Religião e Política
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Por onde quer que fores
Por onde quer que fores
57 Quando andavam pelo caminho, um homem lhe disse: “Eu te seguirei por onde quer que fores”.
58 Jesus respondeu: “As raposas têm suas tocas e as aves do céu têm seus ninhos, mas o Filho do homem não tem onde repousar a cabeça”.
Sempre que leio esse texto sou levado a pensar sobre as diferenças entre a maneira como Jesus encarava os compromissos de ser discípulo dele e a forma como nos entendemos isso hoje.
Quando o homem que se encontrou com Jesus no caminho anunciou que o seguiria para qualquer lugar, que desejava ser seu discípulo e entregar a Jesus sua total lealdade, o Senhor lembrou àquele homem que essa decisão tinha conseqüências.
A resposta de Jesus foi mais ou menos assim:
Sim. Eu sou o Filho do Homem de quem o profeta Daniel falou. Todo o poder, e a glória e o domínio me foram entregues. O meu reino não tem fim, nem limites. Mas aqui neste mundo aliado aos poderes rebeldes ao Pai, eu não tenho onde reclinar a cabeça. Se você decidir me seguir, vai participar comigo da glória futura do Reino, mas, agora, você também não terá onde reclinar a cabeça. É isso realmente que você quer?
O que Jesus quis dizer com isso? Será que ele não tinha um lugar para dormir? Bom, o ministério de Jesus realmente foi itinerante, mas a Bíblia não fala que ele e seus discípulos vivessem como indigentes sem teto.
Sobre o que ele está falando, então? Penso que Jesus está afirmando que ao declararmos nossa lealdade a ele, nós estamos rejeitando a cobertura e a proteção dos poderes deste mundo e decidindo confiar na soberania e na provisão de Deus para nós.
De fato Jesus abriu mão de ser amparado pelos poderes deste mundo. Ao ser tentado no deserto, ele recebeu três propostas para se aliar aos poderes espirituais rebeldes a Deus; mas Jesus as rejeitou, porque não queria o apoio deles, por isso ele diz que não tinha onde reclinar a cabeça, embora fosse o rei prometido pelos profetas.
É bem possível que isso tenha quebrado um pouco a frase de efeito daquele homem… Por onde quer que fores. Mas Jesus precisava deixar claro que aquele que declara sua lealdade a Ele, está rejeitando os poderes deste mundo e também será rejeitado por eles.
Dois desses poderes são a Religião e Política, assuntos sobre quais não se deve discutir (conforme o ditado popular). Vejamos o que podemos aprender com Jesus a respeito deles
O poder da Religião
O poder da Religião
Um desses poderes que Jesus rejeitou (e por Ele foi rejeitado) é o Poder da Religião. É contra esses poderes que o apóstolo Paulo afirma que é a nossa luta, porque eles são hábeis em criar mentiras sobre Deus, com o propósito de denegrir Sua imagem e nos afastar dele.
Uma das mentira que a religião conta para as pessoas é que o amor de Deus é uma resposta às coisas certas que fazemos. A religião afirma que podemos mostrar pra Deus que lá no fundo somos pessoas boas, e que estamos nos esforçando para ser ainda melhores.
Mas Jesus guardou suas palavras mais duras e contundentes para os religiosos: aqueles que acreditam e promovem a mentira de que nossos esforços pessoais em acertar são a chave que abre as portas do amor de Deus e, por isso, gastam suas vidas tentando disfarçar seus erros e pecados.
Certamente o Senhor se alegra com nosso desejo de viver uma vida bonita e fazer o que certo aos seus olhos, mas repudia a mentira de que Ele só nos ama quando fazemos coisas certas.
A prova disso é que Cristo entregou sua vida não por gente certinha, mas por homens e mulheres rebeldes e pecadores. Paulo fala isso com muita clareza em sua carta aos irmãos de Roma.
8 Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de Cristo ter morrido por nós quando ainda éramos pecadores.
As palavras de Paulo ecoam o ensinamento de Jesus. Certo dia, ele foi recriminado pelos religiosos por comer na companhia de pessoas de reputação questionável, mas ele não se rendeu aos poderes da religião e deixou bem claro que o amor de Deus não é condicionado por pela nossa justiça.
10 Estando Jesus em casa, foram comer com ele e seus discípulos muitos publicanos e “pecadores”.
11 Vendo isso, os fariseus perguntaram aos discípulos dele: “Por que o mestre de vocês come com publicanos e ‘pecadores’?”
