PANORAMA - AT #14 - MOISÉS NO EGITO - PARTE 4

Panorama do AT  •  Sermon  •  Submitted   •  Presented
0 ratings
· 7 views
Notes
Transcript

TEXTO

CONTEXTO - RECAPITULAÇÃO

Gênesis está dividido em dois grupos maiores:
Deus e o mundo (Gn1-11)
Deus e um homem (Gn12-50)
A humanidade a cada dia se distancia mais de Deus
Deus escolhe Noé para que o mundo recomece apenas com o justo e sua família
Deus escolhe Abraão e o tira do meio dos pagãos
Abraão, Isaque e Israel recebem a promessa de uma terra, uma multidão como descendência e o mundo abençoado por meio dessa descendência
Israel e sua família vão ao Egito para não morrerem de fome e se multiplicarem
Um Faraó que nunca conheceu José sobe ao trono e escraviza os hebreus por medo
Moisés é adotado pela filha do Faraó
Moisés mata um egípcio e foge
Moisés faz uma família em Midiã
Moisés tem um encontro com Deus na Sarça
Moisés se encontra com Arão para ir ao Egito
Moisés x Faraó
Nilo em Sangue
Rãs
Piolhos
Escaravelhos
Morte do gado
Úlceras
Chuva de pedras
Gafanhotos
Trevas

EXPOSIÇÃO

A PÁSCOA - A ÚLTIMA PRAGA (Ex 12)

