Como perseverar na fé (2Tm 3.10-17)
Apresentação
Introdução Geral
Introdução da carta
Quando, todavia, a proibição foi estendida a todo o império, mesmo os antigos amigos de Paulo que trabalhavam para o governo romano na província da Ásia (cf. At 19.31) abandonaram o apóstolo (1.15), possivelmente uma referência à falta de disposição de testemunharem a seu favor.
A mudança drástica na política governamental e as novas ameaças que ela certamente traria, associadas com a possibilidade iminente de sua própria morte, foram as razões externas para Paulo escrever esta carta a seu discípulo mais próximo
Qual é o objetivo desta carta?
Em primeiro lugar, havia a necessidade de encorajar Timóteo em face do sofrimento inescapável. Paulo, que tinha sofrido muito nas mãos dos judeus, agora encoraja seu jovem parceiro a levar adiante o seu trabalho e participar dos sofrimentos como “um bom soldado de Cristo Jesus” (2.3), agora que Roma, não mais Jerusalém, seria a principal fonte de oposição.
Em segundo lugar, havia a necessidade da presença de Timóteo ao lado de Paulo à medida que se aproximava o tempo de sua morte. 2Timóteo não é tanto um testamento quanto uma convocação a que Timóteo viesse ter com Paulo e assumisse o bom combate da fé em lugar do apóstolo (cf. 2.2).
Em terceiro lugar, há o testemunho de um veterano servo de Deus a uma geração mais jovem, com o propósito de promover a causa a despeito das severas consequências de uma lealdade constante a Jesus Cristo.
1. Continue firme na tarefa da imitação (2Tm 3.10-13)
A. Expressões de obediência ativa (v. 10)
1. meu ensino, minha conduta, meu propósito (quanto à relação possível destes três, ver abaixo).
2. minha fé, minha longanimidade, meu amor, minha paciência
B. Expressões de obediência passiva (v. 11)
minhas perseguições (aquelas que experimentei), meus sofrimentos.
A particular extension of the term ἀγωγή is to those who are to be guided or educated, i.e., children.
Mas quando, no caso de Paulo, o ensino e a conduta estão em bela harmonia, não fica dúvida legítima quanto ao propósito da vida de alguém. Já no tempo da primeira visita de Paulo a Listra, Timóteo, sem dúvida, se persuadira de seu propósito e o fizera o seu. O regresso heroico do apóstolo (na própria primeira viagem missionária) à mesma cidade em que o havia apedrejado quase até a morte, fez com que este propósito ficasse ainda mais claro (ver especialmente At 14.22), e ainda mais, como algo que devia ser imitado. Experiências posteriores serviram para aclarar mais ainda e dar maior intensidade a essa “meta na vida”.
A vívida lembrança dessas aflições, que passam em rápida sucessão ante os olhos da mente de Paulo, levam-no, à guisa de contraste, a exclamar: todavia (καί é indubitavelmente adversativa aqui) de todas elas o Senhor me livrou! Que o tímido Timóteo se lembre disso (Sl 27.1–5; Sl 91; 125; Is 43.2; Na 1.7). O Senhor sempre resgata seu povo, com frequência da morte, às vezes por meio da morte. De qualquer modo, nada os separa de seu amor (Rm 8.38, 39).
As cicatrizes são o preço que todo crente paga por sua lealdade a Cristo. Essas são também as credenciais diante de Deus.
2. Continue firme na tarefa de viver pela Palavra (2Tm 3.14-17)
No NT, a palavra é importante com relação à permanência de Deus em contraste com a mutabilidade humana e terrena
a. O caráter fidedigno daqueles que haviam instruído Timóteo nessas doutrinas (v. 14b); e
b. a excelência superior das sagradas letras sobre as quais essas doutrinas estão baseadas (v. 15).