12 Ouvindo isso, Jesus disse: “Não são os que têm saúde que precisam de médico, mas sim os doentes.
13 Vão aprender o que significa isto: ‘Desejo misericórdia, não sacrifícios’. Pois eu não vim chamar justos, mas pecadores”.
Travesseiros da Religião
Travesseiros da Religião
A Poderes da Religião tremem diante das palavras de Jesus. Porque o Senhor denuncia sua mentira e restaura a verdade de que Deus é amor; amor cheio de misericórdia.
Os poderes da Religião rejeitaram o Filho do Homem porque através de Jesus foi restabelecida a verdade sobre Deus. Da mesma forma eles rejeitarão todo aquele que decidir seguir a Jesus e ser seu discípulo.
Então, você precisa compreender que ao se declarar leal a Cristo você está rompendo com esses poderes. E que entregar a Jesus sua lealdade é deixar de lado as recompensas oferecidas pela religião, os travesseiros que ela oferece para reclinar a cabeça.
Justiça Própria
Justiça Própria
A religião induz as pessoas a acharem que estão fazendo tudo certinho, porque ela oferece regras a serem cumpridas e promete salvação para quem as cumprir. Mas esse senso de dever cumprido que os religioso sente quando faz algo certo não corresponde à realidade. Todos nós somos incompletos, incompetentes e inconstantes.
A ilustração de Jesus
A ilustração de Jesus
Jesus ilustrou esse engano da religião contando a história de um religioso fariseu, que foi à sinagoga orar na mesma ora em que um publicano estava lá. Publicanos eram cobradores de impostos, quase sempre acusados de desonestidade e de traição, e considerado entre os piores pecadores.
9 A alguns que confiavam em sua própria justiça e desprezavam os outros, Jesus contou esta parábola:
10 “Dois homens subiram ao templo para orar; um era fariseu e o outro, publicano.
11 O fariseu, em pé, orava no íntimo: ‘Deus, eu te agradeço porque não sou como os outros homens: ladrões, corruptos, adúlteros; nem mesmo como este publicano.
12 Jejuo duas vezes por semana e dou o dízimo de tudo quanto ganho’.
13 “Mas o publicano ficou à distância. Ele nem ousava olhar para o céu, mas batendo no peito, dizia: ‘Deus, tem misericórdia de mim, que sou pecador’.
14 “Eu lhes digo que este homem, e não o outro, foi para casa justificado diante de Deus. Pois quem se exalta será humilhado, e quem se humilha será exaltado”.
Os discípulos de Jesus não reclinam sua cabeça sobre o travesseiro da justiça própria, oferecido pela religião. Nós sabemos que somos pecadores e que não temos o direito nem levantar a cabeça para o céu, por isso clamamos a Deus por seu amor misericordioso, e nos confiamos nos méritos de Cristo.
Obediência utilitária
Obediência utilitária
Os poderes da religião também induzem as pessoas a acharem que ao cumprirem as regra religiosas está tudo certo. Por exemplo, o sujeito vai domingo para igreja, é educado com os irmãos, coopera financeiramente, dá carona no final do culto, serve na igreja… então ele olha pra si mesmo e diz: “Missão cumprida. O que mais me faltaria fazer?” É uma obediência utilitária, apenas para atingir objetivos.
O que mais devo fazer?
O que mais devo fazer?
Foi essa a pergunta que um homem rico fez a Jesus. Ele procurou Jesus porque em sua mente ele já estava fazendo tudo que era preciso. Haveria algo mais a fazer para ter direito à vida eterna? Talvez alguma exigência que ele ainda não houvesse cumprido. Vejamos a conversa.
18 Certo homem importante lhe perguntou: “Bom Mestre, que farei para herdar a vida eterna?”
19 “Por que você me chama bom?”, respondeu Jesus. “Não há ninguém que seja bom, a não ser somente Deus.
20 Você conhece os mandamentos: ‘Não adulterarás, não matarás, não furtarás, não darás falso testemunho, honra teu pai e tua mãe’.”
21 “A tudo isso tenho obedecido desde a adolescência”, disse ele.
22 Ao ouvir isso, disse-lhe Jesus: “Falta-lhe ainda uma coisa. Venda tudo o que você possui e dê o dinheiro aos pobres, e você terá um tesouro nos céus. Depois venha e siga-me”.
23 Ouvindo isso, ele ficou triste, porque era muito rico.
Os discípulos de Jesus não reclinam a cabeça no travesseiro da obediência utilitária, oferecido pela religião. Eles sabem que esse tipo de obediência não é mesmo que rendição. É uma obediência “em troca”. Nós sabemos que tudo que temos e somos já é dele e não pode ser usado como moeda de troca. Nós sabemos que nossa obediência é tão somente nossa resposta ao amor com ele nos alcançou.
Quem segue a Jesus, o Filho do Homem, de fato não tem onde reclinar a cabeça, senão no amor gracioso e misericordioso do Pai.
O Poder Político
O Poder Político
Além de rejeitar os Poderes da Religião. Jesus também lançou fora os travesseiros da política e não reclinou neles a sua cabeça.
A Palestina do tempo de Jesus via em efervescência política. A imposição romana, a cobrança de duplicada de impostos, a concentração de riqueza, o conteúdo revolucionário do evangelho de Jesus e a expectativa messiânica eram alguns dos fatores que tornaram os dias de Jesus um grande caldeirão político.
Metido na Política
Metido na Política
Não é de espantar que a proposta de Jesus, de um reino de cabeça para baixo, invertido em relação às estruturas de poder, onde o maior é aquele que serve e a soberania de Deus é reconhecida, o tivesse conectado à política e aos políticos. De fato, o nome de Jesus esteve no meio das discussões políticas desde o seu nascimento até a sua morte.
No nascimento
No nascimento
1 Depois que Jesus nasceu em Belém da Judéia, nos dias do rei Herodes, magos vindos do oriente chegaram a Jerusalém
2 e perguntaram: “Onde está o recém-nascido rei dos judeus? Vimos a sua estrela no oriente e viemos adorá-lo”.
Herodes ficou apavorado com a possibilidade de um outro rei. Há muitos anos ele e sua família vinha dominando a cena política e ele já havia planejado o futuro de seus três filhos.
Era tanta a sede de poder que ele mandou matar todas os meninos de menos de dois anos, na tentativa de eliminar o menino Jesus.
Em Jerusalém
Em Jerusalém
37 Quando ele já estava perto da descida do monte das Oliveiras, toda a multidão dos discípulos começou a louvar a Deus alegremente e em alta voz, por todos os milagres que tinham visto. Exclamavam:
38 “Bendito é o rei que vem em nome do Senhor!” “Paz no céu e glória nas alturas!”
A chegada de Jesus a Jerusalém levou o povo a declamar os salmos messiânicos. Eles aguardavam um Rei no mesmo molde dos reinos de seu tempo e os fariseu disseram para Jesus repreendê-los, porque aquilo mexia com o cenário político em movimento.
Ao ser julgado
Ao ser julgado
8 Quando Herodes viu Jesus, ficou muito alegre, porque havia muito tempo queria vê-lo. Pelo que ouvira falar dele, esperava vê-lo realizar algum milagre.
9 Interrogou-o com muitas perguntas, mas Jesus não lhe deu resposta.
10 Os chefes dos sacerdotes e os mestres da lei estavam ali, acusando-o com veemência.
11 Então Herodes e os seus soldados ridicularizaram-no e zombaram dele. Vestindo-o com um manto esplêndido, mandaram-no de volta a Pilatos.
12 Herodes e Pilatos, que até ali eram inimigos, naquele dia tornaram-se amigos.
A prisão de Jesus estava cercada de componentes políticos. As autoridades romanas eram responsáveis por manter a paz e Jesus estava sendo acusado de ser um agitador político, questionando o status quo vigente. É curiosa a nota de Lucas que a morte de Jesus resultou na aliança entre dois inimigos políticos, Herodes e Pilatos.
Ao ser crucificado
Ao ser crucificado
28 Tiraram-lhe as vestes e puseram nele um manto vermelho;
29 fizeram uma coroa de espinhos e a colocaram em sua cabeça. Puseram uma vara em sua mão direita e, ajoelhando-se diante dele, zombavam: “Salve, rei dos judeus!”
37 Por cima de sua cabeça colocaram por escrito a acusação feita contra ele: ESTE É JESUS, O REI DOS JUDEUS.
A principal acusação contra Jesus, que provocou sua crucificação era de natureza política. Ele foi acusado pelas autoridades judaicas de quebrar as leis civis-religiosas de Israel e de promover um levante contra a domínio romano, afirmando-se rei dos Judeus.
De cabeça para baixo
De cabeça para baixo
Os poderes espirituais da política são mestres em lançar no coração humano as sementes do desejo pelo poder, controle, domínio e autonomia, rejeitando assim o governo de Deus.
No deserto, uma das tentações pela qual Jesus passou estava relacionada com poder e política. O Diabo o levou para um alto monte e lhe mostrou todos os reinos da Terra e a sua glória e disse: tudo isso te dou se prostrado me adorares. Mas o Senhor não deitou sua cabeça naquele travesseiro.
Ao entrar em Jerusalém, Jesus decidiu decidiu pelo cumprimento simples da profecia e chegou montado em um jumentinho, não em um cavalo majestoso. Assim ele negou aos principados e potestades da política a brecha para que eles lançassem em seu coração as sementes do controle do domínio e da autonomia.
Foram os poderes da política que orquestraram a morte de Cristo. Ao ser indagado por Pilatos e Herodes quanto a ser ele um rei, Jesus admitiu a verdade, mas não evocação direitos ou prerrogativas especiais. Ele não exigiu nada, não fez barganhas, não propôs um acordo. Ele não entrou no jogo da política porque o Reino dele se estabelece de outra forma.
Jesus foi provocado incessantemente enquanto estava sendo crucificado para usar o seu poder em benefício próprio e a demonstrar para todos que Ele era quem dizia ser: o Filho de Deus.
39 Os que passavam lançavam-lhe insultos, balançando a cabeça
40 e dizendo: “Você que destrói o templo e o reedifica em três dias, salve-se! Desça da cruz, se é Filho de Deus!”
Ele resistiu a mais essa tentação e entregou seus direitos ao Pai, como uma oferta de amor e confiança. Ele não usou a política para implantar o reino de Deus pela força, mas aguardou que Deus manifestasse sua vontade soberana por meio da loucura da cruz. Assim as potestades da política foram humilhadas publicamente.
Raposas e passarinhos
Raposas e passarinhos
Quando o Senhor disse que o Filho do Homem não tinha onde reclinar a cabeça, ele estava dizendo que segui-lo implica em rejeitar os Poderes Políticos e não deitar a cabeça no travesseiro da política.
Se a mentira dos poderes políticos para denigre o caráter de Deus é que o amor de Deus é uma mera resposta às coisas certas que fazemos, a mentira da política é que Deus não é soberano sobre todas as coisas. Por isso nós precisamos construir agora o futuro da nação e de nossas vidas.
Os poderes da política incitam os homens a fazerem seus próprios caminhos, à revelia de Deus, rejeitando a verdade que todo o poder emana de Deus e deve ser exercido em seu nome, isto é, conforme o seu desejo.
Então, o que Jesus estava dizendo para aquele homem era: você diz que deseja ser meu discípulo e me seguir pra onde eu for... Você diz que deseja ser leal a mim até o fim... Você entende que isso significa rejeitar os Poderes Políticos.
Os travesseiros da política
Os travesseiros da política
Ficar sem os travesseiros da política é rejeitar as ideias que os poderes políticos oferecem com frequência para nos afastar da submissão ao governo de Deus. Na tentação de Jesus vemos duas dessas ideias que seduzem a muitos, sobretudo em tempos de instabilidade e insegurança.
5 O Diabo o levou a um lugar alto e mostrou-lhe num relance todos os reinos do mundo.
6 E lhe disse: “Eu te darei toda a autoridade sobre eles e todo o seu esplendor, porque me foram dados e posso dá-los a quem eu quiser.
7 Então, se me adorares, tudo será teu”.
Poder Fácil e rápido
Poder Fácil e rápido
Uma das principais arma de sedução usada pelos poderes da política é o poder fácil e rápido. As potestades políticas sempre oferecem um atalho duvidoso para coisas boas, corretas e justas. Veja que o Diabo promete a Jesus aquilo que é justo e merecido para o filho de Deus: os reinos deste mundo.
Um século depois, João, em sua visão do apocalipse, confirma que os reinos deste mundo serão dados a Jesus.
15 E o sétimo anjo soou, e houve grandes vozes no céu, dizendo: Os reinos deste mundo se tornaram os reinos do nosso Senhor, e do seu Cristo; e ele reinará para sempre e sempre.
Mas até que isso aconteça há um caminho de confiança em Deus que precisa ser trilhado; há sofrimento, dor e angústia. Até lá há uma cruz que precisa ser enfrentada. Tudo isso como exercício de submissão à vontade do Pai.
As potestades da política se apresentam como tendo um solução evita tudo isso. Basta você concordar comigo que a gente não precisa incomodar Deus com essas coisas. Podemos fazer tudo isso nós mesmos.
Mas Jesus não aceita o atalho. Ele prefere a confiança na vontade do Pai. Ele decide pela cruz e rejeita o travesseiro do poder fácil e rápido
Um Reino Pessoal
Um Reino Pessoal
Outra proposta sedutora dos poderes da política é deixar de lado o Reino de Deus e partir para a construção e um reino pessoal. As potestades políticas apelam para o personalismo, para o individualismo e para a vida privada. Há uma supervalorização de tudo que é pessoal e próprio em detrimento do que é comunitário.
Por isso Jesus é tentado a assumir um lugar de proeminência e autoridade. Tudo será seu. Você fará o que você quiser com esses reinos. Você terá controle sobre eles. Eles estarão sob a sua autoridade.
Esse é um atalho sutil para a construção da igreja. Porque se desgastar com a ideia de igreja, corpo de cristo, família de Deus? Porque gastar tempo ensinando as pessoas a se tornarem amigas de Deus e confiarem nele? O melhor é se colocar em posição de domínio sobre todos.
Jesus também rejeito o atalho do Reino Pessoal. Ele decide pelo Reino de Deus, no tempo de Deus. Ele opta pela igreja com suas imperfeições, decide pelo corpo de Cristo e suas complexidades e abraça a família de Deus em vez do individualismo.
Conclusão
Conclusão
Os poderes da Religião e da Política estão entranhados em nosso modo de vida. Pais e mães disputam pelo respeito dos filhos; marido e mulher brigam pra ver quem manda; patrões subjugam e ameaçam seus empregados; homens públicos negociam influência e domínio; líderes religiosos barganham os votos de seus liderados e loteiam currais eleitorais.
A sede de poder é generalizada e cada um busca um travesseiro para recostar a sua cabeça, mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça, porque rejeitou os poderes da Religião e da Política.
Reino de Deus é diferente. É um reino que parece estar de cabeça para baixo onde os servos são importantes e reconhecidos por seu serviço, onde dominar o oprimir não são práticas desejáveis, mas servir e da vida para que outros também vivam.
Seguir a Jesus é saciar a alma na confiança em Deus e não nas articulações dissimuladas do jogo político, nos acordos espúrios, negociatas vergonhosas e outras estratégias usadas pelos poderes da política.
Seguir a Jesus é não sucumbir diante desses poderes, mas confiar em Deus até a morte, como fez o nosso Senhor.
Seguir a Jesus é não aprender os jogos dos poderes religiosos e políticos, mas se fazer como criança, ouvir o gracejo dos entendidos do poder, e confiar que seu pai defenderá sua causa. Ele cuidará do seu nome.
Seguir a Jesus é abrir mão de disputar a atenção dos filhos usando pra isso dinheiro, presentes ou carinho, mas amá-los o tempo todo, com o mesmo tipo de amor que Deus tem por você.
Seguir a Jesus é desistir dos esquemas de dominação na relação de trabalho, e enxergar o colega como alguém amado por Deus, por quem o Senhor entregou a própria vida.
Seguir a Jesus é ajudar o outro a ser mais forte e mais livre; e jamais se aproveitar da sua fraqueza para dominá-lo física, emocional ou espiritualmente.
Seguir a Jesus é suportar o escárnio e a zombaria daqueles que não entendem porque você não destruiu, subjugou, controlou nem ameaçou quanto teve oportunidade, mas estendeu o braço para ajudar.
Seguir a Jesus é devolver em oferta a Deus todo e qualquer poder, autoridade, controle ou domínio que você tenha recebido, para que assim você esteja limpo e seja usado por Ele.
Seguir a Jesus é reconhecer que o poder de Deus se aperfeiçoa em nossa fraqueza... Assim, quando somos fracos aí é que somos fortes.
Seguir a Jesus é dizer como João Batista: que Ele cresça e que eu diminua... Até que o caráter de Cristo seja plenamente formado em nós.