiça é revelado e recebido pela fé no Filho de Deus encarnado (1:1–17). Carlos Osvaldo Cardoso Pinto, Foco e desenvolvimento no Novo Testamento; Foco no Novo Testamento (São Paulo: Hagnos, 2008), 237.
Notes
Transcript
Encontrando sentido e alegria no serviço do ministério confiado por Deus
1 Paulo, servo de Jesus Cristo, chamado para ser apóstolo, separado para o evangelho de Deus, 2 o qual foi por Deus, outrora, prometido por intermédio dos seus profetas nas Sagradas Escrituras, 3 com respeito a seu Filho, o qual, segundo a carne, veio da descendência de Davi 4 e foi designado Filho de Deus com poder, segundo o espírito de santidade pela ressurreição dos mortos, a saber, Jesus Cristo, nosso Senhor, 5 por intermédio de quem viemos a receber graça e apostolado por amor do seu nome, para a obediência por fé, entre todos os gentios, 6 de cujo número sois também vós, chamados para serdes de Jesus Cristo. 7 A todos os amados de Deus, que estais em Roma, chamados para serdes santos, graça a vós outros e paz, da parte de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo. 8 Primeiramente, dou graças a meu Deus, mediante Jesus Cristo, no tocante a todos vós, porque, em todo o mundo, é proclamada a vossa fé. 9 Porque Deus, a quem sirvo em meu espírito, no evangelho de seu Filho, é minha testemunha de como incessantemente faço menção de vós 10 em todas as minhas orações, suplicando que, nalgum tempo, pela vontade de Deus, se me ofereça boa ocasião de visitar-vos. 11 Porque muito desejo ver-vos, a fim de repartir convosco algum dom espiritual, para que sejais confirmados, 12 isto é, para que, em vossa companhia, reciprocamente nos confortemos por intermédio da fé mútua, vossa e minha. 13 Porque não quero, irmãos, que ignoreis que, muitas vezes, me propus ir ter convosco (no que tenho sido, até agora, impedido), para conseguir igualmente entre vós algum fruto, como também entre os outros gentios. 14 Pois sou devedor tanto a gregos como a bárbaros, tanto a sábios como a ignorantes; 15 por isso, quanto está em mim, estou pronto a anunciar o evangelho também a vós outros, em Roma. 16 Pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego; 17 visto que a justiça de Deus se revela no evangelho, de fé em fé, como está escrito: O justo viverá por fé.
Introdução:
1. O que te faz levantar da cama pela manhã e viver com alegria? Quem é você e qual é o seu papel no maravilhoso projeto de Deus? Até os meus 17 anos eu não fazia a menor ideia de quem eu era e o que queria fazer da minha vida, vivia desmotivado e gastava o meu tempo em festas e esportes. Até que Cristo me salvou e transformou toda a minha vida e perspectiva de mundo.
2. É encantador olhar para a vida do apóstolo Paulo e ver que toda a sua vida era movida para cumprir o ministério que recebeu do Senhor Jesus Cristo. Ele diz em Atos 20.24:
24 Porém em nada considero a vida preciosa para mim mesmo, contanto que complete a minha carreira e o ministério que recebi do Senhor Jesus para testemunhar o evangelho da graça de Deus.
Paulo não diz que a sua vida não era preciosa, mas que não era preciosa para si mesmo. Ele vivia para Cristo e não para si. Ele corria uma carreira e trabalhava num ministério recebido e não buscado ou escolhido por ele próprio.
Antes do seu encontro com Cristo Paulo "respirava ameaças e morte contra os discípulos do Senhor" (Rm 9.1), mas depois do encontro com o Senhor Jesus na estrada de Damasco ele passou a viver para frutificar pra Deus e alcançar o maior número possível de gentios para oferecê-los como uma oferta aceitável a Deus (Rm 15.16).
QUANTAS PESSOAS TEMOS ALCANÇADO PARA CRISTO? QUANTAS PESSOAS IREMOS OFERECER A DEUS COMO OFERTA ACEITÁVEL E SANTIFICADA PELO ESPÍRITO SANTO?
Quero afirmar que a sua vida é muito preciosa para o Senhor Jesus Cristo e que ele tem um ministério para você. Te desafio a rever a sua identidade, estabelecer a sua prioridade e a viver com intensidade para Deus.
Veremos no sermão de hoje pela manhã e no da noite que:
PROPOSIÇÃO: A convicção que Paulo tinha da sua dívida diante de Deus e dos homens, atrelada ao conhecimento da sua identidade de servo e da vocação apostólica que recebera de Jesus, o Messias, o motivou a se consagrar totalmente com o objetivo de frutificar ainda mais pra Deus por meio da proclamação do Evangelho que justifica o homem por meio da fé (1:1–17).
Em outras palavras: A convicção da obrigação, atrelada à convicção da identidade, ajuda-nos a estabelecermos prioridades e vivermos de forma dependente e com intensidade para Deus.