INSTRUÇÕES INICIAIS ( EX 12:1-14)
— Este mês será para vocês o principal dos meses; será o primeiro mês do ano.
No dia dez deste mês, cada um tomará para si um cordeiro, um cordeiro para cada família.
10ª praga - 10 dia - número 10 aparecendo como um símbolo de completude, totalidade, algo fechado e completo.
se a família for pequena para um cordeiro, então o chefe da família convidará o seu vizinho mais próximo, conforme o número de pessoas.
A graça alcançada pelo sacrifício do cordeiro é pra ser compartilhada, não para ser guardada. O princípio do reino é compartilhar e não reter.
O cordeiro será:
sem defeito,
Somente alguém sem pecados poderia servir de substituto para o homem;
macho de um ano,
Vemos a figura masculina sendo a representante legal por toda humanidade como foi com Adão e, não menos com Jesus.
podendo também ser um cabrito.
Vocês guardarão o cordeiro até o décimo quarto dia deste mês, e todo o ajuntamento da congregação de Israel o matará no crepúsculo da tarde.
Todo o povo seria responsável pela morte do Cordeiro
Pegarão um pouco do sangue e o passarão nas duas ombreiras e na viga superior da porta, nas casas em que o comerem.
O sangue do cordeiro os marcaria;
— Naquela noite, comerão a carne assada no fogo, com pães sem fermento e ervas amargas.
Carne assada - o derramamento da ira de Deus sobre Cristo
Pães - o corpo de Cristo
Ervas - A amargura que o pecado trouxe ao ter que fazer um ser inocente e imaculado morrer para que os culpados vivam;
Não deixem nada do cordeiro até pela manhã; o que, porém, ficar até pela manhã, queimem.
O cordeiro seria consumido por inteiro, nada sobraria e até mesmo as sobras, seriam queimadas;
É assim que vocês devem comê-lo: já prontos para viajar, com as sandálias nos pés e o cajado na mão. Comam depressa. É a Páscoa do Senhor.
A morte do cordeiro significava a certeza da liberdade e a proximidade dela;
Somos peregrinos e a certeza da nossa partida da vida de escravidão nos leva a partir de onde está o pecado com pressa e urgência.
O próprio termo Páscoa vem de Pesah que significa algo como “passar por cima”
Isso pode ser entendido tanto no contexto do anjo da morte que passou por cima das casas, quanto do povo que simplesmente passou por isso tudo quando Deus os poupou da morte
Exodus 12:12 NAA
12 Porque, naquela noite, passarei pela terra do Egito e matarei na terra do Egito todos os primogênitos, tanto das pessoas como dos animais, e executarei juízo sobre todos os deuses do Egito. Eu sou o Senhor.
Então Deus revela a última praga: a morte de todo primogênito que não tiver sido marcado pelo sangue do cordeiro.
Exodus 12:14 NAA
14 Este dia lhes será por memorial, e vocês o celebrarão como solenidade ao Senhor; de geração em geração vocês celebrarão este dia por estatuto perpétuo.
E é por isso que os cristãos também celebram a Páscoa, não como uma data de coelhos e chocolate, mas como um lembrete de que o Cordeiro de Deus, pelo seu sangue, nos salvou da escravidão do pecado e nos tirou da terra da destruição.
O PÃO SEM FERMENTO (EX 12:15-20)
Exodus 12:15 NAA
15 — Sete dias vocês comerão pães sem fermento. Logo no primeiro dia, tirem o fermento das suas casas, pois todo aquele que comer coisa levedada, desde o primeiro dia até o sétimo dia, será eliminado de Israel.
Outra analogia para o pão sem fermento: o abandono do pecado.
Havia outra festa relacionada a Páscoa: Festa dos Pães Asmos.
Naquela primeira noite de Páscoa, o povo saiu com muita pressa e não houve tempo para levedar a massa de pão. Posteriormente, ao observarem a festa durante sete dias, os israelitas lembrariam a rapidez com que saíram do Egito.
O fermento é um símbolo do pecado, também lembrariam que os redimidos pelo sangue precisavam abandonar o pecado e deixar o mundo (representado pelo Egito) para trás.
Não apenas o fermento deveria ser evitado no consumo, mas deveria ser removido completamente da casa de todos.
Qualquer um que comesse pão levedado seria eliminado, isto é, expulso do acampamento e afastado de seus privilégios. Dependendo do contexto, a palavra “eliminado” significa “condenado à morte”.
Nem o natural de Israel, nem o estrangeiro seria poupado caso descumprisse esse mandamento. Assim como a graça de Deus não faz acepção de pessoas, o juízo também não.
v16
Deus institui a santa assembléia no primeiro e no sétimo dia da Páscoa e proíbe qualquer trabalho nesses dias além do que estiver relacionado à alimentação.
Nesse período o povo deveria se focar completamente em Deus.
DÉCIMA PRAGA (EX 12:21-30)
Moisés passa todas essas instruções aos líderes do povo para que eles repassem ao povo e com isso enxergamos pelo menos duas coisas:
Tudo isso serviria de sinal para que as futuras gerações aprendam aquilo que Deus fez mesmo sem terem tido o privilégio de vivenciar o ocorrido.
Note como Deus e Moisés estão sempre agindo através de uma estrutura. Antes entre Moisés e Arão, onde Moisés representava Deus falando e Arão o profeta que repassa ao povo as palavras de Deus. Agora Moisés fala como a voz de Deus e os líderes são como os pastores e bispos que ensinam e representam o povo.
A meia-noite Deus cumpriu o que prometeu e não houve casa no Egito onde não houvesse morto.
SAÍDA DO EGITO (EX 12:31-42)
Só então o Faraó chamou Moisés e Arão e os deixou ir e não apenas isso, ainda pediu para que o abençoassem.
O povo egípcio implorou que os israelitas partissem nem que pra isso tivessem que dar seus objetos de ouro e roupas conforme Deus já havia dito a Moisés no cap 11.
Assim o povo saiu sendo abençoado pelos seus malfeitores e receberam recursos não apenas para adorar a Deus como para andar pelo deserto.
O texto nos diz então que seiscentos mil homens o que, se for fazer uma estimativa, chegaremos a 2 milhões de pessoas, saíram do Egito.
E note:
Exodus 12:38 NAA
38 Saiu também com eles um misto de gente, ovelhas, gado, muitos animais.
Não foram apenas os israelitas que saíram, alguns estrangeiros foram juntos até porque, as pragas foram grandes o suficiente para provarem o que Moisés estava dizendo sobre Deus.
Porém essas pessoas vão aparecer novamente em Números e veremos que pela primeira vez, o povo que não era povo iria ser um dos responsáveis por fazer o povo que era povo se voltar contra Deus.
O texto também diz que por terem que partir depressa, nenhum deles teve tempo de preparar mantimentos para a viagem, Deus iria usar isso para testar a confiança deles.
Será que eles estariam indo por efeito de manada, só porque cansaram do Egito, só porque pior que ta não ficava? Ou porque viram a Deus e aprenderam a confiar no seu salvador?
Mas agora, depois de 430 anos, o povo estava finalmente livre!
AINDA SOBRE A PÁSCOA (EX 12:43-51)
Aqui então temos mais alguns detalhes sobre a Páscoa:
Nenhum estrangeiro pode comer dela
Ninguém que não pertence ao povo pode participar;
Associação da Páscoa com a Eucaristia
Não chamamos a Santa Ceia de sacramento a toa;
Segundo a confissão de fé de westminster, na Santa Ceia o Senhor se faz presente espiritualmente alimentando o povo de Deus com graça;
Se esse momento não fosse solene ou apenas um mero lembrete e símbolo, já não seria chamado sacramento e nem haveriam as proibições dadas e os avisos de castigos;
Tanto na Santa Ceia quanto aqui, quem não faz parte do corpo ou quem come e bebe indignamente, como e ajunta para si condenação; Existe uma realidade espiritual atrás do símbolo que a representa;
Mas existe uma exceção:
Aquele que for comprado e circuncidado poderá participar;
Aquele que for batizado, pode comer e beber;
Vemos a proibição de quebrar os ossos do cordeiro, algo que também foi cumprido em Jesus quando é dito que nenhum de seus ossos foi quebrado;
Contanto que haja a circuncisão, não há restrição para a participação desse momento pois ela é o símbolo da aliança de Deus com seu povo;
Sabemos que a circuncisão em si mesma não tem valor (Paulo);
Portanto o rito externo só tem valor se está acompanhado do que ele representa, a circuncisão do coração;
Exodus 12:48–49 NAA
48 Porém, se algum estrangeiro se hospedar com você e quiser celebrar a Páscoa do Senhor, que primeiro sejam circuncidadas todas as pessoas do sexo masculino; depois poderá observar a Páscoa, e será como o natural da terra; mas nenhum incircunciso comerá dela. 49 A mesma lei será aplicada ao natural da terra e ao estrangeiro que estiver entre vocês.

MOISÉS X FARAÓ - ROUND 3 (Ex 13)

OS PRIMOGÊNITOS (EX 13:1-2, 11-16)
Exodus 13:2 NAA
2 — Consagre-me todo primogênito. Todo o primeiro que sair do ventre de sua mãe entre os israelitas, tanto de homens como de animais, é meu.
Deus salvou os primogênitos dos israelitas; portanto, os primogênitos do povo, incluindo os animais, deveriam ser consagrados a Deus.
Os filhos primogênitos se tornaram sacerdotes de Deus até a escolha da tribo de Levi para esse serviço.
Os primogênitos dos animais limpos tinham de ser sacrificados a Deus no prazo de até um ano.
O primogênito dos animais imundos (como a jumenta) não podia ser sacrificado ao Senhor; portanto, deveria ser resgatado por meio da morte de um cordeiro, o que significa que um cordeiro tinha de morrer em seu lugar.
Se a cria da jumenta não fosse resgatada, esta deveria ser morta por desnucamento. Ou seja, tratava-se de uma escolha: resgate ou destruição. Mais tarde, a lei estipulou cláusulas para que a cria do jumento fosse resgatada com dinheiro (Lv 27:27; Nm 18:15).
A criança primogênita, nascida em pecado, também devia ser resgatada pelo pagamento de cinco siclos (Nm 18:16). Esse procedimento servia como lembrança solene da condição impura do homem diante de Deus.
Agora é dito não só que o fermento não deveria ser encontrado na casa dos Israelitas, mas também não deveria existir em nenhuma parte do seu território.
Exodus 13:16 NAA
16 E isto será como sinal nas suas mãos e por frontais entre os seus olhos; porque o Senhor com mão forte nos tirou do Egito.
Tudo isso deveria ser o guia das ações (mãos) e pensamentos (olhos) do povo de Deus. A todo momento essa realidade do resgate do pecador por Deus deveria se fazer presente entre eles e as futuras gerações.
INSTRUÇÕES PARA A JORNADA (Ex 13:17-22)
Deus não leva o povo pelo caminho mais curto pois passariam pelo território filisteu
O povo entraria em guerra e então teriam medo e fugiriam;
Exodus 13:17 NAA
17 Quando Faraó deixou o povo ir, Deus não os levou pelo caminho da terra dos filisteus, embora fosse mais perto, pois disse: — Para não acontecer que, vendo a guerra, o povo se arrependa e queira voltar para o Egito.
Então eles partiram levando os ossos de José.
Exodus 13:21–22 NAA
21 O Senhor ia adiante deles, durante o dia, numa coluna de nuvem, para os guiar pelo caminho; durante a noite, numa coluna de fogo, para os iluminar, a fim de que caminhassem de dia e de noite. 22 A coluna de nuvem nunca se afastou do povo durante o dia, nem a coluna de fogo durante a noite.
Comentário Bíblico Popular: Antigo Testamento (A. Retirada para o Mar (12:31–13:22))
“Essas colunas eram milagres constantes”. Representavam a glória de Deus e são conhecidas como Shekiná que significa “habitação”. As colunas simbolizavam Deus guiando seu povo e o protegendo dos inimigos, duas qualidades que representam perfeitamente o Senhor Jesus Cristo.

MOISÉS X FARAÓ - FINAL ROUND (Ex 14)

PREPARAÇÃO E A REAÇÃO DO FARAÓ (Ex 14:1-9)
Êxodo 14.2–4 (NAA)
2 — Diga aos filhos de Israel que voltem e se acampem diante de Pi-Hairote, junto ao mar, vocês acamparão. 3 Então Faraó dirá: “Estão desorientados na terra, presos no deserto.” 4 Eu vou endurecer o coração de Faraó, para que os persiga, e serei glorificado em Faraó e em todo o seu exército. E os egípcios saberão que eu sou o Senhor. Eles assim o fizeram.
Quando o povo já se via finalmente livre do Egito, mas Deus ainda não havia terminado nem com o povo, nem com o Faraó.
O ponto em que Deus ordenou que os israelitas ficassem foi propositalmente escolhido para que eles não tivessem possibilidades humanas de fuga, o que torna o milagre seguinte ainda maior.
Tanto o Faraó quanto seus oficiais se arrependeram de terem deixado o povo ir e foram atrás deles com 600 carruagens.
A CRISE E A RESPOSTA DE MOISÉS (Ex 14:10-14)
Exodus 14:10 NAA
10 E, chegando Faraó, os filhos de Israel levantaram os olhos e eis que os egípcios vinham atrás deles, e ficaram com muito medo. Então os filhos de Israel clamaram ao Senhor.
Aqui foi onde nasceu o provérbio que diz: se correr o bicho pega, se ficar o bicho come.
Êxodo 14.11–12 (NAA)
11 Disseram a Moisés: — Será que foi por não haver sepulturas no Egito que você nos tirou de lá, para que morramos neste deserto? O que foi que você fez conosco, tirando-nos do Egito? 12 Não foi isso que dissemos a você no Egito: “Deixe-nos em paz, para que sirvamos os egípcios”? Pois teria sido melhor para nós servir os egípcios do que morrer no deserto.
Deus havia endurecido o coração do Faraó, mas havia ainda muitos outros corações endurecidos no meio do povo.
Embora tenham clamado a Deus, não deixaram de reclamar com Moisés. É como o ímpio que ao ver o avião caindo clama a Deus mas não por arrependimento e fé, mas por medo da morte iminente.
Êxodo 14.13–14 (NAA)
13 Moisés, porém, respondeu ao povo: — Não tenham medo; fiquem firmes e vejam o livramento que o Senhor lhes fará no dia de hoje, porque vocês nunca mais verão esses egípcios que hoje vocês estão vendo. 14 O Senhor lutará por vocês; fiquem calmos.
Moisés porém já era outra pessoa a essa altura e ordenou que se acalmassem porque o livramento era certo.
A INTERVENÇÃO DE DEUS (Ex 14:15-22)
Êxodo 14.15 (NAA)
15 O Senhor disse a Moisés: — Por que você está clamando a mim? Diga aos filhos de Israel que marchem.
Chegou a hora de não apenas clamar, mas de agir também.
DESTRUIÇÃO DOS EGÍPCIOS (Ex 14:23-31)
Fechamento das águas sobre os egípciosLibertação definitiva de Israel e temor ao Senhor

APLICAÇÃO

Cristo é o cordeiro da Páscoa pata toda família de Deus;
O sacrifício de Cristo é suficiente e é para todos quantos o recebem;
O sangue de Cristo nos marcou para nos proteger contra o anjo da morte;
O inocente morreu pelos culpados;
A Páscoa é um lembrete eterno do que o SENHOR fez pelo seu povo e por sua igreja;
O abandono do pecado deve ser radical e total;
Quando Deus nos libertou do pecado ele nos providenciou tudo o que precisamos para viver uma vida com ele;
Precisamos no entanto, confiar que a nossa provisão agora, vem totalmente do Senhor;
Deus não te tirou de onde você tava pra morrer, pra ser esquecido, abandonado, mas ele não vai te poupar de te ensinar que a necessidade e a falta são as escolas que você precisa para aprender a confiar na provisão dele e não no seu braço;
Não adianta nada ser batizado e participar da Santa Ceia se o seu coração não foi batizado e você ainda não pertence ao corpo de Cristo;
Lembrem-se do dia em que vocês saíram do Egito (pecado), da casa da servidão; pois com mão forte o Senhor os tirou de lá; portanto, não (pequem mais) comam pão feito com fermento.
Os caminhos pelos quais Deus te conduziu não foram por capricho de Deus;
Sair do Egito é apenas o começo, as suas atitudes depois disso vão revelar se o Egito ainda habita em você ou se você está verdadeiramente livre;