S.T.: Desejoso por frutificar para Deus, Paulo encarou o seu ministério com um forte senso de obrigação, uma atitude interna de prontidão e de ousadia para a proclamação do Evangelho. Esse senso que envolvia obrigação, prontidão e proclamação está diretamente ligado a três questões perceptíveis na vida de Paulo. Ele era um homem:
1. Convicto da sua Identidade (Rm 1.1)
• Ele é servo de Jesus Cristo - Ser servo de Jesus para Paulo implicava em deixar de servir ao pecado e passar a servir a justiça. Os membros do corpo devem servir à justiça para a santificação, tendo por recompensa a vida eterna. Quando alguém está em Cristo, está debaixo do seu reinado e deve viver segundo a forma de doutrina a que foi inserido. Qualquer cristão deveria se identificar como servo de Cristo.
• Os romanos deveriam se ver como servos de Cristo uma vez que foram "chamados para serem de Cristo Jesus". Essa declaração está diretamente relacionada a todo o apelo de Paulo a esses irmãos. Já que foram comprados e pertencem a Cristo, devem viver de conformidade com a Sua Palavra e consagrar a Ele todos os seus corpos e bens (santificação, Rm 12.1-2, e todos os seus recursos, Rm 15).
i. Serve no espírito (Rm 1.9) - VPAI1S
ii. Serve na presença de Deus (Rm 1.9)
2. Consciente da sua Prioridade ( Rm 1.1,5)
• Chamado para ser apóstolo de Cristo Jesus
i. Ele foi separado para o Evangelho (Rm 1.1; At 9.15-16)
ii. Ele recebeu seu apostolado pela graça (Rm 1.5) - Não devemos separar a graça do apostolado como se fossem duas coisas distintas aqui. Paulo está usando uma figura de linguagem chamada hipálage[1]. A expressão deve ser traduzida como a graça do apostolado ou o apostolado graciosamente concedido.
[1] “Hipálage”, figura de linguagem pela qual um substantivo ou um adjetivo é posto numa forma ou num caso diferente daquilo que gramaticalmente deve ser.
1. A abrangência do seu apostolado - "todos os gentios". Seu ministério não estava restrito a uma localidade apenas.
a. Ele tinha autoridade para ministrar à igreja de Roma (Rm 1.6)
• Sobre os romanos:
1. Eram de Jesus Cristo (Rm 1.6) - servos como Paulo. De propriedade de Cristo.
2. Eram amados de Deus (Rm 1.7)
3. Foram chamados para serem santos (Rm 1.7) - mesmo estando em Roma.
4. Faziam parte da família de Deus juntamente com Paulo, mesmo sendo gentios (Rm 1.7).
3. Dependente e com intensidade (Rm 1.13-15)
a. Dependente de Deus e da igreja
i. Paulo compreende que o ministério é dado por Deus (Rm 1.1,5) - o que confia o ministério é o mesmo que capacita para o ministério. Nossa suficiencia vem de Deus. Paulo servia no Espírito e não na sua força.
ii. Paulo compreende que a salvação depende de Deus - chamados para serdes de Jesus (Rm 1.6). Ele prega, mas ele compreende que só Deus é quem pode efetuar a salvação na vida dos ouvintes (Rm 8.30).
iii. Paulo compreende que graça e paz só podem vir de Deus e de Cristo Jesus(Rm 1.7). A graça salva, liberta, capacita e a paz com Deus nos ajuda a vivermos bem e toda e qualquer situação.
iv. Paulo compreende que os frutos na vida dos cristãos são o resultado da ação de Deus (Rm 1.8) - Ele agradece porque reconhece que é Deus quem efetua todo o processo salvífico na vida do crente.
v. Paulo compreende que os planos se realizam segundo a vontade de Deus (Rm 1.10)
Diante disso:
1. Ele ora (submissão) - impedido de visitar os irmãos (provavelmente devido ao seu trabalho missionário em lugares onde Cristo não tinha sido anunciado).
2. Ele planeja (ação)
vi. Paulo compreende a necessidade da igreja na vida dele
1. Para o seu próprio encorajamento (Rm 1.12)
2. Para o avanço do seu ministério (Rm 15.24; Rm 16.3,9,13,)
b. Consagrado a Deus
i. Incansável intercessor (Rm 1.9) – Paulo é apóstolo, já foi usado por Deus em várias ocasiões, mas não deixou de acreditar que é Deus quem faz a Sua obra. Ele ora e trabalha, trabalha e ora. Ele ora pela igreja, mas também pede para a igreja orar por ele (1Ts 5.25). É importante olharmos para a abrangência da oração e a constância em que ela acontece.
ii. Profícuo encorajador (Rm 1.11) – seu desejo é confirmar a igreja. Ele deseja não apenas fazer isso por carta, mas também face a face. Paulo sabe que sua vida é útil nas mãos de Deus e não age com falsa modéstia. A sua vida na vida de outros fortaleceria a fé deles.
iii. Diligente pregador (Rm 1.15) – Ele foi chamado para pregar e era isso que ele fazia. Ele sabia que Deus salva os homens pela loucura da pregação. Ele vive pra Deus, mas fala sobre Deus. Só fala do evangelho quem foi alcançado pelo Evangelho e impactado por ele. Paulo tem senso de obrigação
Conclusão: